3/26/2023

DHARMACHACRA

 VISITA AO TEMPLO BUDISTA 

EM TRÊS COROAS/RS. 
25/III/2023


AS QUATRO CARACTERÍSTICAS INCOMENSURÁVEIS

Equanimidade

Compaixão 

Amor 

Alegria


Os Quatro Incomensuráveis, do ​​sanskrito: apramāna; tibetano: Tshad med bzhi, também chamados de brahmavihāra (pali e sânscrito), as “moradas de Brahma” são quatro sentimentos ou “qualidades morais” que devem ser meditados e desenvolvidas (bhāvanā) no budismo. 
Eles querem ser amorosos na espiritualidade. Diz-se que são incomensuráveis ​​ou ilimitados pelo escopo de seu objeto e sua eficácia. 

São Eles:

BENEVOLÊNCIA ou AMOR
Maitrī (Sânscrito) ou Mettā (Pāli), benevolência, deseja que todos os seres encontrem a felicidade e as causas da felicidade.

COMPAIXÃO 
Karuṇā (sa. e pa.), Compaixão, deseja que os seres sejam libertados do sofrimento e das causas do sofrimento.

ALEGRIA 
Muditā, Alegria simpática ou altruísta, desejo que os seres encontrem alegria livre de sofrimento.

EQUANIMIDADE 
Upekṣā, Equanimidade ou desapego, deseja que os seres permaneçam iguais e em paz, aconteça o que acontecer, bom ou mau, estejam eles livres de parcialidade, apego. E aversão.

Essas “quatro mansões de Brahma” também são encontradas no pensamento hindu. Essas práticas meditativas de amor, compaixão, alegria sagrada e equanimidade são comuns ao hinduísmo, jainismo e budismo, mas no “Caminho do Buda” essas quatro práticas assumem uma dimensão especial. 

Na âmbito  da ética e da meditação, essas quatro incomensuráveis claramente se abrem para o infinito e o ilimitado. 

É por isso que se diz que eles são apramana, incomensuráveis ​​ou ilimitados. 

Essas quatro incomensurabilidades ou esses quatro fatores incomensuráveis enfraquecem enormemente o apego ao pequeno eu encerrado em si mesmo e abrem a consciência para o mundo em sua imensidão, bem como para os outros em sua infinitude (1).





OM MANI PADME HUM 

RODA DO DHARMA 


Roda do Dharma ou Dharmachakra em Sânscrito, Roda do Dharma, é um símbolo representando o dharma (lei) no Hinduísmo e nos ensinamentos do Buda sobre o caminho para a iluminação. É também algumas vezes traduzida como roda da doutrina, roda da lei ou roda da vida. Um símbolo semalhante é usado no Jainísmo.

O símbolo dharma é representado como uma roda de biga (em Sânscrito cakram) com oito raios. É o símbolo budista mais antigo conhecido encontrado na arte indiana, surgindo com a primeira iconografia pós-Harapa sobrevivente no tempo do rei Budista Axoca. O Dharmachakra tem sido usado por todas as nações budistas como um símbolo a partir de então. Na sua forma mais simples, o Dharmachakra é reconhecido globalmente como um símbolo do Budismo que encerra o resumo de todos os ensinamentos do Buda. Os raios representam o Nobre Caminho Óctuplo.
É este símbolo que se encontra na bandeira da Índia, sendo que no pavilhão indiano são 24 raios.

Stupa com diversos símbolos incluído o Dharmachacra ou a Roda do Dharma.
(Templo Budista de Três Coroas/RS).

O NOBRE CAMINHO ÓCTUPLO 

O Dharma, ou doutrina, tal como foi ensinado pelo Buda Shakyamuni (sábio do povo Shakya) no século VI a.C., tornou-se uma das maiores religiões do mundo, cuja história tem cerca de dois mil e quinhentos anos. 

Originário do Norte da India, o budismo estendeu-se, durante os seus primeiros mil anos, ao Sri Lanka, à China, ao Sudeste da Asia, ao Japão e ao Tibete. 

O próprio Buda previu, de acordo com a sua noção da impermanência da existência, que os seus ensinamentos entrariam em declínio em determinados períodos antes de voltarem a renascer. 

Neste contexto, é impressionante que o dharma, ao mesmo tempo que começou a decair em certas regiões da Ásia, tenha actualmente criado raízes na Europa e nas Américas. (Lowenstein, 2001).

Apesar de o interesse ocidental pelo budismo ter aumentado manifestamente desde os anos 1960, o Dharma continua a ser uma religião oriental. 

O que explica, então, a atração que o budismo exerce no homem ocidental? Talvez, acima de tudo, seja o facto de Buda, muitas vezes apelidado de “grande médico”, fornecer um diagnóstico do sofrimento vivido por todos os seres humanos e apontar um estilo de vida que, através do esforço individual, conduz à eliminação desse sofrimento. Em segundo lugar, a vida budista encerra um código moral sublime, baseado na compaixão e na não violência, sem exigir fé numa divindade que os ocidentais têm cada vez mais dificuldade em imaginar. (Lowenstein, 2001).

Com a prática da meditação, o budismo proporciona um método simples e acessível, ainda que exigente, de auto-restabelecimento, que pode conduzir à tranquilidade e à sabedoria. 

Finalmente, nas suas múltiplas formas, ele é estimulante em termos intelectuais e possui um legado artístico imenso e variado. Não é, pois, de admirar que tenha penetrado na vida estética, intelectual e religiosa do ocidente. (Lowenstein, 2001). 

BUDDHA

Na maioria das tradições budistas, é considerado como o “Supremo Buddha” (Sammāsambuddha) de nossa era, Buda significando “o desperto”.
A época de seu nascimento e a de sua morte são incertas: na sua maioria, os primeiros historiadores do século XX datavam seu tempo de vida por volta de 563 a.C. a 483 a.C.; mas recentemente, contudo, num simpósio especializado nesta questão, a maioria dos estudiosos apresentou opiniões definitivas de datas dentro do intervalo de 20 anos antes ou depois de 400 a.C. para a morte do Buda, com outros apoiando datas mais tardias ou mais recentes.

Em sânscrito e em páli, a palavra buddha significa «despertado, esclarecido», por isso, só depois de ter alcançado a iluminação (ver págs. 24-5) é que Siddhartha adquire o nome de Buda, pelo que é mais frequente ser referido como Bodhisattva (um «ser iluminado» destinado ao nirvana). Há poucas lendas sobre a infância de Bodhisattva, saltando a maioria dos relatos quase directa-mente do seu nascimento para a decisão de sair de casa a fim de explorar a natureza da existência. 

Esta “grande partida” foi prevista pelos brahmins (sacerdotes) de Suddhodana e, com isto em mente, o rei, receoso de perder o herdeiro do seu reino, arranjou uma esposa a Siddhartha, Yasodhara. Além disso, confinou o príncipe aos pisos superiores do palácio, onde as mulheres “deliciavam com as suas vozes suaves e a sua música galhofeira e inebriante”. (Lowenstein, 2001).

Contudo, Siddhartha estava desejoso de ver o mundo e o rei permitiu que o filho se deslocasse ao parque real, embora proibisse que a gente sofredora se aproximasse da estrada confinante com os jardins. 

Os deuses (que desempenham uma função periférica na lenda budista) aproveitaram a oportunidade para enviar um sinal a Siddhartha, transformando um deles num velho decrépito, que mostraram ao futuro Buda. “Amigo, quem é este homem?”, perguntou Bodhisattva ao seu acompanhante. Quando lhe explicaram o que era a velhi-ce, ele exclamou: “Maldito seja o nascimento, pois todos os que nascem têm de envelhecer”. E voltou para casa sem visitar o parque. (Lowenstein, 2001).
Registaram-se acontecimentos semelhantes em passeios posteriores. Nas suas segunda e terceira saídas, os deuses mostraram ao príncipe um homem doente e outro que tinha morrido, e a sua última excursão permitiu-lhe ver um asceta errante, um homem tranquilo. 

“Quem é este?”, perguntou Siddhartha ao seu criado. “Senhor, este é um homem que se retirou do mundo.” Ao pensar nesse afastamento, o príncipe ficou satisfeito e continuou o caminho até chegar ao parque. (Lowenstein, 2001).

Apesar das tentativas do pai para o proteger, ele apercebeu-se assim das realidades do sofrimento humano, o que o levaria, dentro de pouco tempo, a renunciar à vida de chefe de família e a procurar a salvação como asceta errante.

(…) p.14-15

(p.15) Subjacente à procura do “estado eterno do nirvana” empreendida por Bodhisattva estava a teoria de que as pessoas e todos os outros seres sensíveis tinham sido apanhados numa série repetida de nascimentos insatisfatórios. 

A crença de que as almas transmigravam de uma vida para outra era comum a muitos povos tribais da Antiguidade, o que significava que, depois da morte, as almas dos seres humanos e dos animais continuavam a viver no ar ou na água ou iam para uma casa comum onde aguardavam a reencarnação sob a forma humana ou animal. 
No segundo milênio antes de Cristo, os povos arianos do Norte estabeleceram-se no Noroeste da Índia e desenvolveram a religião brâmane, a partir da qual evoluiu o hinduísmo. (Lowenstein, 2001).

Esses povos acreditavam numa vida além-túmulo permanente e eterna no “mundo dos pais”, mas, por volta do século VI a. C., a doutrina da transmigração, alterada pelas ideias indianas, regressara e difundira-se. 

O conceito de transmigração em vida de Buda (cerca de 563-483 a.C.) tinha o nome de samsara, palavra que, em sânscrito, significa literalmente “errância perpétua” e se refere à viagem que as almas empreendem através de um número infinito e indesejável de vidas. Os budistas acreditavam que até os deuses morriam, que eram substituídos por outros em céus temporários e que este ciclo mecânico de morte e de renascimento se desenrolava num universo ele próprio sujeito à destruição e à re-criação. 

Os seres humanos e os outros também eram governados por uma segunda lei que determinava o seu lugar nestas alterações cósmicas - a lei do karma (que significa, literalmente, “obra, feito, acção”), cuja doutrina ensinava que todos os actos envolviam uma evolução, na alma ou na construção da personalidade, do mérito ou do demérito espiritual. As boas acções seguia-se o mérito, daí resultando um renascimento favorável, as más acções, fossem ou não intencionais, conduziam a renascimentos desfavoráveis. 

Contudo, o comportamento perfeito enquanto ser social, na vida doméstica, no governo, no comércio ou mesmo no sacerdócio, não constituía uma garantia contra o renascimento, pois a única via que conduzia à libertação do samsara era o ascetismo. Só o asce-ta, que vivia completamente afastado dos laços sociais e era indiferente ao corpo, podia atingir um conhecimento pessoal da vida e do espírito que levava ao nirvana. 

Segundo Lowenstein (2001, hoje em dia, as leis do karma e do samsara continuam a ter força psicológica quer para os budistas quer para os não budistas, independentemente da doutrina do renascimento.

O Buddha sentado com as mãos na postura de ensinamento: uma obra prima da escultura Gupta, datada do séc. V a.C. (Lowenstein, 2001).

Depois do drama metafísico do episódio de Mara e do mistério de recordação das vidas anteriores de Bodhisattva, as descrições da iluminação de Buda são calmas, humanísticas e relativamente diretas. A filosofia e a ética psicológica substituem-se ao mito e à lenda, a imagem do herói sobrenatural num clímax de tempo universal dá lugar à de um homem da floresta, profundamente embrenhado no pensamento e na meditação sobre a natureza da experiência humana. 

Nos textos em páli há vários relatos da meditação de Bodhisattva e a maior parte deles divide a noite em que ele atingiu a iluminação em três períodos ou “vigílias”. 

No primeiro, Bodhisattva recorda as suas vidas passadas; no segundo, analisa a lei do karma: “Com o espírito tranquilo, encaminhei a minha mente para o conhecimento da morte e do renascimento dos seres, compreendi que são inferiores, excepcionais, afortunados ou infelizes, de acordo com as consequências dos seus atos”; no terceiro período, Bodhisattva atinge as três componentes básicas do dharma (doutrina) budista: as Quatro Verdades Nobres, as Três Características da Existência e a Lei da Causalidade, e, com estas revelações, Siddhartha liberta-se do renascimento e do samsara, entra num nirvana vivo e torna-se Buddha ou Buda. 

As Quatro Verdades são referidas como “verdades nobres aryan” porque são exaltadas e, por muito simples que possam parecer a princípio, só aqueles que embarcaram na busca «séria» ou “nobre” as podem compreender inteiramente. As verdades, tal como figuram nos textos em páli, são expostas por Buda na passagem seguinte:

I. Monges, qual é a verdade do sofrimento dukkha? Nascer é sofrimento, decadência, doença e morte também. Estarmos separados daquilo de que gostamos é sofrimento, assim como querermos uma coisa e não a conseguirmos. Em suma, a personalidade humana, sujeita como está ao apego e ao afecto, acarreta sofrimento. 


II. E qual é a verdade da sua origem? É o desejo ardente, que conduz ao renascimento, ligado como está à procura do prazer e à avidez inquieta. Desejo ardente de sensualidade, de uma nova vida, da não existência e do aniquilamento. 

III. E o que é a verdade da extinção do sofri-mento? É a indiferença ao desejo ardente e a sua eliminação, a libertação e a distanciação desse desejo.

IV. E qual é a verdade acerca da via que conduz à extinção do sofrimento? Precisamente este excelente Caminho Óctupld que leva à sua extinção

Perspectiva correta; 

Pensamento ou objetivo correcto; 

Discurso correto; 

Ação correta; 

Existência correta; 

Esforço correto; 

Consciência ou atenção correta; 

Concentração meditativa correta.





O Nobre Caminho Óctuplo 

O Nobre Caminho Óctuplo é, nos ensinamentos do Buda, um conjunto de oito práticas preparam o ser para uma vida de aceitação do outro, inclusão, anulação do eu e a cessação do sofrimento. Também é conhecido como o "caminho do meio" porque é baseado na moderação e na harmonia, sem cair em extremos.

Essas oito práticas foram descritas pelo Buddha:

Agora, bhikkhus, esta é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação do sofrimento: 
é este Nobre Caminho Óctuplo: 
entendimento correto, 
pensamento correto, 
linguagem correta, 
ação correta, 
modo de vida correto, 
esforço correto, 
atenção plena correta, 
concentração correta.”

Compreensão ou entendimento correto
De sammā-ditthi, literalmente visão correta, também traduzido como "opinião correta" ou "entendimento correto". Compreensão de acordo com as Quatro Nobres Verdades, de maneira a entender as coisas como elas realmente são.

Pensamento correto
O pensamento da renúncia, de desenvolver as nobres qualidades, não tendo má vontade em relação aos outros, não querendo causar o mal (nem em pensamento).

Linguagem ou Fala correta
Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas. Falar a verdade, ter uma fala construtiva, harmoniosa, conciliadora.

Ação correta
Abster-se de destruir a vida, abster-se de tomar aquilo que não for dado, abster-se da conduta sexual imprópria.

Meio ou modo de vida correto
Um modo de vida equilibrado, nem perdulário nem mesquinho e que não cause mal a outros seres. Inclui ter uma profissão que não esteja em desacordo com os princípios.

Esforço correto
Abandonar estados prejudiciais e as causas para futuros estados prejudiciais. Cultivar estados benéficos que tenham surgido e condições para futuros estados benéficos.

Consciência ou atenção correta
Desenvolver consciência do corpo, fala e mente, em linha com o caminho óctuplo. (ver artigo para mais detalhes).

Concentração correta
Estabilidade e foco mental.


A LEI DA CAUSALIDADE 

Outra revelação central de Buda quando este se encontrava debaixo da árvore bodhi foi a sua teoria da causalidade ou da “origem dependente”, através da qual ele mostrou que todos os aspectos da vida humana são condicionados por influências ou por fazes anteriores do ser. 

Nada existe por si. tudo tem origem em alguma outra coisa e depois passa, doutrina que decorre da suposição de que há sofrimento, doença, velhice e morte. Mas como surgem estas situações? E como podem ser eliminadas? 

Buda conclui que o sofrimento é uma consequência do karma pessoal (ações passadas), que se acumula apenas devido à ignorância. 

A cadeia da causalidade é a seguinte: 

Por causa da ignorância, surge o renascimento, que produz o karma; devido ao renascimento, aparece a consciência; por causa desta, surgem os fenómenos físicos e mentais; motivadas por estes, aparecem as esferas do entendimento; por causa delas, surge o contato; devido ao contato, aparece o sentimento; por causa deste, vem a lume o desejo; motivado pelo desejo, surge o processo do devir; por causa dele, aparece o renascimento; por causa do renascimento, surgem a velhice, a morte, a dor, a tristeza e o desespero.

Contudo, o processo pode ser invertido, pois, quando se alcança o conhecimento da iluminação, o karma e o sofrimento são eliminados e o medo da morte substituído pela possibilidade de alcançar o nirvana.

Ensinamentos retirados do livro 
LOWENSTEIN, T. A visão do Buda. Singapura, Ed. Evergreen. 2001.



DHARMACHACRA






21 TARAS

Tara, em sânscrito Tārā, provavelmente "estrela", e, para os tibetanos, Drol Ma ou Jetsün Dólmã, “Salvadora” é uma deidade feminina do budismo Vajrayana ("Caminho Diamantino", que simboliza a sabedoria que discerne agudamente como um raio). 
O Vajrayāna foi introduzido no Tibete por Padmasambhava (em tibetano Guru Rinpoche), no século VIII, durante o reinado de Trisong Detsen.

Tara é a mãe da compaixão, o aspecto feminino de Avalokiteśvara bodhisattva, indissociável do estado desperto iluminado, Buda. 

Todas as deidades budistas femininas são aspectos do próprio Buddha.
É a divindade nacional do Tibete.(2)

Tara é sem dúvida a divindade feminina mais amada do budismo tibetano, reverenciada por sua rapidez em auxiliar aqueles que dependem dela. Ela foi descrita como um Buda para nossa era moderna, uma sublime personificação da compaixão e da sabedoria em forma feminina em uma época em que a tristeza e o sofrimento parecem estar aumentando em todos os lugares. De todos os Budas, Tara é o mais acessível.” Venerável Zasep Tulku Rinpoche (Tara in palm of your hand) (2a).























1. NYURMA PAMO - A VELOZ HEROÍNA
Ela corajosamente subjuga todas as formas que provocam obstáculos e, através do seu poder, o nível do Buda é alcançado muito rapidamente.


2. YIANG CHEN MA - SARASWATI
Ela é a consorte do Majursri e concede a perfeita sabedoria que libera todos os seres sencientes dos ciclos das existências.


3. SONAM CHOG TERMA - A TRANSMISSORA DAS VIRTUDES SUPREMAS
É a incorporação das seis perfeições transcendentes da ética: generosidade, alegria entusiasta, concentração meditativa, tolerância, sabedoria e disciplina. A suprema virtude é o perfeito nível do Buda.


4. NAM GYAL MA - A ONISCIENTE
A sua força é tal que ela conquista mesmo o senhor da morte. Ela concede longa vida e protege da morte prematura, bem como concede benefícios temporários. Também incorpora as perfeições das dez terras do caminho dos Bodhisatvas; portanto, todos os Budas e Bodhisatvas estão ligados a ela.


5. RIGJEMA - A DOADORA DA INTELIGÊNCIA
Quando ela recita seu mantra, sua luz se estende aos três reinos mundanos: do desejo, da forma e do sem forma. Ela livra do sofrimento todos os seres sencientes que vagam nos seis reinos dos ciclos das existências, bem como aqueles que se encontram nos estados intermediários, no pós-morte. 


6. JIG JE MA - A TERRÍVEL
Subjuga todos os espíritos nefastos e cura as doenças causadas pelos mesmos. Ela eclipsa todos os deuses mundanos: Agni, Brahma, e Shiva assim como a luz do sol eclipsa as chamas.


7. SHEN CYI MI TUB MA - A INVENCÍVEL 
Nada pode atingi-la e ela prontamente destrói todas as influências negativas, uma após outra.


8. SHEN LE NAM PAR GYAL MA - A CONQUISTADORA DE TODOS
Ela extermina todos os inimigos sem exceção; destrói todas as influências negativas completamente.


9. SENG DENG NAG DOL MA - A SALVADORA DA FLORESTA PERFUMADA
A sua luz se espalha nas dez direções do espaço. Ela salva os seres sensíveis das ilusões do sofrimento do ciclo das existências atraindo-os para as três jóias: o Buda, o Dharma e a Sangha.


10. JIG TEN SUM LE GYAL MA - A CONQUISTADORA DOS TRÊS REINOS MUNDANOS
Com o poder da alegria, ela preenche todos os anseios e remove todos os obstáculos temporais e espirituais.


11. NOR TE MA - A DOADORA DA SAÚDE
Ela salva do empobrecimento e todos os deuses mundanos estão sob seu comando.


12. TA SHI DÖN JE MA - A AUSPICIOSA
O Buda Amitabha adorna o topo de sua cabeça e, através de suas sublimes qualidades, ela tem o poder para salvar os seres sensíveis do sofrimento do ciclo das existências. 


13. DA PUNG SOM ZE MA - A DESTRUIDORA DAS FORÇAS OPONENTES
Está envolta numa guirlanda de chamas como o fogo do Armagedon. Ela destrói as massas dos seres nefastos e inimigos.


14. TO NYER CHEN - A IRADA
Com a sua mão direita na posição de ameaça, ela subjuga os seres sensíveis e apazígua-os.


15. RAB SHI MA - A GRANDE PACIFICADORA
Ela é a incorporação de todos os estágios além do sofrimento e apazigua todas as ações negativas e o sofrimento resultante. 


16. BAR WÄ OD CHEN MA - A LUZ RESPLANDECENTE
No seu coração, está a roda das dez pontas cujo centro está marcado pela sílaba da sabedoria HUNG, através da qual ela libera os seres sensíveis do sofrimento.


17. PAG ME NON MA - A SUBJUGADORA DAS INCONTÁVEIS FORÇAS NEFASTAS
Quando ela imprime sua pegada, o som do HUNG ressoa através dos três reinos mundanos.


18. MA JA MA - O PAVÃO
Assim como o pavão devora raízes venenosas e plantas sem sofrer nenhum dano, MA JA MA dissolve os perigos e todas as formas de veneno.


19. MI PAM GYAL MA - A RAINHA INVENCÍVEL
O seu magnífico amor concede confiança imutável e dissolve todas as disputas e os pesadelos.


20. RI TO MA - A YOGUE
Como o sol e a lua dissolvem a escuridão, ela dissolve a ignorância dos seres sensíveis e aniquila as doenças epidêmicas.


21. OD ZER CHEN MA - RAIOS DE LUZ
Com poderosos e infinitos raios de luz radiante que saem das três sílabas OM HA HUNG, ela tem o poder de destruir todos os espíritos nefastos e mesmo a morte. (3)












STUPA OU ESTUPA 











Estudas no templo Budista de Três Coroas 

Uma estupa, também chamada chörten, chaitya, chedi, pagode e dágaba, é um monumento construído sobre os restos mortais (geralmente cremados) de uma pessoa importante dentro da religião budista. Tem o formato de torre, geralmente cónica, circundada por uma abóbada e, por vezes, com um ou vários chanttras (toldos de lona). Com o tempo, evoluiu para uma representação arquitetônica do cosmo.

A stupa é um monumento da tradição budista que representa a mente de todos os seres iluminados, os Budas. A sua construção obedece a uma série muito rigorosa de técnicas e sabedoria da cultura milenar do budismo tibetano. 

O local escolhido para esta stupa teve em conta princípios da geomancia. Foi consagrado por S.S. Kyabje Trulshik Rinpoche e a sua construção foi orientada e acompanhada por Pema Wangyal Rinpoche, Rigdzin Pema Rinpoche e Jetsün Yangchen-la. Foi consagrada por Jigme Khyentse Rinpoche, Pema Wangyal Rinpoche, Rangdröl Rinpoche e por Jetsün Yangchenla em 24 de Outubro de 2008.

A stupa é um símbolo do potencial que cada um tem para alcançar a iluminação.
A stupa contém no seu interior milhares de orações, relíquias de Budas, estátuas, incenso e muitas outras substâncias raras e preciosas e inúmeras oferendas. 

Tem o poder de restaurar no seu ambiente circundante a energia da Terra, de ajudar a equilibrar os seus elementos, de prevenir os desastres naturais e ambientais, de promover a paz, a felicidade, a saúde e a prosperidade. Como tal, é fonte de energia positiva, paz, prosperidade e harmonia entre os seres e a natureza. Assim, visitar este monumento e caminhar à sua volta, fazendo a kora (da tradição tibetana), no sentido dos ponteiros do relógio com uma atitude positiva cria enormes benefícios, tais como:

apaziguamento de ódios, conflitos e guerras;

evitamento e cura de epidemias e doenças;

saciamento da fome e aumento a produtividade;

aumento da fortuna e da virtude;

calma do espírito e da mente e desenvolvimento do bem-estar e do bom coração. 


A construção da Stupa

A construção de uma stupa, símbolo da mente ilimitada de um ser iluminado, recua no tempo até ao próprio Buda Shakyamuni, que incentivou os seus discípulos a construírem este tipo de monumento em locais auspiciosos, tais como os locais do nascimento, iluminação, do primeiro ensinamento, morte ou parinirvana do próprio Buda.

O Buda Shakyamuni ensinou que desenvolver práticas espirituais na presença de stupas teria o mesmo efeito que fazer oferendas ao próprio Buda, e por isso o poder de qualquer prática na presença de uma stupa seria amplificado. É certo que uma stupa construída em locais abençoados como estes aumenta de forma ilimitada o poder espiritual e providencia enormes benefícios para todos os que a visitam.(4)











































Akshobya, o Buddha do Leste

O Buda Aksobhia é o rei da terra pura, Buda Sakyamuni fala dele no Sutra da Perfeição da Sabedoria, em 8.000 slokas (versos).
Como todos os Budas da mandala, Akshobhia não está sozinho, ele é o chefe de uma família (kula), que é chamada de família Vashra, “diamante” ou “relâmpago duro como diamante”.
Diz-se que, quando Akshobhia era apenas um monge, ele fez um voto sagrado ao Buda que naquela época governava a terra pura de Abhirati, razão pela qual este Buda nunca sentiria aversão, ódio ou egoísmo por qualquer ser senciente nas dez direções universais.
Depois de lutar por muito tempo e manter todos os votos que fez naquela terra, Aksobhia finalmente se tornou o Buda Akshobhya e, portanto, o governante do paraíso de Abhirati.

Akshobhya é a personificação do "conhecimento do espelho". Isso pode ser descrito como um conhecimento do que é real e do que é ilusão ou mero reflexo da realidade. O espelho pode ser comparado à própria mente. Está claro como o céu e vazio, mas claro. Ele contém todas as imagens do espaço e do tempo, mas não é tocado por elas. Seu brilho ilumina a escuridão da ignorância e sua nitidez corta a confusão. 
Akshobhya representa esta mente eterna e a família Vajra está igualmente associada a ela.
A família Vajra também está associada ao elemento água, então as duas cores do Vajra são azuis, como as profundezas do oceano; ou branco brilhante, como a luz do sol refletida na água. Mesmo quando a superfície do oceano é atingida por ondas quebrando, as profundezas permanecem imperturbáveis, imperturbáveis. Embora a água possa parecer etérea e sem peso, na verdade ela é extremamente pesada. 
A água flui para o ponto mais baixo e se deposita lá. 
Ela esculpe rocha sólida, mas com calma, sem violência. Quando congelado, é resistente, nítido e claro como o intelecto, mas para atingir todo o seu potencial, também deve ser fluido e adaptável como um rio que flui. Estas são todas as qualidades essenciais de Akshobhya. Muitos seres tântricos furiosos são representados na cor azul porque incorporam a energia transmutada do ódio e da agressão em sabedoria e iluminação.(WP)





Estatueta do século XIX (Museu de Honolulu) 


Representação tibetana dos Cinco Budas, do século XIII






Da esquerda para a direita: Lunardi, Daniel (de costas), Isaías, (ocultando o Bruno), Cauã e Eduardo (de costas)

Lunardi





Akshobhya é a personificação do "conhecimento do espelho". Isso pode ser descrito como um conhecimento do que é real e do que é ilusão ou mero reflexo da realidade. O espelho pode ser comparado à própria mente. Está claro como o céu e vazio, mas claro. Ele contém todas as imagens do espaço e do tempo, mas não é tocado por elas. Seu brilho ilumina a escuridão da ignorância e sua nitidez corta a confusão. 
Akshobhya representa esta mente eterna e a família Vajra está igualmente associada a ela.
A família Vajra também está associada ao elemento água, então as duas cores do Vajra são azuis, como as profundezas do oceano; ou branco brilhante, como a luz do sol refletida na água. Mesmo quando a superfície do oceano é atingida por ondas quebrando, as profundezas permanecem imperturbáveis, imperturbáveis. Embora a água possa parecer etérea e sem peso, na verdade ela é extremamente pesada. 
A água flui para o ponto mais baixo e se deposita lá. 
Ela esculpe rocha sólida, mas com calma, sem violência. Quando congelado, é resistente, nítido e claro como o intelecto, mas para atingir todo o seu potencial, também deve ser fluido e adaptável como um rio que flui. Estas são todas as qualidades essenciais de Akshobhya. Muitos seres tântricos furiosos são representados na cor azul porque incorporam a energia transmutada do ódio e da agressão em sabedoria e iluminação.(WP)










































STUPA
























A Preciosa Concha é um dos Oito Símbolos Auspiciosos do Budismo. A concha simboliza a Joia Dharma, e nos encoraja a ouvir ensinamentos de Dharma e contemplar e meditar no seu significado. 
Os Oito Símbolos Auspiciosos Budistas simbolizam, no conjunto, o caminho espiritual que conduz à libertação do sofrimento e à paz interior suprema da iluminação. 






Tudo está conectado, e tudo aquilo que um dia vai embora, em breve, vai retornar. Esses são alguns dos principais ensinamentos da religião budista. Por isso, um dos símbolos mais conhecidos do budismo é o Nó do Infinito, que, entre outras coisas, representa a conexão de tudo com tudo e a lei do retorno, também chamada de karma.

O que é o Nó do Infinito
O Nó do Infinito é um símbolo sagrado do budismo, popular especialmente entre aqueles que seguem o budismo tibetano. Ele simboliza a infinita sabedoria de Buda, figura mais sagrada e importante. Além disso, simboliza a lei de causa e efeito.

O Nó do Infinito, também chamado Nó sem fim e Nó Glorioso, é um emaranhado de uma linha contínua que produz seis pontas, uma abaixo, uma acima e duas em cada uma das laterais, todas com ângulos retos. Ainda que apareça em todas as cores, muitas vezes é representado em amarelo e vermelho.

Origem do Nó do Infinito

Esse símbolo aparecia em cerâmicas e outras peças decorativas desde a época da civilização do Vale do Indo, que existiu entre 3.300 a.C. e 1.300 a.C. no sul da Ásia, portanto muito provavelmente anterior a era do bronze.  

O que significa Nó do Infinito

Nó do Infinito é um dos oito Símbolos Auspiciosos do budismo, que são o cerne dos ensinamentos budistas. Em resumo, o significado do Nó do Infinito é de sabedoria e compaixão, representando também a interdependência e a conexão entre todas as coisas que existem.

O nome desse símbolo deriva do idioma sânscrito. A nomenclatura exata dele é “śrīvatsa”, traduzido literalmente como “o nó interminável” ou “o nó eterno”.

Simbolismo do Nó do Infinito
A simbologia do Nó do Infinito é bem vasta, porque depende de qual religião analisaremos. O budismo é o que dá mais importância a esse símbolo, especialmente porque ele é um símbolo do karma. Dessa forma, ele representa que tudo aquilo que vai volta, porque tudo está conectado entre si, o que é um exemplo da lei do retorno.

Além disso, representa um dos grandes ensinamentos da religião budista, que é o eterno ciclo de sofrimento e morte, fim e renascimento. Ou seja, representa também a reencarnação e, consequentemente, o recomeço após o fim supostamente definitivo.

Por fim, está nos ensinamentos de Buda que o conhecimento e a sabedoria dele não têm começo, nem fim. Por isso esse símbolo também é constantemente usado para representar o budismo pura e simplesmente, quase como um símbolo da religião, em si, como um todo.

Já para o hinduísmo, o Nó do Infinito está relacionado à deusa Lakshmi, deusa da prosperidade, da riqueza, da fortuna, do poder e da beleza. Por isso, segundo aqueles que seguem e creem nessa religião, esse símbolo pode ser usado com o objetivo de atrair os elementos listados acima, servindo de chamariz de poder e riqueza, portanto.

Por fim, para o jainismo, esse símbolo marca os tirthankaras, que são os baús privativos dos 24 santos da religião. Portanto, essa marca representa uma proteção divina muito forte. Além disso, simboliza o acesso ao conteúdo e ao conhecimento divino, pois é o que protege e dá acesso a tais baús celestiais.
Como usar o Nó do Infinito

O Nó do Infinito não faz parte de um ritual específico, então você é quem precisa fazer uma reflexão a respeito do que acha que esse símbolo significa e, entre os simbolismos dele, encontrar aquele que faz mais sentido para você. Dessa forma, conseguirá pensar em um uso que faça mais sentido.

Por exemplo, se você acredita na simbologia de karma do Nó do Infinito, pode até mesmo fazer uma tatuagem para constantemente se lembrar da lei do retorno e de que deve ficar bastante atento a ela.

Já se você crê que esse símbolo atrai prosperidade, talvez usar um colar ou outro acessório no momento em que estiver tentando atrair um pouco de riqueza para o seu caminho seja uma grande ideia. Reflita sobre o que o Nó do Infinito significa para você e, em seguida, sobre qual uso dele faz mais sentido em sua caminhada.


OS OITO SÍMBOLOS AUSPICIOSOS

Os Oito Símbolos auspiciosos representam a iluminação da mente e a infinidade de suas manifestações. Segundo o Budismo, os seguidores de Buddha são capazes de olhar para os símbolos e enxergar neles o potencial humano para a iluminação. Veja aqui o significado de cada um deles:

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Nó Infinito
Sabedoria e compaixão

Sem fim e sem começo, simboliza a sabedoria e compaixão infinitas dos seres iluminados. Também representa a interdependência de todas as coisas do universo.

peixes

Peixes Dourados
Felicidade

Pelo fato de moverem-se livremente na água, os peixes simbolizam a felicidade. Também representam fertilidade e abundância, pois multiplicam-se rapidamente.

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Bandeira da Vitória
Triunfo

Representa a vitória contra os obscurecimentos e negatividade que obstruem a nossa própria sabedoria e compaixão.

roda

Roda
Transformação

A roda representa os ensinamentos de Buda, que levam à transformação espiritual e ao fim do sofrimento.

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Concha Branca
Poder

A concha é o símbolo do nosso Centro. Também usada como instrumento musical, ela representa poder e autoridade. Representa a declaração destemida da sabedoria.

vaso

Vaso de Tesouros
Plenitude

O vaso representa a abundância mundana e espiritual.

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Para-Sol
Proteção

Como o frescor que nos protege do calor do sol, o para-sol representa proteção em relação ao sofrimento.

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Lótus 
Pureza

Apesar de crescer na água enlodada, o lótus desabrocha intocado pela sujeira. Por isso é um símbolo da pureza primordial de nossa própria natureza.(5)






Bruno, Daniel, William, Arthur, Eduardo, pai do Lunardi, e Fabiano


Isaías





Isaías 

 



Fontes