MEMENTO A9/PRF
"O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem historicidade. Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro que antes foi novo e se fez velho e se “dispõe” a ser ultrapassado por outro amanhã. Daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente. Ensinar, aprender e pesquisar lidam com esses dois momentos do ciclo gnosiológico: o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. A “dodiscência” – docência-discência – e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim práticas requeridas por esses momentos do ciclo gnosiológico". (FREIRE, 2013, p.30).
Estudar
Sistema Circulatório ou Cardio-vascular
Observe a figura e descreva a circulação sanguínea, indicando o caminho do sangue nas duas circulação (sistêmica e pulmonar).
Caminho que uma hemácia percore ao logo dos vasos sanguíneos do nosso corpo em ambas as circulações: sistêmica e pulmonar.
(By Rogeriopfm)
Observe o esquema simplificado do coração. Tente descrever a função de cada uma das estruturas numeradas e indicadas com letras.
1) veia cava inferior, 2) veia cava superior, ambas chegam no átrio direito (AD); 3) artéria pulmonar (sai do ventrículo direito (VD) e leva sangue do corpo (sangue desoxigenado) para os pulmões. 4) Artéria Aorta (leva sangue oxigenado para todo corpo; sangue este que chegou ao coração pelo 5) Veias pulmonares (2 veias esquerdas e 2 veias direitas) que trazem sangue oxigenado dos pulmões para o Átrio esquerdo (AE), daí o sangue vai para o Ventrículo esquerdo (VD) e então para a artéria Aorta.
Sistema Linfático
O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, que ajuda a combater infecções e algumas outras doenças. O tecido linfoide é encontrado em diversas partes do corpo, dessa forma os linfomas podem se desenvolver em qualquer lugar. Os principais locais de tecido linfático são: Linfonodos.
Quando o médico apalpa a região do pescoço, ele está investigando a presença de nódulos que indicam a presença de infecção.
As amígdalas são estruturas localizadas entre o final da boca e o início do nariz e garganta, cuja função é combater as bactérias e agentes infecciosos em geral que tentam entrar no organismo. Atuam, portanto, como importantes aliadas do sistema imunológico. Mais especificamente, elas desenvolvem anticorpos para frear o ataque de invasores potencialmente perigosos e produzem linfócitos.
“As amígdalas fazem parte do sistema imunológico da nossa garganta. Sua função é o reconhecimento imunológico e também o ataque a germes agressores”. Existem três tipos de amígdalas, cada um localizado em regiões específicas: entre a faringe e o canal que leva ao nariz, na língua e no fundo do céu da boca.
A amígdala se desenvolve a partir da parte ventral da segunda bolsa faríngea.
TONSILAS PALATINAS / TONSILAS FAUCIAIS
Coleção de tecido linfóide presente na submucosa da orofaringe.
Duas tonsilas palatinas (direita ou esquerda) encontram-se no seio tonsilar (fossa tonsilar).
Fossa tonsilar delimitada pela prega palatoglossal na frente e a prega palatofaríngea atrás.
As amígdalas são revestidas por epitélio escamoso estratificado não queratinizado.
A superfície medial de cada tonsila tem 15-20 criptas, a maior das quais é chamada de fenda intratonsilar ou cripta magna.
Plica triangularis é uma prega de membrana mucosa que cobre a parte ântero-inferior da amígdala (da tonsila). (medicoapps)
Anel linfático de Waldeyer
São os constituintes do anel linfático de Waldeyer:
- Tonsilas faríngeas ou vegetações adenoideanas (adenoides)
- Tonsilas palatinas ou amígdalas
- Tonsinas peritubárias (ou tubárias) (próximas ao óstio faríngeo da tuba auditiva)
- Tonsilas linguais (raiz da língua)
- Aglomerado linfoide difuso (que se encontra em toda a faringe posterior)
É a entrada do trato aéreo e digestivo posterior.
Eles coletam informações antigênicas.
A retirada dessas porções linfoides são benéficas quando necessário.
Processos inflamatórios e infecciosos são comuns nesses locais.
As tonsilas são recobertas por epitélio pseudoestratificado ciliado ou estratificado
escamoso.
As invaginações (criptas) das tonsilas são formadas por epitélio descontínuo e de menor espessura. Dessa forma, os antígenos ficam em contato íntimo com as células apresentadoras de antígenos do tecido linfócito (folículos linfoides preenchidos por linfócitos B que estão logo abaixo do epitélio dessas criptas).
As infecções de repetição e a hipertrofia do tecido linfoide são indicativos de ressecção cirúrgica do material.
São doenças mais encontradas nas crianças.
Por que retirar o tecido linfoide se ele faz defesa do organismo? Não há
repercussão? (Araújo s/d)
A tonsila palatina (amígdala) cronicamente alterada não faz a apresentação de antígenos tão eficaz quanto deveria. Além disso, não há boa síntese de imunoglobulinas, além de ter diminuição de linfócitos em seu tecido. Não há evidência de imunodeficiências em pacientes adenoamigdalectomizados em nenhuma faixa etária. Isso porque a apresentação de antígenos acontece em outros tecidos também.
O tecido linfoide cresce até a puberdade (cerca de 14 anos) e regride a partir dessa idade.
As bactérias que habitam essa região são divididas em potencialmente patogênicas (que estão quiescentes) e patogênicas.
O uso desnecessário de antibióticos faz com que as bactérias potencialmente patogênicas deixem de existir e faça com que as verdadeiramente patogênicas prevaleçam, causando doenças reais.(Araújo s/d)
Arco linfático de Waldeyer
As amígdalas integram o Anel Linfático de Waldeyer e podem ser classificadas em quatro diferentes tipos: as amígdalas tubárias, localizadas nas proximidades da tuba auditiva; as adenoides, localizadas no alto da garganta e atrás do nariz; as linguais, encontradas na base da língua; e as palatinas, que se encontram em ambos os lados da garganta.
Quando falamos nas amígdalas, no entanto, quase sempre estamos nos referindo às amígdalas palatinas, que são as mais importantes do organismo e também as que são removidas no procedimento cirúrgico de extração.
As amígdalas palatinas são estruturas riquíssimas em glóbulos brancos e formadas por tecido linfóide (produzem linfócitos). Elas estão localizadas estrategicamente entre o nariz, boca e garganta. Essas amígdalas possuem uma função de suma importância no organismo: elas guardam uma espécie de “arquivo imunológico” do indivíduo.
Como?
Basicamente, isso significa que elas registram absolutamente todas as bactérias e vírus que já entraram em contato com o organismo do indivíduo, desde a infância, e a partir disso, ajuda a desenvolver táticas de defesa para combatê-las, se necessário.
Essa função, entretanto, funciona apenas durante a infância, até a criança completar, em média, oito anos.
No geral, as amígdalas possuem importante função no organismo na criação de anticorpos para o combate de infecções por bactérias, agindo então como fortes aliadas do sistema imunológico.
Primeiramente, elas percebem e processam as bactérias que invadem o corpo, seja pelos alimentos ou pelo ar (o que só é possível devido a sua localização entre o nariz, boca e garganta). Depois, atuam no desenvolvimento de anticorpos que poderão combater bactérias específicas, de modo a garantir que o corpo se defenda rapidamente e crie resistência no caso de ser novamente atacado pela mesma bactéria.
Sistema Endócrino
O sistema endócrino é um sistema complexo e constituído pelas glândulas endócrinas do nosso corpo. Glândulas endócrinas são as estruturas que sintetizam substâncias químicas e lançam-nas na corrente sanguínea. Essas substâncias são denominadas de hormônios e são responsáveis por controlar uma série de atividades do corpo humano, tais como o metabolismo, secreção de leite, crescimento e quantidade de cálcio no sangue.
Acromegalia.
Acromegalia devida a secreção exagerada de hormônio do crescimento
pela glândula Adeno-Hipófise
Gigantismo e acromegalia são síndromes de excesso de secreção de GH (hipersomatotrofismo) quase sempre decorrentes de adenoma hipofisário. Antes do fechamento das epífises, o resultado é o gigantismo. Mais tarde, o resultado é a acromegalia, que produz características faciais e outras distintas. O diagnóstico é clínico, por meio de radiografias de crânio e mãos e medida das concentrações de GH. O tratamento envolve remoção ou destruição do adenoma responsável.
O hormônio do crescimento (GH) estimula o crescimento somático e regula o metabolismo. O GHRH é o principal estimulante e a somatostatina é o principal inibidor da síntese e liberação do GH. O GH controla a síntese do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1, também chamado de somatomedina-C), que em grande medida controla o crescimento. Embora o IGF-1 seja produzido em muitos tecidos, o fígado é a principal fonte. Os efeitos metabólicos do GH são bifásicos. O GH exerce, inicialmente, efeitos semelhantes à insulina, aumentando a captação de glicose nos tecidos muscular e adiposo, estimulando a captação de aminoácidos e a síntese proteica no fígado e nos músculos e inibindo a lipólise no tecido adiposo. Várias horas mais tarde, ocorrem efeitos metabólicos mais profundos do tipo anti-insulina. Incluem a inibição da absorção e uso de glicose, levando a níveis altos de glicose e lipólise no sangue e aumentando os ácidos graxos livres de plasma.
Acromegalia
Esta condição rara ocorre se a hipersecreção de GH iniciar-se na infância, antes do fechamento das epífises.
Acromegalia é uma doença rara causada pela produção excessiva do hormônio do crescimento e de uma proteína chamada IGF-1. O que mais caracteriza esta doença é o crescimento exagerado de partes do corpo como mãos, pés e nariz, mas ela pode gerar complicações como diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca.
A velocidade de crescimento do esqueleto e a estatura final aumentam, mas com pequenas deformidades ósseas. Entretanto, ocorre edema de tecidos moles e os nervos periféricos estão espessados.
Retardo da puberdade ou hipogonadismo hipogonadotrófico são também frequentes, resultando em hábito eunucoide.
Em adultos com acromegalia, os pelos do corpo aumentam e a pele se espessa e, com frequência, escurece. O tamanho e a função das glândulas sebáceas e sudoríparas aumentam, de modo que os pacientes frequentemente se queixam de perspiração excessiva e mau cheiro corporal. O crescimento excessivo da mandíbula causa protrusão do queixo (prognatismo) e má oclusão dentária. A proliferação da cartilagem da laringe causa voz profunda e rouca. Aumento e sulcagem da língua são comuns. Na acromegalia de longa duração, o crescimento costal provoca tórax em barril. A proliferação das cartilagens articulares ocorre de modo precoce em resposta ao excesso de GH, com a cartilagem articular possivelmente sofrendo necrose e erosão. Os sintomas articulares são comuns e pode haver artrose degenerativa com incapacidade.
As neuropatias periféricas costumam decorrer da compressão dos nervos pelo tecido fibroso adjacente e da proliferação fibrosa endoneural. Cefaleias são comuns em razão da presença de tumor hipofisário. Pode ocorrer desenvolvimento de hemianopsia bitemporal se a expansão suprasselar comprimir o quiasma óptico. Coração, fígado, rins, baço, glândula tireoide, paratireoide e pâncreas são maiores que o normal. As doenças cardíacas (p. ex., doença coronariana, cardiomegalia, às vezes cardiomiopatia) acometem cerca de um terço dos pacientes, com o dobro de risco de morte por doenças cardíacas. A hipertensão ocorre em até um terço dos pacientes. O risco de câncer, em particular do trato gastrintestinal, aumenta 2 a 3 vezes. O GH aumenta a reabsorção tubular de fosfato e provoca hiperfosfatemia leve. A alteração da tolerância à glicose ocorre em quase metade dos casos de acromegalia e gigantismo, mas diabetes mellitus clinicamente significativo ocorre em apenas 10% dos pacientes. Glândula que controla Adeno-hipófise.
Sistema Nervoso
e Órgãos dos sentidos
O sistema nervoso pode ser dividido em central e periférico. O sistema nervoso central é formado por encéfalo e medula, enquanto o periférico é formado por nervos e gânglios. O sistema nervoso é, sem dúvidas, um dos mais importantes sistemas do corpo. Ele está relacionado com a compreensão, percepção e resposta aos estímulos internos e do ambiente que nos rodeia.
Podemos dividir o sistema nervoso em duas partes: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Fazem parte do SNC o encéfalo e a medula espinal. É nessa parte que mensagens são identificadas e as respostas são geradas. Já no SNP encontramos nervos e gânglios, que são os responsáveis por levar a informação dos órgãos para o SNC e deste para os órgãos.
Em um neurônio, os estímulos se propagam sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à célula seguinte (dendrito – corpo celular – axônio).
O impulso nervoso que se propaga através do neurônio é de origem elétrica e resulta de alterações nas cargas elétricas das superfícies externa e interna da membrana celular.
A membrana de um neurônio em repouso apresenta-se com carga elétrica positiva do lado externo (voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contato com o citoplasma da célula). Quando essa membrana se encontra em tal situação, diz-se que está polarizada. Essa diferença de cargas elétricas é mantida pela bomba de sódio e potássio. Assim separadas, as cargas elétricas estabelecem uma energia elétrica potencial através da membrana: o potencial de membrana ou potencial de repouso (diferença entre as cargas elétricas através da membrana).
Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio, ocorrerá alteração da permeabilidade da membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e pequena saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica despolarizada gerando um potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando o impulso nervoso.
Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana sofre repolarização, recuperando seu estado de repouso, e a transmissão do impulso cessa.
O estímulo que gera o impulso nervoso deve ser forte o suficiente, acima de determinado valor crítico, que varia entre os diferentes tipos de neurônios, para induzir a despolarização que transforma o potencial de repouso em potencial de ação. Esse é o estímulo limiar. Abaixo desse valor o estímulo só provoca alterações locais na membrana, que logo cessam e não desencadeiam o impulso nervoso.
Qualquer estímulo acima do limiar gera o mesmo potencial de ação que é transmitido ao longo do neurônio. Assim, não existe variação de intensidade de um impulso nervoso em função do aumento do estímulo; o neurônio obedece à regra do “tudo ou nada”.
Dessa forma, a intensidade das sensações vai depender do número de neurônios despolarizados e da frequência de impulsos. Imagine uma queimadura no dedo. Quanto maior a área queimada, maior a dor, pois mais receptores serão estimulados e mais neurônios serão despolarizados.
A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro ou às células de órgãos efetores é realizada por meio de uma região de ligação especializada denominada sinapse.
O tipo mais comum de sinapse é a química, em que as membranas de duas células ficam separadas por um espaço chamado fenda sináptica.
Na porção terminal do axônio, o impulso nervoso proporciona a liberação das vesículas que contêm mediadores químicos, denominados neuro-transmissores. Os mais comuns são acetilcolina e adrenalina.
Esses neurotransmissores caem na fenda sináptica e dão origem ao impulsos nervosos na célula seguinte. Logo a seguir, os neurotransmissores que estão na fenda sináptica são degradados por enzimas específicas, cessando seus efeitos.
No sistema nervoso, verifica-se que os neurônios dispõem-se diferenciadamente de modo a dar origem a duas regiões com coloração distinta entre si e que podem ser notadas macroscopicamente: a substância cinzenta, onde estão os corpos celulares, e a substância branca, onde estão os axônios. No encéfalo (com exceção do bulbo) a substância cinzenta está localizada externamente em relação a substância branca, e na medula espinha e no bulbo ocorre o inverso.
Os nervos são conjuntos de fibras nervosas organizadas em feixes, unidos por tecidos conjuntivo denso.
Questão
Com base na figura e nos conhecimentos desenvolvidos na semana, explique o que é uma sinapse e o sentido da propagação do impulso nervoso.
A sinapse é uma região de proximidade entre neurônios. A sinapse é a região responsável por realizar a comunicação entre dois ou mais neurônios, ou de um neurônio para um órgão efetor, ou seja, um músculo ou uma glândula. Ela tem por função enviar sinais através da transmissão sináptica, para ocorrer alguma ação específica no corpo.
Acontecem milhões de sinapses diariamente no corpo humano. São elas que fazem com que seu músculo retraia rapidamente ao encostar em algo muito quente, por exemplo, e também enviam neurotransmissores importantes ao longo das células, como a dopamina, a serotonina, entre outros.
O sentido de programação é dendrito, corpo celular e axônio.
Onde ocorre a sinapse?
A sinapse pode ocorrer em três locais diferentes, dependendo unicamente do tipo de comunicação a ser feita e a mensagem que precisa ser enviada. São eles:
Axo-dendrítica: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o dendrito do segundo neurônio;
Axo-axônica: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o axônio do segundo neurônio;
Axo-somática: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o corpo do segundo neurônio;
Para compreender melhor os locais onde essas sinapses acontecem é preciso que você conheça a estrutura de um neurônio e suas funções.
Como ilustrado na imagem abaixo, o neurônio é uma célula nervosa com uma estrutura diferente das células convencionais e tem por objetivo gerar impulsos elétricos. Isso acontece porque o sistema nervoso central e periférico trabalham especificamente com eletricidade.
Partes de um neurônio'
- O corpo da célula é onde se inicia o estímulo elétrico que percorrerá todo o neurônio;
- Os dendritos são as ramificações responsáveis por se unirem a outros neurônios, iniciando uma comunicação entre eles;
- O axônio é o canal responsável por transmitir o impulso elétrico do núcleo até o final do neurônio;
- A bainha de mielina é o revestimento presente no axônio e sua função é isolar a eletricidade que passa por dentro do axônio;
- Os nódulos de ranvier, presentes entre as bainhas de mielina, são responsáveis por aumentar a velocidade do impulso elétrico que passa pelo axônio;
- O terminal axonal ou terminal sináptico tem por função se ligar a outros neurônios.
Cada parte do neurônio é importante em todo o processo de qualquer tipo de sinapse. Isso porque elas ocorrem em diferentes lugares da célula e transmitem diferentes mensagens para o corpo.
Tipos de sinapse e como ocorrem
Existem dois tipos de sinapse nervosa, a elétrica e a química.
Ambas acontecem no sistema nervoso, porém de formas diferentes, dependendo de ações distintas para que a comunicação entre os neurônios aconteça.
Sinapse elétrica
Para que a comunicação da sinapse elétrica aconteça, é preciso que dois ou mais neurônios enviem informações um para o outro. O neurônio que está acima da fenda sináptica, o pequeno espaço que há entre eles, chamamos de neurônio pré-sináptico, já o que está após a fenda chamamos de neurônio pós-sináptico.
Na sinapse elétrica os neurônios estão extremamente próximos, isso porque neste caso a fenda sináptica é menor. Eles também possuem uma proteína de ligação importante chamada conexina.
As conexinas criam um caminho, como um tipo de tubulação, permitindo com que os íons presentes no neurônio pré-sináptico passem para o pós-sináptico, e vice-versa, como apresentado na imagem abaixo.
Representação da sinapse elétrica
A representa em neurônio pré-sináptico;
B representa o neurônio pós-sináptico;
O número 1 representa as mitocôndrias, responsáveis por liberar os íons com as informações que serão enviadas de um neurônio para o outro;
O número 2 é a junção comunicante (ou GAP), o canal criado pela proteína conexina, para que os íons consigam chegar de um neurônio ao outro;
O número 3 representa a comunicação feita no citoplasma do outro neurônio.
Como podemos perceber, a sinapse elétrica é bidirecional, ou seja, ela permite a troca de informações de um neurônio para o outro. Ela acontece em menor número, numa velocidade muito alta e só pode ser encontrada em lugares específicos e restritos do cérebro.
Esse tipo de sinapse é responsável por atuar em comunicações e estímulos para o músculo cardíaco, bexiga e útero.
Sinapse química
Diferente da sinapse elétrica, a sinapse química é unidirecional, indo do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico. Nela, os neurônios se aproximam um do outro, mas não se tocam, porque neste caso a fenda sináptica é maior.
A sinapse química se inicia com os neurotransmissores, que são substâncias químicas produzidas dentro do neurônio pré-sináptico e carregam as informações que precisam ser levadas para o neurônio pós-sináptico. Essas substâncias possuem informações que vão gerar algum tipo de ação o corpo.
Porém, como não há uma grande aproximação dos neurônios, o processo é mais longo e depende de outros fatores importantes.
Como ilustra a imagem abaixo, os neurotransmissores ficam dentro de vesículas sinápticas, que são como sacos que guardam essas substâncias, esperando algum estímulo para se romper e liberá-las.
Enquanto os sacos estão se aproximando dos botões terminais (espaços abertos no final da membrana do neurônio pré-sináptico, responsáveis por liberar os neurotransmissores) acontece um potencial de ação que estimula a liberação de cálcio.
O cálcio é a proteína responsável por criar um canal na membrana do neurônio e “empurrar” as vesículas sinápticas até o final da membrana. Após esse estímulo elas se rompem e liberam os neurotransmissores.
Ao serem liberados, eles percorrem o caminho até a fenda sináptica e se ligam à receptores do neurônio pós-sináptico, que estão preparados para receber a mensagem e enviá-la por todo o neurônio pós-sináptico e consequentemente para a região específica do corpo.
A ação que acontece após a liberação, depende unicamente do neurotransmissor que será liberado. A dopamina, por exemplo, é o neurotransmissor responsável pelo controle dos sentimento e pelo mecanismo de recompensa do sistema nervoso.
Diferenças entre a sinapse elétrica e sinapse química
A sinapse química acontece em velocidade reduzida, por precisar de muitas etapas ao longo do seu processo. Já a elétrica acontece em alta velocidade;
A sinapse elétrica ocorre em regiões específicas do cérebro, enquanto a química se realiza por todo o sistema nervoso e em maior quantidade;
Na sinapse elétrica, os neurônios estão muito próximos e conseguem trocar informações diretamente, enquanto na sinapse química é necessário a ajuda de neurotransmissores, que funcionam como mensageiros das informações;
Na sinapse elétrica a comunicação é bidirecional, ou seja, as informações são trocadas do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico e vice-versa, já a química é unidirecional, com o fluxo de informações indo apenas do neurônio pré-sináptico para o pós sináptico.
Classificação dos neurônios
Baseado em suas funções, os neurônios encontrados no sistema nervoso humano podem ser divididos em três classes: neurônios sensoriais, neurônios motores e interneurônios.(KA)
Neurônios sensoriais
Os neurônios sensoriais obtém informação sobre o que está acontecendo dentro e fora do corpo e levam essa informação para o SNC para que seja processada. Por exemplo, se você pegar um carvão quente, os neurônios sensoriais com terminações nas pontas dos dedos irão transmitir a informação de que está muito quente para o seu SNC.
Neurônios motores
Os neurônios motores recebem informação de outros neurônios para transmitir comandos aos músculos, órgão e glândulas. Por exemplo, se você pegar um carvão quente, seus neurônios motores que inervam os músculos dos seus dedos farão com que sua mão solte o carvão.
Interneurônios
Os interneurônios, que são encontrados somente no SNC, conectam um neurônio a outro. Eles recebem informação de outros neurônios (neurônios sensoriais ou interneurônios) e transmitem esta informação para outros neurônios (neurônios motores ou interneurônios).
Por exemplo, se você pegasse uma brasa, o sinal dos neurônios sensoriais nas pontas dos dedos viajaria até os interneurônios em sua medula espinhal. Alguns destes interneurônios enviariam sinais para os neurônios motores que controlam os músculos dos dedos (fazendo com que você soltasse a brasa), enquanto outros transmitiriam o sinal da medula espinhal até o cérebro, onde ele seria percebido como dor.
Interneurônios são a mais numerosa classe de neurônios e estão envolvidos no processamento de informação, tanto em simples circuitos reflexos (como aqueles desencadeados por objetos quentes) quanto em circuitos cerebrais mais complexos. São combinações de interneurônios em seu cérebro que permitem a você concluir que coisas que parecem com brasas não são boas para pegar e, esperançosamente, eles retêm essa informação para referência futura.
TATO
O sentido do tato é um dos cinco sentidos, mas, diferentemente dos outros sentidos, ele não é encontrado em uma região específica do corpo, e sim em todas as regiões da pele.
A nossa pele é o maior órgão do corpo humano. Ela é repleta de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Cada terminação nervosa ou receptor cutâneo é especializado na recepção de estímulos específicos, sendo que cada receptor tem um axônio e, com exceção das terminações nervosas livres, todos eles fazem associação com tecidos não neurais.
As regiões da pele que apresentam pelos possuem, nos folículos capilares, terminações nervosas específicas, cujos axônios envolvem o folículo piloso, captando as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Nessas regiões também podemos encontrar os receptores de Ruffini, também chamados de corpúsculo de Ruffini, que são estimulados quando a pele é distendida.
Tipos de receptores na pele
Podemos encontrar três tipos de receptores na pele: os corpúsculos de Pacini ou de Vater-Pacini; os corpúsculos de Meissner e os discos de Merkel.
Os corpúsculos de Pacini são especializados em captar estímulos vibráteis e táteis. Os corpúsculos de Meissner são encontrados nas regiões da pele que não apresentam pelos e são especializados em captar estímulos táteis. Os discos de Merkel são especializados na captação de estímulos táteis e também de pressão.
Nas regiões da pele que são desprovidas de pelo podemos encontrar os bulbos terminais de Krause, que são receptores térmicos de frio. Eles podem ser encontrados nas partes limítrofes da pele, como ao redor dos genitais e dos lábios.
Sistema Excretor
Trato Urinário
Sabe-se que 95% da urina é água, 3% é ureia (composto que surge da quebra de proteínas somado a sódio, creatinina, potássio e cloro), mas há milhares de outros componentes em concentrações pequenas. Inclusive, é possível urinar pedras do rim quando elas são pequenas o suficiente.
A formação da urina é um processo importante que ocorre nos rins, um dos órgãos que compõem nosso sistema urinário. Por meio da urina, eliminamos substâncias que se encontram em excesso e que são tóxicas para o nosso corpo, como é o caso da ureia, formada durante o metabolismo dos compostos nitrogenados.
Na diabetes mellitus, o excesso de glicose no sangue passa para a urina, causando glicosúria (o que confere um odor adocicado na urina). Na glomerulonefrite e na síndrome nefrótica, pode registar-se um excesso de proteína na urina (situação designada por proteinúria). No caso de insuficiência renal, a quantidade total de produtos residuais na urina (como ureia) é reduzida.
Outras alterações renais, como a síndrome de Fanconi e a acidose tubular renal, podem tornar a urina demasiadamente ácida ou excessivamente alcalina ou fazer com que contenha aminoácidos, fosfatos, sal ou água em excesso.
A urina é formada no interior dos rins, em uma região conhecida como néfrons. Os néfrons, que medem cerca de 30 a 55mm, são as unidades funcionais dos rins. Eles são formados basicamente pelo corpúsculo renal e um tubo longo que desemboca nos tubos coletores de urina.
O corpúsculo renal é constituído pelos glomérulos, que são formados por um enovelado de capilares envoltos por uma cápsula renal, também chamada de cápsula de Bowman. Ligado ao corpúsculo, encontra-se um longo tubo que pode ser dividido em três partes: túbulo proximal, alça néfrica ou de Henle e túbulo distal.
O sangue chega aos rins pela artéria renal, que se ramifica até formar as chamadas arteríolas aferentes. Cada uma dessas arteríolas penetra em uma cápsula renal e forma o glomérulo renal. A arteríola que sai do glomérulo é chamada de arteríola eferente.
No glomérulo renal o sangue é filtrado. A ultrafiltração é a primeira fase do processo de formação da urina que acontece no néfron, a unidade menor do rim. Dentro de cada néfron, os pequenos vasos sanguíneos do rim se dividem em vasos ainda mais finos, que formam um "nó", chamado de glomérulo. Esse nó fica fechado dentro de uma pequena película que é conhecida como cápsula renal, ou cápsula de Bowman.
Uma vez que os vasos vão se tornando cada vez menores, a pressão sanguínea no glomérulo é muito elevada e assim o sangue é empurrado com força contra as paredes dos vasos, sendo filtrado. Apenas as células do sangue e proteínas, por ex.: a albumina, são grandes o suficiente para não passar e, por isso continuam no sangue. Tudo o resto passa para os túbulos do rim e é conhecido como filtrado glomerular.
No tubo contorcido proximal ocorre a reabsorção de substâncias úteis como a água e o sódio, a glicose e os aminoácidos são completamente reabsorvidos. No túbulo distal apresenta alta capacidade de reabsorção de íons. Estima-se que cerca de 99% do filtrado seja reabsorvido nessa etapa de formação da urina. Cerca de 180 litros de fluido de plasma são filtrados no processo de formação de urina. Entretanto, apenas 1 a 2 litros de urina são eliminados diariamente. Isso pode ser explicado pelo processo de reabsorção.
Esta segunda fase (a reabsorção) se inicia na região proximal dos túbulos renais. Aí, uma boa parte das substâncias que foram retiradas do sangue para o filtrado glomerular são novamente reabsorvidas para o sangue através de processos de transporte ativo, pinocitose ou osmose. Assim, o organismo garante que substâncias importantes, como água, sódio glicose e aminoácidos não sejam eliminados. Ainda nesta fase, o filtrado passa pela alça de Henle, que é uma estrutura após o túbulo proximal na qual os principais minerais, como sódio e potássio, são novamente absorvidos para o sangue.
Fase da secreção. Nesta fase final do processo de formação de urina, algumas substâncias que ainda estão no sangue, são removidas ativamente para o filtrado. Algumas dessas substâncias incluem restos de medicamentos e amônia, por exemplo, que não fazem falta para o corpo e que precisam ser eliminadas para não causar intoxicação.
Daí em diante, o filtrado passa a ser chamado de urina e segue pelos restantes tubos contorcidos distais, duto coletor, dos rins, e pelos ureteres, até chegar à bexiga, onde vai sendo armazenada. A bexiga tem a capacidade para armazenar até 400 ou 500 mL de urina, antes de precisar ser esvaziada.
As principais substâncias químicas presentes na urina são: água; ureia; ácido úrico; hidróxido de amônio (ou amoníaco aquoso) e cloreto de sódio.
Eliminação da urina
A bexiga é formada por músculo liso que contém pequenos sensores. A partir dos 150 mL de urina acumulada, os músculos da bexiga vão se dilatando lentamente, para conseguir armazenar mais urina. Quando isso acontece, os pequenos sensores enviam sinais para o cérebro que fazem a pessoa sentir vontade de urinar. Quando se vai no banheiro, o esfíncter urinário relaxa e o músculo da bexiga contrai, empurrando a urina através da uretra e até ao exterior do corpo.
A presença de proteínas ou sangue na urina são alterações que podem indicar problemas nos rins, mais especificamente no glomérulo renal.
Etapas da Formação da urina
A formação da urina ocorre por meio de três processos básicos:
filtração, reabsorção e secreção.
A formação da urina é um processo importante que ocorre nos rins, um dos órgãos que compõem nosso sistema urinário.
Filtração: A primeira etapa da formação da urina é o processo de filtração, que ocorre no interior do corpúsculo renal. Em razão da alta pressão do sangue no interior dos capilares do glomérulo, substâncias extravasam para o interior da cápsula renal. O filtrado resultante, que possui composição semelhante à do plasma sanguíneo, mas com menor quantidade de proteínas, segue em direção aos túbulos renais.
Aproximadamente 1,6 mil litros de sangue são filtrados diariamente, formando 180 litros de filtrado. Desses 180 litros, são formados apenas dois litros de urina por dia, o que demonstra uma grande reabsorção.
Reabsorção: Nessa etapa, algumas substâncias do filtrado são reabsorvidas para o sangue. Estima-se que 65% do total de sódio e água presentes no filtrado sejam reabsorvidos no túbulo proximal. A glicose e os aminoácidos são quase que completamente reabsorvidos. Na alça néfrica, são reabsorvidos principalmente sais. Já o túbulo distal apresenta alta capacidade de reabsorção de íons. Estima-se que cerca de 99% do filtrado seja reabsorvido nessa etapa de formação da urina.
Secreção: ocorre a transferência de moléculas presentes no sangue para dentro do lúmen do néfron. Entre os principais produtos secretados, podemos citar o hidrogênio, potássio e amônia. (mundo)
Filtrado glomerular
Filtrado glomerular é o líquido produzido pelo glomérulo durante o processo de filtração glomerular.
Ao passar pelo glomérulo; água, eletrólitos, glicose, ureia e uma pequena quantidade de proteínas são extraídos do sangue e caem na Cápsula Renal (antiga Cápsula de Bowman), assim seguem para os outros segmentos do néfron.
Nos túbulos renais, o filtrado glomerular é processado e transformado em urina. Outra característica importante do filtrado glomerular é a ausência de células do sangue (hemácias, leucócitos).
Dentro de cada rim humano, há cerca de um milhão de néfrons, consideradas as principais estruturas filtradoras de sangue do corpo humano. O esquema abaixo mostra de forma sucinta as principais partes de um único néfron.
Inicialmente o sangue arterial chega sob alta pressão nos capilares do glomérulo.
Nesse momento, a pressão faz que parte do plasma saia em direção à cápsula de Bowman. Essa passagem de plasma é conhecida como filtração.
O filtrado formado é muito semelhante ao plasma no interior dos vasos sanguíneos, entretanto, não possui proteínas nem células do sangue.
O material proveniente da filtração segue para os túbulos renais, local onde ocorre a reabsorção.
Nessa etapa (reabosorção), as substâncias importantes que não devem ser perdidas são reabsorvidas.
Quase 99% da água filtrada no corpúsculo, por exemplo, é absorvida.
Grande reabsorção é também verificada para glicose e aminoácidos.
No túbulo proximal ocorre a maior parte da reabsorção de água e sódio, duas substâncias essenciais para o funcionamento do corpo.
Estima-se que cerca de 67% a 80% de íons Na+ e água são absorvidos do filtrado nessa etapa.
Na alça néfrica ou de Henle e no túbulo distal, substâncias também são reabsorvidas.
Além da reabsorção, ocorre a secreção no túbulo renal, que é um processo oposto ao da reabsorção.
Na secreção, as substâncias presentes nos capilares são lançadas no interior do túbulo renal, o que garante a sua eliminação pela urina. Substâncias tóxicas do metabolismo e medicamentos, por exemplo, são excretadas no túbulo proximal.
Ao final dessas três etapas temos a formação da urina propriamente dita.
Sendo assim, podemos dizer que a urina é o produto formado pelo filtrado glomerular, retirando-se o que foi reabsorvido e somando-se o que foi secretado.
Urina de um ser humano saudável:
Cor da urina: deve ser amarelo bem claro
Aspecto: límpido (nada em suspensão)
Densidade: próxima a da água, ou seja 1.(1,010 - 1, 030)
Proteínas: não deve apresentar proteínas ou aminoácidos (ausência de proteinas)
Glicose: sem glicose. Caso exista glicose a pessoa tem diabetes.
Partes do rim:
1. Cápsula renal
2. Córtex renal
3. Coluna de Bertin
4. Medula renal
5. Pirâmide renal
6. Papila renal
7. Pelve renal
8. Cálice maior
9. Cálice menor
10. Ureter
11. Corpúsculo renal
12. Veia interlobular e Artéria interlobular
13. Veia arqueada e Artéria arqueada
14. Veia interlobar e Artéria interlobar
15. Artéria renal
16. Veia renal
17. Hilo renal
18. Seio renal
19. Veia segmentar e Artéria segmentar
20. Arteríola aferente
21. Arteríola eferente
22. Artéria radial perfurante
23. Veia estrelada
Os rins são órgãos nobres, pois realizam funções imprescindíveis à vida, das quais dependem o equilíbrio e o bom funcionamento do organismo e por isso a nossa saúde. Suas funções básicas são:
- Eliminar substâncias nocivas do sangue
- Regular a pressão arterial
- Produzir hormônios
- Atuar na formação e na manutenção dos ossos
- Estimular a produção de glóbulos vermelhos
Mas podemos dizer que essas todas podem ser resumidas em três principais:
1) Eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal: uréia, creatinina, ácido úrico, etc;
2) Manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial;
3) Atuar como órgãos produtores de hormônios: eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação de pressão arterial.
A função dos rins é, entre outras, filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo, como amônia, ureia e ácido úrico. Eles também atuam secretando substâncias importantes para nossa saúde. Entre suas funções, pode-se destacar a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc.; a regulação do equilíbrio ácido-básico, mantendo o pH sanguíneo constante; a excreção de substâncias exógenas, como medicações; e a produção de hormônios, como aldosterona e prostaglandinas.
Os rins recebem sangue das artérias renais, ramos da aorta que vêm diretamente do coração. Depois de circular pelo grande número de vasos existentes nesses órgãos, o sangue sai, livre das toxinas, pelas veias renais rumo ao coração, e a urina desce pelos ureteres até cair na bexiga urinária.
SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Tireoide
A
glândula tireóide recebeu seu nome moderno em 1600, quando o anatomista Thomas
Wharton comparou sua forma à de um escudo grego antigo ou Θυωσ; thyos. No
entanto, a existência da glândula e das doenças a ela associadas era conhecida
muito antes disso.
A presença e as doenças da tireoide foram observadas e tratadas por milhares de anos. (2)
Em 1600 a.C, esponja e algas marinhas queimadas (que contêm iodo) foram usadas na China para o tratamento de bócio, uma prática que se desenvolveu em muitas partes do mundo.
Na medicina ayurvédica, o livro Sushruta Samhita escrito por volta de 1400 a.C descrevia o hipertireoidismo, hipotireoidismo e bócio.
Aristóteles e Xenofonte no século V a.C descrevem casos de bócio difuso tóxico. Hipócrates e Platão no quarto século AEC forneceram algumas das primeiras descrições da própria glândula, propondo sua função como uma glândula salivar. Plínio, o Velho, no primeiro século a.C, referiu-se a epidemias de bócio nos Alpes e propôs o tratamento com algas marinhas queimadas, uma prática também referida por Galeno no segundo século, referindo-se à esponja queimada para o tratamento de bócio. O texto de farmacologia chinesa Shennong Ben Cao Jing, escrito ca. 200-250, também se refere a bócio.
Tireoide
Hormônios tireoidianos
A glândula tireoide secreta três hormônios: dois hormônios tireoidianos a triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), e um hormônio peptídico, a calcitonina.
Os hormônios tireoidianos influenciam a taxa metabólica e a síntese protéica e, em crianças, o crescimento e o desenvolvimento.
A calcitonina desempenha um papel na homeostase do cálcio. A secreção dos dois hormônios da tireoide é regulada pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), que é secretado pela glândula hipófise.
Tireoide (1)
Tireoide (WP)
Por Dr. Johannes Sobotta
Atlas and Text-book of Human Anatomy (1906),
Domínio público.
O TSH é regulado pelo hormônio liberador de tireotropina (TRH), que é produzido pelo hipotálamo.
A glândula tireoide se desenvolve no assoalho da faringe, na base da língua, na 3-4 semanas de gestação; em seguida, desce na frente do intestino faríngeo e, por fim, nas semanas seguintes, migra para a base do pescoço. Durante a migração, a tireoide permanece conectada à língua por um canal estreito, o ducto tireoglosso. No final da quinta semana, o ducto tireoglosso degenera e, nas duas semanas seguintes, a tireoide descolada migra para sua posição final.
Eutireoidismo é o termo usado para descrever um estado de função normal da tireoide no corpo.
Os distúrbios da tireoide incluem hipertireoidismo, hipotireoidismo, inflamação da tireoide (tireoidite), aumento da tireoide (bócio), nódulos da tireoide e câncer de tireoide.
O hipertireoidismo é caracterizado pela secreção excessiva de hormônios tireoidianos: a causa mais comum é a doença autoimune de Graves.
O hipotireoidismo é caracterizado por uma secreção deficiente de hormônios tireoidianos: a causa mais comum é a deficiência de iodo.
Em regiões com deficiência de iodo, o hipotireoidismo secundário à deficiência de iodo é a principal causa de deficiência intelectual evitável em crianças. Em regiões com quantidade suficiente de iodo, a causa mais comum de hipotireoidismo é o distúrbio autoimune da tireoidite de Hashimoto.
Os hormônios tireoidianos (HT) são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento de vários órgãos e tecidos de vertebrados. Embora essa ação já ocorra no período embrionário, alguns desses órgãos e tecidos ainda são imaturos ao nascimento e têm um padrão de desenvolvimento temporal específico, o qual depende de um aporte adequado de triiodotironina (T3), o principal hormônio tiroideano. Dele também depende o crescimento, a diferenciação e a regulação da atividade e metabolismo desses mesmos órgãos e tecidos na vida adulta, razões pelas quais os hormônios tireoidianos são considerados essenciais para a manutenção da qualidade de vida.
A fonte de HT é a glândula tiróide, que secreta predominantemente tiroxina (T4) da qual deriva, por desiodação, a maior parte do T3 circulante.
É do T3, hormônio que apresenta atividade biológica no mínimo 5 vezes maior que a do T4, que depende a atividade de, praticamente, todos os tecidos do organismo, já que todos eles potencialmente expressam receptores de HT. Desta forma, para a manutenção da atividade normal dos tecidos-alvo, níveis intracelulares adequados de T3 devem ser garantidos, o que está na dependência não só da atividade tiroideana como também da geração intracelular deste hormônio, processos que dependem, respectivamente, da integridade do eixo hipotálamo-hipófise-tiróide e da atividade de enzimas específicas, as desiodases.
Em linhas gerais, a função tiroideana é regulada pelo hormônio liberador de tirotrofina (TRH) produzido no hipotálamo que, por meio do sistema porta hipotálamo-hipofisário, se dirige à adeno-hipófise, ligando-se em receptores específicos no tirotrofo e induzindo a síntese e secreção de hormônio tirotrófico (TSH). Este, por sua vez, interage com receptores presentes na membrana da célula folicular tiroideana induzindo a expressão de proteínas envolvidas na biossíntese de HT, aumentando a atividade da célula tiroideana e estimulando a secreção hormonal.
Os hormônios da tireoide têm uma ampla gama de efeitos no corpo humano.
Esses incluem:
Efeitos Metabólicos
Os hormônios da tireoide aumentam a taxa metabólica basal e têm efeitos em quase todos os tecidos do corpo.
O apetite, a absorção de substâncias e a motilidade intestinal são todos influenciados pelos hormônios da tireoide.
Eles aumentam a absorção no intestino, a geração, a absorção pelas células e a quebra da glicose.
Eles estimulam a decomposição de gorduras e aumentam o número de ácidos graxos livres.
Apesar de aumentar os ácidos graxos livres, os hormônios tireoidianos diminuem os níveis de colesterol, talvez aumentando a taxa de secreção de colesterol na bile.
Efeitos Cardiovasculares
Os hormônios aumentam a taxa e a força dos batimentos cardíacos. Eles aumentam a taxa de respiração, a ingestão e o consumo de oxigênio e aumentam a atividade das mitocôndrias. Combinados, esses fatores aumentam o fluxo sanguíneo e a temperatura do corpo.
Efeitos no desenvolvimento
Os hormônios tireoidianos são importantes para o desenvolvimento normal.
Eles aumentam a taxa de crescimento em indivíduos jovens, e as células do cérebro em desenvolvimento são o principal alvo dos hormônios tireoidianos T3 e T4.
Os hormônios tireoidianos desempenham um papel particularmente importante na maturação do cérebro durante o desenvolvimento fetal e nos primeiros anos de vida pós-natal.
Outros efeitos
Os hormônios da tireoide também desempenham um papel na manutenção da função sexual, do sono e dos padrões de pensamento normais. Níveis aumentados estão associados a maior velocidade de geração de pensamento, mas foco reduzido.
A função sexual, incluindo a libido e a manutenção de um ciclo menstrual normal, é influenciada pelos hormônios da tireoide.
Após a secreção, apenas uma proporção muito pequena dos hormônios da tireoide viaja livremente no sangue. A maioria está ligada à globulina de ligação à tiroxina (cerca de 70%), transtirretina (10%) e albumina (15%).
Apenas 0,03% do T4 e 0,3% do T3 viajando livremente têm atividade hormonal. Além disso, até 85% do T3 no sangue é produzido após a conversão do T4 pelas desiodinases de iodotironina em órgãos do corpo.
Calcitonina
A glândula tireóide também produz o hormônio calcitonina, que ajuda a regular os níveis de cálcio no sangue. As células parafoliculares produzem calcitonina em resposta a níveis elevados de cálcio no sangue. A calcitonina diminui a liberação de cálcio dos ossos, diminuindo a atividade dos osteoclastos, células que liberam o cálcio fixado nos ossos. O osso é constantemente reabsorvido pelos osteoclastos e criado pelos osteoblastos (a partir do Ca circulante), então a calcitonina estimula efetivamente o movimento do cálcio para o osso. Os efeitos da calcitonina são opostos aos do hormônio da paratireoide (PTH) produzido nas glândulas paratireoides. No entanto, a calcitonina parece muito menos essencial do que o PTH, uma vez que o metabolismo do cálcio permanece clinicamente normal após a remoção da tireoide (tireoidectomia), mas não das glândulas paratireoides.
Resumo
A glândula tireoide produz hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis por atuar em diversos órgãos do corpo e auxiliando na regulação de seu metabolismo. T3 e T4 são hormônios produzidos pela glândula tireoide, sob estímulo do hormônio TSH, que é produzido pela hipófise, e participam de diversos processos no organismo, principalmente relacionados com o metabolismo e fornecimento de energia para o bom funcionamento do corpo.
Seu desequilíbrio pode levar a inúmeros problemas como por exemplo:
Hipertireoidismo ou Hipotireoidismo
Hipertireoidismo:
No hipertireoidismo ocorre um aumento na produção dos hormônios T3 e T4, gerando perda de peso, aumento dos batimentos cardíacos, ansiedade, insônia.
Hiportireoidismo:
No hipotireoidismo ocorre a diminuição na produção desses hormônios, causando aumento de peso, cansaço, fraqueza e até impotência sexual. As causas podem ser congênitas (desde o nascimento), autoimunes, inflamatórias ou mesmo efeitos colaterais do tratamento de outras doenças.
Como entender o resultado do exame
O resultado do exame de T3 e T4 devem ser avaliados pelo endocrinologista, clínico geral ou médico que indicou o exame, e deve ser levado em conta o resultado de outros exames que avaliam a tireoide, a idade da pessoa e o estado geral de saúde. De forma geral, os níveis de T3 e T4 considerados normais são:
T3 total: 80 e 180 ng/dL;
T3 livre: 2,5 - 4,0 ng/dL;
T4 total: 4,5 - 12,6 µg/dL;
T4 livre: 0,9 - 1,8 ng/dL.
Pense um pouco
A figura abaixo mostra neurônios pré e pós-sinápticos e chama a atenção para a propagação do impulso nervoso e o local da sinapse.
Considere o texto, a figura e seus conhecimentos para avaliar os itens abaixo:
I. O impulso nervoso é conduzido em um único sentido, sendo assim chamado de polulífugo, uma vez que ele parte do corpo celular em direção ao axônio e é quando se constata a lei do tudo ou nada.
II. A interação entre dois neurônios pode ser por meio de sinapses diferentes, sendo a química a mais representativa, com a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica, que é detectado pelo segundo neurônio.
III. No processo de transmissão do impulso nervoso, o neurotransmissor é liberado dentro da célula, o que dispara o processo de transmissão do impulso nervoso.
IV. No corpo celular do neurônio, há um grande núcleo, mitocôndrias, complexo golgiense, retículo endoplasmático rugoso, além de uma complexa rede de fibrilas, conhecida como microfilamentos e microtúbulos.
V. Os corpos celulares são encontrados em todos os tecidos de um organismo, a começar pela substância cinzenta do encéfalo, já que são indispensáveis ao crescimento, ao metabolismo geral dos neurônios e à regeneração das suas ramificações.
É correto apenas o que se afirma em
a) II e IV.
b) II e V.
c) III e IV.
d) I, II e V.
e) II, III e V.
Bibliografia
Fisiologia animal comparada
Exercícios
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