19.5.16

ANEXOS EMBRIONÁRIOS - ÂMNIO, CÓRION, VITELO E ALANTÓIDE

ANEXOS EMBRIONÁRIOS

ÂMNIO

âmnio (do Latin amnion: membrana ao redor do feto; e do Grego:  ἀμνίον água corrente, pote onde o sangue das vitimas (animais) era coletado. O âmnio é uma bolsa ou cavidade em forma de saco repleta de líquido amniótico, onde o embrião permanece até o nascimento. O âmnio  tem uma função protetora, permitindo que o embrião se desenvolva num ambiente úmido e evitando a perda de água pelo embrião. Além disso, o âmnio protege o embrião, amortecendo os choques mecânicos e aderência, alem disso, pode evitar variações de temperatura. Na evolução dos vertebrados os répteis foram os primeiros amniotas o que lhes permitiu a conquista definitiva do ambiente terrestre.


CÓRION


O cório ou córion (do Grego: χόριον) é a membrana extra-embrionária que existe durante a gravidez. Apresenta duas camadas: 1) camada externa chamada de trofoblasto (do grego: trophos de trephein: alimentar + blastos: germinar) que é formada por duas outras camadas (o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto); e 2) uma camada interna formada pelo mesoderma somático. O córion é o revestimento externo do embrião e que confere proteção mecânica, proteção térmica e contra a entrada de microorganismos.



VITELO


O vitelo (do Latim: vitellus, vitellum = gema do ovo) é uma bolsa revestida por membrana que acumula reserva. O saco vitelínico é responsável pelo armazenamento de nutrientes, como lipoproteínas, vitaminas, ácidos graxos e colesterol. É o primeiro anexo embrionário que surge e está presente em peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Nos répteis e nas aves o saco vitelínico é bem desenvolvido. Enquanto que nos mamíferos é reduzido uma vez que a fecundação e o desenvolvimento é dentro do corpo da mãe, e a placenta nesse caso é responsável pela nutrição do embrião, e também pela produção de hemácias (eritrócitos = células vermelhas do sangue) nos primeiros estágios da vida. Nos répteis e aves o vitelo (gema do ovo) contem aproximadamente 60 calorias (três vezes mais do que a clara). Um ovo grande, pode conter: 2,7 g de proteínas, 210 mg de colesterol, 0,61 g de carboidratos e 4,5 g de gordura total. Vitaminas A, D, E e K (solúveis na gordura), sendo um dos raros alimentos que contém vita D. 


ALANTOIDE

É uma pequena bolsa em formato de salsicha (do grego: αλλαντοΐδα, allantoida, allantoides, pequena salsicha) ricamente vascularizada, encontrada apenas em répteis, aves e mamíferos monotremados (que colocam ovos = Equidna e Ornitorrinco). 
O alantóide Origina-se de uma evaginação do intestino primitivo.
Apresenta as seguintes funções:
1) em répteis e aves - armazenar os resíduos nitrogenados formados pelo embrião durante o desenvolvimento.
2) promover as trocas gasosas do embrião com o meio
3) promover a absorção do cálcio da casca do ovo para a formação do esqueleto. A descalcificação da casca facilita seu rompimento no momento da eclosão do filhote.
Nos demais mamíferos (marsupiais e placentários), isso não ocorre, pois o alantoide junta-se com o saco ou vesícula vitelínica, formando o cordão umbilical, que elimina as excretas nitrogenadas do sangue do embrião para o sangue da mãe através da placenta. Nesses mamíferos, os vasos sanguíneos do alantoide auxiliam na formação da placenta.
Os répteis, as aves e os mamíferos são amniotas e alantoidianos, por formarem âmnion e alantóide. Os peixes e os anfíbios, por sua vez, são anamniotas (sem âmnio)  e analantoidianos (sem alantoide), por não formarem âmnion nem alantóide, pois seu desenvolvimento se dá na água e os resíduos tóxicos de seu desenvolvimento podem ser liberados diretamente no meio (água).

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