28.8.23

ÓRGÃOS DOS SENTIDOS: VISÃO

VISÃO






O OLHO HUMANO

O tipo de olho comum entre os vertebrados evoluiu há menos de 100 milhões de anos, evoluindo de um simples sensor de luz para ritmos circadianos e sazonais, há cerca de 600 milhões de anos, para o que conhecemos nos peixes, anfíbios, repteis, aves e mamíferos até chegar ao órgão sofisticado de hoje, em termos ópticos e neurológicos, foi uma evolução de 500 milhões de anos de seleção natural.

Como sabemos, o processamento de imagens pelos nossos olhos é feito da seguinte forma: a luz (fótons) emitidas por uma fonte de luz qualquer (lâmpadas, velas, Sol etc.), que ao incidir sobre os objetos é refletida, atingindo nossa córnea, atravessa-a, atravessa também o humor aquoso e entre na pupila, atravessa o humor vítreo e para na retina, camada fotossensível formada por cones e bastonetes. A retina é como uma película “fotográfica” dos olhos, onde a imagem se forma e onde é transformada em sinais elétricos, esses sinais elétricos são transportados pelo nervo óptico. O nervo óptico, que reúne os axônios da retina, emerge do olho em sua parte posterior, atravessa a órbita e alcança a base do encéfalo, próxima à glândula hipófise.

a área para o lobo occipital no qual esses impulsos eletricos formados pelas imagens sendo finalmente, analisadas.

Espectro visível pelo olho humano
(Fonte Horst Frank, Jailbird, Alebergen, WP)



Comprimento de ondas (brainly)


Aspecto de um olho normal


CARACTERÍSTICAS

O olho humano é um órgão na forma de um globo, localizando-se em uma cavidade óssea, na face, chamada órbita. Cada órbita é uma cavidade que contém o globo ocular, os músculos, os nervos e os vasos sanguíneos, assim como as estruturas que produzem e drenam as lágrimas, as glândulas lacrimais. 



Anatomia do olho
(Highlights of Ophthalmology, Benjamin F. Boyd, séries de 1996 a 2000)

Protegido pelas pálpebras, o olho possui aproximadamente 2,54 centímetros de diâmetro (2,54cm de profundidade e 2,3 cm de altura). Constitui o órgão da visão, sendo responsável por captar, através da córnea, a luz refletida pelos objetos que estão à nossa volta. Toda a luz deve passar primeiro pela da córnea para entrar no olho. Esta luz, atravessa o humor aquoso e chega à íris, que regula a quantidade de luz recebida por meio de uma abertura chamada pupila
Penetrando no globo através dessa abertura (a pupila), a luz, atinge o cristalino, que funciona como uma lente responsável pela focalização dos raios luminosos. Os raios luminosos atravessam o humor vítreo, e são então convergidos para determinado ponto da retina, que é revestida por milhões de células fotossensíveis os cones e os bastonetes.
A retina contém um composto químico chamado rodopsina. Ela é a responsável por converter a luz (imagem) em impulsos elétricos que o cérebro interpreta como visão. As fibras nervosas da retina juntam-se na parte posterior do olho e formam o nervo ótico, que conduz os impulsos elétricos ao cérebro através do nervo óptico. (modif. de gta, focus).

Refração
O olho coleta raios de luz emitidos ou refletidos por objetos no ambiente e os focaliza sobre a retina, formando imagens. A focalização dos objetos é produto da combinação dos poderes de refração da córnea e do cristalino.

Pode ser surpreendente saber que é a córnea, e não o cristalino, a lente responsável pela maior parte do poder de refração de seus olhos. A razão disso é que a luz atinge o olho ao se propagar pelo ar, e a córnea é predominantemente constituída por água. A refração ocorre, em boa parte, porque a luz viaja significativamente mais devagar na água do que no ar. Em comparação, menos refração é produzida pelo cristalino, uma vez que a sua constituição aquosa não difere muito da dos humores aquoso e vítreo. Uma pequena diferença de densidade (compactação) do cristalino faz o seu índice de refração ser de 1,41, levemente superior ao da água (1,33), conferindo sua capacidade de refração adicional. Isso, aliado à sua flexibilidade, capaz de modificar a sua curvatura, permite focar objetos próximos localizados em diferentes pontos, a poucos metros do observador.

Embora a córnea realize a maior parte da refração do olho, o cristalino contribui com cerca de uma dúzia de dioptrias adicionais para a formação de uma imagem nítida de um ponto distante. Entretanto, o mais importante é que o cristalino está envolvido na formação de imagens nítidas daqueles objetos mais próximos, situados a uma distância menor que 9 m em relação ao olho. Mais precisamente, esses raios divergem a partir de uma fonte de luz ou de um ponto sobre um objeto, e um maior poder de refração será necessário para focalizá-los na retina. Este poder adicional de focalização é fornecido pela mudança na curvatura do cristalino, um processo chamado de acomodação.(USP)


ANEXOS OCULARES

1) Órbitas: Cavidade Óssea que forma a Órbita; são cavidades ósseas dispostas simetricamente, uma em cada lado da face, que acomodam e protegem os olhos e seus acessórios.

Órbita, globo ocular e glândula lacrimal

2) Músculos extrínsecos: São seis músculos em cada olho (reto lateral, reto medial, reto superior, reto inferior, obliquo inferior e obliquo superior). Prendem-se na esclera de um lado e na órbita do outro. Trabalhando em conjunto entre si (em relação aos músculos do mesmo olho e também aos músculos do olho contra-lateral) movimentam os olhos.

Os músculos reto lateral (LR), reto medial (MR), reto superior (SR), reto inferior (IR), oblíquo inferior (IO) e oblíquo superior (SO) são vistos sob vários ângulos: (A) superior, (B) lateral, (C) medial e (D) inferior.

3) Pálpebras: funcionam como uma cortina abrindo e fechando os olhos, servem para protegê-los, distribuem a lágrima e ajudam a remover corpos estranhos nos olhos.

4) Cílios: protegem o olho de poeiras suspensas no ar.

5) Sistema lacrimal: a lágrima é produzida pelas glândulas lacrimais (principal e acessórias). O escoamento da lágrima ocorre para o nariz, através do sistema de drenagem da lágrima, que se inicia nos pontos lacrimais.

O ducto ou canal hialóideo é uma área central clara do olho que atravessa o humor vítreo do ponto cego ou disco óptico até a lente. É mais estreito no centro do que nas extremidades.

Função do canal hialoide
Sua principal função é estabilizar a lente e facilitar a acomodação. Como a zônula não é um tecido contínuo, mas sim composta de fibras, ela também permite que o fluido passe da câmara posterior atrás da íris para a câmara vítrea.

Importância do canal hialoide
Esse canal serve para abrigar a artéria hialoide na vida fetal, que supre o cristalino durante gestacional. O corpo vítreo contribui para o poder de refração do olho, embora seu índice dióptrico seja significativamente menor que o da córnea e do cristalino.


Os principais componentes do olho humano são:

BULBO DO OLHO
O que chamamos de olho, na verdade, é o bulbo do olho. E é ele quem contém os elementos do olho. É uma estrutura esférica, que se localiza na cavidade orbitária. Para compor o bulbo do olho, temos três túnicas: a túnica fibrosa, a túnica vascular e a túnica interna. Veremos cada uma dessas túnicas, pois elas contêm os elementos do bulbo do olho, elementos esses que permitem a formação da imagem. 

Túnica fibrosa
A túnica fibrosa é a túnica mais externa, garantindo força e resistência ao bulbo do olho. Uma das estruturas que forma a túnica fibrosa é a esclera. A esclera é a “parte branca do olho”, a qual vemos apenas a porção anterior. Posteriormente (atras do bulbo), a esclera também está presente, sendo importantíssima para fixação dos músculos extrínsecos e intrínsecos do olho.
A outra parte que compõe a túnica fibrosa é a córnea. Ao contrário da esclera, que é branca, a córnea é transparente e está presente apenas na porção anterior do bulbo do olho. Outra diferença é que a córnea é mais convexa e também mais sensível do que a esclera. Para nos localizarmos e compreendermos melhor, a córnea está sobre a íris e a pupila, mas não impede a visualização de ambas por ser totalmente transparente.

Túnica fibrosa: Córnea e esclera
A túnica fibrosa como um todo, esclera e córnea, possui pouca ou nenhuma vascularização, respectivamente. A nutrição se dá pelo líquido lacrimal e pelo humor aquoso. Para que a nutrição aconteça, principalmente da córnea, que é avascular, há um local que marca a união da esclera e da córnea, que é o limbo da córnea. Esse local é importante pois nele chegam diversos capilares sanguíneos que trazem nutrientes e oxigênio para essa parte do olho.

A córnea é a superfície anterior elíptica, mede aproximadamente 12,6 mm no meridiano horizontal e, 11,7 mm no vertical. Com uma espessura média de 0,52 mm na região central e de 0,65 mm ou mais, na região periférica. Ela não apresenta em sua superfície anterior uma curvatura uniforme. Sendo assim, tem sua curvatura mais acentuada na região central e mais plana na região periférica. Seu raio de curvatura médio está em torno de 7,8 mm na superfície anterior da região central, e de 6,6 mm na superfície posterior. Sua estrutura não é vascularizada e sua inervação é desprovida de bainha de mielina, o que garante a sua total transparência.

A córnea é composta por cinco camadas: 

1) Epitélio corneano, compõe-se de cinco a seis camadas de células do tipo epitélio escamoso estratificado e não queratinizado com três tipos de células diferentes. Na região basal mais internas (camadas mais profundas) suas células são colunares, com atividade mitogênica (grande capacidade de regeneração). Essas células basais, estendem-se verticalmente da membrana de Bowman da qual se separam pela lâmina basal do epitélio. 
As células aladas, camada intermédia, aderem às células basais estendendo-se sobre estas.
Na parte mais externa do epitélio encontramos as células superficiais/escamosas que se caracterizam por serem mais delgadas e possuem microvilosidades, aumentando a superfície corneana em contacto com o filme lacrimal. Esta camada epitelial encontra-se em constante renovação, promovida pelas células estaminais presentes no limbo esclero-corneano, num ciclo de processos migratórios celulares com duração de sete a dez dias.
As células superficiais são as mais antigas, e começam a descamar, outras células novas vão naturalmente tomando a forma estratificada. Para que ocorra a renovação da célula na superfície são necessários sete dias, período necessário para a ocorrência da mitose. O epitélio apresenta-se com uma superfície lisa e brilhante, o que lhe assegura o seu poder de refração. Função do epitélio corneano: barreira contra perda de líquidos e evita a penetração de microrganismos.







(Fonte: slideplayer)


A

B
Córnea e suas camadas (A: zanettesaudevisual, B: coqt)

C

D
Córnea (C e D: zanettesaudevisual)

2) Membrana ou camada de Bowman: esta membrana é formada de células do epitélio basal, da lâmina basal, e de fibras do Estroma anterior.
A membrana de Bowman é a fronteira entre o epitélio e o estroma corneano com uma espessura de 8 a 15 µm que ajuda a manter a forma da córnea. Não se trata propriamente de uma membrana mas sim de uma condensação acelular da porção anterior do estroma. Esta camada não tem capacidade regenerativa sendo que qualquer distúrbio provoca uma cicatriz irreversível.

3) Estroma: representa cerca de 90 a 95% da espessura da córnea. é a camada mais espessa da córnea, ocupa cerca de 90% da espessura total. É composto basicamente por fibras de colágeno e células. É responsável por sustentar as células, conhecido como tecido conectivo.
A sua composição de queratócitos, fibroblastos, tecido neural, células de Schwann e maioritariamente de fibras de colagénio influencia o funcionamento fisiológico, a estrutura e a função ótica da córnea. As fibras de colagénio distribuem-se em 200 a 250 lâminas, paralelas e prependiculares entre si, numa distância uniforme que garante a transparência da córnea. Menbrana de Dua; é uma membrana delgada, resistente e impermeável ao ar localizada no estroma profundo.

4) Menbrana de Dua: é uma membrana delgada, resistente e impermeável ao ar localizada no estroma profundo.
Em 2013, pesquisadores britânicos da equipe do professor Harminder Dua descobriram uma nova camada na córnea, entre o estroma e a membrana Descemet, chamada de Dua. Essa camada é bem fina com aproximadamente 15 micras, e representa apenas cerca de 2 a 3% da espessura da cornea. O pesquisador afirma que essa nova camada têm um papel importante na resistência e impermeabilidade ao ar. 

5) Membrana de Descemet: é responsável por revestir a superfície do Estroma e uma camada posterior, localizada próximo ao Endotélio: células hexagonais responsáveis por manter a transparência das camadas da córnea.

6) Endotélio
O Eendotélio é uma monocamada de células hexagonais em contacto com o humor aquoso. Durante muitos anos pensou-se que o endotélio não tinha capacidade de regeneração, no entanto estudos recentes realizados em modelos animais mostram que existe um aumento da densidade celular após lesão provocada nesta camada. É o principal regulador da hidratação corneana, mantendo a turgescência e garantindo a transparência da córnea. Com o envelhecimento, o número de células diminui dando origem a fenómenos de polimegatismo e/ou polimorfismo nas restantes células que tentam compensar as zonas afetadas pela morte celular. Polimegatismo é o termo utilizado para descrever células do mosaico endotelial que tenham grande variação em seu tamanho mantendo a forma hexagonal. A primeira camada, o epitélio, é uma camada de células que cobre a córnea, em contato com o humor aquoso. 




Túnica vascular
Enquanto a túnica fibrosa quase não tem vasos, a túnica vascular, como seu nome sugere, é rica em capilares sanguíneos.

Túnica Vascular: Corióide + Corpo ciliar + Músculo ciliar + Íris + Pupila.

Uma das estruturas que compõe essa túnica vascular é a corioide, uma camada de coloração marrom-avermelhada, que cobre a maior parte da esclera. A corioide é rica em vasos sanguíneos e fornece nutrição às estruturas adjacentes, que são avasculares. Uma aspecto interessante a respeito da corioide é que, graças a ela, há o reflexo vermelho do olho, que deve ser avaliado ao examinar o olho, e que, rotineiramente, aparece em fotos com uso de flash.

Outra estrutura que compõe essa túnica é o corpo ciliar. A corioide é contínua com o corpo ciliar. O corpo ciliar contém tecido vascular e muscular. É nele que a lente é fixada. O tecido muscular, que compõe o corpo ciliar, é importante para regular o foco da lente, pois a contração do músculo liso ali presente é quem faz essa regulação. O corpo ciliar apresenta os processos ciliares, que realizam a secreção de um líquido, o humor aquoso.

O humor aquoso é um líquido transparente que nutre a córnea e o cristalino. Ele interfere na pressão interna do olho. Dessa forma, excesso de produção, ou redução da drenagem, podem provocar aumento da pressão intraocular (pressão intraocular normal é entre 10 e 21,5 mmHg).

A íris é a última estrutura que compõe a túnica vascular. A íris está localizada anteriormente no olho e possui uma abertura no centro, a pupila. A íris é a parte colorida do olho, que varia entre os indivíduos. Já a pupila é o orifício que regula a entrada de luminosidade, corresponde a área preta ao centro, por onde entram os raios de luz.

A pupila pode alterar seu diâmetro contraindo-se ou dilatando. Isso se dá por diversos motivos, sendo um deles a iluminação local. Se você está em lugar com intensa iluminação, por exemplo ao sol, a pupila tende a reduzir seu diâmetro para controlar o quanto de luz entrará.

Da mesma forma ocorre se você estiver em um local com pouca iluminação: a pupila se dilata na tentativa de captar o máximo de luminosidade possível. Outra situação em que a pupila varia é por atuação do sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático.

Quando por atuação do simpático, há um aumento da atividade, por exemplo, uma corrida. Então, há um estímulo para que a pupila dilate. Enquanto que por ação do sistema nervoso parassimpático, a tendência é que haja uma redução do diâmetro da pupila.

Os termos para esse aumento ou redução da pupila são midríase para a dilatação, e miose para a redução da pupila. Mas você pode se perguntar, como essa alteração do tamanho acontece? Há dois músculos da pupila que promovem o aumento ou redução da pupila, o músculo dilatador da pupila e o músculo esfíncter da pupila. 

Túnica interna
A túnica interna, apesar de todas as outras túnicas serem importantes, tem uma importância especial. Isso porque ela é composta pela retina, a camada do olho formada por tecido nervoso.


Túnica Interna: a túnica interna é a própria Retina.

A retina possui duas diferentes regiões: uma região óptica e a uma região cega. A parte óptica possui dois estratos: um estrato nervoso, que é sensível aos raios luminosos, e um estrato pigmentoso, que auxilia a corioide na absorção de luz. A parte cega é uma continuação do estrato pigmentoso. A coroide é uma camada vascular da parede do globo ocular, que fica entre a parte branca do olho (esclera) e a retina (membrana visual)

Abaixo (ou atrás) da retina acha-se a coróide, um novelo vascular com a função de nutri-la. Coróide, corpo ciliar e íris possuem mesma origem embrionária e constituem a úvea.

Na face posterior do bulbo do olho, há uma região muito importante na prática clínica, conhecida como fundo do bulbo do olho. Nessa região do fundo do olho, é por onde o nervo óptico entra no bulbo do olho, sendo que o local de entrada é chamado de disco do nervo óptico ou papila óptica. Esse local não é fotossensível e é conhecido como ponto cego.

Lateralmente à papila óptica, está a mácula lútea, uma região que possui fotorreceptores especiais, importantes para a acuidade visual. Ao centro da mácula, há uma depressão conhecida como fóvea central, que é o local de maior acuidade visual.

CÓRNEA 
Trata-se de uma membrana de aspecto transparente, cuja localização é em frente à íris. Sua função é permitir a entrada de raios de luz no olho e, através disso, possibilitar a formação da imagem nítida na retina (veja acima).

A córnea é um tecido avascular, transparente e altamente inervado sendo um dos tecidos mais sensíveis do corpo humano. Tem aproximadamente 12 mm de diâmetro, tendo uma maior espessura na periferia (≈ 0.65 mm) que no centro (≈ 0.50 mm) e uma forma prolata, ou seja, é mais plana na periferia que no centro (2,3). Responsável por 70% da refração da luz é constituída por seis camadas enumeradas de seguida da mais externa para a mais interna: 

Dimensões da córnea

ÍRIS 
Pode ser descrita como um círculo que apresenta cor, possuindo um orifício central, chamado PUPILA. É também conhecida popularmente como “menina dos olhos”. Possui como função o controle da quantidade de luz capaz de entrar no olho: um ambiente que apresente luz com muita intensidade faz a pupila se fechar. Já um ambiente que possua luz com pouca intensidade faz a pupila dilatar-se.

CRISTALINO 
Trata-se de uma lente biconvexa, de aspecto transparente, com flexibilidade suficiente para ser capaz de ajustar sua forma. Está localizado atrás da íris e possui como função focalizar os raios de luz diretamente para um ponto específico da retina.

É uma estrutura transparente, sem vasos e nervos, mas constituída por fibrilas celulares, formando lamelas concêntricas. Essas fibrilas são transformações das células epiteliais da região equatorial do cristalino, que vão se sobrepondo continuamente, durante toda a vida. Daí, como no tronco de uma árvore, poder ser feito um histórico dessa estrutura viva: as camadas mais internas são as mais antigas, distinguindo-se um núcleo embrionário (formado entre o 1º e o 3º mês da gestação), um fetal (entre o 3º e o 8º), um infantil (do fim da gestação à puberdade) e um adulto (a partir dessa época). Também a zona cortical, entre esse núcleo e o epitélio subcapsular cresce, ainda mais rapidamente, passando de 1/6 de toda a espessura do cristalino, num adolescente, a 1/3, num velho. Cobrindo o epitélio (que existe apenas na face anterior do cristalino), estrutura unicelular, sem camada basal, acha-se a cápsula, uma formação fina (4 a 23 µ), amorfa, mas bem resistente e altamente elástica. O cristalino é nutrido pelo humor aquoso, num processo de diálise, realizado pela semipermeabilidade da cápsula. (Bicas, 1997).

Preso ao corpo ciliar por finos ligamentos suspensores (que se estendem por uns 2,5 mm de cada lado do equador) ou zônula, o cristalino pode ter suas curvaturas aumentadas pela contração do músculo (esfíncter) ciliar, no processo chamado acomodação. Com isso, aumenta seu poder dióptrico, ajustando o ponto imagem do olho à posição da retina, quando objetos mais próximos são apresentados para discriminação visual. Com o tempo, a flexibilidade do cristalino se reduz e o processo de acomodação vai, progressivamente, perdendo sua capacidade (presbiopia). Além disso, a transparência pode também se degradar por alterações metabólicas naturais (catarata senil), por distúrbios bioquímicos do plasma (e.g., catarata galactosêmica, diabética), por desagregações estruturais (cataratas por infravermelhos, por radiações ionizantes), por embebição pelo humor aquoso, em lesões capsulares (perfurações, ainda que pontiformes, dando cataratas traumáticas).(Bicas, 1997)

RETINA 
A retina é uma camada com terminações nervosas, localizada na parte interna do globo ocular. Nela encontram-se as chamadas células fotorreceptoras. Nosso olho possui dois tipos de fotorreceptores: as células cones, que são responsáveis pela visão central e pela visão de cores, as células bastonetes, que são responsáveis pela visão periférica e pela visão noturna (P&B). A retina possui como função transformar estímulos luminosos em estímulos nervosos (elétricos), para que sejam enviados para o cérebro pelo nervo óptico, e assim, possam ser transformados em visão.

Estrutura da retina

Corte histológico de uma retina humana vista ao microscópio.

A retina é a estrutura fundamental do olho, embora não possa subsistir sem as outras. Topograficamente, divide-se numa parte periférica, atrófica e sem interesse, por ser insensível à luz, que vai desde a chamada “ora serrata” (internamente, a uns 6 a 8 mm atrás do limbo, e a uns 6 mm à frente do equador ocular) à borda da pupila, recobrindo o corpo ciliar e a face posterior da íris, frequentemente assumida como um estrato da úvea anterior. A parte sensorial recobre todo o restante das camadas internas da úvea e também se subdivide numa porção “periférica” (em que predominam os fotorreceptores conhecidos como bastonetes e uma arquitetura de campos receptivos muito amplos) e numa “central” (em que são mais abundantes os cones). Esses fotorreceptores representam o primeiro neurônio da organização sensorial visual, contendo pigmentos sensíveis à luz (rodopsina nos bastonetes, iodopsina nos cones) que ao se decomporem por ação dela numa proteína (opsina) e num carotenóide (relacionado a aldeídos da vitamina A) desencadeiam alterações do potencial elétrico celular e que serão transmitidas por “ondas” de despolarização, seguidas de repolarização de membranas de axônios, como sinais neurais. O segundo elemento da cadeia neural é a célula bipolar, que repassa o impulso à célula ganglionar. São os axônios desta as fibrilas do nervo óptico, cujas sinapses dar-se-ão no corpo geniculado lateral. Dependendo de como são estruturadas as ligações dos fotorreceptores às células ganglionares, o tipo de visão originada terá características completamente diferentes: escotópica (mais sensível a baixas intensidades luminosas, mas acromática e com paupérrima capacidade resolutiva, na retina periférica) e a fotópica (discriminativa de cores e formas, com boa resolução, mas dependente de intensidades luminosas relativamente altas, topograficamente associada à retina central)

A retina faz parte da túnica interna, que apesar da importância de todas as outras túnicas existentes, tem uma importância especial. Isso porque ela é composta pela retina, a camada do olho formada por tecido nervoso.

A retina possui cerca de 126 milhões fotorreceptores, sendo praticamente 120 milhões de bastonetes e 6 milhões de cones, e o nervo óptico tem mais de um milhão de fibras nervosas. Essas células, além de ajudar na formação das cores e formas, também permitem que as informações sejam enviadas ao cérebro com grande rapidez (retinapro).

Há três tipos de cones: 

1) Cones que se excitam com luz vermelha; 
2) Cones que se excitam com luz verde; 
3) Cones que se excitam com luz azul. 

Os bastonetes ocupam o restante da retina. Não têm resolução visual tão boa, mas são mais sensíveis à luz que os cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra.


Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz, a rodopsina, produzida a partir da vitamina A.
A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira noturna ou à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e espessa, podendo levar à cegueira irreversível). Os cones são encontrados principalmente na retina central, em um raio de 10º a partir da fóvea. Os bastonetes, ausentes na fóvea, são encontrados principalmente na retina periférica e transmitem informação diretamente para as células ganglionares. No fundo do olho está o ponto cego, insensível à luz. No ponto cego não há cones ou bastonetes e dele emergem o nervo óptico e os vasos sanguíneos da retina (USP).







Túnica interna: retina

O sistema básico de processamento da informação na retina. A informação sobre a luz flui dos fotorreceptores para as células bipolares e daí para as células ganglionares, as quais projetam axônios para fora do olho no nervo óptico. As células horizontais e amácrinas modificam as respostas das células bipolares e ganglionares via conexões laterais.

A retina possui duas diferentes porções: a parte óptica e a parte cega. A parte óptica possui dois estratos: um estrato nervoso, que é sensível aos raios luminosos, e um estrato pigmentoso, que auxilia a corioide na absorção de luz. A parte cega é uma continuação do estrato pigmentoso.

Na face posterior do bulbo do olho, há uma região muito importante na prática clínica, conhecida como fundo do bulbo do olho. Nessa região do fundo do olho, é por onde o nervo óptico entra no bulbo do olho, sendo que o local de entrada é chamado de disco do nervo óptico ou papila óptica. Esse local não é fotossensível e é conhecido como ponto cego.

Lateralmente à papila óptica, está a mácula lútea, uma região que possui fotorreceptores especiais, importantes para a acuidade visual. Ao centro da mácula, há uma depressão conhecida como fóvea central, que é o local de maior acuidade visual (blog.jaleko).

É interessante observar que não é possível se produzir a sensação de luz na região da papila óptica, uma vez que ali não existem fotorreceptores. Também não podem se formar onde passam os grandes vasos sanguíneos, pois estes lançam sombras sobre a retina. Mesmo assim, a nossa percepção do mundo visual parece contínua, sem remendos: não percebemos nenhum “buraco” em nosso campo visual, pois o cérebro completa a nossa percepção dessas áreas. Há, porém, alguns truques que nos permitem demonstrar a existência das áreas “cegas” da retina.

No centro de cada retina há uma região mais escura, com um aspecto amarelado. Esta é a mácula lútea (do latim para “mancha amarelada”), a parte da retina dedicada à visão central (em oposição à visão periférica). Além de sua cor, a mácula distingue-se pela relativa ausência de grandes vasos sanguíneos. Observe, na Figura 9.5, que os vasos sanguíneos se curvam a partir da papila óptica em direção à mácula; essa é também a trajetória das fibras do nervo óptico a partir da mácula em direção à papila. A relativa ausência de grandes vasos sanguíneos nessa região da retina é uma das especializações que melhoram a qualidade da visão central. Outra especialização da retina central que pode, às vezes, ser observada ao oftalmoscópio é a fóvea, um ponto escuro com cerca de 2 mm de diâmetro. O termo fóvea vem do latim para “poço”, uma vez que este é o ponto em que a retina é mais delgada. A fóvea é um ponto de referência anatômica bastante conveniente, uma vez que define o centro da retina.
Assim, a parte da retina que se situa mais próxima ao nariz com relação à fóvea é chamada de nasal, a parte que se situa mais próxima às têmporas é chamada de temporal, a parte da retina acima da fóvea é chamada de superior e a parte que fica abaixo, de inferior.


COROÍDE
É a camada vascular do globo ocular. A coróide é constituída por 3 partes contíguas: coróide propriamente dita; corpo ciliar e íris
A coróide é constituída por um plexo venoso, estando as veias mais finas voltadas para a retina e as mais grossas para a esclera. Esta vascularização influencia a cor da esclera visível. O corpo ciliar continua com a coróide em uma linha ondulada, segundo o corte sagital, para conjuntamente com a retina, extremamente adelgaçada, constituir o plano da íris. O centro do corpo ciliar é constituído pelo músculo ciliar. 
Atrás da íris dispõe-se o processo ciliar ao qual se inserem as fibras suspensoras da lente (cristalino). A íris é formada pela borda anterior do corpo ciliar que muda bruscamente de direção. É importante lembrar que a íris não se dispõe segundo um plano frontal, mas segundo uma calota de curvatura muito discreta. 
A íris separa a pequena camada aquosa, posterior, da grande camada anterior. Contém fibras musculares circulares e radiais: esfíncter pupilar e dilatador pupilar. Do ponto de vista da coloração e da estrutura, distinguem-se, no disco da íris, 3 zonas circulares: Interna ou pupilar, média e externa. Estas zonas apresentam diferença em exames diferentes sob condições de iluminação diversas. Sob a luz deficiente (pouca ou nenhuma luz), a pupila sofre dilatação em detrimento da largura da zona interna e predominância da coloração das outras duas zonas. (edisciplinas-usp).

HUMOR VÍTREO 
Substância de textura viscosa e aspecto transparente, localizada entre o cristalino e a retina.
O corpo vítreo ou humor vítreo, é uma estrutura gelificada, composta basicamente de água (99% de sua massa de cerca de 3,9 g), de ácido hialurônico e fibrilas colágenas. É transparente e mantém restos de vítreo embrionário e da artéria hialóide, formando o canal de Cloquet, entre o cristalino e o disco óptico, visível como uma fina teia em seu interior. Também células descamadas da retina e úvea anterior podem ser aí encontradas. São elas e filamentos opacos do vítreo que dão as imagens de “moscas volantes”, pequenas manchas que se movem com a rotação do olho.

HUMOR AQUOSO 
Substância líquida e transparente, localizada no espaço entre a córnea e a íris. Nutre a córnea e o cristalino, sendo também responsável por regular a pressão interna do olho.












O humor aquoso, é produzido atrás da íris do olho, e “preenche a câmara posterior, atravessa a pupila e vem preencher a câmara anterior”, sendo, então, escoado entre a córnea e a íris. O especialista explica que o excesso de produção do humor aquoso, ou sua dificuldade de escoamento, elevam a pressão ocular e que este problema, em altos níveis, pode ter relação com glaucoma, doença ocular. A importância do humor aquoso está em suas propriedades nutricionais, capazes de oxigenar os tecidos oculares, já que essa renovação é importante para “modular a inibição da inflamação”, controlando seus solutos, de acordo com as demandas dos tecidos.

ESCLERA OU ESCLERÓTICA
Corresponde à parte branca do olho, apresentando como função a proteção ocular. (gta)
Do grego “skleros”, duro, é o envoltório protetor do olho e que lhe dá sustentação. Formada por lamelas fibrosas de fibras conjuntivas colágenas e elásticas entrelaçadas irregularmente, em várias direções e densamente compactadas em feixes de uns 10 a 15 µ de espessura e comprimento aproximadamente dez vezes maior, é uma camada opaca (branca), resistente, com cerca de 1 mm de espessura, praticamente avascular. É nela que se inserem os músculos oculares externos. 
Por ser quase inextensível, mantém o volume ocular praticamente inalterado, tornando as alterações de equilíbrio hidrodinâmico do olho um fator condicionante da pressão intraocular. Na intimidade da esclera (substância própria, ou estroma da esclera), aparecem alguns vasos e nervos. Externamente, é recoberta por uma fina camada, elástica, delicada (episclera) e, internamente, por uma outra, também elástica, pardacenta (pela presença de cromatóforos), a lâmina fosca, sobre a qual existe uma camada de células endoteliais, já considerada como parte da úvea.





Músculos do olho

















A íris é a zona do globo ocular responsável pelo colorido do olho, tendo a função de separar a pupila da esclerótica, que constitui a parte branca do olho. O diâmetro médio da pupila é de 4,4 mm, e esta localiza-se no centro da íris. A íris trata-se de uma membrana circular de aproximadamente 12 mm de diâmetro. No contexto do globo, sua posição está entre a córnea e o cristalino, dilatando ou contraindo sua abertura central de acordo com a intensidade da luminosidade, controlando a passagem de luz.(gta)

A íris possui músculos em sua estrutura, responsáveis por lhe conceder esta mobilidade, funcionando como um diafragma de máquina fotográfica, diminuindo ou aumentando a sua abertura (a pupila) e selecionando a quantidade de luz que deve estimular a retina.(gta)

A confiabilidade relacionada à íris é extremamente alta. Sua unicidade é o ponto fundamental para garantir essa confiabilidade, além do fato de ela permanecer estável com o passar dos anos, a não ser que ocorra algum evento imprevisível, como algum trauma ou cirurgia de glaucoma.

A identificação através da íris dispensa o contato físico da pessoa com o aparelho utilizado nesse processo de identificação. Uma fotografia tirada pelo aparelho identificador de uma distância entre 10 cm e 60 cm pode ser considerada suficiente para a identificação do indivíduo de forma eficaz.

A utilização da íris como característica para identificação e autenticação tem por base a validade de alguns requisitos fundamentais para sistemas biométricos:

1) A Unicidade, como já foi dito anteriormente, caracterizada pelo fato de que os seres humanos apresentam íris suficientemente diferentes a ponto de poderem ser identificados através dela.

2) A Universalidade, que está ligada ao fato de que, para ser usada em um sistema biométrico, a característica fisiológica, no caso a íris, deve ser inerente a todos os seres humanos.

3) A Durabilidade, isto é, a inexistência de alterações significativas na íris com o passar do tempo.

4) A Coletabilidade, que significa a possibilidade de se realizar uma medida quantitativa e qualitativa relacionada à característica biométrica.

Devido ao fato de que o reconhecimento de indivíduos através da íris pode ser realizado a distâncias de até aproximadamente 1 metro, os padrões de íris tornam-se uma alternativa interessante para uma identificação e autenticação confiável de pessoas, especialmente quando há a necessidade de se efetuar uma busca através de bancos de dados extensos sem que existam falsas combinações mesmo havendo grande quantidade de registros.

Apesar de seu pequeno tamanho e, muitas vezes, de apresentar dificuldades para a realização da captura da imagem, a íris possui a grande vantagem matemática de ter uma vasta diversificação nos padrões coletados em pessoas diferentes. 

Os métodos para a codificação e reconhecimento dos padrões de íris foram inicialmente introduzidos e descritos pelo John Daugman, físico da Universidade de Cambrigde, em 1993.


CAMPO DE VISÃO

A visão de cada animal com olhos se desenvolveu para adaptar-se às condições de sobrevivência de seus habitats e, por isso, apresenta características diferentes. A posição dos olhos na cabeça influencia no campo visual, formado pela visão periférica e pela visão binocular, ou seja, a visão simultânea pelos dois olhos. 

O campo visual de um cão é formado pela visão periférica direita e esquerda e pela visão binocular (ao centro), sendo que todas têm a mesma medida, que é 80°. 

Já o campo visual de um ser humano é formado por um ângulo raso, ou seja, 180°. A imagem a seguir mostra a visão periférica (em cor amarela) e a visão binocular (em cor azul) de um ser humano e de um cão.



As distâncias através da retina podem ser expressas como graus de ângulo visual.
A Lua vista no céu a vista desarmada (sem nenhum instrumento) tem um diametro angular de 0,5º (meio grau), assim como o Sol. Por ambos apresentarem o mesmo diâmetro angular no céu, é possivel a ocorrencia de eclipses solares. A Lua a lua é 400 vezes menor que o sol, mas, por estar 400 vezes mais próxima da Terra, parece ser do mesmo tamanho. 


O diâmetro do Sol é de cerca de 1400000 km. O diâmetro da Lua mede aproximadamente. 3500 km. Portanto, o diâmetro solar vale cerca de 400 vezes o diâmetro lunar. Mas o Sol também está cerca de 400 vezes mais longe de nós do que a Lua.

Desta coincidência espantosa (tamanhos aparentes iguais), pois nem sempre foi assim, uma vez que a lua já esteve mais perto do nosso planeta e esta se afastando diariamente da Terra, numa razão de 4 centímetros por ano; resulta o fato de ambos os astros, vistos da Terra apresentarem o mesmo tamanho aparente (mesmo diâmetro angular): cerca de 0,5º (meio grau). É essa coincidência que possibilita a ocorrência dos eclipses totais do Sol quando este é eclipsado exatamente pela Lua.

(Fonte: sulinformacao)

O diâmetro aparente do Sol varia ligeiramente ao longo do ano, como resultado da forma elíptica da órbita da Terra, o que faz com que a distância da Terra ao Sol tenha uma pequena variação. O diâmetro aparente da Lua varia um pouco mais do que o diâmetro aparente do Sol, também devido à forma elíptica da órbita da Lua, mas esta órbita é mais excêntrica (excentrecidade da órbita da Lua: 0,0549) (menos parecida com uma circunferência) do que a órbita da Terra em torno do Sol (excentricidade a órbira da Terra: 0,0167). Estas pequenas variações nas distâncias Terra-Lua e Terra-Sol vão traduzir-se por diferenças nos diâmetros aparentes com que, da Terra, vemos a Lua (variação de 14% do seu diâmetro aparente) e o Sol (variação de 3,3%) dependendo da posição em que a Terra e a Lua estão em sua órbita. Esse fato é o que explica as super-Luas.

Variações orbitais terrestres: (A) Excentricidade orbital; (B) Inclinação do eixo terrestre; (C) Precessão dos equinócios. (Fonte: modificado de Harper, 2007).
O movimento precessional é muito mais lento, uma vez que ele leva 25 770 anos para completar-se, por isso que ele é chamado de “O Grande Dia”. Apesar de toda essa lentidão, esse movimento foi descoberto por Hiparco de Alexandria no ano de 129 a.C.

***
Alguns animais, geralmente, mas nem sempre, presas, têm os dois olhos posicionados em lados opostos da cabeça para proporcionar o campo de visão mais amplo possível. Exemplos incluem coelhos, búfalos e antílopes. Nesses animais, os olhos geralmente se movem de forma independente para aumentar o campo de visão. Mesmo sem mover os olhos, alguns pássaros têm um campo de visão de 360 ​​graus.


Alguns outros animais – geralmente, mas nem sempre, animais predadores – têm os dois olhos posicionados na parte frontal da cabeça, permitindo assim a visão binocular e reduzindo o seu campo de visão em favor da estereopsia. No entanto, os olhos voltados para a frente são uma característica altamente evoluída nos vertebrados, e existem apenas três grupos existentes de vertebrados com olhos verdadeiramente voltados para a frente: primatas, mamíferos carnívoros e aves de rapina.

Alguns animais predadores, especialmente os de grande porte, como cachalotes e orcas, têm os dois olhos posicionados em lados opostos da cabeça, embora seja possível que tenham algum campo visual binocular. necessariamente predadores, como morcegos frugívoros e vários primatas, também têm olhos voltados para a frente. Geralmente são animais que precisam de discriminação/percepção de profundidade; por exemplo, a visão binocular melhora a capacidade de colher uma fruta escolhida ou de encontrar e agarrar um determinado galho.

A direção de um ponto em relação à cabeça (o ângulo entre a posição direta e a posição aparente do ponto, a partir do egocentro) é chamada de direção visual, ou versão. O ângulo entre a linha de visão dos dois olhos ao fixar um ponto é chamado de disparidade absoluta, paralaxe binocular ou demanda de vergência (geralmente apenas vergência). A relação entre a posição dos dois olhos, versão e vergência é descrita pela lei da direção visual de Hering.

Em animais com olhos voltados para frente, os olhos geralmente se movem juntos.

Stereopsis, do grego antigo: στερεός, stereós, sólido, e ὄψις, ópsis, aparência, visão, é o componente da percepção de profundidade recuperada através da visão binocular. A estereopsia não é o único contribuinte para a percepção de profundidade, mas é um dos principais. 

Distância pupilar. A medição pode variar amplamente: entre 51 mm e 74,5 mm para mulheres e 53 mm e 77 mm para homens. (Lipener, 2021).

A visão binocular acontece porque cada olho recebe uma imagem diferente porque estão em posições ligeiramente diferentes na cabeça (olhos esquerdo e direito) (estão distantes . Estas diferenças posicionais são referidas como “disparidades horizontais” ou, mais genericamente, “disparidades binoculares”. As disparidades são processadas no córtex visual do cérebro para produzir percepção de profundidade. Embora as disparidades binoculares estejam naturalmente presentes ao visualizar uma cena tridimensional real com dois olhos, elas também podem ser simuladas apresentando artificialmente duas imagens diferentes separadamente para cada olho usando um método chamado estereoscopia. A percepção de profundidade nesses casos também é chamada de "profundidade 




Qual a maior distância que pode ser percebida pelo olho humano? 

Isso depende da intensidade da luz que chega até os nossos olhos. Podemos tomar como exemplo a Galáxia de Andrômeda, distante 2,6 milhões de anos-luz e, ainda assim, visível a olho nu, ou a estrela alfa-Centauri distante da Terra 4,3 anos luz, e mesmo assim igualmente visível no céu noturno.

A visibilidade de dentro da atmosfera terrestre, por sua vez, depende de outros fatores, como a poluição e até mesmo a curvatura da Terra, já que a linha do horizonte “desaparece” diante dos nossos olhos a uma distância de aproximadamente 5 km, quando nos encontramos ao nível do mar. 
Além disso, em 1941, um grupo de pesquisadores da Universidade de Columbia conseguiu inferir que um número mínimo de cinco fótons incidindo simultaneamente (descontando a absorção feita por outras estruturas do olho) sobre cinco bastonetes é o necessário para percebermos o menor sinal luminoso.

Danos ao olho por olhar diretamente ao Sol


Esta imagem mostra o dano causado à retina de um jovem na Inglaterra, tornando-o cego deste olho (sensibilidade=20/400), sem qualquer dor! A visão normal é especificada como 20/20=1, e o limite de cegueira é 20/200. A nomenclatura vem de 20 pés=6 m, a distância nominal para que se enxergue o quadro normal de um teste de visão. 20/200, por exemplo, significa que a pessoa enxerga, a 20 pés, o que uma pessoa normal enxerga a 400 pés. A parte brilhante da foto é o disco ótico. A área escura, neste caso, é a mácula, que na prática tem o tamanho da letra "O" bem no meio da retina, 3mm. É uma área rica em cones, que são células especialmente capazes de detectar detalhes e cores. Bastonetes, em contrates, são células capazes de detectar luz fraca e estão concentrados na periferia da retina. Por esta diferença, a capacidade de detectar luz fraca e periférica pode ficar intacta com a mácula queimada pela luz solar. Exposiçõs mais longas que 15 segundos à luz solar já queimam parte da mácula. Note que este dano é muito maior se utiliza-se um binóculo ou telescópio para olhar o Sol, aumentando o fluxo. Nunca deve se olhar diretamente para Sol, nem a olho nu e muito menos com qualquer equipamento de aumento. (UFRGS)

A luz atravessa primeiramente a córnea, uma película transparente que protege o olho, depois a íris, que regula a quantidade de luz recebida por meio de uma abertura chamada pupila. A luz atravessa então o cristalino (lente biconvexa) onde cerca de 8% é absorvida. Comprimentos de onda menores são mais absorvidos; tanto radiação infravermelha quanto ultravioleta são intensamente absorvidas por proteínas nas estrutura do cristalino e, quando excessivas, podem danificar o olho. O cristalino é uma lente com raio de curvatura variável, graças aos músculos ciliares. No cristalino a luz é focada sobre a retina, onde é transformada em impulsos eletroquímicos para serem decodificados pelo cérebro.

A retina tem aproximadamente 0,5 mm de espessura. Ela é revestida de um pigmento preto, a melanina, para reduzir a reflexão da luz.

Os receptores da retina são de dois tipos:

Cones, para a detecção de cores (6 a 7 milhões), a maioria na fóvea, e
Bastonetes (75 a 150 milhões), para detecção mais sensível, em preto e branco.

Ao chegar nos receptores, a luz passa pelas partes externas das conexões nervosas que levam a informação ao cérebro antes de chegar nos sensores, rodopsina (púrpura vermelha) para os bastonetes e iodopsina (púrpura violácea) para os cones. 

Embora a sensibilidade dos cones sejam somente 1% da máxima dos bastonetes, os três tipos diferentes de cones combinam seus efeitos para produzir nossa visão de cor. Em baixos níveis de luz (visão noturna), somente os bastonetes são ativados pela radiação, e a visão é somente em branco e preto.

Os bastonetes têm máxima sensibilidade próximo de 5100 Å, enquanto os cones próximo de 5500 Å (Johannes Evangelist Purkinje 1787-1869). 

Esta diferença de sensibilidade espectral pode causar diferenças na estimativa de magnitude de duas estrelas, uma brilhante e uma fraca.

O diâmetro da pupila pode variar de 1,5 mm a 8,0 mm, sendo necessário cerca de 5 segundos para a pupila se contrair (miose) ao máximo e 300 segundos para se dilatar (midríase) ao máximo. 

Ao passar de um lugar iluminado para um escuro, o tempo de regeneração da rodopsina dos bastonetes é da ordem de meia hora

A rodopsina tem um peso molecular de cerca de 40000 unidades de massa atômica, e perde fragmentos da ordem de 286 unidades de massa atômica, o retinaldeído, quando a luz incide sobre eles, e vagarosamente se regenera. 

A quebra da rodopsina causa uma mudança na permeabilidade da membrana da célula do receptor a íons de sódio e, portanto, uma diferença no potencial elétrico, que se propaga pelo nervo ótico ao cérebro. 

A fadiga ocular ao olhar fixadamente para uma fonte pequena ocorre por depleção do pigmento nas poucas células envolvidas, e pode ser reduzida desviando levemente o olhar para focar a imagem em outras células.

Aproximadamente 10 fótons são necessários para ativar cada bastonete, mas vários bastonetes precisam ser ativados para que um pulso seja enviado ao cérebro, num total de cerca de 200 fótons.

Incluindo a combinação de receptores diferentes, alterações na pigmentação e ajustes da abertura, o olho pode diferenciar iluminações da ordem de um fator 109 a 1010. 

A resposta à iluminação é logarítmica (lei de Weber-Fechner, Ernst Heinrich Weber (1795-1878) & Gustav Theodor Fechner (1801-1887)]. 

Esta é a razão pela qual a escala de magnitudes proposta por Hiparcos de Nicéa (c.190 a.C.-c.120 a.C.) é logarítmica. 

O limite de visibilidade normal do olho, magnitude=6, corresponde a cerca de 3×10-15 W, mas o envelhecimento normal leva uma pessoa de 60 anos a receber somente cerca de 30% da luz comparado com uma pessoa de 30 anos. 

As imagens formadas pelo olho são invertidas.

Após os 50 anos, o cristalino em geral perde sua elasticidade e, portanto, sua capacidade de mudar de forma, levando à presbiopia. A distância entre o cristalino e a retina permanece fixa em cerca de 20 mm, de modo que a distância focal do cristalino precisa se alterar para permitir a focalização, por exemplo, diminuir para objetos próximos.

À opacificação do cristalino chama-se catarata.

A rodopsina e a iodopsina são constituídas de vitamina A (11-cis-retinal) ligadas a moléculas de proteína (opsina para os bastonetes, fotopigmentos vermelho, verde e azul para os cones). 
A redução no organismo da quantidade de vitamina A pode levar à não formação da púrpura visual suficiente para a atividade da vista.

O poder de convergência de uma lente é dado em dioptrias (Di) e é definido como o inverso da distância focal. 

A córnea tem cerca de 43 dioptrias e o cristalino de 13 Di, para objetos distantes, a 26 Di para objetos próximos

Como o índice de refração do ar é n=1,0002 e da córnea 1,3376, os raios luminosos são bastante desviados pela córnea. Já na água (índice de refração n=1,33) a córnea tem seu poder de focalização reduzido.

O olho humano tem caminhos diferentes para a radiação de baixo comprimento de onda (azul) em relação à de longo (vermelho) 

(D. H. Kelly (1974) "Spatio-temporal frequency characteristics of color-vision mechanisms", Journal of the Optical Society of America, 64, 983], resultando em menor resolução espacial para o azul (15′), enquanto que no vermelho chega a 4′); (G. S. Brindley (1954), "The summation areas of human colour-receptive mechanisms at increment threshold", Journal of Physiology, 124, 400). 

Mais recentemente, Joy Hirsch e Christiane A. Curcio, no artigo de 1989, "The Spatial Resolution of Human Fovael Retina", Vision Research, 1989, 29(9), 1095, calcularam a resolução dos cones do olho, a partir das medidas de seus tamanhos e distribuição, e concluem que é da ordem de 1′, mas as medidas listadas no artigo são entre 1 e 2′. 

No domínio temporal, a integração é da ordem de 100 ms (10 Hz) no azul e 30 μs (30 a 60 Hz) no vermelho, para altos níveis de radiação (J. Krauskopf & J. D. Mollon (1971) "The independence of the temporal integration properties of individual chromatic mechanism in the human eye", Journal of Physiology, 219, 611).(UFRGS).


A FORMAÇÃO DA IMAGEM

Quando a luz incide sobre um objeto esse corpo refletirá ou absorverá partes do comprimento de onda. O que vemos, então, como sendo as cores do objeto são diferentes comprimentos de ondas de luz refletidas por ele. Entenda porque enxergamos o céu azul ou porque as nuvens nos parecem brancas. A sensação de forma, cor e movimento dos objetos que percebemos não dependem apenas das propriedades da luz mas de uma soma de complexos processos fisiológicos e psicológicos.




As informações da retina chegam ao cérebro pelo nervo óptico. Quando as informações nervosas chegam às áreas associativas do córtex visual as imagens formadas na retina ganham significados e ocorrendo a percepção visual, tal como a conhecemos.(UNESP)

Os sinais nervosos se deslocam de cada olho junto com o nervo óptico correspondente e outras fibras nervosas (denominado caminho visual) para a parte posterior do cérebro, onde a visão é percebida e interpretada. Os dois nervos ópticos se encontram no quiasma óptico, que é uma área atrás dos olhos e imediatamente à frente da hipófise, por baixo da zona frontal do cérebro. Lá, o nervo óptico de cada olho se divide, e metade das fibras nervosas de cada lado cruza para o outro lado, seguindo para a parte posterior do cérebro. Assim, o lado direito do cérebro recebe informação dos dois nervos ópticos para o campo esquerdo da visão, e o lado esquerdo do cérebro recebe informação dos dois nervos ópticos para o campo direito da visão. O meio desses campos de visão se sobrepõe. É visto pelos dois olhos (conhecido como visão binocular).

Cada olho vê um objeto de ângulo ligeiramente diferente, e assim as informações que o cérebro recebe de cada olho são diferentes, embora se sobreponham. O cérebro integra as informações para produzir uma imagem completa.





A

B

A figura acima (A) mostra como a imagem de um objeto (lápis) se forma retina, e a figura B faz uma analogia do olho com uma câmara fotográfica analógica. A luz refletida no lápis atravessa a córnea e o cristalino que são totalmente transparentes. Ambos formam um sistema de lentes convergentes que focalizam a luz exatamente sobre a retina onde estão os fotorreceptores (cones e bastonetes). Essas células convertem a luz em impulsos elétricos e funcionam como se fossem transdutores de energia.

A capacidade da córnea refratar a luz é grande, porém invariável, ao contrário do cristalino que pode mudar a sua forma. Quando um objeto aproxima-se (ou nos aproximamos dele), o cristalino aumenta a curvatura ficando mais convexo e, portanto, aumentando a dioptria. Se o objeto se afastar, ocorrerá o inverso. A capacidade de acomodação do cristalino garante que os objetos nos pareçam sempre nítidos, não importando se eles estão longe ou perto. Veja aqui uma animação. 

A retina não tem a mesma sensibilidade em toda a sua extensão. Na fóvea (cuja área é do tamanho da cabeça de um alfinete) a nossa acuidade visual é máxima. É justamente sobre a fóvea que a luz é focalizada pelas lentes e ali só ocorrem os cones (responsáveis pela visão em cores). A medida que se afasta da fóvea a quantidade de cones diminui e a de bastonetes (responsáveis pela visão em tons de cinza)  aumenta, até que não haja mais cones. Isso significa que há um campo visual central e outro periférico distintos: o centro proporciona nitidez e visão colorida e o periférico, menos nitidez.  A figura abaixo mostra os detalhes estruturais da retina que é composta de fotorreceptores (cones - em vermelho, verde ou azul e bastonetes - em cinza) e as células nervosas. A luz penetra a retina até chegar aos fotorreceptores e é absorvida pela camada de células pigmentares evitando assim a reflexão da luz.






Retina

Células bastonetes e cones 


Veja como a acuidade visual humana é relativa. Durante o dia, ou quando o ambiente é bem iluminado, enxergamos muito bem em cores. Quando os objetos são focalizados sobre a fóvea ficam bem nítidos e coloridos (visão central) e na periferia, desfocados e em tons de cinza (visão periférica). Essa é a dica de que os seres humanos devem ter evoluído em ambiente diurno.
(Extraído de What the eye see?)

Para manter nítida a imagem de interesse, precisamos focalizá-la constantemente sobre a fóvea e, para isso, os músculos que movem os olhos e o sistema de lentes devem trabalhar juntos e de modo coordenado.  Se você prestar a atenção em alguém lendo ou fazendo trabalhos manuais os seus olhos estarão em constante movimento (garantido a focalização nítida do objeto e o constante processamento da retina). A figura acima e à direita mostra a sensação visual, à noite ou quando a luminosidade é baixa. Os bastonetes ao contrário dos cones, funcionam com pouca luz. Veja como faz sentido o ditado  "A noite todos os gatos são pardos". Essas propriedades mostram que o nosso olho está adaptado seja para a visão com muita (dia) ou baixa (crepúsculo) luminosidade. 

As informações da retina chegam ao cérebro pelo nervo óptico. Quando as informações nervosas chegam às áreas associativas do córtex visual as imagens formadas na retina ganham significados e ocorrendo a percepção visual, tal como a conhecemos.(UNESP)

Cones e bastonetes 


Curiosidades

Historicamente o principal motivo para se fabricar equipamentos de visão noturna era para fins militares, surgidos no período pré-Segunda Guerra Mundial, os alemães utilizavam os dispositivos nas armas e nos tanques de guerra, assim continuavam os ataques a noite sem mostrar suas posições, já que os soldados não precisavam usar tochas, lanternas ou lampiões para enxergar. Atualmente aparelhos de visão noturna são muito usados em sistemas de vigilância, pelo exército e pela polícia.

Tanto os óculos, quanto as câmeras e outros dispositivos de visão noturna são desenvolvidos a partir de duas tecnologias que geram as imagens dos objetos: a otimização de imagens e a geração de imagens térmicas.

Otimização de imagens




A otimização de imagens se dá através da captura de fótons de luz presente, pois mesmo em locais muito escuros sempre há uma pequena quantidade de luz, esses fótons são multiplicados através de um tubo de intensificação e em uma tela com uma substância fosforescente a imagem é formada, a presença do fósforo promove a projeção de imagens esverdeadas. Sendo assim, no processo de otimização de imagem o que acontece é a amplificação de pequenas quantidades de luz presentes em locais com baixa luminosidade.

Geração de imagens térmicas


A luz que enxergamos diariamente é uma porção do espectro eletromagnético que chamamos de espectro de luz visível, cuja a radiação é proveniente da luz do sol e possui comprimento de onda entre 350 e 750 nm. Entretanto, a emissão de radiação não é uma característica exclusiva do sol, uma vez que todos os corpos podem emitir radiação, o que é fisicamente chamado de radiação de um corpo negro.

A uma temperatura ambiente durante a noite os corpos emitem radiação no infravermelho, na qual o olho humano não é capaz de detectar. No processo de geração de imagens térmicas ocorre a captura dessas ondas infravermelhas que são transformadas em imagens térmicas através da formação de um termograma.


A VISÃO E AS ONDAS LUMINOSAS

(Fonte: slideplayer)


VISÃO NORMAL E PROBLEMAS DA VISÃO

O olho apresenta adaptações para o ambiente no qual o organismo vive. Veja por exemplo um pássaro que mergulha para pescar (cormorant) e o peixe ósseo abaixo. A lente de seus olhos são adaptados para captar a luz de forma mais eficiente logo a lente necessita alterar sua forma para cada ambiente (ar ou terrestre e ambiente aquático) enquanto o pássaro mergulha. 
Algo semelhante em um um grau muito menor ocorre com a nossa visão. Temos necessidade de adaptar a visão para enxergarmos perto ou muito longe.



Assim, nossos olhos vertebrados são adaptados ao ambiente terrestre. Todavia existem alguns problemas que aparecem seja com o passar do tempo (idade) ou por alterações das partes do olho. A seguir alguns problemas que podem aparecer no olho humano e que devem ser tratados para assegurar uma boa saúde ocular.

Acomodação visual do olho humano

Além da córnea e do cristalino, a pupila também contribui para as qualidades ópticas do olho, ajustando-se continuamente a diferentes intensidades de luz no ambiente. Você mesmo pode verificar o fenômeno: pare diante de um espelho com as luzes apagadas por alguns segundos e, assim que as luzes forem acesas, observe as suas pupilas mudarem de tamanho. Este reflexo pupilar à luz envolve conexões entre a retina e neurônios do tronco encefálico que controlam os músculos que constringem a pupila. Uma propriedade interessante desse reflexo é que ele é consensual, isto é, mesmo a luz atingindo apenas um dos olhos, ela provocará a constrição pupilar de ambos os olhos. De fato, é incomum as pupilas não apresentarem o mesmo tamanho; a ausência do reflexo pupilar consensual à luz é frequentemente considerada sinal de algum distúrbio neurológico grave localizado no tronco encefálico.

Um efeito benéfico da constrição pupilar produzido pelo aumento do nível de luz é o aumento da profundidade de foco (o intervalo de distâncias ao olho que aparecem focadas), exatamente como se obtém ao diminuir a abertura (i.e., aumentando o fator “f ”) da lente de uma câmera fotográfica. Podemos entender como isso funciona considerando dois pontos no espaço, um mais próximo, e outro, mais distante. Quando o olho se acomoda ao ponto mais próximo, a imagem do ponto mais distante na retina não mais é um ponto, mas sim um círculo borrado. A diminuição da abertura – pela constrição da pupila – reduz o tamanho desse círculo borrado, de modo que a sua imagem se aproxima mais da de um ponto. Desse modo, podemos fazer objetos distantes parecerem menos desfocados.


Emetropia e Ametropia (royalline

O olho humano é um instrumento óptico composto por um conjunto de lentes multifocais, meios transparentes e células fotossensíveis que possibilitam o sentido da visão.

EMETROPIA
Um olho “regulado” para refratar corretamente a luz e formar imagens nítidas é chamado olho emetrope

AMETROPIA
Já um olho que é incapaz de refratar corretamente a luz e formar imagens nítidas é denominado olho amétrope e suas irregularidades ametropias.

Quando a luz converge para a retina, o cérebro forma uma imagem nítida, resultando numa visão normal. Essa situação é chamada de EMETROPIA. Quando os feixes de luz não são focados na retina chamamos de erros refracionais ou AMETROPIAS.

Emetropia é a normalidade da visão. Nas pessoas com olhos Emétropes (visão normal), quando o encontro focal dos raios paralelos que penetram na córnea do olho, ocorre exatamente na Fóvea central, localizada no fundo da retina dentro da mácula. Nesses casos a visão é considerada normal, ou seja emétrope.
Emetropia é o estado normal do olho, no que concerne a refração de todas as suas lentes. 
Quando o encontro focal dos raios de luz que penetram no olho, após sofrerem a convergência dos sistemas ópticos ocorrer somente na retina, sem o auxilio de lentes compensadoras, está caracterizado uma emetropia.

0. Emetropia, olhos normais

Em olhos emetrópicos (normais), os raios de luz os atravessam, são focados na retina por córnea e cristalino, formando uma imagem nítida a ser transmitida ao cérebro. O cristalino é levemente elástico, especialmente em jovens. Durante a acomodação, os músculos ciliares ajustam a forma do cristalino para que o foco adequado seja obtido. Os erros de refração não permitem o que o olho projete uma imagem em foco na retina, resultando em borramento visual. (msdmanuals)

Emetropia e ametropias 


1. Presbiopia

Este é um problema que está mais vinculado ao fator da idade, do grego: πρέσβυς, presbys,  que significa velho, e  ὤψ, ōps significa visão, (genitivo,  ὠπός, ōpos) já que é registrado com mais frequência em pessoas com mais de 40 anos. A presbiopia gera dificuldade para focar objetos que estão próximos aos olhos. Os sintomas são dores de cabeça, dificuldade para utilizar equipamentos eletrônicos, dirigir e ler.



A lente envelhece e lentamente fica mais rígida e o ponto focal se desloca para trás da retina deixando a visão desfocada (WP).


Sintomas

Imagem borrada ao ler algo na distância normal;
Dificuldade em enxergar letras e imagens muito pequenas;
Precisar de mais luz ao executar atividades que envolvem a visão de perto;
Dores de cabeça ou fadiga após tarefas que envolvem a visão de perto;
Ardor e vermelhidão conjuntival;
Necessidade de afastar algo que se está lendo.

Tratamentos

A maioria das pessoas com presbiopia pode corrigir sua visão com óculos multifocais, lentes de contato ou com cirurgia refrativa. (drrodrigosalustiano).


2. Miopia

Um dos problemas mais conhecidos, a miopia se caracteriza pela dificuldade em ver os objetos mais distantes dos olhos com clareza. A pessoa míope precisa forçar a vista para realizar atividade como a leitura e a utilização de equipamentos eletrônicos. μυωπία miopia e μυωπίασις (miopiase) miopia. 

A palavra miopia é derivada do grego antigo μύωψ (myōps) míope (homem), (homem) com os olhos fechados, de μύειν, myein, fechar os olhos e ὤψ, ōps olho, olhar, visão, (gen. ὠπός (ōpos)). O oposto da miopia em inglês é a hipermetropia, ou hyperopia, ou clarividência.

Causas

Excesso de curvatura na córnea
Excesso de curvatura no cristalino
Excessivo alongamento do globo ocular


Olho míope (WP).


Os sintomas da miopia são dores de cabeça, lacrimejamento em excesso, dor nos olhos, tontura e incomodo em lugares com muita iluminação.

Olho míope

Olho Normal (WP)





3. Hipermetropia

O termo hiperopia (inglês) ou hipermetropia vem do grego ὑπέρ hiper sobre, além, e ὤψ, ōps, visão (genitivo, ὠπός, ōpos).
Muito frequente também, a hipermetropoa está relacionada ao problema de enxergar objetos que estão próximos aos olhos. Essa é uma patologia que, na maioria dos casos, já nasce com os indivíduos. 
Hipermetropia ou hiperopia é uma condição do olho em que a luz é focada na parte posterior da retina, ao invés da própria retina. Isto faz com que a pessoa veja desfocados os objetos a curta distância, enquanto os objetos distantes são vistos normalmente. À medida que a condição se agrava, é possível que se comece a ver os objetos desfocados a qualquer distância.

Os principais sintomas são desconforto para realizar leituras, vista embaçada, dificuldade de concentração, dores de cabeça e aproximação demasiada de objetos para realizar a visualização.

Hipermetropia é o nome dado ao erro de focalização da imagem no olho, fazendo com que a imagem seja formada após a retina. Isso acontece principalmente porque o olho do hipermétrope é um pouco menor do que o normal.

Causas

A hipermetropia ocorre quando o ponto mais próximo do olho está mais afastado do que no olho normal, devido a uma anomalia do cristalino, uma insuficiente curvatura, causando assim, dificuldades em ver ao perto. O grau do hipermétrope, geralmente diminui com o crescimento do olho, e é comum assistir a pessoas que necessitavam de óculos durante a infância, mas que deixaram de os usar na idade adulta.




Para este problema utilizam-se lentes convergentes, que têm a função de convergir a luz para a retina, onde se vai formar a imagem.

(Fonte: slideplayer)

4. Astigmatismo

Esse é um problema de visão que está vinculado a dificuldade de enxergar com nitidez, em especial o contorno de formas. É originário de deformação na córnea e leva as pessoas a sentirem incômodos para distinguir linhas retas. O astigmatismo pode afetar indivíduos que já possuem miopia e hipermetropia.

Os sintomas são cansaço de visão, dificuldade de leitura e dores de cabeça persistentes.

Astigmatismo






5. Catarata

A catarata é uma enfermidade mais comum em pessoas idosas e é caracterizada pelo embaçamento ocasionado pela opacidade da lente natural do olho, o que causa má visão, especialmente a noite, auréolas em volta das luzes e muita sensibilidade ao brilho.

6. Glaucoma

O glaucoma é o aumento da pressão do olho, o que acarreta em má visão noturna, perda progressiva do campo visual, pontos cegos e diminuição de visão nos dois lados. Pode causar cegueira e surge de forma gradual ou repentina, por isso, é fundamental estar sempre alerta.(visaohospital).

Glaucoma (mdsaude)

Um aumento da pressão intraocular, ou seja, da pressão dentro dos olhos, é a principal causa de glaucoma, porém, não é a única. Existem casos de glaucoma onde a pressão intraocular encontra-se normal.

Vamos entender o que é a pressão intraocular. (observe a imagem acima)

Entre a córnea e o cristalino existe uma cavidade que é preenchida com um líquido, chamado de humor aquoso. O humor aquoso é constantemente produzido e drenado, de modo que o seu volume e pressão mantém-se sempre mais ou menos constantes. Quando ocorre algum distúrbio neste ciclo, seja por aumento da produção do humor aquoso, ou por uma diminuição da sua drenagem, o aumento de líquido nesta cavidade causa uma aumento da pressão dentro dos olhos. A pressão intraocular normal varia entre 8 e 21 mmHg. Quando esta se torna maior que 21 mmHg, começa a haver risco de lesão do nervo óptico.

O problema do glaucoma é o fato deste ser uma doença silenciosa já que o simples aumento da pressão intraocular não é capaz de causar nenhum sintoma.(mdsaude)



7. Daltonismo

Daltonismo, também conhecido como discromatopsia ou discromopsia, é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos olhos, ou de lesão de origem neurológica. O daltonismo pode dificultar o aprendizado e a execução de atividades rotineiras, como comprar frutas, escolher roupas e diferenciar as luzes dos semáforosTais problemas, no entanto, são considerados menores pela literatura médica devido à capacidade de adaptação da maioria dos daltônicos.
A causa mais comum do daltonismo é a falha no desenvolvimento de um ou mais dos três conjuntos de cones que reconhecem cores. Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossomo X, ele ocorre com maior frequência entre os homens, que possuem apenas um desses cromossomos. Como as mulheres têm dois cromossomos X, existe a possibilidade da anomalia em um deles ser compensada pelo outro, o que explica a baixa incidência desse distúrbio no sexo feminino. O daltonismo também pode ocorrer por dano físico ou químico ao olho, ao nervo óptico ou partes do cérebro. O diagnóstico é geralmente confirmado pelo teste de cores de Ishihara, mas existem outros métodos também utilizados para este fim.

Exemplo de uma figura do teste de cores de Ishihara. Dependendo do monitor do computador, pessoas com visão normal enxergam o número 74. Muitos portadores do daltonismo enxergam na figura o número 21 e indivíduos com cegueira das cores não enxergam nenhum número.

Um indivíduo com daltonismo pode ter a sua percepção de algumas cores alterada


Não existem níveis de daltonismo, apenas tipos. Podemos considerar que existem três grupos de discromatopsias: monocromacias, dicromacias e tricromacias anómalas.

A dicromacia, que resulta da ausência de um tipo específico de cones, pode apresentar-se sob a forma de:

Protanopia, ausência na retina de cones "vermelhos" ou de "comprimento de onda longo", resultando na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espectro. O seu ponto neutro encontra-se nos 492 nm. Há igualmente menor sensibilidade à luz na parte do espectro acima do laranja.

Deuteranopia, ausência de cones "verdes" ou de comprimento de onda intermédio, resultando, igualmente, na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espectro. Trata-se de uma das formas de daltonismo mais comuns (cerca de 1% da população masculina), e corresponde àquela que afetou John Dalton (o diagnóstico foi confirmado em 1995, através do exame do ácido desoxirribonucleico do seu globo ocular). O seu ponto neutro encontra-se nos 492 nm.

Tritanopia, ausência de cones "azuis" ou de comprimento de onda curta, resultando na impossibilidade de ver cores na faixa azul-amarelo. (WP)


8. Deficiência de Vitamina A

A deficiência de Vitamina A tem repercussões que afetam as estruturas epiteliais de diferentes órgãos, sendo os olhos os mais atingidos. A Vitamina A é essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. Atua também na manutenção da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico (defesa do organismo contra doenças, em especial as infecciosas), mantém saudáveis as mucosas (cobertura interna do corpo que recobre alguns órgãos como nariz, garganta, boca, olhos, estômago) que também atuam como barreiras de proteção contra infecções. Estudos mais recentes vêm mostrando que a Vitamina A age como antioxidante (combate os radicais livres que aceleram o envelhecimento e estão associados a algumas doenças). Porém, recomenda-se cautela no uso de vitamina A, uma vez que, em excesso, ela também é prejudicial ao organismo.

Sintomas:

Um dos epitélios severamente afetados é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia (nome dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A). A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a cegueira noturna onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho, assumindo aspecto granular, e ulceração da córnea; a ulceração progressiva pode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira irreversível, o que é chamado de ceratomalácia.

Infecções freqüentes podem indicar carência, pois a falta de Vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças.

Causas da carência de Vitamina A:

Falta de amamentação ou desmame precoce: o leite materno é rico em vitamina A e é o alimento ideal para crianças até seis meses de idade;

Consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A;

Consumo insuficiente de alimentos que contêm gordura: o organismo humano necessita de uma quantidade de gordura proveniente dos alimentos para manter diversas funções essenciais ao seu bom funcionamento. Uma delas é permitir a absorção de algumas vitaminas, chamadas lipossolúveis (Vitaminas A, D, E e K); infecções freqüentes: as infecções que acometem as crianças levam a uma diminuição do apetite: a criança passa a ingerir menos alimentos podendo surgir uma deficiência de Vitamina A. 
Além disso, a infecção faz com que as necessidades orgânicas de Vitamina A sejam mais altas, levando a redução dos estoques no organismo e desencadeando ou agravando o estado nutricional.

A vitamina A é encontrada em alimentos de origem animal: vísceras (principalmente fígado), gemas de ovos e leite integral e seus derivados (manteiga e queijo). Os vegetais são fontes de vitamina A sob a forma de carotenóides (precursores de vitamina) os quais, no organismo, se converterão em vitamina A. Em geral, frutas e legumes amarelos e alaranjados e vegetais verde-escuros são ricos em carotenóides: manga, mamão, cajá, caju maduro, goiaba vermelha, abóbora/jerimum, cenoura, acelga, espinafre, chicória, couve, salsa etc. Alguns frutos de palmeira e seus óleos também são muito ricos em vitamina A: dendê, buriti, pequi, pupunha, tucumã. (bvsms)


Outros problemas da visão

9. Retinopatia diabética

Essa enfermidade é relacionada a complicação do diabetes e pode levar ao sangramento dentro da retina e posterior cegueira. Para os diabéticos é fundamental a consulta periodica com um médico oftalmologista de confiança
8. Degeneração macular

A degeneração macular é a principal causa de cegueira em pessoas com mais de 60 anos. Os sintomas são vista embaçada, perda de visão central, visão distorcida e cores aparentemente desbotadas.

10. Moscas volantes

Conhecida como moscas volantes, as partículas minúsculas que aparecem no olho podem ser breves e inofensivas, mas são um sinal de alerta para a possibilidade de deslocamento de retina. Não é normal ver pequenos pontos no seu campo visual.

11. Descolamento da retina

Os sintomas mais comuns do deslocamento de retina são flutuações de visão, impressão de clarão de luz e sensação de sombra em um dos lados da sua visão. Essa patologia é uma urgência médica e pode ser a responsável pela degeneração celular. Existem diversos problemas de visão e para cada um deles há um tratamento, cirurgia, medidas de correção e ações minimizadoras. Visite regularmente o seu médico para estar com a saúde dos seus olhos sempre em pauta. 

RESUMO

A presbiopia é a perda da capacidade do cristalino de mudar de forma para focar em objetos que estão perto (perda da acomodação), o que ocorre com a idade. Normalmente, tal disfunção tem início aos 40 anos. Uma lente positiva (convexa) é usada para ver de perto e corrigir esse tipo de erro refracional. Pode-se confeccionar óculos separados para longe ou para perto ou fundir as lentes para perto e para longe no mesmo óculos, os chamados óculos bifocais ou multifocais.

Em miopia, os raios de luz oriundos de um objeto distante são focados na frente da retina, seja porque a córnea é muito curva ou porque o eixo do globo ocular é muito longo, ou ambos. Sem óculos, o paciente percebe imagens distantes borradas, mas perto, os objetos próximos podem ser vistos nitidamente. Para corrigir esse excesso de convergência, lentes negativas (côncavas) são utilizadas. Defeitos míopes em crianças normalmente tendem a aumentar até a idade de adulto jovem.

Em hipermetropia, teoricamente, a imagem de um objeto distante é focada atrás da retina, seja porque a córnea é muito plana ou porque o comprimento axial do globo ocular é pequeno. Em adultos, tanto objetos próximos como distantes são percebidos como imagens desfocadas. Crianças e adultos jovens com hipermetropia leve podem conseguir ver claramente por causa da sua capacidade de acomodação. Para corrigir esse excesso de divergência, lentes positivas (convexas) são utilizadas.


No astigmatismo, uma curvatura não esférica (variável) da córnea ou do cristalino faz os raios de luz de diferentes orientações (p. ex., vertical, oblíquo, horizontal) incindir em pontos diferentes do olho. Para corrigir o astigmatismo, lentes cilíndricas são utilizadas. As lentes cilíndricas não têm poder refrativo em um dos eixos e são côncavas ou convexas no outro eixo.





EXERCÍCIOS

1) Um animal que tem bastonetes mais sensíveis irá:

a) apresentar daltonismo.
b) perceber cores fora do espectro do visível.
c) enxergar bem em ambientes mal iluminados.
d) necessitar de mais luminosidade para enxergar.
e) fazer uma pequena distinção de cores em ambientes iluminados.

Justifique sua resposta.









Fontes

vídeo














https://danielparente.com.br/doenca/3/anatomia.html#:~:text=O)%20Canal%20hial%C3%B3ide%3A%20canal%20transparente,retina%3A%20nutre%20parte%20da%20retina.

















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