4.4.20

CALENDÁRIO DE VACINAS

SUS SALVA VIDAS
VACINAS SALVAM VIDAS


CALENDÁRIO DE VACINAS 

O calendário oferece um conjunto de orientações específicas para cada faixa etária e também visando à saúde do trabalhador exposto a riscos. 
O SUS também disponibiliza imunobiológicos para todas as faixas etárias, conforme definido no Calendário Nacional de Imunização do PNI, o que exige o desenvolvimento de estratégias específicas para atingir as coberturas de vacinação desejáveis, buscando a prevenção, controle e eliminação das doenças imunopreviníveis em todo o território brasileiro.

Os calendários contemplam também as vacinas disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) que são específicos como aqueles para adolescentes, idosos e imunossuprimidos.



Calendário de vacinação infantil do SUS do nascimento aos 14 anos de idade. Clínicas particulares oferecem vacinas extras.

  1. BCG
  2. Hepatite B
  3. Penta
  4. Pólio inativada
  5. Pólio oral
  6. Rotavírus
  7. Pneumo 10
  8. Meningo C
  9. Febre amarela
  10. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
  11. Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela)
  12. DTP
  13. Hepatite A
  14. Varicela
  15. Difteria e tétano adulto (dT)
  16. Meningocócica ACWY
  17. HPV quadrivalente
  18. dTpa
  19. Influenza (esta ofertada durante Campanha anual) e
  20. Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23) (gov).

AO NASCER

1) BCG

A vacina de dose única é indicada de rotina a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade. Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra). A vacina previne contra formas graves de tuberculose (principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo). A tuberculose é uma doença infecciosa que afeta os pulmões e pode atingir outras partes do corpo. Uma segunda dose pode ser aplicada com um intervalo mínimo de seis meses após a primeira. É composta pelo Bacilo de Calmette-Guérin, origem do nome BCG, obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. Completam sua composição o glutamato de sódio e a solução fisiológica (soro a 0,9%) (sbim).


2) Hepatite B. Primeira dose

A primeira dose deve ser aplicada até 12 horas após o nascimento. A Hepatite B é uma doença que provoca mal-estar, febre, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. Agravada, pode causar infecções ou tumores no fígado.


DOIS MESES DE IDADE

3) Vacina Pentavalente. Primeira dose

A vacina previne contra 
Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B e infecções causadas pela bactéria HiBHaemophilus influenzae tipo B (ou tipo b) (Bacilo de Pfeifer).

A bactéria Haemophilus influenzae, inicialmente designada de bacilo de Pfeiffer, é uma bactéria cocobacilar Gram negativa, aeróbica facultativa da família Pasteurellaceae. H. influenzae foi descrita pela primeira vez em 1892 por Richard Pfeiffer durante uma pandemia de influenza. Até 1933 foi confundida como a causa da gripe comum, atualmente sabe-se que a gripe é causada pelo vírus influenza.  A utilização de vacinas diminuiu drasticamente o número de pessoas infectadas. Em 1930, foram definidas duas categorias principais de H. influenzae: as cepas não encapsuladas e as cepas encapsuladas. As cepas encapsuladas foram classificadas com base em seus antígenos capsulares distintos. Os seis tipos geralmente reconhecidos de H. influenzae encapsulados são: A, B, C, D, E e F, predominando o tipo B, abreviado como HiB, o mais virulento deste grupo. 
Este procarioto (cepa encapsulada HiB) foi o primeiro organismo de vida livre a ter seu genoma completamente sequenciado. O sequenciamento mostrou que essa bactéria apresenta aproximadamente 1.740 genes.

Haemophilus influenzae é um cocobacilo Gram-negativo que pode causar doenças como otite média, pneumonia e meningite. O H. influenzae pode ser classificado em seis sorotipos (a a f) com base nas características dos polissacarídeos de superfície; cepas não encapsuladas também existem e são referidas como H. influenzae não tipável. Historicamente, H. influenzae sorotipo b (Hib) foi a principal causa de doença invasiva e surtos em todo o mundo até o desenvolvimento de uma vacina conjugada de Hib na década de 1980. A introdução da vacina diminuiu drasticamente a taxa de incidência da doença invasiva por Hib; no entanto, a vacina não protege contra cepas não sorotipo b. Desde a introdução da vacina, o sorotipo f substituiu o Hib como a cepa invasiva de H. influenzae mais dominante, enquanto o sorotipo a (Hia) emergiu como uma causa significativa de doença invasiva entre as populações indígenas da América do Norte. Pouco se sabe sobre o Hia, e nenhum genoma de Hia disponível publicamente foi relatado até o ano de 2017. O primeiro sequenciamento do genoma completo de uma cepa de H. influenzae sorotipo A (NML-Hia-1, isolada de uma amostra de cultura de sangue) produziu uma contagem de 1.829.217 pares de base representando o DNA  cromossômico de HiA, esta é fechado e apresenta um teor médio de G+C de 38,02% (Hia não contém plasmídeos). O sequenciamento do DNA produziu 1.643 sequências de codificação, 19 operons de rRNA e 59 genes de tRNA (Iskander, 2017).


4) VIP. Primeira dose

Protege contra poliomielite ou paralisia infantil. As vacinas contra a poliomielite são vacinas usadas para prevenir a poliomielite (pólio). Dois tipos de vacinas são usados: um poliovírus inativado administrado por injeção (IPV, Inactivated PolioVirus) e um poliovírus enfraquecido administrado por via oral (OPV, Oral PolioVirus). A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as crianças sejam totalmente vacinadas contra a pólio. As duas vacinas eliminaram a poliomielite da maior parte do mundo e reduziram o número de casos relatados a cada ano de cerca de 350.000 em 1988 para 33 em 2018.

Vacina Oral Poliomielite (VOP). É uma vacina oral atenuada bivalente, ou seja, composta pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos, mas “enfraquecidos”. Contém ainda cloreto de magnésio, estreptomicina, eritromicina, polissorbato 80, L-arginina e água destilada.

Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Por ser produzida com o vírus inativado, não há possibilidade de desenvolvimento da doença. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3. Contém ainda 2-fenoxietanol, polissorbato 80, formaldeído, meio Hanks 199, ácido clorídrico ou hidróxido de sódio. Pode conter traços de neomicina, estreptomicina e polimixina B, utilizados durante a produção.

A pólio é doença é causada por um vírus que vive no intestino e produz uma inflamação da substância cinza da medula espinhal. O poliovírus, é o agente causador da polio em humanos (também conhecido como poliomielite), é um sorotipo da espécie Enterovirus C, da família Picornaviridae. Existem três sorotipos de poliovírus (tipos 1, 2 e 3). É um dos vírus mais simples, com apenas um RNA de cadeia simples em sentido positivo, sem envelope, com um capsídeo de proteína icosaédrica de 30nm.
É um pequeno vírus de ácido ribonucleico com cerca de 300 Angström de diâmetro, cujo genoma é composto por uma cadeia simples de ARN em sentido positivo e contém cerca de 7500 bases de comprimento. O poliovírus foi isolado em 1908 por Karl Landsteiner e Erwin Popper. Em 1981, o genoma do poliovírus foi publicado por dois grupos diferentes de investigadores, um do MIT e outro da Universidade de Nova Iorque. Devido ao seu genoma curto e à sua composição simples (apenas uma molécula de ARN e uma capsídeo de proteína icosaédrica sem envelope), o poliovírus é considerado um dos vírus mais simples.

Devido à erradicação da poliomielite em diversas regiões do mundo e também para evitar a paralisia que pode ser causada pelo vírus contido na vacina oral (VOP), a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que países como o Brasil, de baixo risco para o desenvolvimento da doença, passem a utilizar a vacina inativada (VIP), sempre que possível.
Desde 2016, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacina VIP nas três primeiras doses do primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e a VOP no reforço e campanhas anuais de vacinação (sbim).

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta que a VIP seja a vacina de preferência na administração de todas as doses. A vacina poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de 5 anos. Para viajantes adolescentes e adultos com destino a países onde a doença é endêmica, como o Paquistão e o Afeganistão, ou a locais onde há risco de transmissão e registro de casos de poliomielite causada pelo vírus vacinal.


5) Pneumocócica. Primeira dose

Pneumonia, meningite e otite
Protege contra as doenças causadas pelo Pneumococo (Streptococcus pneumoniae), uma bactéria. Pneumonia, otite e meningite são alguns distúrbios causados pelo organismo. A vacina é recomendada em três doses no primeiro ano de vida, mais uma dose de reforço entre 12 e 15 meses.

vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.
vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos. Tratam-se de vacinas inativadas, portanto não têm como causar as doenças.

A VPC10 é composta de dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo), oito deles conjugados com a proteína D do Haemophilus influenzae tipo b, um com o toxoide tetânico e outro com toxoide diftérico. Contém também cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção.
A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção (sbim).


6) Rotavírus humano

O rotavírus é uma das principais causas de diarreia acentuada em lactentes, comuns principalmente em países subdesenvolvidos. A vacina é indicada em duas doses.

Vacina oral monovalente (VRH1) contém um tipo de rotavírus vivo “enfraquecido”, além de sacarose, adipatodissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril.

Vacina oral atenuada pentavalente (VRH5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”, sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.
Indicada para bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dia. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.

Onde pode ser encontrada a vacina:
VRH1: Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 a 8 meses de vida. Também pode ser encontrada nos serviços privados de vacinação.
VRH5: Apenas em serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 6 semanas a 8 meses de vida (sbim).


3 MESES

7) Meningocócica. Primeira dose

Protege as crianças da bactéria meningocóco C, causadora da 

A vacina previne doenças causadas pelo meningocóco C (incluindo meningite e meningococcemia). A meningite é uma infecção das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. É uma doença grave que atinge principalmente as crianças e pode causar paralisia e morte.
Esta vacina é produzia com a bactéria inativada i.e., uma vacina inativada, portanto, não tem como causar doença. 
Contém antígeno formado por um componente da cápsula da bactéria (oligossacarídeo) do sorogrupo C conjugado a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM 197. Contém também adjuvante hidróxido de alumínio, manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio e água para injeção. 

É indicada para crianças e adolescentes. Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica. Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

No primeiro ano de vida, são recomendadas duas doses. A dose final deve ser aplicada com 15 meses. 

Há dois tipos de vacinas contra a meningite C disponíveis no Brasil.
A meningocócica C conjugada, oferecida gratuitamente pelo SUS em postos de saúde.
A meningocócica conjugada ACWY, disponível apenas em clínicas particulares.

A diferença entre as duas vacinas é que a vacina menigocócica C conjugada, oferecida pelo SUS contém proteção apenas contra a bactéria Neisseria meningitidis do grupo C. Enquanto que a meningocócica conjugada ACWY é quadrivalente e também oferece proteção contra os meningococos dos grupos AY, além do C
A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunologia recomendam esta última para bebês, crianças e adultos, já que oferece proteção para outros tipos de meningococos, além do C.

O esquema de doses sugerido é de duas doses aos três e cinco meses, além de um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado até os quatro anos. Além disso, a SBP e a SBIm recomendam mais dois reforços: entre cinco e seis anos e aos 11 anos de idade.

Adolescentes devem tomar duas doses com intervalo de cinco anos. Já adultos devem tomar apenas uma dose, mas somente quando for recomendado por motivos específicos.



4 MESES

8) Pentavalente. 2ª dose

9) VIP. 2ª dose

10) Pneumocócica. 2ª dose

11) Rotavírus. 2ª dose





5 MESES

13) Meningocócica. 2ª dose



6 MESES


14) Pentavalente. 3ª dose

15) Poliomielite. 3ª dose

16) Pneumocócica. 3ª dose

17) VIP. 3ª dose



9 MESES

18) Febre amarela. Dose inicial

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus e transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo causador da dengue. Ela causa icterícia (amarelidão no corpo) e hemorragia em diversos graus. A febre amarela é uma doença viral potencialmente grave. A maior parte dos infectados apresenta poucos ou nenhum sintoma, mas transmite a doença caso seja picado por um mosquito e esse mosquito pique outra pessoa. Entre os que adoecem, a enfermidade pode ser muito severa, com letalidade que varia de 30 a 60%.

As primeiras manifestações são súbitas, com febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Após um breve período de bem estar (dois dias), o quadro pode melhorar ou evoluir para a forma mais grave, marcada por insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Os indivíduos que se recuperam adquirem imunidade permanente.

Em áreas urbanas, a febre amarela é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas áreas silvestres, o vírus também é encontrado em macacos, seus hospedeiros intermediários, ao picar o animal, o mosquito é contaminado pelo vírus e passa a infectar humanos.

A transmissão urbana da febre amarela desapareceu no Brasil em 1942, mas a forma silvestre é endêmica e eventualmente causa surtos e epidemias, como a que o país enfrenta desde 2017, quando a febre amarela silvestre chegou a áreas até então consideradas livres da enfermidade.

Com o objetivo de conter o aumento do número de casos, a expansão geográfica e o risco de reurbanização, o Ministério da Saúde (MS) chegou a realizar campanha de vacinação com doses fracionadas, por um período determinado, nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2020, o MS ampliou a recomendação da vacina para todo o território nacional (sbim).

No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pelos serviços privados de vacinação e eventualmente pela rede pública. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina. As duas têm perfis de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos. É importante ressaltar que os estudos para o uso de doses fracionadas, recomendado apenas durante campanhas do Ministério da Saúde, em localidades e períodos bem definidos, foram realizados apenas com a vacina de Bio-Manguinhos. Não há, portanto, autorização para a administração de doses fracionadas da vacina da Sanofi Pasteur. Indicação:Pessoas a partir de 9 meses de idade (sbim). 

Além de tomar a dose inicial, outra dose deve ser aplicada em quem vai viajar para regiões de risco, como áreas tropicais da América do Sul e África.



12 MESES

19) Tetra Viral. 1ª dose

A vacina protege contra quatro doenças: sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Essa vacina é a única forma de prevenir formas graves destas doenças. A segunda dose deve ser aplicada aos 15 meses.

Sarampo 
Os principais sintomas do sarampo são, febre acompanhada de tosse; irritação nos olhos; nariz escorrendo ou congestionado (entupido); mal-estar intenso. Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.
A transmissãoocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O sarampo é uma doença altamente contagiosa; é tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. A transmissão pode ocorrer entre 4 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo. Transmitida por aerossóis respiratórios que desencadeiam uma imunossupressão temporária, porém grave. Os sintomas incluem febre, tosse, coriza, olhos inflamados e erupção cutânea maculopapular e eritematosa generalizada. O vírus é transmitido pela tosse e espirros por contato pessoal próximo ou contato direto com secreções.

O vírus do sarampo, Measles morbillivirus (MeV), é um vírus do gênero Morbilivirus da família Paramyxoviridae. É um vírus envelopado cujo genoma é uma molécula de RNA de fita simples de sentido negativo, e consiste em cerca de 16.000 nucleotídeos que codificam oito proteínas. A proteína hemaglutinina se liga aos receptores celulares e interage com a proteína de fusão para mediar a fusão do envelope viral com a membrana da célula hospedeira. Os receptores celulares para o vírus do sarampo incluem CD46 e CD150. A distribuição dos receptores de vírus determina os tipos de células infectadas pelo vírus do sarampo. A proteína hemaglutinina provoca fortes respostas imunológicas e a imunidade vitalícia após a infecção é principalmente atribuída a anticorpos neutralizantes contra essa estrutura. A caracterização genética do vírus do sarampo do tipo selvagem em circulação é importante para documentar as vias de transmissão e distinguir as cepas endêmicas das importadas. A genotipagem também pode diferenciar o vírus vacinal do tipo selvagem, o que é importante na avaliação de eventos adversos associados à vacina (rmmg).
MeV, Vírus do sarampo.
(Fonte: modificado de  Olga V. Matveeva, Svetlana A. Shabalina, 1, 2).

Uma característica importante do vírus do sarampo é que ele é antigenicamente monotípico, apesar de sua diversidade genotípica e do fato de que os vírus de RNA têm altas taxas de mutação. Novas vacinas contra o sarampo não precisam ser desenvolvidas para combater as cepas do vírus em evolução porque os epítopos neutralizantes da proteína hemaglutinina que conferem proteção são altamente conservados. Consequentemente, as vacinas atenuadas contra o sarampo, derivadas de um único genótipo do vírus isolado na década de 1950, permanecem efetivas em todo o mundo.

Adulto deve se vacinar contra o sarampo? Tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade: se você tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;
Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.
Não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra? De 1 a 29 anos: são necessárias duas doses; de 30 a 59 anos, apenas uma dose (saude).


constituído pelo ácido ribonucléico - RNA, ou seja, é um RIBO-virus
16.000 nucleotídeos entra na estrutura desta cadéia (filamento único)

A seqüência de pb já foi determinada, sendo responsável pela reprodução viral e pela códificação das 6 proteínas principais da estrutura do vírus:

Protínas associadas ao RNA, formam a nucleocápside (genoma mais a cápside que o envolve):
Proteína P: fosfoproteína.
Proteína L: grande proteína.
Proteína N: nucleoproteína.

Proteínas associadas ao envelope lipoproteico:

Proteína F: de fusão.
Proteína H: hemaglutinina.
Proteína M: da matriz.

As proteínas F e H são glicosiladas e transmembranosas, isto é, aparecem em projeções na superfície externa do envelope, enquanto a proteína M localiza-se na superfície mais interna. 
As proteínas F e H são responsáveis pela adsorção e fusão entre vírus e membrana da célula hospedeira, penetração virai e hemólise. 
Atualmente já se dispõe da caracterização do vírus do sarampo por meio do seqüenciamento dos códigos genéticos para a proteína H ou para a proteína N, por serem as que apresentam maior variabilidade. Apesar da existência e co-circulação de linhagens distintas do vírus selvagem, sorologicamente o vírus do sarampo é monotípico.


Caxumba
O vírus "mumps" da caxumba (MuV) é o vírus que causa a caxumba, ou parotidite infecciosa é um paramixovírus, agente causador da caxumba/papeira/ou parotidite infecciosa. O MuV apresenta um genoma de fita simples de sentido negativo constituído de ácido ribonucleico (RNA). Seu genoma tem cerca de 15.000 nucleotídeos (pb) de comprimento e contém sete genes que codificam nove proteínas
O genoma é envolto por um capsídeo que, por sua vez, é circundado por um envelope viral. As partículas de MuV, chamadas virions, têm forma pleomórfica e variam em tamanho de 100 a 600 nanômetros de diâmetro. São reconhecidos um sorotipo e doze genótipos que variam em sua distribuição geográfica. Os seres humanos são o único hospedeiro natural do vírus da caxumba.

MuV se replica primeiro ligando-se à superfície das células, por meio do qual seu envelope se funde com a membrana da célula hospedeira para liberar o capsídeo dentro da célula. Uma vez dentro, a RNA polimerase dependente de RNA viral transcreve o RNA mensageiro (mRNA) do genoma e depois replica o genoma. Após a tradução das proteínas virais, os virions são formados adjacentes à membrana celular, de onde saem da célula por brotamento de sua superfície, usando a membrana celular como envelope.

O vírus da caxumba foi identificado pela primeira vez como a causa da caxumba em 1934 e foi isolado pela primeira vez em 1945. Poucos anos após o isolamento, foram desenvolvidas vacinas que protegem contra a infecção por MuV. MuV foi reconhecido pela primeira vez como uma espécie em 1971, e recebeu o nome científico Mumps orthorubulavirus. É atribuído ao gênero Orthorubulavirus na subfamília Rubulavirinae, família Paramyxoviridae (WP).
 
Estrutura do vírus da caxumba

O vírus da caxumba ou vírus da parotidite infecciosa, uma doença frequente na infância, caracterizada por inchaço das glândulas salivares (especialmente da parótidas) e outros tecidos epiteliais é altamente infecciosa.


Rubéola 
Varicela


20) Pneumocócica. Reforço

21) Hepatite A. Primeira dose

A doença é contagiosa, causada por um vírus e transmitida por alimentos, água contaminada ou por via oral de uma pessoa contaminada para uma saudável. A segunda dose deve ser aplicada seis meses após a aplicação da primeira.

Trata-se de vacina produzia com o vírus inativado, portanto, não tem possibilidade de causar a doença. É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.
Nos serviços privados de vacinação estão disponíveis as apresentações pediátrica (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos.
Indicação: A vacina é indicada para todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.
Contraindicação: É contraindicada para pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses: Duas doses com intervalo de seis meses.
As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 2017, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar 5 anos de idade (sbim).

A inflamação no fígado causada pelo vírus da hepatite A pode provocar febre, perda de apetite, cansaço, dor abdominal (na barriga), enjoo, vômito e pele ou olhos amarelados (icterícia), mas em menores de 5 anos a doença pode ser assintomática. Mas todos os infectados transmitem o vírus por muito tempo, e sua eliminação pelas fezes pode contaminar objetos, água, alimentos e infectar outras pessoas (sbim). Apesar de ter uma duração longa (até 2 meses, em alguns casos), a hepatite A geralmente resulta em cura, mas uma minoria de pessoas evolui para falência do fígado (insuficiência hepática), o que faz com que o órgão simplesmente pare de funcionar corretamente, levando à necessidade de transplante (sbim).



15 MESES

22) Poliomielite. 1º reforço

O segundo reforço deve ser aplicado aos quatro anos de idade.

23) DTP

A DTP protege contra difteriatétano e coqueluche, três doenças que também são prevenidas na pentavalente.

A vacina é feita com as respectivas bactérias inativadas, portanto, não há possibilidade de causar a doença. Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio, e água para injeção. A vacina é indicada para crianças com menos de 7 anos de idade. Mesmo as que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e/ou coqueluche devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente frente a novas infecções.
Contraindicações:Maiores de 7 anos.
Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias que se seguiram à aplicação de dose anterior de vacina contendo componente pertussis. Anafilaxia causada por qualquer componente da vacina.
Esquema de doses: 
Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir a vacina quíntupla (penta) ou hexa, nas quais a DTPa é combinada a outras vacinas. Ver DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para a dose de reforço entre 4 e 5 anos de idade, a DTPa pode ser substituída por dTpa ou dTpa-VIP. (sbim)

Difteria
A difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que vive na boca, garganta e nariz da pessoa infectada e produz uma toxina que pode gerar graves complicações, como a insuficiência cardíaca e a paralisia. O surgimento de placas esbranquiçadas nas amígdalas ou laringe, febre e calafrios podem ser sintomas da difteria. Essa doença, prevenível por vacina, é também conhecida como “crupe”. 
Transmissão: A difteria é transmitida por via respiratória, em gotículas de secreção eliminadas durante a tosse, o espirro ou a fala, mesmo quando o portador da bactéria não apresenta sintomas, processo que pode durar mais de seis meses. Pessoas não vacinadas, de qualquer idade, raça ou sexo, podem contrair a doença, ainda que já tenham se infectado anteriormente. Por essa razão é importante se vacinar a cada dez anos. Para o controle da difteria, é preciso que pelo menos 80% da população esteja vacinada. A doença é mais frequente em regiões com situação sanitária deficiente e maior índice de aglomeração de pessoas, onde geralmente há baixa cobertura vacinal. No entanto, países desenvolvidos, com adequada cobertura, também registram ocorrências. A vacina é a única forma eficiente de prevenção e está indicada a partir dos 2 meses de vida, com reforços a cada dez anos, inclusive para adolescentes, adultos e idosos (sbim).


Tétano 
O ferimento produzido por uma lâmina enferrujada, por exemplo, pode significar apenas um contratempo se você estiver com a vacina tétano em dia. Caso contrário, pode ser o início de preocupações bem maiores. 
A palavra tétano que designa a doença, vem do grego antigo e significa “contrair e relaxar”, uma referência às contraturas musculares generalizadas, provocadas quando os esporos da bactéria Clostridium tetani atingem o sistema nervoso. 
Em condições propícias, esses esporos multiplicam-se e passam a produzir exotoxinas que são disseminadas no organismo. A doença é extremamente grave e oferece alto risco de morte. Graças à vacinação, o tétano acidental é bastante raro no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os últimos registros foram em lavradores e outros trabalhadores não vacinados, em zonas rurais com situação sanitária precária. 
Transmissão: o tétano não é transmissível de uma pessoa para a outra. A doença é adquirida de duas formas:
Tétano acidental: decorre da contaminação de ferimentos externos, geralmente perfurações, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas.
Tétano neonataladquirido pelo bebê seja na hora do corte do cordão umbilical, devido ao uso de instrumentos contaminados, ou durante o tratamento do coto do umbigo, pela aplicação de substâncias infectadas.

Vacinas disponíveis:
As vacinas são a única medida de prevenção e estão indicadas a partir dos 2 meses de vidacom reforço a cada a cada dez anosinclusive para adolescentes, adultos e idosos. Para prevenção do tétano neonatal é imprescindível que a gestante tenha recebido a última dose da vacina há menos de cinco anos (sbim). 
As vacinas disponíveis são:
DTPw-HB/Hib (tríplice bacteriana de células inteiras combinada às vacinas hepatite B e Haemophlilus influenzae tipo b)
DTPw (tríplice bacteriana de células inteiras)
DTPa-VIP/Hib (tríplice bacteriana acelular combinada às vacinas inativada poliomielite e Haemophlilus influenzae tipo b)
DTPa-VIP-HB/Hib (tríplice bacteriana acelular combinada às vacinas inativada poliomielite, hepatite B e Haemophlilus influenzae tipo b)
DTPa (tríplice bacteriana acelular)
dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto)
dTpa-VIP (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto combinada à vacina inativada poliomielite)
DT – dupla bacteriana infantil
dT – dupla bacteriana do tipo adulto

Coqueluche
A pertússis ou coqueluche (também conhecida como tosse convulsa) é uma doença bacteriana altamente contagiosa. É causada pela bactéria Bordetella pertussis e é uma doença transmitida pelo ar que se espalha facilmente através da tosse e os espirros de uma pessoa infectada. As pessoas são infecciosas para outras, a partir do início dos sintomas até cerca de três semanas de tosse. As tratadas com antibióticos não são mais infecciosas depois de cinco dias. O diagnóstico é através da recolha de uma amostra a partir da parte de trás do nariz e da garganta. Esta amostra pode ser testada por qualquer cultura ou por reação em cadeia da polimerase. A prevenção é feita, principalmente, através da vacinação com a vacina contra coqueluche. Recomenda-se a imunização inicial entre os seis e oito semanas de idade, e a administração de quatro doses nos primeiros dois anos de vida. A vacina torna-se menos efetiva ao longo do tempo, e normalmente recomendam-se doses suplementares para crianças mais velhas e adultos. Os antibióticos podem ser utilizados para evitar a doença naqueles que foram expostos e estão em risco de piora da doença. Nos portadores da doença, os antibióticos podem ser úteis se o tratamento tiver inicio dentro de três semanas após os primeiros sintomas, mas, caso contrário, têm pouco efeito na maioria das pessoas. Em crianças com menos de um ano de idade e entre mulheres grávidas, recomenda-se a toma de antibióticos no prazo de seis semanas do início dos sintomas. Os antibióticos utilizados incluem eritromicina, azitromicina, claritromicina ou trimetoprim/sulfametoxazol. Existem poucas evidências sobre a efectividade das intervenções de outros fármacos para a tosse, para além dos antibióticos.
Morte por coqueluche em 2012. (Fonte Chris55, Data from World Health Organization Estimated Deaths 2012, by Canuckguy et al., (WP12) https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=50321521

B. pertussis existe em todo o mundo e só infecta seres humanos. Estima-se que ocorram cerca de 30 a 50 milhões de casos por ano que resultam em 300 000 mortes. Em termos gerais, os pacientes são crianças com menos de um ano de idade, 90% dos casos ocorrendo em locais que não possuem boa campanha de vacinação. Desde a última década de 80, são registrados aumentos cíclicos a cada 3 e 4 anos. Segundo dados da OMS, a incidência da doença triplicou na América latina e América do Norte entre 2006 e 2008. Em 2012, os 1.759 casos no Brasil provocaram 39 mortes, a maioria de bebês. Inglaterra e Espanha também tiveram surtos, com mais de 6 mil de casos em 2012. A Sociedade Brasileira de Imunizações e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a vacinação de reforço para adolescentes e adultos não vacinados para que não infectem bebês, as principais vítimas letais.

Inicialmente, os sintomas são normalmente similares aos da gripe comum, com um corrimento nasal, febre leve e tosse. Esta é, então, seguida ao longo de semanas por um grave acesso de tosse violenta e espasmódica com sensação de asfixia que terminam com um ruído estridente durante a inspiração (estridor inspiratório). A tosse pode durar 10 semanas ou mais. Uma pessoa pode ter uma tosse tão forte que pode vomitar, fraturar as costelas ou ficar muito cansada pelo esforço. As crianças menores de um ano de idade podem ter pouca ou nenhuma tosse e, em vez disso, ter períodos em que não conseguem respirar (falta de ar). O tempo entre a infecção e o início dos sintomas é geralmente de sete a dez dias. A doença pode ocorrer em pessoas que tenham sido vacinadas, mas os sintomas são normalmente mais brandos (WP).

A doença evolui em três fases sucessivas. 1) fase catarral que dura até 14 dias, 2) fase paroxística que dura até 6 semanas e 3) fase de convalescença que permanece por até 3 semanas (mundo).
A fase catarral inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, há acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

transmissão acontece principalmente pelo contato direto da pessoa doente com uma pessoa suscetível, não vacinada, através de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou ao falar. Também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados com secreções do doente. A coqueluche é especialmente transmissível na fase catarral e em locais com aglomeração de pessoas (ficocruz).

Timeline da coqueluche (cdc)



24) VIP. 4º reforço

25) Meningocócica. 3ª dose

As duas doses seguintes são aplicadas aos quatro e onze anos de idade.


26) Tetra Viral. Segunda dose


18 MESES

27) Hepatite A. Reforço



4 ANOS

28) DTP. 2ª dose

20) VIP. 5ª dose

30) Meningocócica. 4ª dose




9 ANOS

31) HPV

Imagine um vírus tão comum, mas tão comum que quase todos os homens e mulheres serão infectados por um ou mais de seus inúmeros tipos. Assim é o papilomavírus humano (HPV), que causa verrugas genitais (ou condilomas) e também câncer. Essas doenças podem ser evitadas com vacinas.

Para você ter uma ideia, de 12,7 milhões de novos casos de câncer em homens e mulheres, reportados anualmente em todo mundo, 610 mil têm como causa alguns tipos de HPV, informa estudo divulgado em 2012 pela respeitada publicação Lancet Oncology, do Reino Unido. Os pesquisadores também apontam que 10% de todos os casos de câncer em mulheres estão igualmente associados a esses vírus. Já em homens, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC Center for Disease Control and Prevention) afirma que esse vírus responde por cerca de 5% de todos os casos de câncer. Ainda segundo o CDC, o HPV está relacionado com 99% dos cânceres de colo do útero; com 90% dos de ânus; 70% dos de boca; e 40% dos cânceres de pênis (sbim).

Quanto à incidência de alguns desses tipos de câncer no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no ano de 2020 haverá 16.590 novos casos de câncer do colo do útero, com 6.526 mortes; e 15.190 novos casos de câncer de boca, com 6.455 mortes, a expressiva maioria em homens.

A vacina contra HPV é indicada para meninas a partir dos nove anos. O HPV é o Vírus do Papiloma Humano, que atinge a pele e as mucosas, é sexualmente transmissível e pode causar câncer no colo do útero. 

Transmissão: os vírus HPV são encontrados na região da vagina, ânus, pênis, bolsa escrotal e mãos. A transmissão se dá pelo contato da pele ou mucosa com a área infectada, o que é mais frequente durante a prática do sexo, mesmo sem penetração.

Na maioria das vezes, os sintomas podem nunca aparecer ou só surgir meses ou anos após a infecção, e isso torna difícil saber quando ela aconteceu. No entanto, um percentual pequeno de pessoas vai adoecer. Como a infecção é muito frequente, esse pequeno percentual representa muita gente. As consequências podem ser o surgimento das verrugas genitais ou o câncer, dependendo do tipo de HPV envolvido. Os mais associados às verrugas genitais são os tipos 6 e 11 (presentes em 90% dos casos). Já os que mais causam câncer de colo do útero são o 16 e o 18, responsáveis por cerca de 70% das ocorrências.

A prevenção das doenças causadas pelos HPVs depende essencialmente da vacinação e da realização periódica de exames preventivos. O uso do preservativo (camisinha) ajuda, mas não é 100% eficaz. A vacinação é recomendada para homens e mulheres a partir dos 9 anos de idade, fase em que a resposta às vacinas é muito mais alta e quando ainda não houve contato com o vírus. Mas as pessoas mais velhas e/ou que já foram infectadas também se beneficiam, uma vez que as vacinas contêm mais de um tipo de HPV em sua formulação.

O que a vacina previne:
A vacina previe infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma) (sbim).

A vacina é produzia com vírus inativado, portanto, não tem como causar a doença.

É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6,11,16,18, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção.

Indicação: o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina para: 
Meninas de 9 a 14 anos de idade;
Meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose;
Meninos de 11 a 14 anos;
Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; 
pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; 
transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea (sbim).

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, o mais precocemente possível. Homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com critério médico.

Contraindicação: gestantes e pessoas que apresentaram anafilaxia após receber uma dose da vacina ou a algum de seus componentes (sbim).

Esquemas de doses: a vacina é licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos aos 45 anos e para meninos e homens entre 9 e 26 anos. O esquema deve ser iniciado o mais cedo possível.
São recomendadas duas ou três doses, dependendo da idade de início da vacinação.
Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 - 6 meses).
A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses).
Independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses)(sbim).

No Brasil há dois tipos de vacinas contra HPV: a bivalente, que protege contra os tipos 16 e 18 da doença, e a quadrivalente, que previne também contra 6 e 11. A primeira é dada em três doses, com intervalo que varia de dois a seis meses. A segunda em duas doses com o mesmo intervalo.



11 ANOS




32) Meningocócica. 4ª dose




14 ANOS


33) DTP. 3ª dose



CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO SBIm CRIANÇA
2021/2022


1. BCG ID: deverá ser aplicada o mais precocemente possível, de preferência ainda na maternidade, em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2.000 g. Em casos de histórico familiar, suspeita de imunodeficiência ou RNs cujas mães fizeram uso de biológicos durante a gestação, a vacinação poderá ser postergada ou contraindicada (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais). A revacinação com BCG não é recomendada mesmo para crianças que não desenvolveram cicatriz vacinal, pela ausência de evidências de que a repetição traga benefício adicional.


2. Hepatite B: a) Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida. b) O esquema de quatro doses pode ser adotado quando é utilizada uma vacina combinada que inclua a vacina hepatite B, ou seja, a primeira dose ao nascer, com a vacina isolada, e aos 2, 4 e 6 meses de idade com DTPw- -HB-Hib ou DTPa-HB-VIP-Hib. c) Se mãe HBsAg+, administrar vacina nas primeiras 12 horas de vida e HBIG o mais precocemente possível (até sete dias após o parto).


3. Tríplice bacteriana: o uso de vacina acelular (DTPa) é preferível ao de células inteiras (DTPw), pois os eventos adversos associados com sua administração são menos frequentes e intensos. O reforço dos 4 a 5 anos pode ser feito com dTpa, DTPa ou DTPw. O reforço dos 9 a 10 anos de idade deve ser feito com a vacina tríplice acelular do tipo adulto (dTpa).


4. Hib: recomenda-se o reforço aos 15-18 meses, principalmente quando forem utilizadas, na série primária, vacinas Hib nas combinações com DTPa.


5. Poliomielite: recomenda-se que, idealmente, todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar VOP em crianças hospitalizadas e imunodeficientes.


6. Vacina rotavírus monovalente: duas doses, idealmente aos 2 e 4 meses de idade. Vacina rotavírus pentavalente: três doses, idealmente aos 2, 4 e 6 meses de idade. Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser feita a partir de 6 semanas de vida e no máximo até 3 meses e 15 dias, e a última dose até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. Não utilizar em crianças hospitalizadas. Em caso de suspeita de imunodeficiência ou RNs cujas mães fizeram uso de biológicos durante a gestação, a vacina pode estar contraindicada e seu uso deve ser avaliado pelo médico (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais).


7. Pneumocócicas conjugadas: a SBIm recomenda o uso preferencial da VPC13 com o intuito de ampliar a proteção para os três sorotipos adicionais. Crianças menores de 6 anos com esquema completo ou incompleto de VPC10 podem se beneficiar com dose(s) adicional(is) de VPC13, respeitando-se a recomendação de bula para cada idade de início e o intervalo mínimo de dois meses da dose anterior da VPC10. O PNI adotou, desde janeiro de 2016, o esquema de duas doses da VPC10 aos 2 e 4 meses de vida, com reforço aos 12 meses. A SBIm mantém a recomendação de três doses quando utilizada a VPC13: aos 2, 4 e 6 meses de vida com reforço entre 12 e 15 meses.


8. Meningocócicas conjugadas ACWY/C: sempre que possível, preferir a vacina menACWY no primeiro ano de vida e reforços. No Brasil, quatro vacinas meningocócicas conjugadas estão licenciadas para crianças: menC, menACWY-CRM e menACWY-TT a partir de 2 meses de idade e menACWY-D a partir dos 9 meses de idade. Para todas elas são recomendados dois reforços: entre 5 e 6 e aos 11 anos de idade (ou cinco anos após a última dose), tendo em vista a queda dos títulos de anticorpos protetores. Não existem dados de estudos de intercambialidade entre as vacinas meningocócicas conjugadas. Crianças vacinadas com menC podem se beneficiar com o uso da vacina menACWY, a fim de ampliar a proteção, respeitando-se um intervalo mínimo de um mês da última menC.


9. Meningocócica B: crianças entre 3 e 11 meses devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas, idealmente aos 3 e 5 meses de idade, e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1). Crianças de 12 a 23 meses devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas com uma dose de reforço entre 12 e 23 meses após esquema primário. A partir dos 24 meses de idade: duas doses com intervalo mínimo de um a dois meses entre elas – não foi estabelecida ainda a necessidade de dose(s) de reforço. Em grupos de alto risco: portadores de asplenia anatômica ou funcional, deficiência de complemento ou pessoas em uso de biológicos que interferem na via do complemento é recomendada uma dose de reforço um ano após o fim do esquema de doses básico para cada faixa etária e revacinar a cada três anos.


10. Influenza: é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. Quando administrada pela primeira vez em crianças menores de 9 anos, aplicar duas doses com intervalo de 30 dias. Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.


11. Febre amarela: Duas doses: aos 9 meses de vida e aos 4 anos de idade. Recomenda-se que crianças menores de 2 anos de idade, sempre que possível, não recebam as vacinas febre amarela e tríplice viral no mesmo dia, respeitando-se um intervalo de 30 dias entre as doses. Contraindicada para imunodeprimidos, mas se o risco de adquirir a doença superar os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar seu uso (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais). Essa vacina pode ser exigida para maiores de 9 meses de vida para emissão do CIVP, atendendo exigências sanitárias de alguns destinos internacionais. Neste caso, deve ser aplicada até dez dias antes de viajar.


12. Hepatite A: para crianças a partir de 12 meses de idade não vacinadas para hepatite B no primeiro ano de vida, a vacina combinada hepatites A e B na formulação adulto pode ser considerada para substituir a vacinação isolada (A ou B) com esquema de duas doses (0 - 6 meses).


13. Sarampo, caxumba e rubéola: para crianças com esquema completo, não há evidências que justifiquem uma terceira dose como rotina, podendo ser considerada em situações de risco epidemiológico, como surtos de caxumba e/ou sarampo. Em situação de risco para o sarampo – por exemplo, surto ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser aplicada a partir de 6 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. Veja considerações sobre o uso da vacina tetraviral (SCRV) no item 15. O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais).


14. Varicela: é considerada adequadamente vacinada a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano de idade. Em situação de risco – por exemplo, surto de varicela ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser aplicada a partir de 9 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. Veja considerações sobre o uso da vacina tetraviral (SCRV) no item


15. O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico (consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais).


15. Tetraviral (SCRV): Aos 12 meses, na mesma visita, aplicar a primeira dose da tríplice viral e varicela em administrações separadas (SCR + V) ou com a vacina tetraviral (SCRV). A segunda dose de tríplice viral e varicela, preferencialmente com vacina tetraviral, pode ser administrada a partir dos 15 meses de idade, mantendo intervalo de três meses da dose anterior de SCR, V ou SCRV.


16. HPV: O esquema de vacinação para meninas e meninos menores de 15 anos é de duas doses com intervalo de 6 meses (0 - 6 meses).


17. Dengue (DENV): recomendada para crianças a partir de 9 anos de idade, soropositivas. Esquema de três doses com intervalo de seis meses entre elas (0 - 6 - 12 meses). Contraindicada para crianças soronegativas e imunodeprimidas.


Calendário de vacinação - Adolescente

Calendário de vascinação 











Bibliografia
























Sociedade Brasileira de Pediatria (“Calendário de Vacinação da SBP 2016”)
Ministério da Saúde (“Caderneta da Saúde da Criança”)
Ministério da Saúde (“Tire as dúvidas sobre a vacina contra a gripe”)





Principais viroses humanas


1) Gripe ou Influenza: Orthomyxoviridae, Influenzavirus

H1N1, causou a gripe espanhola de 1918, gripe suína em 2009

H2N2, causou a gripe asiática em 1957

H3N2, causou a gripe de Hong Kong em 1968; causando surtos no Brasil no verão de 2022.

H5N1, causou a gripe aviária em 2004

H7N7, com potencial zoonótico

H1N2, endêmico em humanos, porcos e aves

H9N2

H7N2

H7N3

H10N7

H7N9, classificada em 2018 como tendo o maior potencial pandêmico entre os subtipos do tipo A.

H6N1, infectou somente uma pessoa, que se recuperou

Influeza A: ataca principalmente humanos, e aves

Influeza B: ataca humanos, focas e furões

Influeza C: ataca humanos, cães e porcos

Influeza D: porcos e bovinos

2) Zika, ZKV: Arbovíus, Flaviviridae, 

3) Dengue DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4: Arbovírus, Flaviviridae

4) Febre Amarela, YFV: Arbovírus, Flavivirus

5) AIDS, HIV: Retroviridae, Lentivirus

6) Herpes, HPV: dsDNA circular, Papillomaviridae

Tipos de lesões                                                   
Tipos mais comuns de HPV

Benignas da pele
HPV1, HPV2, HPV3, HPV4, HPV10
Benignas da mucosa anogenital
HPV 6, HPV 11, HPV 40, HPV 42, HPV 43, HPV 44, HPV 53, HPV 56, HPV 66, HPV 68
Malignas da mucosa anogenital
HPV 16, HPV 18, HPV 31, HPV 33, HPV 35, HPV 39, HPV 45, HPV 51, HPV 52, HPV 58

7) Hepatite, HAV, HBV, HCV, HDV, HEV, HGV:Picornaviridae,  Hepatovirus A 
Treze espécies de vírus que infectam morcegos, porco-espinho, musaranhos. Uma variante foi encontrada em focas, Phopivirus 

8) Poliomielite, sorotipos PV1, PV2, PV3: Enterovírus, Poliovírus, PV, ataca somente humanos, ssRNA+

9) Catapora, VVZ, Vírus Varicela-Zoster: Vírus RNA, família Herpetoviridae
Uma vez adquirido o vírus Varicela, a pessoa fica imune à catapora. No entanto, esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado, causando o Herpes-Zoster, conhecido também como cobreiro.

10) Sarampo
Dose zero: Devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra).
Primeira dose: Crianças que completarem 12 meses (1 ano).
Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.

11) Rubéola

12) Caxumba

13) Raiva

14) Gripe Aviária

15) Varíola: Poxviridae, VaV


Partícula viral

Os vírus são formados por um agregado de moléculas protéicas unidas, formando uma estrutura denominada partícula viral ou vírion. Uma partícula viral é constituída por diversos componentes estruturais:

1. Ácido nucléico (genoma): molécula portadora dos genes que codificam as proteínas do vírus (genoma viral).

2. Capsídio: envoltório protéico (codificado pelos genes do vírus) e que envolve o genoma dos vírus. Atua como elemento protetor e específico.

3. Nucleocapsídeo: estrutura formada pelo capsídio associado ao ácido nucléico que ele engloba e protege.

4. Capsômeros: subunidades protéicas (monômeros) que unidas constituem o capsídio do vírus.

5. Envelope: membrana rica em lipídios que envolve a partícula viral externamente. O envelope em geral é a própria membrana lipídica da célula hospedeira com algumas proteínas específicas do vírus.

Uma partícula viral completa é denominada vírion. Os vírions podem possuir ou não um envelope (derivado da membrana plasmática das células hospedeiras) que envolve a partícula viral externamente.
O envelope protege o genoma viral contido nele e também possibilita ao vírus identificar as células que ele pode parasitar e, em certos vírus, facilita a sua penetração células hospedeiras.



VÍRUS MAIS LETAIS DA TERRA


VÍRUS MARBURG
 O vírus de Marburg é semelhante ao ebola no fato de que ambos podem causar febre hemorrágica, o que significa que as pessoas infectadas desenvolvem febre alta e sangramento pelo corpo todo que pode levar a choque, falência de órgãos e morte.
A taxa de mortalidade no primeiro surto foi de 25%. Mais tarde, em um surto ocorrido entre 1998 e 2000 na República Democrática do Congo, bem como no surto de 2005 em Angola, essa taxa foi de 80%, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
VÍRUS DE MARBURG


VÍRUS EBOLA-ZAIRE
 O ebola é transmitido pelo contato com sangue ou outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. As cepas conhecidas variam drasticamente em sua letalidade. Uma delas, Ebola Reston, nem sequer deixa as pessoas doentes. Já a cepa Bundibugyo tem uma taxa de letalidade de até 50%, enquanto a cepa Sudan tem uma taxa de até 71%.
O surto em andamento na África Ocidental começou no início de 2014 e é o maior e mais letal da doença até o momento, segundo a OMS.
VÍRUS EBOLA-ZAIRE


VÍRUS DA RAIVA
A vacinação antirrábica para animais, introduzida na década de 1920, tornou a doença extremamente rara no mundo desenvolvido, mas a condição permanece um problema grave na Índia e em partes da África.
A raiva destrói o cérebro, mas felizmente existe tratamento contra ela. No entanto, se alguém infectado não for cuidado, tem 100% de chances de morrer.
VÍRUS DA RAIVA


VÍRUS HIV/AIDS
A doença infecciosa que mais afeta a humanidade atualmente é o HIV. Estima-se que 36 milhões de pessoas morreram do vírus desde que a doença foi identificada pela primeira vez, no início de 1980.
Medicamentos antivirais poderosos tornaram possível para os pacientes viver durante anos com HIV, mas a doença continua sem cura e devasta muitos países de baixa e média renda, onde 95% das novas infecções por HIV ocorrem. Segundo a OMS, quase 1 em cada 20 adultos na África Subsaariana é HIV-positivo.
VÍRUS HIV (LENTIVÍRUS)

VÍRUS DA VARÍOLA
Em 1980, a Assembleia Mundial da Saúde declarou o mundo livre da varíola. Antes disso, porém, ela matou milhões de seres humanos ao longo de toda a história da humanidade. Quanto a letalidade pode-se afirmar que 1 em cada 3 infectados perecia. Os sobreviventes ficavam com profundas e permanentes cicatrizes, além de, muitas vezes essa doença provocar cegueira.
As taxas de mortalidade eram ainda mais elevadas em populações fora da Europa, onde as pessoas tinham pouco contato com o vírus. Por exemplo, historiadores estimam 90% da população nativa das Américas morreu de varíola introduzida por exploradores europeus. No século 20, por si só, a varíola matou 300 milhões de pessoas.

VÍRUS DA VARÍOLA

HANTAVÍRUS
Síndrome pulmonar por hantavírus (HPS) é uma doença que causa falta de ar. O vírus não é transmitido de uma pessoa para outra, e sim contraído por exposição a excrementos de ratos infectados.
Até hoje, mais de 600 pessoas nos EUA pegaram HPS, e 36% morreram da doença. Anteriormente, um hantavírus diferente causou um surto no início de 1950 durante a Guerra da Coréia, na qual mais de 3.000 soldados foram infectados e cerca de 12% morreram.

 HANTAVÍRUS


INFLUENZA VÍRUS
Durante uma temporada normal de gripe, até 500.000 pessoas em todo o mundo morrem da doença, segundo a OMS. De vez em quando, quando uma nova cepa emerge, resulta em uma pandemia com taxas de mortalidade mais elevadas (por exemplo, gripe aviária ou gripe suína).
A pandemia de gripe mais letal de que temos conhecimento foi a chamada gripe espanhola, iniciada em 1918. Ela matou até 40% da população do mundo, ou cerca de 50 milhões de pessoas. Se uma nova estirpe da gripe tão letal quanto essa surgir novamente, teríamos um problema enorme.

 VÍRUS INFLUENZA A


VÍRUS DA DENGUE
Até 40% da população mundial vive em áreas onde a dengue é endêmica. A doença – e os mosquitos que a carregam – devem se espalhar ainda mais conforme o mundo aquece.
A dengue adoece 50 a 100 milhões de pessoas por ano, de acordo com dados da OMS. Embora a taxa de mortalidade da condição seja menor do que alguns outros vírus – 2,5% -, ela ainda pode causar uma doença chamada dengue hemorrágica com uma taxa de mortalidade de 20%, se não for tratada.

VÍRUS DA DENGUE


VÍRUS DO RESFRIADO COMUM 
O resfriado é uma doença infeciosa viral do trato respiratório superior. Afeta principalmente o nariz, mas também pode afetar a garganta, os seios paranasais e a laringe. Os sinais e sintomas começam-se a manifestar menos de dois dias após a exposição ao vírus. Os mais comuns são tosse, garganta inflamada, muco no nariz, dor de cabeça e febre. A pessoa geralmente recupera no prazo de sete a dez dias, embora alguns sintomas possam permanecer por mais tempo. O resfriado pode ser causado por mais de 200 cepas de vírus, sendo mais comuns os rinovírus (80% das vezes). Os rinovírus são um tipo de picornavírus com 99 serotipos conhecidos.
Entre os outros possíveis agentes infecciosos virais inclui-se coronavírus (10-15% dos casos), o vírus da gripe (5-15 %), o vírus da parainfluenza humana, o vírus sincicial respiratório humano, adenovírus, enterovírus e metapneumovírus que causa a pneumonia viral. 
É bem comum a presença de mais de um tipo de vírus nos resfriados comuns.
A infeção é transmitida por via aérea em situações de contato próximo com uma pessoa infetada, ou de forma indireta através de contato com objetos contaminados e posterior contato com a mucosa da boca ou nariz. 

Os sintomas são causados pela resposta imunitária do corpo à infeção, e não pela destruição dos tecidos pelos vírus. Embora as pessoas com gripe manifestem sintomas semelhantes aos do resfriado, todavia, os sintomas da gripe são geralmente mais graves.

Os picornavírus (família: Picornaviridae) são pequenos vírus(+)ss RNA icosaédricos, sendo o mais conhecido o rinovírus que em seres humanos causa o resfriado comum. A característica mais comum entre todos os membros de picornavírus são: 
(i) a presença três capsídeos com proteínas Beta Barril cujo genoma se comporta como um mensageiro policistrônico; 
(ii) tradução mediada por poliproteínas extensas processadas e codificadas por proteases de cisteínas do hospedeiro; e 
(iii) replicação RNA-polimerase dependente.

A família Picornaviridae inclui 47 gêneros contendo 110 famílias, porém muitos desses vírus requerem classificação. Picornavírus causam infecções subclínicas em humanos e animais ou condições vão desde a um leve resfriado até cardiopatias, hepatopatias e neuropatias severas, incluindo óbitos. Podem ser isolados através do método PCR em secreções humanas, principalmente a de indivíduos infectados e com produção aumentada de secreções em vias aéreas. Crucialmente, oferecem uma vasta capacidade de variação genética caracterizada por mutação e recombinação. O mecanismo de transmissão primária dessa família ocorre por via fecal-oral e respiratória no qual partículas suspensas de secreções em aerossóis são as mais propensas formas de rotas de transmissão.
Picornavirus humano





"...se não aprendermos com a SARS e não fizermos o governo resolver os problemas que ainda restam, pagaremos um preço terrível num futuro próximo."













Bibliografia


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https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3341926/mod_resource/content/0/VIRUS%20E%20VIR%C3%93IDES%20-%20MICROBIOLOGIA%202017.pdf

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http://www.bvspolio.coc.fiocruz.br/local/File/historia_poliomielite.pdf

https://portal.fiocruz.br/noticia/historia-escravos-ilegais-podem-ter-trazido-hepatite-b-da-africa-para-o-brasil

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http://www.jped.com.br/conteudo/97-73-06-367/port_print.htm

http://www.alvoradanoticias.com.br/noticias/leitura/320/veneno-de-cobra-cascavel-tem-forte-acao-contra-virus-da-hepatite-c

https://oglobo.globo.com/sociedade/historia/vitimas-de-trafico-negreiro-ilegal-trouxeram-hepatite-da-africa-para-brasil-revela-fiocruz-13995336

https://www.bbc.com/portuguese/geral-51272227


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