2.8.23

SISTEMA NERVOSO

SISTEMA NERVOSO



O sistema nervoso foi se formando ao longo de milhões de anos de evolução.

Sabe-se que as primeiras formas de vida unicelulares, como as bactérias, já possuíam mecanismos rudimentares de comunicação entre células, permitindo-lhes responder a estímulos externos, como a presença de nutrientes ou a ausência de oxigênio.

Com o tempo, as células evoluíram se especializando em funções específicas, formando tecidos e órgãos.

Um exemplo disso são as células fotossensíveis dos olhos, que se desenvolveram a partir de células sensíveis à luz que originalmente estavam presentes em organismos unicelulares (Protozoa).

Estima-se que o sistema nervoso mais semelhante ao que existe hoje tenha surgido há 500 milhões de anos em organismos aquáticos chamados de hidras (Cnidários).

Ao longo de milhões de anos, essas células nervosas primitivas evoluíram para se tornarem neurônios mais complexos e sofisticados, capazes de transmitir informações elétricas e químicas a longas distâncias. Com o tempo, esses neurônios se agruparam em redes cada vez mais complexas, formando o sistema nervoso central e periférico dos animais mais avançados.

Assim, podemos dizer que o sistema nervoso surgiu gradualmente ao longo da evolução das espécies, como resultado da adaptação e seleção natural das células nervosas.
















ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO

SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
O sistema nervoso central é formado por duas partes básicas: o encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo) que fica protegido pela caixa craniana óssea, e a medula espinhal que é um prolongamento do encéfalo, e está contida no interior da coluna vertebral, no canal vertebral.



ENCÉFALO: cérebro, cerebelo e bulbo

O cérebro é constituído por dois hemisférios (direito e esquerdo) e pelo hipotálamo. 

Os hemisférios cerebrais têm por função receber as mensagens recolhidas pelos receptores e processá-las: interpretar, classificar, produzir uma resposta e transmitir ordens aos músculos e glândulas.

No hipotálamo estão alguns centros de controles automáticos ou regulagem, como: quantidade de água no sangue e tecidos; fome; sede, temperatura e pressão sanguínea. A hipófise é uma glândula situada logo abaixo do hipotálamo, que libera, diretamente no sangue, hormônios produzidos por ela mesma ou pelo hipotálamo, como o hormônio que diminui a diurese (produção de urina).
















MEDULA ESPINHAL 




NERVOS E GÂNGLIOS



Tipos de neurônios


Baseado em suas funções, os neurônios encontrados no sistema nervoso humano podem ser divididos em três classes: neurônios sensoriais, neurônios motores e interneurônios.







Neurônios sensoriais

Os neurônios sensoriais obtém informação sobre o que está acontecendo dentro e fora do corpo e levam essa informação para o SNC para que seja processada. Por exemplo, se você pegar um carvão quente, os neurônios sensoriais com terminações nas pontas dos dedos irão transmitir a informação de que está muito quente para o seu SNC.

Neurônios motores

Os neurônios motores recebem informação de outros neurônios para transmitir comandos aos músculos, órgão e glândulas. Por exemplo, se você pegar um carvão quente, seus neurônios motores que inervam os músculos dos seus dedos farão com que sua mão solte o carvão.


Interneurônios

Os interneurônios, que são encontrados somente no SNC, conectam um neurônio a outro. Eles recebem informação de outros neurônios (neurônios sensoriais ou interneurônios) e transmitem esta informação para outros neurônios (neurônios motores ou interneurônios).

Por exemplo, se você pegasse uma brasa, o sinal dos neurônios sensoriais nas pontas dos dedos viajaria até os interneurônios em sua medula espinhal. Alguns destes interneurônios enviariam sinais para os neurônios motores que controlam os músculos dos dedos (fazendo com que você soltasse a brasa), enquanto outros transmitiriam o sinal da medula espinhal até o cérebro, onde ele seria percebido como dor.

Interneurônios são a mais numerosa classe de neurônios e estão envolvidos no processamento de informação, tanto em simples circuitos reflexos (como aqueles desencadeados por objetos quentes) quanto em circuitos cerebrais mais complexos. São combinações de interneurônios em seu cérebro que permitem a você concluir que coisas que parecem com brasas não são boas para pegar e, esperançosamente, eles retêm essa informação para referência futura.


Funções básicas do neurônio

Quando voce perceber as diferenças morfológicas dos três tipos de neurônios, você pode fazer inferências gerais de que todos os neurônios possuem três funções básicas. São elas:

Receber sinais (ou informação).

Integrar sinais de entrada (para determinar se essa informação deve ser repassada ou não).

Comunicar sinais às células alvo (outros neurônios ou músculos ou glândulas).


Anatomia de um neurônio

Neurônios, como outras células, têm um corpo celular (chamado de soma). O núcleo do neurônio encontra-se no soma. Neurônios precisam produzir muitas proteínas e muitas das proteínas neuronais também são sintetizadas no soma.
Vários processos (apêndices ou protrusões) se projetam a partir do corpo celular. Estas projeções incluem muitos processos curtos, ramificados, conhecidos como dendritos e um processo separado que é tipicamente mais longo que os dendritos, conhecido como axônio.

Dendritos

As primeiras duas funções neuronais, receber e processar informação, geralmente acontecem nos dendritos e corpo celular. Sinais recebidos podem ser ou excitatórios - o que significa que eles tendem a fazer o neurônio disparar (gerar um impulso elétrico) - ou inibitórios - o que significa que eles tendem a evitar que o neurônio dispare.
A maioria dos neurônios recebem muitos sinais de entrada através de suas árvores dendríticas. Um único neurônio pode ter mais que um conjunto de dendritos, e podem receber muitos milhares de sinais de entrada. Se o neurônio é ou não excitado e dispara um impulso depende da soma de todos os sinais excitatórios e inibitórios que recebe. Se o neurônio realmente acaba disparando, o impulso nervoso, ou potencial de ação é conduzido pelo axônio.

Axônios

Os axônios diferem dos dendritos em diversas maneiras.

Os dendritos tendem a se adelgaçar nas pontas e são geralmente cobertos com pequenas projeções chamadas de espículas dendríticas. Em contraste, o axônio tende a apresentar o mesmo diâmetro na maior parte de seu comprimento e não tem espículas.

O axônio surge a partir do corpo celular em uma área especializada chamada o saliência do axônio.

Finalmente, muitos axônios são cobertos com uma substância isolante especial chamada mielina, que os auxilia a transmitir o impulso nervoso rapidamente. Mielina nunca é encontrada nos dendritos.

Próximo à sua extremidade terminal, o axônio se divide em vários ramos e desenvolve dilatações bulbosas conhecidas como terminais axônicos (ou terminais nervosos). Estes terminais axônicos fazem conexões em células-alvo.


Sinapses

Conexões neurônio-a-neurônio são feitas com os dendritos e os corpos celulares de outros neurônios. Estas conexões, conhecidas como sinapses são os sítios nos quais a informação é transferida do primeiro neurônio, o neurônio pré-sináptico, para o neurônio-alvo (o neurônio pós-sináptico). As conexões sinápticas entre neurônios e células musculares esqueléticas são geralmente chamadas de junções neuromusculares, e as conexões entre neurônios e células musculares lisas ou glândulas são conhecidas como junções neuroefetoras.

Na maioria das sinapses e junções, a informação é transmitida na forma de mensageiros químicos chamados neurotransmissores. Quando um potencial de ação percorre um axônio, e alcança o terminal do axônio, desencadeia a liberação de neurotransmissores a partir da célula pré-sináptica. Moléculas de neurotransmissores atravessam a sinapse e ligam-se a receptores na membrana da célula pós-sináptica, transmitindo um sinal excitatório ou inibitório.

Portanto, a terceira função neuronal básica - comunicar informação para as células-alvo - é realizada pelo axônio e pelos terminais axônicos. Assim como um único neurônio pode receber inputs de muitos neurônios pré-sinápticos, ele também pode fazer conexões com numerosos neurônios pós-sinápticos via diferentes terminais axônicos.









ARCO REFLEXO E ATO REFLEXO

Os atos reflexos são respostas involuntárias, comandadas pelo SNC (Sistema nervoso central), a determinados estímulos recebidos pelo organismo. Como exemplos de atos reflexos, podemos citar: 
a tosse, 
o espirro, 
o vômito, 
a salivação (ao ver um alimento saboroso) 
e o reflexo patelar. 

O mecanismo do ato reflexo, pode ser explicado no reflexo patelar, exemplo clássico, a patela é um pequeno osso do joelho que ao ser estimulado por um martelo em um exame se dá o reflexo.




O exame de reflexo patelar consiste em dar um leve golpe com um martelo de borracha no joelho. Os receptores sensoriais existentes no tendão patelar captam o estímulo e converte esse estímulo em impulso nervoso, que é transportado por um neurônio sensorial até a medula. Na medula esse impulso é recebido por um um neurônio associativo e repassado a um neurônio motor que inerva os músculos da perna, fazendo com que a perna mexa, abaixo é possível conferir como os neurônios atuam nesse mecanismo do nosso corpo.

ATO REFLEXO

O choque recebido pelos receptores nervosos é transformado em impulso nervoso e segue pelo neurônio sensorial até a substância cinzenta da medula espinhal, onde ocorrem sinapses com neurônios associativos e, em seguida, com os motores. Os neurônios motores levam impulso nervoso ao órgão efetor, neste caso, o músculo da perna, resultando na extensão da mesma.




O caminho seguido pelo impulso nervoso e que permite a execução de um ato reflexo é denominado arco reflexo

Algumas vezes, um arco reflexo não possui o neurônio associativo, com isso, o neurônio sensorial se comunica diretamente com o motor, diminuindo ainda mais o tempo de resposta.




Em alguns arcos reflexos, o neurônio associativo comunica o neurônio sensitivo com o encéfalo que modula a resposta motora, nos permitindo inibir um ato reflexo quando percebemos que o estímulo não oferece risco, como quando tomamos injeção.

Ao mesmo tempo em que envia uma resposta motora, a medula espinhal envia outro impulso para o cérebro informando a sensação do golpe aplicado. Este processo acontece em frações de segundos.




ATO REFLEXO: UM MECANISMO DE DEFESA 
DO ORGANISMO

Os atos reflexos tem uma importante função dentro do funcionamento do corpo humano, atuando como um mecanismo de defesa do nosso corpo. Por exemplo, quando você está cozinhando a acaba tocando em uma panela quente, sem nem pensar você retira sua mão rapidamente, a ação de tirar a mão é instantânea enquanto a mensagem de perigo ainda nem chegou ao cérebro.

Conforme demostrado acima, os atos reflexos dependem das interações dos neurônios, no caso especificado acima, atuaram três neurônios, um ao toque da panela quente que estimulou um neurônio sensitivo levando o estimulo até a medula, depois, um neurônio associativo mandou um sinal para o musculo através de um neurônio motor. Isto acaba mostrando que o cérebro só sabe o que aconteceu após a ação acontecer, por isso a dor só é sentida após a retirada da mão no exemplo da panela quente.

















ATO REFLEXO

O arco reflexo (Fig. 4.1) é composto por: 1) receptor sensorial; 2) neurônio sensorial; 3) centro integrador (medula, no caso de reflexos medulares); 4) neurônio motor; e 5) efetor (músculo esquelético, no caso de movimento). Podem existir também interneurônios entre o neurônio sensorial e o motor.





Fonte

https://professor.ufrgs.br/simonemarcuzzo/files/aula_neuro_embriologia.pdf



https://pt.khanacademy.org/science/biology/human-biology/neuron-nervous-system/a/overview-of-neuron-structure-and-function

https://www.youtube.com/watch?v=hf2haRlQP0A

https://www.youtube.com/watch?v=3L3qzM8cdRs

https://www.morfofuncionando.com/tecido-nervoso

https://pt.khanacademy.org/science/biology/human-biology/neuron-nervous-system/a/overview-of-neuron-structure-and-function

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https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/neuronios.htm

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https://es.wikipedia.org/wiki/Euglenophyceae

http://www.uel.br/laboratorios/lefa/aulasfisiogeral/SISTEMANERVOSOPARTE5sistemasensorial.pdf

https://slideplayer.com.br/slide/3152440/

https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/multimedia/figure/arco-reflexo-algo-b%C3%A1sico

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5353332/mod_resource/content/1/Aula%20-%20Sistema%20Nervoso%20introdu%C3%A7%C3%A3o%2C%20conceitos%20e%20classifica%C3%A7%C3%B5es%20%28PDF%29.pdf

https://www.portalantares.com.br/uploads/ftatividades/id46/Sistema_Nervoso_5a_semana.pdf

https://www.facebook.com/kennedyramosbio/photos/a.533907116738437/3519889964806789/?type=3

https://slideplayer.com.br/slide/3780848/

https://silo.tips/download/mapeamento-do-cortex-motor




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