26.3.25

EQUINÓCIO DE MARÇO

 EQUINÓCIO DE OUTONO NO 

HEMISFÉRIO SUL

20 DE MARÇO DE 2025; 06h01min.

O equinócio de outono de 2025 aconteceu hoje dia 20 de março às 06h01. Este fenômeno marca o início do outono e o fim do verão no Hemisfério Sul, e o início da primavera no Hemisfério Norte.


Equinócio de março ou equinócio de outono as 06h01min Hemisfério Sul.




APOD

Equinócio de outono no hemisfério sul

No hemisfério sul, o outono começa, em 2023 no dia 20 de março as 06h01 min da manhã. Nesse dia no hemisfério norte está começando a primavera.

O equinócio de outono é o fenômeno astronômico que marca o início da estação de outono no hemisfério sul. Ocorre quando a luz solar incide igualmente nos hemisférios norte e sul, resultando em dias e noites com a mesma duração.

Equinócios e Solstícios (1)

É importante salientar que as linhas imaginárias são construídas tendo como referencias à inclinação do eixo de rotação da Terra. 
As áreas com latitude acima dos círculos polares apresentam os fenômenos de sol da meia-noite e de inverno sem luz solar no solstício. Nas regiões que são atravessadas pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio, nos dias de seus respectivos solstícios de verão a incidência solar ao meio-dia é perpendicular. 
Nas regiões equatoriais a incidência dos raios solares é perpendicular nos dias de solstício. E na linha do equador a incidência desses raios só ocorre num momento, quando o sol passa sobre essa linha. Nesse dia o Sol nasce exatamente sobre o ponto cardeal Leste e se põe sobre o ponto Oeste.

Solsticios e equinócios durante o ano. Na figura o equinócio de março aparece como dia 21, mas como há variações ao longo dos anos esse ano ocorre dia 20 de março de 2025.(2).

Quando acontece o equinócio de outono? 

No hemisfério sul, o equinócio de outono acontece em março por volta dos dias 20, 21 e 22. Esse ano (2025), o equinócio de outono ou equinócio de março ocorrerá dia 20 de março as 06h02 min 
No hemisfério norte, o outono inicia entre os dias 20 a 22 de setembro.


O que acontece no equinócio de outono?


• O dia e a noite têm a mesma duração, cerca de 12 horas cada.
• O Sol cruza o plano do equador celeste.
• Nesse dia o Sol nasce exatamente no ponto cardeal Leste e se põe exatamente no ponto Oeste.
• O equinócio de outono é um momento de celebração e reflexão para muitas culturas.
• É um momento de conexão com a natureza e de reconhecimento da harmonia e equilíbrio.
• Em latitudes mais elevadas muitas espécies de plantas, sobretudo, de porte arbóreo, começam a se preparar para a chegada do inverno, isso inclui abandonar suas folhas que se passam por diferentes cores a medida que envelhecem secam e caem.

Festividades e rituais
 
• Em várias regiões ao redor do mundo, o equinócio de outono é celebrado com festividades, pois é o momento de agradecer pelas boas colheitas e se preparar para o inverno.
• Muitas culturas antigas realizavam rituais e festividades para marcar a transição de estação.
O outono do hemisfério sul é chamado de "austral" e no hemisfério norte "boreal".


Outras datas de estações do ano em 2025

• Solstício de inverno: 20 de junho às 23h42
• Equinócio de primavera: 22 de setembro às 15h19
• Solstício de verão: 21 de dezembro às 12h03.


Previsão do clima para o outono de 2025


A tendência é de um clima sem influência nem de La Niña, nem se El Niño.
A expectativa é de uma transição relativamente rápida para uma condição de neutralidade climática.

China

Trarei, hoje um pouco de história do país mais amigo do Brasil, berço do conhecimento, que contribuiu com inúmeras invenções que levaram a  avanços na ciência e tecnologia do mundo todo. Inventaram o papel, a impressão, a pólvora, o foguete, a bússola, os concursos públicos, disseminou o Budismo, a câmara escura entre tantas a outras invenções que trouxeram o homem até aqui. (Apesar de ser vilipendiada pelos nazifascistas, extrema direita, neocolonialistas e imperialistas).

ANO NOVO CHINÊS

O Ano Novo Chinês é um festival de 15 dias, que inicia na segunda lua nova antes do solstício Chinês é baseado na Lua Nova, que ocorre entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro, de acordo com o calendário ocidental. O calendário chinês é lunissolar, ou seja, usa tanto a Lua quanto o Sol.

Calendário
曆 (Lì)
 
O nome do calendário em chinês: 曆; foi representado em variantes de formas de caracteres anteriores (歷, 厤), e finalmente derivado de uma forma antiga (秝). A forma antiga do caractere consiste em dois caules de planta de arroz (禾), dispostos em paralelo. Este caractere representa a ordem no espaço e também a ordem no tempo. À medida que seu significado se tornou complexo, o caractere moderno (曆) foi criado para representar o significado do calendário. (3)

Qual a origem do Ano Novo Chinês?

A origem do Ano Novo Chinês remonta a milhares de anos e está associada a práticas agrícolas, mitos e rituais. A data marca o início de um novo ciclo agrícola, fundamental para as comunidades agrárias da China antiga. É quando termina o inverno e os camponeses iniciam a preparar a terra para o novo plantio nos meses favoráveis da primavera e verão, um momento crucial para as plantações e o planejamento do ano seguinte. Assim, a celebração do Ano Novo também tem vínculos culturais e religiosos. Na mitologia chinesa, a data está relacionada à lenda do “Nian”, uma criatura que, segundo a tradição, aterrorizava vilas no início de cada ano. Dessa forma, para afastá-la, os moradores utilizavam fogos de artifício, roupas vermelhas e decorações vibrantes, práticas que continuam na festividade moderna.

Calendário Solar

O calendário lunissolar chinês tradicional foi desenvolvido entre 771 a.C. e 476 a.C., durante o período de primavera e outono da dinastia Zhou Oriental. A dinastia Zhou (djhou) foi uma dinastia real da China que existiu por 789 anos, de aproximadamente 1046 a.C. até 256 a.C., o período mais longo de qualquer dinastia na história chinesa. Calendários solares eram usados ​​antes do período da dinastia Zhou, junto com o sistema sexagenário básico.(3)

O primeiro calendário lunissolar foi o calendário Zhou (周曆; 周历), introduzido sob a dinastia Zhou (1046 a.C. – 256 a.C.). Este calendário define o início do ano no dia da lua nova antes do solstício de inverno.(3)

O calendário chinês é o registro cronológico mais antigo que se conhece sobre a marcação ininterrupta do tempo. Cada ano tem 12 lunações, o que resulta em 354 dias. Para manter a sincronia com o ciclo solar, que tem 365,25 dias, é adicionado um mês a cada três anos (ano bissexto).

Calendário Lunar

Os calendários lunissolares envolvem correlações dos ciclos do sol (solar) e da lua (lunar). O primeiro calendário lunissolar foi o calendário Zhou (周曆; 周历), introduzido sob a dinastia Zhou (1046 a.C. – 256 a.C.). Este calendário define o início do ano no dia da lua nova antes do solstício de inverno.

O Ano Novo Chinês é um festival de 15 dias que é celebrado na China e em comunidades chinesas em todo o mundo.

* 

Astronomicamente o Ano Novo Chinês inicia-se no dia em que o Sol atinge o 15º grau de Aquário, de acordo com o calendário solar. Em 2025, o ano começou no dia 3 de fevereiro.

O calendário chinês define o mês lunissolar contendo o solstício de inverno como o décimo primeiro mês, o que significa que o Ano Novo Chinês geralmente cai na segunda lua nova após o solstício de inverno (raramente na terceira se ocorrer um mês intercalar. 

Na maioria dos casos, o Ano Novo Chinês é a lua nova mais próxima do início da primavera (lichun) de acordo com o calendárioNo calendário gregoriano, o Ano Novo Chinês ocorre na lua nova que cai entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro.

O dia que marca o Ano Novo Chinês muda a cada ano e, em 2025, foi celebrado na Lua Nova de 29 de janeiro, uma quarta-feira e suas celebrações terminaram 15 dias depois, segundo a tradição chinesa, com o Festival das Lanternas. Neste festival as pessoas penduram lanternas vermelhas brilhantes em templos ou as carregam em um desfile noturno.

O Ano Novo Chinês é também conhecido como Ano Novo Lunar ou Festival da Primavera. A data do início do Ano Novo Chinês é móvel e pode variar entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro. A data é definida pela Lua Nova que acontece nesse período.
O Ano Novo Chinês é celebrado como um festival anual de 15 dias na China e nas comunidades chinesas em todo o mundo. As festividades duram até a Lua Cheia seguinte.
O ano de 2025 é o Ano da Serpente de Madeira. A serpente, na cultura chinesa, é um animal que significa sabedoria, conhecimento, inteligência, intuição e criatividade.

Como vimos o calendário chinês usa a duração do ciclo da Lua, para calcular a extensão do ano. Há quem se refira ao feriado como Ano Novo Lunar. O ano dura 12 ciclos completos da Lua. O que marca o Ano Novo é a primeira Lua Nova após o solstício de inverno. Geralmente, fica entre os dias 20 de janeiro e 18 de fevereiro.

Europa 

ciclo metônico ou enneadecaeteris, do grego antigo: ἐννεακαιδεκαετηρίς, de ἐννεακαίδεκα, dezenove é um período de quase exatamente 19 anos após o qual as fases lunares se repetem na mesma época do ano

A recorrência não é perfeita e, por observação precisa do movimento da Terra e do Sol, o ciclo metônico definido como 235 meses sinódicos, tem 2 horas, 4 minutos e 58 segundos a mais do que 19 anos tropicais. 

Meton de Atenas, no século V a.C., julgou o ciclo como um número inteiro de dias, 6.940 dias. O uso desses números inteiros facilita a construção de um calendário lunissolar. 
Um ano tropical (cerca de 365,24 dias) é mais longo do que 12 meses lunares (cerca de 354,36 dias) e mais curto do que 13 deles (cerca de 383,90 dias). 
Em um calendário Metônico (um tipo de calendário lunissolar), há doze anos de 12 meses lunares e sete anos de 13 meses lunares.

Um ano no calendário Gregoriano, usado no ocidente, é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa ao redor do sol, cerca de 365 dias.

O ano lunar tem cerca de 354 dias, que é o tempo para que a Lua conclua 12 ciclos completos.  No entanto, como as fases da Lua não estão em sincronia com as estações do ano (primavera, verão, outono e inverno), muitas culturas que seguem o calendário lunisolar (o povo chinês é um deles) também usam as datas do calendário gregoriano para atividades rurais, como pesca e agricultura.

calendário chinês tem 12 meses lunares de 29 ou 30 dias, e os anos têm 354 ou 355 dias. A rigor, o calendário gregoriano varia também (g1).

A Terra demora demora 365 dias e quase seis horas para dar uma volta em torno do sol e, por isso, há anos bissextos (há cada 4 anos 6x4=24h= 1 dia), com um dia a mais para compensar essas horas a mais. 

As fases da Lua também não obedecem precisamente a múltiplos do tempo que a Terra demora para dar uma volta em torno do próprio eixo (o que conhecemos como dia). O número de repetições de fases durante um ano não é exatamente 12, mas, sim, 12,37. Essas frações também fazem com que seja preciso alterar o número de dias do ano no calendário chinês (lunisolar)

Entretanto, existe outro problema decorrente dessas frações de tempo. As estações do ano (verão, outono, inverno e primavera) são marcadas pela posição da Terra em relação ao sol. Assim, de tempos em tempos, os calendários lunares precisam de um ajuste, e isso é feito com a adição de uma espécie de “mês bissexto”.

No calendário lunissolar babilônico, os anos 3, 6, 8, 11, 14, 17 e 19 são os anos longos (13 meses) do ciclo metônico. Este ciclo forma a base dos calendários grego e romano (Juliano). 
Um ciclo de 19 anos é usado para o cálculo da data da Páscoa a cada ano. Os babilônios aplicaram o ciclo de 19 anos a partir do final do século VI a.C.

De acordo com o historiador romano Lívio, o segundo rei de Roma, Numa Pompílio  que governou de 715 a 673 a.C., inseriu meses intercalares de tal forma que “no vigésimo ano os dias deveriam cair na mesma posição do sol de onde haviam começado”. Como “o vigésimo ano” ocorre dezenove anos após “o primeiro ano”, isso parece indicar que o ciclo metônico foi aplicado ao calendário romano de Numa Pompílio.

Diodorus Siculus relata que Apolo teria visitado os hiperbóreos uma vez a cada 19 anos.

Diodorus Sicululs, Διόδωρος ὁ Σικελός; Diodoro da Sicília (Agirio, atual Agira, ca. 90 a.C. - 30 a.C.), foi um historiador grego, que viveu no século I a.C. ou Ele ficou conhecido por escrever uma monumental história universal, intitulada: Bibliotheca Historica (Βιβλιοθήκη Ἱστορική)  em quarenta livros (entre 60 e 30 a.C.), quinze dos quais sobrevivem intactos. 
A história é organizada em três partes. A primeira cobre a história mítica até a destruição de Troia, organizada geograficamente, descrevendo regiões ao redor do mundo, do Egito, Índia e Arábia à Europa. A segunda cobre o tempo da Guerra de Troia até a morte de Alexandre, o Grande. A terceira cobre o período até cerca de 60 a.C. Bibliotheca, em grego significa “coleção de livros”, o que pode significar que ele estava se baseando no trabalho de muitos outros autores para elaborar o seu.

O ciclo metônico foi implementado no mecanismo de Antikythera, o primeiro computador criado entre 200 a.C e o sec 1 d.C, o que oferece mais uma evidência para a popularidade do calendário baseado neste ciclo.

Meton introduziu o ciclo de 19 anos no calendário ático em 432 a.C. No século seguinte, Calípo desenvolveu o ciclo calípico de quatro períodos de 19 anos para um ciclo de 76 anos com um ano médio de exatamente 365,25 dias.

Por volta de 260 d.C., o matemático alexandrino Anatolius, que se tornou bispo de Laodicéia em 268 d.C., foi o primeiro a elaborar um método para determinar a data do Domingo de Páscoa. 

No entanto, foi uma versão diferente, do ciclo lunar metônico de 19 anos de Dionísio Exíguo e também do venerável Beda, acabaria prevalecendo em toda a cristandade, para o cálculo do dia da Páscoa. Esse método prevaleceu pelo menos até o ano de 1582, quando o calendário gregoriano foi introduzido, devido às discrepâncias com as estações do ano e o calendário agrícola.

O calendário de Coligny é um calendário lunissolar celta que usa o ciclo metônico. A placa de bronze na qual foi encontrado, data de c. 200 d.C., mas as evidências internas apontam para o próprio calendário sendo vários séculos mais antigo, criado na Idade do Ferro ou no final da Idade do Bronze.

Meses Sinódicos

Em calendários lunares, um mês lunar é o tempo entre duas sizígias sucessivas do mesmo tipo: duas luas novas ou duas luas cheias. A definição precisa varia, especialmente para o início do mês.

Animação da Lua enquanto ela passa por suas fases, como visto do Hemisfério Norte. A oscilação aparente da Lua é conhecida como libração (WP).

Nas tradições do Oriente Médio e da Europa, o mês começa quando a lua crescente se torna visível pela primeira vez, ao anoitecer, após a conjunção com o Sol um ou dois dias antes daquela noite (por exemplo, no calendário islâmico). 

No antigo Egito, o mês lunar começava no dia em que a lua minguante não podia mais ser vista pouco antes do nascer do sol (Parker, 1950). Outros calendários vão de lua cheia a lua cheia.

Mês sinódico do grego antigo, συνοδικός, synodikós, que significa “pertencente a um sínodo, ou seja, uma reunião”; neste caso, reunião do Sol e da Lua), também lunação, é o período médio da órbita da Lua em relação à linha que une o Sol e a Terra: 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 2,9 segundos. Este é o período das fases lunares, porque a aparência da Lua depende da posição da Lua, vista da Terra, em relação ao Sol. Devido ao bloqueio de maré (sincronicidade), o mesmo hemisfério da Lua sempre fica voltado para a Terra e, portanto, a duração de um dia lunar (de um nascer do sol a outro nascer do sol na Lua) é igual ao tempo que a Lua leva para completar uma órbita ao redor da Terra, retornando à mesma fase lunar.

Enquanto a Lua orbita a Terra, a Terra progride em sua órbita ao redor do Sol. Após completar seu mês sideral, a Lua deve se mover um pouco mais para atingir a nova posição com a mesma distância angular do Sol, parecendo se mover em relação às estrelas desde o mês anterior. Consequentemente, em 27 dias, 7 horas, 43 minutos e 11,5 segundos, o mês sideral é cerca de 2,2 dias mais curto que o mês sinódico. Assim, cerca de 13,37 meses siderais, mas cerca de 12,37 meses sinódicos, ocorrem em um ano gregoriano.

Mês sideral. O período da órbita da Lua, conforme definido em relação à esfera celeste de estrelas aparentemente fixas, é conhecido como mês sideral. Isto porque é o tempo que a Lua leva para retornar a uma posição semelhante entre as estrelas (latim: sidera): 27,321661 dias (27 d 7 h 43 min 11,6 s). 

Este tipo de mês foi observado entre culturas no Oriente Médio, Índia e China da seguinte maneira: eles dividiam o céu em 27 ou 28 mansões lunares, uma para cada dia do mês, identificadas pela(s) estrela(s) proeminente(s) nelas.(WP).

Como a órbita da Terra ao redor do Sol é elíptica e não circular, a velocidade da progressão da Terra ao redor do Sol varia durante o ano. Assim, a velocidade angular é mais rápida perto do periápside e mais lenta perto do apoápside. 
O mesmo é verdade (em uma extensão ainda maior) para a órbita da Lua ao redor da Terra. Devido a essas duas variações na taxa angular, o tempo real entre as lunações pode variar de cerca de 29,274 dias (ou 29 d 6 h 35 min) a cerca de 29,829 dias (ou 29 d 19 h 54 min). 
A duração média nos tempos modernos é de 29,53059 dias com até sete horas de variação em relação à média em qualquer ano (o que dá um mês sinódico médio de 29,53059 dias ou 29 d 12 h 44 min 3 s). (WP).


Fonte




















17.3.25

METEORITOS

METEORITOS

Segundo Hamilton (1997), o termo meteoro vem do grego meteóron, que significa fenómeno no céu, do grego antigo: μετέωρος meteoros, elevado; alto no céu; de μετα, meta, acima e ἀείρω, aeiro, eu levanto, ou seja, elevado no céu.


Da mesma forma que a palavra "meteorologia" do grego, μετέωρος metéōros, elevado; alto, no céu, de μετα- meta, acima e ἀείρω, aeiro, eu levanto, elevo, e -λογία, logia, estudo, palavra; fenômenos que ocorrem no céu.

Os meteoritos são eventos frequentes, todos nós já tivemos a oportunidade de, numa noite observar estrelas cadentes, e há inclusive uma cultura popular sobre o que significam esses eventos.

A palavra meteoro é usada para descrever aquela faixa de luz produzida quando material do sistema solar entra na atmosfera terrestre criando incandescência temporária resultante da fricção desse material com a atmosfera, produzindo um rasto, uma evidencia de sua passagem. Isto ocorre tipicamente a alturas de 80 a 110 quilômetros acima da superfície da Terra. O termo também é usado livremente com a palavra meteoroide referindo-se à própria partícula sem relação com o fenómeno que produz ao entrar na atmosfera terrestre. Um meteoroide é a matéria que gira em volta do Sol ou qualquer objeto do espaço interplanetário que é pequeno demais para ser chamado asteroide ou cometa. Partículas ainda mais pequenas são chamadas micrometeoroides ou grãos de poeira cósmica, que inclui material interestelar que ocasionalmente entre no nosso sistema solar. Um meteorito é um meteoroide que atinge a superfície da Terra sem ser completamente vaporizado (destruído).

Um dos primeiros objetivos ao estudar meteoritos é determinar a história e localização dos corpos que lhes deram origem. Diversas amostras de acondritos, encontradas na Antártida desde 1981, mostram conclusivamente que tiveram origem na Lua tendo como base semelhanças na composição das rochas lunares obtidas pelas missões Apollo de 1969-1972. A origem de outros meteoritos permanece sem comprovação, apesar de se suspeitar que um outro conjunto de oito acondritos terem a sua origem em Marte. Estes meteoritos contêm gases atmosféricos capturados em minerais fundidos que condizem com a composição da atmosfera marciana conforme medida pelas sondas Viking em 1976. Presume-se que todos os outros grupos tiveram origem em asteróides ou cometas; crê-se que a maioria dos meteoritos são fragmentos de asteróides.

Quando os meteoróides entram na atmosfera da Terra, ou na atmosfera de outro planeta, em alta velocidade e queimam, eles são chamados de meteoros. Nesse caso, também são chamados de “estrelas cadentes”. Às vezes, os meteoros podem até parecer mais brilhantes que Vênus, é quando os chamamos de “bolas de fogo” (fireballs). Os pesquisadores estimam que cerca de 48,5 a 50,0 toneladas (48500 a 50000 quilogramas) de material meteorítico caem na Terra todos os dias.

Quantos meteoritos caem na terra por ano?

Um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Manchester e do Imperial College de Londres na publicação Geology, o número é de cerca de 17.000/ano. Uma razão que explica sua aparente invisibilidade é seu tamanho, pois após atravessarem a atmosfera terrestre diminuem até se tornarem quase imperceptíveis.

Segundo Evatt (2020), o número de impactos é de cerca de 17.000/ano. Como foi possível chegar a essa conclusão? Os pesquisadores explicam que os cálculos atuais do material extraterrestre que cai na Terra "estão baseados em redes de monitoramento de esferas de fogo de curta duração ou em buscas de meteoritos muito limitadas espacialmente". Para resolver este problema, dedicaram dois anos à procura de meteoritos na Antártida, onde são mais fáceis de localizar pelo seu contraste com a neve. Saber o número de impactos nessa região concreta lhes permitiu extrapolá-lo para o resto do planeta. Os pesquisadores não escolheram a região antártica porque a queda de meteoritos fosse superior. De fato, o número de impactos nos polos corresponde apenas a 65% dos impactos que ocorrem; por exemplo, o equador é a zona do planeta onde mais incidem. O modelo criado junto ao Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da NASA (CNEOS) também permitiu aos pesquisadores reavaliar o risco de ocorrência de impactos de meteoritos de grande tamanho em função do lugar, sendo 12 % mais alto no equador e 27 % mais baixo nos polos (iberdrola).

Quando um meteoróide sobrevive à sua viagem pela atmosfera e atinge o solo, é chamado de meteorito. Os meteoritos normalmente variam entre o tamanho de uma pedra e um punho.

A maioria das rochas espaciais menores que um campo de futebol se desintegrarão na atmosfera da Terra. Viajando a dezenas de milhares de quilômetros por hora, o objeto se desintegra quando a pressão excede a força do objeto, resultando em um clarão brilhante. Menos de 5% do objeto original geralmente chega ao solo.

Não espere encontrar meteoritos após uma chuva de meteoros. A maioria das chuvas de meteoros vem de cometas, cujo material é bastante frágil. Pequenos fragmentos de cometas geralmente não sobrevivem à entrada em nossa atmosfera. Em teoria, os Táuridas e os Geminídeos poderiam enviar meteoritos para a nossa superfície de vez em quando, mas nenhum vestígio deles foi atribuído definitivamente.

Meteoritos são objetos naturais do espaço extraterrestre que caem sobre a Terra. Constituem as rochas mais antigas e primitivas do sistema solar, formados na Nebulosa Solar, juntamente com o Sol e os planetas, há 4,56 billhões de anos. Essas rochas primitivas são os "cofres" da Nebulosa Solar. 

Neles foram guardados os objetos mais preciosos desde sua formação, e, como todos os cofres, só quando os abrimos eles nos mostram, nos falam do passado mais remoto. (Scorzelli, Varela, & Zucolotto, 2010).

O que são meteoritos?

Meteoritos são fragmentos naturais sólidos vindo do espaço quando atingem a superfície da Terra ou mesmo quando estão no ar, mas não estão mais incandescentes.

De que são formados?
São formados principalmente de ferro, níquel e silicatos. Os silicatos são minerais compostos principalmente de oxigênio e silício. O quartzo e o feldspato são exemplo de silicatos.

Como se formaram os meteoritos?
Além do Sol, que é uma estrela, dos planetas e satélites naturais, existem ainda no Sistema Solar outros corpos como, planetas anões, cometas, asteroides e meteoroides. Corpos como meteoroide e asteroides chocam entre si ou com os demais corpos do Sistema Solar, lançando fragmentos ainda menores no espaço. Existem fragmentos de todos os tamanhos e de várias épocas e que podem chegar até o planeta Terra atraídos pela força gravitacional. Desse modo, alguns asteroides se chocaram com Marte no passado lançando vários fragmentos no espaço e acabam chegando até nós.

Qual sua importância?
Poderão chegar ao nosso planeta fragmentos (meteoritos) de corpos que existiam antes da formação dos planetas (como os planetesimais), que após serem estudados ajudarão os cientistas a descobrirem como o Sistema Solar se formou.


TIPOS

Costuma-se dizer que quando uma pessoa imagina a aparência de um meteorito, ela pensa em um pedaço de ferro. É fácil ver porque. Os meteoritos de ferro são densos, muito pesados ​​e muitas vezes foram forjados em formas incomuns ou até mesmo espetaculares à medida que despencam, derretendo, através da atmosfera do nosso planeta.

Embora os meteoritos ferrosos possam ser sinônimos da percepção da maioria das pessoas sobre a aparência típica de uma rocha espacial, eles são apenas um dos três principais tipos de meteoritos, e bastante incomuns em comparação com os meteoritos rochosos, especialmente o grupo de meteoritos rochosos mais abundante, os condritos comuns.


Os três principais tipos de meteoritos

Embora exista um grande número de subclasses, os meteoritos são divididos em três grupos principais: ferrosos, rochosos e ferrosos-rochosos. 

Quase todos os meteoritos contêm níquel e ferro extraterrestres, e aqueles que não contêm nenhum ferro são tão raros que, quando nos pedem ajuda e conselhos sobre a identificação de possíveis rochas espaciais, geralmente descartamos qualquer coisa que não contenha quantidades significativas de metal. Grande parte da classificação dos meteoritos é baseada, na verdade, na quantidade de ferro que uma amostra contém.


1. Meteoritos Ferrosos

A maioria das pessoas nunca segurou uma rocha espacial nas mãos e quando alguém pega um meteorito de ferro pela primeira vez, seu rosto se ilumina e sua reação é, quase sem falhar, exclamar: “Uau, é tão pesado!”

Os meteoritos de ferro já fizeram parte do núcleo de um planeta ou grande asteróide desaparecido há muito tempo e acredita-se que tenham se originado no Cinturão de Asteróides entre Marte e Júpiter. Eles estão entre os materiais mais densos da Terra e aderem fortemente a um ímã poderoso. Os meteoritos de ferro são muito mais pesados ​​do que a maioria das rochas terrestres, se você já levantou uma bala de canhão ou uma placa de ferro ou aço, já entendeu.

Na maioria dos espécimes deste grupo, o teor de ferro é de aproximadamente 90 a 95%, sendo o restante composto por níquel e oligoelementos. 

Os meteoritos de ferro são subdivididos em classes tanto pela composição química quanto pela estrutura. As classes estruturais são determinadas pelo estudo de suas ligas de ferro-níquel de dois componentes: kamacita e taenita.

Essas ligas crescem em um complexo padrão cristalino entrelaçado conhecido como Padrão Widmanstätten, em homenagem ao Conde Alois von Beckh Widmanstätten, que descreveu o fenômeno no século XIX.

Este notável arranjo em forma de treliça pode ser muito bonito e normalmente só é visível quando meteoritos de ferro são cortados em placas, polidos e depois gravados com uma solução suave de ácido nítrico. Os cristais de kamacita revelados por este processo são medidos e a largura de banda média é usada para subdividir os meteoritos de ferro em várias classes estruturais. Um ferro com bandas muito estreitas, menores que 1 mm, seria um “octaedrito fino” e aqueles com bandas largas seriam chamados de “octaedritos grossos”.


2. Meteoritos rochosos

O maior grupo de meteoritos são os meteoritos rochosos, e elas já fizeram parte da crosta externa de um planeta ou asteróide. Muitos meteoritos rochosos, especialmente aqueles que estiveram na superfície do nosso planeta por um longo período de tempo, freqüentemente se parecem muito com rochas terrestres, e pode ser necessário um olhar habilidoso para identificá-los durante a caça de meteoritos no campo.

Pedras recém-caídas exibirão uma crosta negra de fusão, criada quando a superfície literalmente queimou durante o vôo, e a grande maioria das pedras contém ferro suficiente para aderirem facilmente a um ímã poderoso.

Alguns meteoritos rochosos contêm pequenas inclusões coloridas semelhantes a grãos, conhecidas como “côndrulos”. Estes minúsculos grãos tiveram origem na nebulosa solar e, portanto, são anteriores à formação do nosso planeta e do resto do sistema solar, tornando-os a matéria mais antiga conhecida disponível para estudo. Meteoritos rochosos que contêm esses côndrulos são conhecidos como “condritos”.

Rochas espaciais sem condritos são conhecidas como “acondritos”. Estas são rochas vulcânicas do espaço que se formaram a partir da atividade ígnea dentro de seus corpos-mãe, onde o derretimento e a recristalização erradicaram todos os vestígios de côndrulos antigos. Os acondritos contêm pouco ou nenhum ferro extraterrestre, o que os torna muito mais difíceis de encontrar do que a maioria dos outros meteoritos, embora os espécimes frequentemente exibam uma notável crosta de fusão brilhante que se parece quase com tinta esmalte.


3. Meteoritos ferrosos-rochosos

O menos abundante dos três tipos principais, os meteoritos ferros-rochosos, representam menos de 2% de todos os meteoritos conhecidos. Eles são compostos por quantidades aproximadamente iguais de níquel-ferro e rocha, e são divididos em dois grupos: pallasitas e mesossideritas

Acreditava-se, até pouco tempo atras, que os ferros-rochosos teriam se formado por impacto em corpos com núcleo parcialmente fundidos e com crosta de olivina  fronteira núcleo/manto de seus corpos parentais. Atualmente acredita-se baseado em evidencias empiricas que os pallasitas com olivinas angulares podem ter se formado em um impacto superficial entre um corpo diferenciado com um núcleo amplamente solidificado e um corpo maior. Infere-se que a parte sólida do núcleo foi perdida e que um novo corpo parental consistindo de fragmentos de olivina e Fe-Ni fundido foi formado a partir do material fundido residual de Fe-Ni e do manto do corpo diferenciado. Os palasitos do grupo principal provavelmente derivam de diversas profundidades do novo corpo parental (psrd, 2012).

“Os palasitas, ou palasitos, são meteoritos compostos principalmente de olivina (Mg-Fe2SiO4) e Fe-Ni metálico, são os meteoritos opticamente mais bonitos e incomuns” (eurekalert, 2020).
Os pallasitas são talvez os mais atraentes de todos os meteoritos e certamente de grande interesse para colecionadores particulares. Os pallasitas consistem em uma matriz de níquel-ferro repleta de cristais de olivina. Quando os cristais de olivina são de pureza suficiente e exibem uma cor verde esmeralda, eles são conhecidos como peridoto, uma gema preciosa. Os palasitas receberam o nome de um zoólogo e explorador alemão, Peter Pallas, que descreveu o meteorito russo Krasnojarsk, encontrado perto da capital siberiana de mesmo nome no século XVIII. Quando cortados e polidos em placas finas, os cristais dos pallasitas tornam-se translúcidos, dando-lhes uma notável beleza sobrenatural.

Os mesosideritos são os menores dos dois grupos de ferroso-rochoso. Eles contêm níquel-ferro (Ni-Fe) e silicatos e geralmente apresentam uma matriz preta e prateada atraente e de alto contraste quando cortados e polidos, a mistura aparentemente aleatória de inclusões levando a algumas características muito marcantes. A palavra mesosiderita é derivada do grego para “metade” e “ferro”, e são muito raras. Dos milhares de meteoritos oficialmente catalogados, menos de cem são mesossideritos.

PALASITOS

O nome Pallasito vem do naturalista alemão Peter Pallas (1741-1811), que estudou em 1772 um espécime encontrado anteriormente perto de Krasnoyarsk, nas montanhas da Sibéria, que tinha uma massa de 680 quilogramas. A massa de Krasnoyarsk foi descrita por Pallas em 1776 e foi um dos exemplos usados ​​por Ernst Florens Friedrich Chladni (1756-1857), físico e astrônomo alemão, na década de 1790 para demonstrar a realidade das quedas de meteoritos na Terra, que a maioria dos cientistas da época consideravam contos de fadas. Esta massa rochosa era diferente de todas as rochas ou minérios encontrados nesta área (e o pedaço grande não poderia ter sido transportado acidentalmente para o local da descoberta), mas o seu conteúdo de metal nativo era semelhante a outros achados conhecidos em áreas completamente diferentes pelo mundo.

Formação dos Pallasitos

Usando o instrumento SAPHiR da Research Neutron Source Heinz Maier-Leibnitz (FRM II) da Universidade Técnica de Munique (TUM), uma equipe científica simulou pela primeira vez a formação de uma classe de meteoritos de ferro rochoso, os chamados pallasitas ou pallasitos, numa base puramente experimental.
 
Esquema de como se pensa que os pallasitas se formaram em asteróides diferenciados na fronteira núcleo-manto pela mistura induzida por impacto de fragmentos de manto rico em olivina com metal Fe-Ni fundido do núcleo. Para pallasitas do grupo principal, a composição do metal sugere que era um material fundido residual de um núcleo amplamente solidificado. Os resultados de pesquisas recentes são incompatíveis com este modelo e mostram que os palasitos do grupo principal não esfriaram na fronteira núcleo-manto (psrd, 2012).

Esquema mostrando como os pallasitas do grupo principal com olivinas angulares podem ter se formado. Em (a) ocorre um impacto superficial entre um corpo diferenciado com um núcleo amplamente solidificado e um corpo maior. Em (b) inferimos que a parte sólida do núcleo foi perdida e que um novo corpo parental consistindo de fragmentos de olivina e Fe-Ni fundido foi formado a partir do material fundido residual de Fe-Ni e do manto do corpo diferenciado. Os palasitos do grupo principal provavelmente derivam de diversas profundidades do novo corpo parental(psrd, 2012).

Corte transversal mostrando como os palasitos do grupo principal com olivinas arredondadas podem ter se formado a partir de uma camada pallasítica de grãos de olivina arredondados e metamorfoseados intercrescidos no limite núcleo-manto do corpo diferenciado. Palasitos como Pavlodar com metal de alto Ir poderiam representar regiões onde o Fe,Ni metálico solidificou em grande parte na camada palasítica antes do impacto que quebrou o corpo diferenciado. Pallasitas como Brenham com metal de baixo Ir podem ter se formado a partir do intercrescimento de olivina arredondada e metal fundido que solidificou no corpo do pallasita após o impacto.

No passado se pensava que meteoritos ferrosos e ferrosos-rochosos eram produto de numerosas colisões entre asteroides diferenciados de 5 a 200 km de diâmetro e pequeno projéteis com hipervelocidade que os destruiam ao longo de bilhões de anos. 
Estudos recentes do grupo principal de Palasitos e meteoritos de ferro IIIAB, IVA, e IVB sugerem que seus corpos diferenciados originais (their parent differentiated bodies) eram maiores e foram rompidos quando seus núcleos estavam ainda parcialmente fundidos durante os primeiros 5 a 20 milhões de anos da história de existencia do Sistema Solar. Essas colisões criaram corpos metálicos com aproximadamente 100-300 km de diâmetro, com menos de alguns quilômetros de manto de silicato (para os ferrosos) e corpos metálicos de olivina com várias centenas de quilômetros de diâmetro (para os palasitos).

Estudos teóricos de acreção planetária sugerem que os corpos diferenciados originais não foram destruídos por projéteis menores, mas por colisões rápidas com corpos maiores, quando corpos do tamanho da Lua a Marte eram abundantes no Sistema Solar. Assim, os meteoritos e asteróides diferenciados são vestígios de uma vasta população de corpos com uma violenta história de impacto inicial. Esses corpos podem ter se originado não no cinturão de asteroides, mas em 1-2 UA (ver artigo do PSRD: Iron Meteorites as the Not-So-Distant Cousins of Earth).

“Os palasitas, ou palasitos, são meteoritos compostos principalmente de olivina (Mg-Fe2SiO4) e Fe-Ni metálico, são os meteoritos opticamente mais bonitos e incomuns”, diz o Dr. Nicolas Walte, o primeiro autor do estudo, com voz entusiasmada. Eles pertencem ao grupo dos meteoritos de ferro pedregoso e são compostos por cristais de olivina verde incrustados em níquel e ferro. Apesar de décadas de pesquisa, suas origens exatas permaneceram envoltas em mistério.

Para resolver esse quebra-cabeça, o Dr. Nicolas Walte, cientista de instrumentos do Heinz Maier-Leibnitz Zentrum (MLZ) em Garching, juntamente com colegas do Geoinstituto da Baviera da Universidade de Bayreuth e da Royal Holloway University de Londres, investigaram a formação dos pallasitos. processo. Pela primeira vez, eles conseguiram reproduzir experimentalmente as estruturas de todos os tipos de pallasitas.

Para seus experimentos, a equipe usou a prensa multi-bigorna SAPHiR que foi montada sob a liderança do Prof. Hans Keppler do Geoinstituto da Baviera no MLZ e a prensa MAVO semelhante em Bayreuth. Embora os nêutrons do FRM II ainda não tenham sido alimentados no SAPHiR, experimentos sob altas pressões e altas temperaturas já podem ser realizados.

“Com uma força de prensagem de 2.400 toneladas, o SAPHiR pode exercer uma pressão de 15 gigapascais (GPa) em amostras a mais de 2.000 °C”, explica Walte. “Isso é o dobro da pressão necessária para converter grafite em diamante.” Para simular a colisão de dois corpos celestes, a equipe de investigação necessitou uma pressão de apenas 1 GPa a 1300 °C.

Como os pallasitos são formados?

Até recentemente, acreditava-se que os palasitos se formavam na fronteira entre o núcleo metálico e o manto rochoso dos asteróides. De acordo com um cenário alternativo, os pallasitos se formam mais perto da superfície após a colisão com outro corpo celeste. Durante o impacto, o ferro fundido do núcleo do impactor mistura-se com o manto rico em olivina do corpo original.

As experiências realizadas confirmaram agora esta hipótese de impacto. Outro pré-requisito para a formação de pallasitas é que o núcleo de ferro e o manto rochoso do asteróide tenham se separado parcialmente de antemão.

Tudo isso aconteceu logo após sua formação, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Durante esta fase, os asteróides aqueceram até que os componentes metálicos mais densos derreteram e afundaram no centro dos corpos celestes.

A principal conclusão do estudo é que ambos os processos – a separação parcial do núcleo e do manto, e o subsequente impacto de outro corpo celeste – são necessários para a formação dos pallasitas.

Insights sobre as origens do sistema solar

“Geralmente, os meteoritos são os constituintes mais antigos e diretamente acessíveis do nosso sistema solar. A idade do sistema solar e a sua história inicial são inferidas principalmente a partir da investigação dos meteoritos,” explica Walte.

“Como muitos asteróides, a Terra e a Lua estão estratificadas em múltiplas camadas, consistindo de núcleo, manto e crosta”, diz Nicolas Walte. “Desta forma, mundos complexos foram criados através da aglomeração de detritos cósmicos. No caso da Terra, isto lançou as bases para o surgimento da vida.”
Os experimentos de alta pressão e a comparação com palasitas destacam processos significativos que ocorreram no início do sistema solar. As experiências da equipa fornecem novas informações sobre a colisão e mistura de materiais de dois corpos celestes e o subsequente rápido arrefecimento conjunto. Isso será investigado com mais detalhes em estudos futuros (eurekalert, 2020).

Resumindo

Meteoritos rochosos
Classificam-se em condritos ou acondritos, dependendo se passaram ou não por um processo de fusão e diferenciação no asteroide ou cometa do qual procedem. Os condritos representam 85,7 % dos meteoritos que caem na Terra, enquanto os acondritos só 7,1 %.

Meteoritos metálicos
São meteoritos compostos majoritariamente por ferro e níquel. Por isso, considera-se que são restos de núcleos de asteroides destruídos após uma grande colisão ou explosão. Com grande densidade, são mais pesados que as rochas da Terra, razão pela qual, apesar de representarem apenas 5,7% das quedas, significam 89,3% da massa total.

Meteoritos mistos, sideritos ou litosideritos (siderólitos)
São meteoritos compostos de metal e rocha, ou seja, de material metálico e rochoso. Existem dois tipos: pallasites e mesosiderites. Formam-se, provavelmente, ao se misturarem os núcleos metálicos e os magmas rochosos nos asteroides. São extremamente raros e representam só 2 % das quedas.


GRANDES METEORITOS

Os meteoritos têm sido fonte de inspiração para diversos filmes de ficção científica, desde Deep Impact até Armageddon ou Don't Look Up, mas nunca alcançaram os tamanhos mostrados nas telas dos cinemas. Em concreto, os maiores meteoritos que impactaram na Terra foram:

Hoba
Um fragmento de ferro de 60 toneladas que caiu há 80.000 anos na Namíbia. Não foi descoberto até 1920 e, apesar de seu gigantesco tamanho, não deixou nenhuma cratera visível; intui-se que pôde chocar inicialmente no mar, o que reduziu significativamente sua velocidade.

Ahnighito
Está no Museu Americano de História Natural. O também conhecido como Cape York chocou-se com a Terra faz mais de 10.000 anos. Foi descoberto por Robert Peary em 1894 na Groenlândia; ele conseguiu trazê-lo até Nova York apesar das suas 30 toneladas.

Gancedo
Encontrado faz poucos anos, concretamente em 2016 na região denominada Campo del Cielo, ao noroeste da Argentina, é metálico e passa de 30 toneladas de peso. Sua descoberta superou o El Chaco, também encontrado nessa área, como o segundo maior meteorito.

El Chaco
A cratera foi encontrada na Argentina em 1576 e já era conhecida anteriormente por vários povos aborígenes. Foi redescoberta em 1774 e em 1980 foi finalmente confirmada a existência de um meteorito, com a curiosa história de que tentou ser roubado em 1990 e, posteriormente, em 2015, mas sem sucesso.

Armanty
Descoberto en 1898 na China, perto da fronteria com a Mongólia. Os fragmentos foram encontrados em uma área de 425 quilômetros quadrados, o maior campo de meteoritos do planeta. Atualmente, pode ser visto em Urumqui a capital de Xinjiang, embora sua superficie esteja coberta de pichações em chinês e russo.

Bacubirito
Encontrado no México em 1863 pelo geólogo Gilbert Ellis Bailey, originalmente pesava 21 toneladas e se destaca por sua forma alongada (4,20 metros de comprimento). Está composto majoritariamente de ferro. Não se sabe quando caiu na Terra.

Mbozi
É um dos principais meteoritos encontrados na África. Embora a população local soubesse de sua existência, não foi conhecido por pessoas de fora até 1930. Quando foi descoberto, não encontraram a possível cratera e nem se sabia quando poderia ter ocorrido sua queda.

El Ali
Um dos últimos a serem descobertos. Foi reconhecido como un meteorito em 2020, embora já fosse conhecido pelos moradores locais e esteja presente em várias histórias da região. Com um peso de 15 toneladas, está atualmente na China esperando para ser vendido. Este meteorito contém dois minerais que nunca haviam sido registrados no nosso planeta.

Willamette 
Esta formação rochosa de 15 toneladas foi descoberta em Oregon em 1902 por um mineiro chamado Ellis Hughes e ainda hoje é venerada por uma tribo indígena (Cacklamas), que lhe deram o apelido de tomanowos e que significa “visitante do céu”.(iberdrola)






Fontes




























Asphaug, E. (2010) Similar-sized Collisions and the Diversity of Planets. Chemie der Erde, published online doi:10.1016/j.chemer.2010.01.004.

Asphaug, E., Agnor, C. B., and Williams, Q. (2006) Hit-and-run Planetary Collisions. Nature, v. 439, p. 155-160.

Bottke, W. F. and Martel, L. M. V. (2006) Iron Meteorites as the Not-So-Distant Cousins of Earth. Planetary Science Research Discoveries. http://www.psrd.hawaii.edu/July06/asteroidGatecrashers.html.

Bottke, W. F., Nesvorny, D., Grimm, R. E., Morbidelli, A., and O'Brien, D. P. (2006) Iron Meteorites as Remnants of Planetesimals Formed in the Terrestrial Planet Region. Nature, v. 439, p. 821-824.

Goldstein, J. I., Scott, E. R. D., and Chabot, N. L. (2009) Iron Meteorites: Crystallization, Thermal History, Parent Bodies, and Origin. Chemie der Erde, v. 69, p. 293-325.

Scott, E., Yang, J., and Goldstein, J. (2007) When Worlds Really Did Collide. Planetary Science Research Discoveries. http://www.psrd.hawaii.edu/April07/irons.html.

Taylor, G. J. (2006) Hit-and-Run as Planets Formed. Planetary Science Research Discoveries. http://www.psrd.hawaii.edu/Nov06/hit-and-run.html.

Ulff-Møller, F., Choi, B.-G., Rubin, A. E., Tran, J., and Wasson, J. T. (1998) Paucity of Sulfide in a Large Slab of Esquel: New Perspectives on Pallasite Formation. Meteoritics and Planetary Science, v. 33, p. 221-227.

Wasson, J. T. and Choi, B.-G. (2003) Main-group Pallasites: Chemical Composition, Relationship to IIIAB Irons, and Origin. Geochim. Cosmochim. Acta, v. 67, p. 3079-3096.

Yang, J., Goldstein, J. I., Michael, J. R., Kotula, P. G., and Scott, E. R. D. (2010) Thermal History and Origin of the IVB Iron Meteorites and Their Parent Body. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 74, p. 4493-4506, doi:10.1016/j.gca.2010.04.011.

Yang, J., Goldstein, J. I., and Scott, E. R. D. (2010) Main-group Pallasites: Thermal History, Relationship to IIIAB Irons, and Origin. Geochimica et Cosmochimica Acta, v. 74, p. 4471-4492, doi:10.1016/j.gca.2010.04.016.



(22/IV/2024)

















26.12.24

CALENDÁRIO LUNAR 2025

CALENDÁRIO LUNAR DE 2025

(1)

Esta animação mostra a órbita da Lua como seria vista olhando para a Terra vista acima do equador (Hemisfério Norte) (como se estivéssemos acima do polo norte), e mostra as fases da Lua como seriam vistas da maioria dos lugares no hemisfério norte.

Essa animação mostra a órbita da Lua como seria vista olhando para a Terra acima do Pólo Sul, e mostra as fases da Lua como seriam vistas da maioria dos lugares no hemisfério sul. 

Como vemos a lua no Hemisfério Sul.


CALENDÁRIO LUNAR 







1.12.24

LUCA TWARDOWSKI PRA SCHERER

 UM DIA MUITO FELIZ!

UMA CERIMÔNIA INESQUECÍVEL! 

Cel. Aluno Luca Prá Scherer e eu 

JÁ SINTO SAUDADES 




























































O BAILE
18/XII/2021






































































































































Lucas Feldamnn


Foresti e eu



Luca Pra 























Al. Dann (a esquerda) e Ten. Beck 

Sandra com a taça

Sandra, Mirele e Maurício 

Alessandra e Mirele

Sandra, Ale e Mirele




Daniela Martin e Beck









Mirele, Mauricio, Isadora e Alessandra



TCel. Sandra 



Al. João Vitor Trogildo Foresti

Prof. Alessandra e Al. Foresti



Prof. Mirele


Cap. Isadora e prof. Alessandra


Cap. Isadora, Al. Dann e prof. Alessandra

Matheus Vieira, eu e Furtado

Al. Foresti Cavaleiro da Sublime Ordem do Caminho


Al. Lucas Feldmann











JOÃO VITOR T. FORESTI














AL. Dann e Foresti 








AL. João Vitor Trogildo Foresti atualmente no ITA.