14.8.23

SISTEMA RESPIRATÓRIO

 SISTEMA RESPIRATÓRIO


O sistema respiratório 

O sistema respiratório é formado pelos seguintes órgãos:

Órgãos que constituem o sistema respiratório: cavidades nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Esses três últimos constituem o órgão conhecido como pulmão.

Narinas
Cavidade nasal
Laringe
Faringe
Traqueia
Pulmões
Brônquios
Bronqúiolos
Alvéolos
Diafragma


As cavidades nasais são constituídas por duas cavidades, separadas por um septo, que se iniciam nas narinas e estendem-se até a faringe. Nessas estruturas estão localizadas células sensoriais que são responsáveis pela percepção de cheiro.

As narinas são os órgãos responsáveis pela entrada do ar no sistema respiratório captação. Em conjunto com a entrada de ar entram moléculas de odor. Assim,
na região superior das fossas nasais esta o localizado o epitélio olfativo, que é formado por células especializadas (quimioceptores de olfato) dotadas de prolongamentos muito sensíveis (cílios olfatórios).

Com a entrada do ar, milhares de moléculas são levadas até nossas fossas nasais. Lá elas se difundem no muco, atingindo os prolongamentos sensoriais. Ao atingirem esses prolongamentos, impulsos nervosos são gerados e transmitidos até o corpo celular da célula olfativa, onde serão transmitidos a seus axônios que se comunicam com o bulbo olfativo, fazendo com que o nosso cérebro interprete-os e nos dê a sensação de cheiro. Especialistas acreditam que em nossas fossas nasais existam milhares de receptores olfativos diferentes, cada um codificado por um gene e capaz de diferenciar odores diferentes.

O bulbo olfativo possui um formato ovoide achatado e, encontra-se localizado em cima da Lâmina Crivosa do osso Etmoide (CARPENTER, 1978).
Osso Etmoide do grego  ἠϑμός, ethmòs, peneira

Localização do osso etmoide (crânio em rotação)
(Life Science Databases (LSDB), animated by was a bee. From Anatomography maintained by Life Science Databases (LSDB) https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7737685
(WP)







Osso etmoide

O osso etmóide é um osso craniano anterior localizado entre os olhos. Ele contribui para a parede medial da órbita, a cavidade nasal e o septo nasal. O etmóide tem três partes: placa cribriforme, labirinto etmoidal e placa perpendicular. A placa cribriforme forma o teto da cavidade nasal e também contribui para a formação da fossa craniana anterior, o labirinto etmoidal consiste em uma grande massa em ambos os lados da placa perpendicular, e a placa perpendicular forma os dois terços superiores do septo nasal. Entre a placa orbital e as conchas nasais estão os seios etmoidais ou células etmoidais de ar, que são um número variável de pequenas cavidades na massa lateral do etmoidal (WP). Alguns pássaros e outros animais migratórios têm depósitos de magnetita biológica em seus ossos etmóides, o que lhes permite sentir a direção do campo magnético da Terra. Os humanos também apresentam um depósito de magnetita semelhante (ferro férrico), mas acredita-se que seja um depósito vestigial.






Um mundo feito de cheiros

Embora o olfato (microsmático) não seja tão desenvolvido na espécie humana como em certos animais macrosmáticos, o cão, por exemplo, podemos distinguir entre 2.000 e 4.000 odores diferentes, numa área de apenas 5 cm2 na parte superior da cavidade nasal, próxima ao septo.(educabras)

Além disso, existem células epiteliais que revestem essas cavidades e são responsáveis por produzir muco, substância que umedece as vias respiratórias e garante que algumas partículas fiquem retidas e não entrem no sistema respiratório. Os pelos do nariz, juntamente ao muco, funcionam como verdadeiros filtros.

Após as cavidades nasais, encontramos a faringe, uma estrutura musculosa comum ao sistema digestório e respiratório. Logo após essa porção, observamos a laringe, uma região dilatada formada principalmente por cartilagem que liga a laringe à traqueia. Essa região apresenta uma proeminência, mais acentuada em homens, que forma o chamado pomo de Adão.

Na porção inicial da laringe, encontramos a epiglote, uma estrutura cartilaginosa que funciona como uma válvula, no momento da alimentação, que impede que o alimento entre nas vias respiratórias. Nesse órgão também encontramos as pregas vocais, estruturas responsáveis pela nossa capacidade de comunicação através da fala.

No interior dos pulmões, acontece a troca gasosa de dióxido de carbono pelo oxigênio, denominada hematose pulmonar. Sendo assim, a principal função desse sistema é realizar a troca gasosa entre o meio ambiente e o organismo dos animais. Nesse texto, você irá estudar a função dos órgãos que compõe o sistema respiratório do corpo humano.

Teste de covid-19


COVID-19 
(SARS-CoV-2)

Salivary glands are a target for SARS-CoV-2: 

a source for saliva contamination.






Segundo Matuck et al., (2021) a capacidade do novo coronavírus SARS-CoV-2 de se espalhar e contaminar é um dos determinantes do status de pandemia do COVID-19. O SARS-CoV-2 foi detectado na saliva de forma consistente, com sensibilidade semelhante à observada em esfregaços nasofaríngeos. Biópsias post-mortem foram conduzidas guiadas por ultrassom em casos fatais de COVID-19. Amostras de glândulas salivares (SGs; parótidas, submandibulares e menores) foram obtidas.
 
As amostras foram analisadas usando-se RT-qPCR, imunohistoquímica, microscopia eletrônica e análise histopatológica para identificar SARS-CoV-2 e elucidar perfis virais qualitativos e quantitativos em glândulas salivares. 

O estudo incluiu 13 pacientes do sexo feminino e 11 do sexo masculino, com idade média de 53,12 anos (variação de 8 a 83 anos). 

RT-qPCR para SARS-CoV-2 foi positivo em 30 amostras de SG (glândulas salivares) de 18 pacientes (60% do total de amostras de SG e 75% de todos os casos). 
As análises ultraestruturais mostraram partículas virais esféricas de 70–100 nm, consistentes em tamanho e forma com a família Coronaviridae, no citoplasma das células do revestimento ductal, células acinares e lúmen do ducto das glândulas salivares. 

Também houve degeneração de organelas nas células infectadas e a presença de um agrupamento de nucleocapsídeos, o que sugere replicação viral nas células das glândulas salivares. 

A análise histopatológica qualitativa mostrou alterações morfológicas no epitélio de revestimento do ducto caracterizadas por vacuolização citoplasmática e nuclear, bem como pleomorfismo nuclear. 

As células acinares mostraram alterações degenerativas dos grânulos do zimogênio e núcleos aumentados. O epitélio ductal e as células acinares serosas mostraram intensa expressão dos receptores ACE2 e TMPRSS. Um anticorpo anti-SARS-CoV-2 foi positivo em 8 (53%) dos 15 casos testados em células epiteliais de revestimento de ducto e células acinares de SGs principais. Apenas duas glândulas salivares menores foram positivas para SARS-CoV-2 por imunohistoquímica. As glândulas salivares são um reservatório para SARS-CoV-2 e fornecem uma base fisiopatológica para estudos que indicam o uso da saliva como método diagnóstico para COVID-19 e destacam o papel desse fluido biológico na disseminação da doença (Matuck et al., 2021).

Testagem para covid-19

Ref. Bibliográfica
Matuck, B.F., Dolhnikoff, M., Duarte-Neto, A.N., Maia, G., Gomes, S.C., Sendyk, D.I., Zarpellon, A., de Andrade, N.P., Monteiro, R.A., Pinho, J.R.R., Gomes-Gouvêa, M.S., Souza, S.C., Kanamura, C., Mauad, T., Saldiva, P.H.N., Braz-Silva, P.H., Caldini, E.G. and da Silva, L.F.F. (2021). Salivary glands are a target for SARS-CoV-2: a source for saliva contamination. J.Pathol., 254: 239-243. https://doi.org/10.1002/path.5679



Divisão funcional do sistema respiratório

Porção condutora 
Narinas, cavidade nasal, boca, nasofaringe, faringe, laringe, traquéia, brônquios primários, brônquios secundários, broônquios terciários, bronquíolos e bronquíolos terminais. 

Porção respiratória
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. 


Funções do Sistema Respiratório

Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório possui uma função específica e  ajuda na manutenção da homeostase do organismo como um todo.

Funções do sistema respiratório

Trocas gasosas
Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outras espécies  químicas, entra pelas narinas, cavidades nasais e fossas nasais e dai para os brônquios e chega aos pulmões.


Narinas e cavidades nasais



É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos respiratórios e sobretudo ao diafragma que este órgão se expande forçando o ar para dentro dele. E isso se deve aos estímulos emitidos pelo sistema nervoso central.

Equilíbrio ácido-base
O equilíbrio ácido-base corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo.
Nesta função, novamente temos a atuação do sistema nervoso, que é o responsável por enviar informações para os controladores da respiração.

Produção de sons
A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos que trabalham na respiração.



Cavidades Nasais
As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe. No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.

A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Fossas nasais com duas cavidades que iniciam na narina e terminam na faringe, separadas pelo septo nasal. Dentro estão as dobras também chamados de cornetos nasais. Estes possuem céulas produtoras de muco e células ciliadas que também estão presentes nas porções inferiores: traquéia, brônquio e broquíolos
No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. As fossas nasais tem função de filtrar, umedecer e aquecer o ar, antes de chegar aos alvéolos pulmonares.

Faringe
A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório. Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

Laringe
A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição. Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais ou pregas vocais.


As pregas vocais, também conhecidas como cordas vocais, são duas dobras de músculo e mucosa que se estendem horizontalmente na laringe, com fixação anterior na face interna da cartilagem tireóidea, formando a comissura anterior, a região de convergência de ambas as pregas vocais. As pregas vocais são compostas por mucosa e músculo e são uma estrutura multilaminada, onde cada camada apresenta propriedades mecânicas diferentes. Além disso, para produzir a voz, as pregas vocais vibram em movimento muco-ondulatório numa velocidade muito acelerada quando o ar passa dos pulmões e direção à cavidade oral.


https://youtu.be/hjXTET3lFtU

Cuidando da voz (fonodaianelencar)

A laringe é um órgão curto, de forma cônica, constituído de cartilagens, músculos e ligamentos. Está localizada na região do pescoço. Seu tamanho é variável, sendo maior em homens, em face da influência de hormônios. Exerce função respiratória e fonatória, e também impede a entrada de partículas estranhas nas estruturas respiratórias.

Traqueia
A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta. Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e filtrado. É um tubo cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.

Brônquios
Os brônquios são duas ramificações da traqueia formados também por anéis cartilaginosos. Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão formando os bronquíolos. Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes, formando a árvore brônquica.


O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos situados na caixa torácica. Eles são responsáveis pela troca do oxigênio em gás carbônico, através da respiração.
West, J. B. Fisiologia respiratória. 6ª ed. Manole, 2002.


Brônquio (secundário) lobar; um para cada lobo pulmonar (três para o pulmão direito e dois para o pulmão esquerdo).
Brônquio (terciário) segmentar; um para cada segmento broncopulmonar, que por definição são os segmentos pulmonares supridos pelos brônquios segmentares e ramo segmentar associado da artéria pulmonar. Os brônquios segmentares sofrem múltiplas divisões, eventualmente resultando nos bronquíolos.
Os muitos bronquíolos de condução; a terminologia varia de brônquio para bronquíolo quando a estreita passagem aérea não possui cartilagem de suporte.
Bronquíolos terminais; os ramos finais e menores ramos da via de condução aérea, transição para os bronquíolos respiratórios.
Bronquíolos respiratórios; dão origem aos ductos alveolares.


ALVÉOLOS OU SACO ALVEOLAR 

Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, chamados de alvéolos pulmonares.


Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se as trocas gasosas entre o ambiente, denominada hematose. Tudo isso acontece graças às membranas muito finas que os revestem e abrigam inúmeros vasos sanguíneos muito finos, os capilares.

Alvéolos

Os alvéolos ou sacos alveolares são microscópicos sacos onde terminam as ramificações dos bronquíolos ou dutos pulmonares. 
Apresentam uma espessura celular e envolvidos por um denso retículo de capilares sanguíneos, sendo assim percorridos por uma película de sangue quase contínua. Os milhões de alvéolos que fazem parte dos pulmões aumentam extraordinariamente a superfície, constituindo uma enorme interface que facilita as trocas gasosas. 
Nesta enorme superfície, o sangue fica separado do ar alveolar (ar atmosférico) por duas camadas de células, as células alveolares e as células das paredes dos capilares sanguíneos, cuja espessura no seu conjunto é inferior a um mícron. 

Hematose alveolar

A difusão de gases entre os alvéolos pulmonares e o sangue devem-se às pressões parciais de oxigénio e de dióxido de carbono.
O dióxido de carbono concentrado no sangue atravessa as paredes finas dos alvéolos pulmonares pois a sua concentração é menor nos alvéolos pulmonares.
O oxigénio concentrado nos alvéolos pulmonares atravessa as paredes dos alvéolos pulmonares pois a sua concentração é menor no sangue.


A hematose tecidular ou a respiração interna é o processo inverso ao da hematose alveolar. O oxigénio passa do sangue para as células e o dióxido de carbono das células para o sangue.







O oxigênio que chega aos alvéolos pulmonares passa para os capilares sanguíneos por difusão simples, penetra nas hemácias e forma um complexo com a hemoglobina, chamado oxiemoglobina. Este complexo aumenta entre 30 e 100 vezes a quantidade de oxigênio transportado por simples difusão de oxigênio no sangue. O sangue venoso volta aos pulmões carregado de dióxido de carbono, que também é transportado ligado à hemoglobina – formando carboemoglobina. Ao atingir os alvéolos, há uma troca: o dióxido de carbono é liberado e passa por difusão para o interior dos alvéolos, sendo expelido. O processo de desligamento do dióxido de carbono da hemoglobina, nos pulmões, é favorecido pela ligação da hemoglobina com oxigênio. Veja, a seguir, um esquema geral do transporte dos gases. Em condições de repouso, uma pequena parcela do transporte de oxigênio (cerca de 3%) é realizada em sua forma dissolvida, mas durante exercícios a quase totalidade do oxigênio chega aos tecidos ligada à hemoglobina. O transporte por hemoglobina é tão importante que, quando este é bloqueado, ocorre a morte por asfixia: por exemplo, quando é inalado o monóxido de carbono, este se liga irreversivelmente à hemoglobina e pode causar a morte por asfixia. Por isso, é perigoso ficar em ambiente fechado com um carro ligado.
O transporte de gases pelo sangue também tem como função manter a acidez do sangue, porque é a partir da reação do CO2 com a água que são formados os íons bicarbonato e hidrogênio. Esta reação é mediada pela enzima anidrase carbônica. Na realidade, 70% do CO2 é transportado dissolvido no sangue (USP).

O oxigénio concentrado no sangue atravessa as paredes dos capilares pois a sua concentração é menor nas células.
O dióxido de carbono concentrado nas células atravessa as paredes dos capilares pois a sua concentração é menor no sangue. Por sua vez, a respiração celular é o processo que transforma a glicose e o oxigénio em energia, originando também dióxido de carbono e vapor de água (cn8s).


Respiração celular

Todas as células necessitam continuamente de oxigênio para que possam gerar energia e assim manter as funções do organismo. Esse processo de obtenção de oxigênio para geração de energia vital, por meio de processos químicos ocorridos no interior das células, é a respiração celular. Sem ela, não vivemos.

As células usam o oxigênio para oxidar substâncias orgânicas diversas. Do vasto campo de aplicações do oxigênio a mais nobre delas é, sem dúvida, a manutenção da vida. O oxigênio é responsável por converter a energia armazenada em moléculas orgânicas em ATP, que permite à célula desempenhar diversas funções metabólicas. 
Essa energia sob forma de ATP é utilizada no trabalho celular, ou seja, no funcionamento do nosso corpo e na manutenção do equilíbrio. A vida é um constante gasto de energia.

Na respiração, diferentemente de uma reação de combustão termodinamicamente favorecida entre moléculas orgânicas e O2 que gera rapidamente CO2, H2O e calor, os organismos vivos podem usar o oxigênio de forma controlada para suprir as suas necessidades energéticas. Assim, a oxi-hemoglobina é capaz de transportar 220 mL de O2 por cada litro de sangue, dos alvéolos até os tecidos, quantidade suficiente para atender à demanda energética das células na realização de suas funções metabólicas. A mioglobina é uma metaloproteína com apenas um grupo heme e se liga mais fortemente ao O2 que a hemoglobina, atuando, assim, como um armazenador de oxigênio nos tecidos.(Cerqueira et al., 2021)

É a ventilação pulmonar que possibilita que o oxigênio chegue às células. Graças a ventilaçãopulmonar, o oxigênio pode entrar em nosso corpo e ser transportado dos pulmões até as células (usando a Hb como molécula transportadora a corrente sanguínea como veículo).

Na ventilação pulmonar, inflamos e desinflamos os alvéolos pulmonares, por meio da contração e relaxamento da musculatura do diafragma (inspiração e expiração). As contrações do diafragma provocam diferenças de pressão entre o interior dos pulmões e a atmosfera e isso garante a entrada do ar no corpo.

O mesmo sangue que transporta o oxigênio para as células trará até os pulmões o gás carbônico liberado por elas, para que seja eliminado pela expiração. Assim, a ventilação pulmonar é responsável pela captura do oxigênio da atmosfera e também por possibilitar a eliminação do gás carbônico no ambiente.

Entendendo a diferença entre ventilação pulmonar e respiração celular, fica claro que a respiração ocorrida no interior das células é um processo totalmente dependente da ventilação que mantemos em nossos pulmões. 

Por isso a importância tão grande de nosso sistema pulmonar e de que todos os diferentes órgãos funcionem adequadamente para que a ventilação ocorra. Do vasto campo de aplicações do oxigênio a mais nobre delas é, sem dúvida, a manutenção da vida. O oxigênio é responsável por converter a energia armazenada em moléculas orgânicas em ATP, que permite à célula desempenhar diversas funções metabólicas.


FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

A frequência respiratória é o número de respirações que uma pessoa realiza por minuto. Portanto, é importante verificar os valores de cada grupo antes de realizar qualquer registro.

Os valores considerados normais, são:
Mulher:  18 a 20 ciclos por minuto;
Homem:  16 a 18 ciclos por minuto;
Criança:  20 a 25 ciclos por minuto;
Lactantes:  30 a 40 ciclos por minuto.


Ventilação 
Processo pelo qual o ar chega aos alvéolos.
Ocorre pela ação de músculos respiratórios com a intenção de aumentar ou reduzir o volume da cavidade torácica.

Ciclo ventilatório
Alternância de uma inspiração, seguida de uma expiração e de breve repouso

Frequência respiratória
É o número de vezes que a pessoa respira por minuto (um ciclo completo). Observa-se a expansibilidade e retração da parede torácica e abdominal.






EXERCÍCIOS

Observe a figura abaixo representando o sistema respiratório
De o nome das partes numeradas e relacione suas funções.

As partes do sistema respiratório destacadas são:
1. Fossas nasais
2. Faringe
3. Laringe
4. Brônquio
5. Brônquio primário
6. Brônquio terciário
7. Bronquíolo
8. Alvéolos pulmonares com a rede de capilares sanguíneos


A imagem representa o processo de hematose presente nos alvéolos pulmonares, onde os gráficos de barras informam a variação das porcentagens de O2 e CO2 no ar inspirado e no ar expirado em situação de repouso.
Considerando-se as informações contidas na ilustração e no conhecimento científico a respeito da fisiologia humana, é correto afirmar:

(a) A hematose representa as trocas gasosas que ocorrem nos alvéolos pulmonares transformando o sangue arterial em sangue venoso. 

(b) Quanto maior a diferença na concentração dos gases respiratórios entre os alvéolos e o sangue, mais rápida é a difusão por transporte passivo desses gases pela superfície respiratória. 

(c) A hemoglobina, ao se ligar ao oxigênio durante a hematose produz uma molécula estável denominada de oxiemoglobina responsável pela fixação de energia química no ambiente intracelular. 

(d) O percentual de saturação de hemoglobina ao oxigênio é 3% maior no sangue que chega aos alvéolos do que se comparado ao sangue após a hematose. 

(e) O sangue rico em oxigênio apresenta, ao sair dos alvéolos, uma pressão parcial do CO2 em torno de 4,5%.


Os vasos sanguíneos compreendem as artérias, que trazem o sangue do coração, as veias, que o retornam ao coração, e os capilares, pequeníssimas conexões entre as arteríolas e as vênulas no interior dos tecidos. Esses vasos são dispostos de modo a formar dois circuitos. A afirmativa adequada que descreve esses dois circuitos são: 

(a) A grande circulação ou circulação sistêmica, se origina no ventrículo esquerdo, carreia o sangue oxigenado (arterial) a todos os órgãos e partes do corpo, com exceção do tecido de troca gasosa dos pulmões, e então transporta o sangue nesse momento desoxigenado (venoso) de volta ao átrio direito; o segundo, a pequena circulação ou circulação pulmonar, carreia o sangue desoxigenado do ventrículo direito para o tecido de troca gasosa dos pulmões, onde é reoxigenado antes de ser retornado ao átrio esquerdo por um conjunto especial de veias. As circulações sistêmica e pulmonar, associadas às câmaras cardíacas, formam um trajeto único e complexo pelo qual o sangue circula indefinidamente. 

(b) A pequena circulação ou circulação sistêmica, se origina no ventrículo esquerdo, carreia o sangue oxigenado (arterial) a todos os órgãos e partes do corpo, com exceção do tecido de troca gasosa dos pulmões, e então transporta o sangue nesse momento desoxigenado (venoso) de volta ao átrio direito; o segundo, a grande circulação ou circulação pulmonar, carreia o sangue desoxigenado do ventrículo direito para o tecido de troca gasosa dos pulmões, onde é reoxigenado antes de ser retornado ao átrio esquerdo por um conjunto especial de veias. As circulações sistêmica e pulmonar, associadas às câmaras cardíacas, formam um trajeto único e complexo pelo qual o sangue circula indefinidamente.

(c) Os dois circuitos são a circulação sanguínea, formada pelos vasos (artérias e veias), responsáveis pelo influxo de sangue do coração ao corpo e o retorno ao coração, fornecendo nutrição aos tecidos através dos capilares sanguíneos, e o segundo circuito trata-se do circuito de vasos linfáticos, responsáveis por recolher o líquido extracelular e devolver ao sistema circulatório por meio de drenagem passiva, coleta e derramamento da linfa na veia cava.

(d) O primeiro circuito é composto por artérias que terminam em leitos capilares, a maioria possui conexões mais próximas e substanciais com os vasos adjacentes. O segundo circuito é a continuação da nutrição tecidual, no qual as artérias formam conexões interarteriais (anastomoses) criam vias alternativas, colaterais, ou desvios, que permitem a manutenção da circulação quando a via mais direta encontra-se bloqueada. A circulação colateral passa a operar assim que o tronco principal é obstruído, tornando-se mais eficiente com o passar do tempo.

(e) Na verdade, existe apenas um único circuito de circulação sanguínea, no qual o sangue é ejetado pelo ventrículo esquerdo para o tronco aórtico, artéria aorta, segue pelas artérias de grande, médio e pequeno calibre, é distribuído no interior dos tecidos pelos capilares e em seguida é coletado pelas vênulas, veias e finalmente é despejado novamente no coração, chegando pela veia cava caudal e cranial ao átrio direito. (static)


A hematose é um fenômeno da respiração pulmonar que ocorre no interior dos alvéolos pulmonares e consiste na troca do sangue venoso (rico em gás carbônico) em sangue arterial (rico em oxigênio). Como nos alvéolos pulmonares a concentração de oxigênio é bem maior do que a encontrada nos capilares sanguíneos, o gás oxigênio presente nos alvéolos pulmonares passa para os capilares sanguíneos através da difusão*. Depois, penetra nas hemácias e se combina com a hemoglobina (Hb), pigmento respiratório que apresenta quatro cadeias de aminoácidos combinadas com um grupo que contém ferro (o grupo heme).

Presente no sangue de todos os vertebrados, a hemoglobina tem a capacidade de se combinar com quatro moléculas de oxigênio, formando a oxiemoglobina (HbO2). Na forma de oxiemoglobina, o oxigênio é transportado para todas as partes do corpo, sendo liberado nos tecidos, onde o oxigênio se dissocia da oxiemoglobina e se espalha no citoplasma da célula, sendo utilizado pelas mitocôndrias no processo de respiração celular. Acredita-se que existam cerca de 250 milhões de moléculas de hemoglobina no interior de uma hemácia. Dessa forma, então, podemos dizer que cada hemácia carrega em torno de um bilhão de moléculas de oxigênio (preparaenem)

Ao realizar a respiração celular, as células produzem gás carbônico, sendo que a concentração desse gás fica maior no interior da célula e, por esse motivo, ele passa por difusão para os capilares sanguíneos, onde aproximadamente 23% se associam a grupos amina da hemoglobina, formando a carboemoglobina ou carbaminoemoglobina; e 7% se encontram dissolvidos no plasma sanguíneo. A maior parte do gás carbônico reagirá com a água no interior das hemácias, formando o ácido carbônico (H2CO3), reação que será acelerada pela enzima anidrase carbônica. O ácido carbônico irá se quebrar em íons H+ (que se associam a moléculas de hemoglobina, formando a desoxiemoglobina) e em íons bicarbonato (HCO3-, que se encontram dissolvidos no plasma sanguíneo, na forma de bicarbonato de sódio, onde auxiliam no controle da acidez do sangue).





Bibliografia














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