9/05/2023

ESQUELETO HUMANO

ESQUELETO, ARTICULAÇÕES E MUSCULATURA 

Uma ação que só acontece no mundo gif, 
movimento sem músculos...

Tipos de sustentação e sua evolução

Esqueleto hidrostático
Cavidade corporal preenchida por líquido, que dão apoio às contrações musculares e permitem que o organismos que a possuem possam movimentar e alterar a forma de seus corpos.

Um esqueleto hidrostático, ou hidroesqueleto, é um esqueleto flexível suportado pela pressão de um fluido, a água. Esqueletos hidrostáticos são comuns entre organismos invertebrados simples. Embora organismos mais avançados possam ser considerados hidrostáticos, às vezes são chamados de hidrostáticos por possuírem um órgão hidrostático em vez de um esqueleto hidrostático. Um órgão hidrostático e um esqueleto hidrostático podem ter as mesmas capacidades, mas não são iguais. Os órgãos hidrostáticos são mais comuns em organismos avançados, enquanto os esqueletos hidrostáticos são mais comuns em organismos primitivos. 
Como o próprio nome sugere, contendo hidro, que significa "água", ser hidrostático significa que o esqueleto ou órgão está cheio de líquido.

Como estrutura esquelética, possui a capacidade de afetar a forma e o movimento e envolve duas unidades mecânicas: as camadas musculares e a parede corporal. 

As camadas musculares são longitudinais e circulares e fazem parte do celoma cheio de líquido em seu interior. As contrações dos músculos circulares alongam o corpo do organismo, enquanto as contrações dos músculos longitudinais encurtam o corpo do organismo. 

O fluido dentro do organismo é comprimido uniformemente, de modo que as forças do músculo são espalhadas por todo o organismo e as mudanças de forma podem persistir. Esses fatores estruturais também persistem em um órgão hidrostático.




Funcionamento do esqueleto hidrostático, uma vez que a água é incompressível.
O líquido celomático (95% água), por ser incompressível, funciona como esqueleto hidrostático que, por ação dos músculos, se desloca em forma de ondas dentro da cavidade do corpo da minhoca (celoma) delimitado pelos metâmeros, com isso, altera seu formato original, em regiões determinadas do corpo. Nas regiões dilatadas, a minhoca lança suas cerdas que se apoiam no substrato, ancorando aquela região do corpo contra o substrato, usando essa estratégia o corpo é propulsionado para frente.




Deslocamento de uma minhoca 


Tipos de esqueletos

Exoesqueleto 
O exoesqueleto, ou esqueleto externo é formado pelo espessamento da cutícula. É uma estrutura rígida e espessada presente em alguns animais, como os artrópodes, essa característica é responsável pelo grande sucesso desse grupo, com a função de sustentação externa, ponto de apoio a músculos, revestimento e comunicação (através da coloração).

O exoesqueleto do grego antigo έξω, éxō, externo e σκελετός, skeletós, esqueleto é um esqueleto externo que suporta e protege o corpo de um animal, em contraste com um esqueleto interno (endoesqueleto), por exemplo dos humanos. 

O exoesqueleto é uma estrutura externa que cobre o corpo de vários animais, incluindo artrópodes. 
O exoesqueleto se caracteriza por ser resistente, porém flexível. Esta estrutura é composta por diferentes substâncias, dependendo do subfilo ao qual o animal pertence:

Quitina para insetos e fungos
Cálcio em moluscos e corais
Sílica em diatomáceas, entre outros componentes.

Por sua vez, o exoesqueleto é composto por três estruturas:

Cutícula
Camada não celular secretada pela hipoderme, os artrópodes são capazes de liberar esta camada para crescer.
Epiderme
Estrutura celular que gera a cutícula e cria as condições necessárias para sua muda.
Membrana basal 
Camada não celular mais interna do exoesqueleto, responsável por sustentar os músculos.

Exemplos de exoesqueleto em animais
 
1) Artrópodes compartilhado por crustáceos (decápodes), queliceratos, miriápodes (qilópodes, diplópodes), e insetos (hexápoda). Os artrópodes foram os primeiros animais a desenvolver apêndices articulados, o que também contribuiu para seu enorme sucesso.
2) A concha de moluscos compartilhada por caracóis, mariscos, quítons e náutilos. 
3) Alguns animais, como a tartaruga, possuem um endoesqueleto e um exoesqueleto (casco formado por placas ósseas).





Características de um exoesqueleto: externo, rígido, pouco flexivel, ponto de apoio para inserção dos músculos.

Morfologia (UFSC)
Existem quatro tipos de esqueletos básicos de acordo com a disposição do arcabouço de sustentação do organismo: 1. o esqueleto hidrostático (visto acima), 2. o exoesqueleto é aquele tipo que apresenta esqueleto externo que serve de base de sustentação para as partes moles, como exemplo temos os crustáceos; 3. o endoesqueleto é aquele que possui esqueleto interno revestido pelas partes moles, um exemplo que acontece com o homem; 4. o esqueleto misto é aquele que possui as duas características. Os exemplos de esqueleto misto são encontrados nas tartarugas e nos tatus.

Endoesqueleto ósseo 

O sistema esquelético dos vertebrados é de suma importância para análises em biologia evolutiva. Como os esqueletos dos vertebrados podem ser vistos como agregados de unidades aparentemente discretas, chamados ossos, esses, têm atraído o interesse dos anatomistas comparativos desde antes mesmo do surgimento do conceito de evolução. Além disso, como os ossos podem ser preservados como fósseis, a pesquisa comparativa pode incluir vertebrados extintos, lançando assim luz sobre padrões e processos evolutivos (por exemplo). Além disso, o sistema esquelético dos vertebrados é bem adequado para análises biomecânicas, permitindo a reconstrução de transições morfológicas e funcionais ao longo da evolução. Em qualquer estudo comparativo, a homologia é uma base conceitual para comparar unidades equivalentes. Há, no entanto, uma dificuldade em estabelecer homologia, isto é, “a aparente relação frouxa entre caracteres morfológicos e sua base genética” (homologia implica em mesma origem embrionária, e mesma base molecular genética). Incongruências entre morfologias e suas bases genéticas podem levar a erros quando a homologia é definida apenas segundo critérios de ontogenia.

Evolução do endoesqueleto. Os asteriscos indicam grupos parafiléticos. (A) Endoesqueleto composto puramente de cartilagem. (B) Endoesqueleto com ossificação pericondral. (C) Endoesqueleto com ossificações peri e endocondral.

Como você viu em aulas anteriores, a origem dos metazoários começa com apenas uma célula, denominada ovo ou zigoto. A partir da divisão da célula ovo e de sua posterior diferenciação nos diversos tecidos é que se originam os diferentes PLANOS CORPÓREOS dos animais. A variação, nestes planos, está relacionada ao número de folhetos embrionários e com a presença de cavidades do corpo. Assim, os animais com dois folhetos embrionários apresentam a condição diploblástica, enquanto os com três têm a condição triploblástica (ou diblástica). Nos animais triploblásticos, como visto, podem ocorrer ainda quatro outras condições: a acelomada, a pseudocelomada, a esquizocelomada e a enterocelomada, com as três últimas apresentando algum tipo de cavidade corpórea. A diversificação de cada plano deu-se de forma distinta, e alguns deles, como o dos triploblásticos esquizocelomados, apresentam uma diversidade de formas e de espécies muito grandes, enquanto outros, como os diploblásticos, são restritos a uma baixa diversidade de formas e também de espécies. Nesse contexto o esqueleto segue o mesmo padrão de evolução dos folhetos embrionários pois a cartilagem e as vértebras ósseas surgem do mesoderma, bem como os músculos. (Science, 2023).
Além dos ossos fazem parte do esqueleto a cartilagem e unido a estes estão os músculos que possibilitam o movimento.

A cartilagem ou tecido cartilaginoso é um tipo de tecido conjuntivo de consistência rígida, mas flexível e elástico. Esse tipo de tecido não possui vasos sanguíneos, vasos linfáticos ou nervos. Por isso, é considerado um tecido avascular. O tecido cartilaginoso apresenta uma coloração esbranquiçada ou cinzenta. É encontrado em várias partes do corpo humano, como: nariz, traqueia, laringe, orelhas, cotovelos, joelhos, tornozelos, dentre outras. Pelo fato da cartilagem ser um tecido avascular, a nutrição das células cartilaginosas é realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente, o pericôndrio, através de difusão. Por esse motivo, o tecido cartilaginoso possui uma lenta capacidade de cicatrização e regeneração. 

As principais funções das cartilagens são:
Revestimento das articulações ósseas;
Amortecimento de impactos e atrito entre os ossos;
Auxílio nos movimentos corporais;
Sustentação e proteção para algumas partes do corpo.

A presença do tecido cartilaginoso nas articulações responsáveis por sustentar pesos é fundamental, uma vez que esse tecido admite uma grande quantidade de carga. Essa situação ocorre nas regiões do quadril, joelhos e tornozelos. O tecido cartilaginoso é predominante no sistema esquelético do embrião. Ele serve de molde para os ossos em formação. Durante o processo de desenvolvimento embrionário, ele vai sendo substituído (todamatéria).

A base genética, evolução e consequências para a saúde das características do esqueleto humano.
(A) Medição de SPs (Skeletal proportions=Proporção do esqueleto) usando um método de estimativa de marcos baseado em aprendizagem profunda em DXAs de corpo inteiro. (B) Localização de loci que se localizam em um único gene codificador de proteína e estão associados a vários SPs, coloridos de acordo com o esquema em (A). (C) Associações fenotípicas e genéticas significativas de vários SPs com doenças musculoesqueléticas ou dores nas articulações. As notações numéricas entre parênteses são os códigos da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão) associados a cada doença. OA, osteoartrite; TFA, ângulo tibiofemoral. (D) SPs com evidência genômica de evolução específica para humanos. A ilustração foi criada com BioRender.com, 2023.

Esqueleto humano

Ossos são órgãos esbranquiçados, que apresentam diferentes formas, muito duros e resistentes, que unindo-se a outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o Esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio e fósforo) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas)(auladeanatomia).

O esqueleto ósseo interno é responsável pela sustentação do corpo, e também fornece, em certos casos, proteção aos órgãos internos e ponto de apoio para a fixação dos músculos, além de servir como local de armazenamento de cálcio e fósforo

O endoesqueleto é um tipo básico de esqueleto e consiste em inúmeras peças cartilaginosas e ósseas articuladas. 

Essas peças formam um sistema de alavancas que se movem sob a ação dos músculos, inervados por nervos que saem do sistema nervoso. 

ESQUELETO HUMANO 

O sistema esquelético forma um arcabouço ósseo importante na proteção das vísceras, na conformação e na sustentação do corpo, no sistema de alavancas biológicas, na produção de células sanguíneas, além de ser o depósito de íons Ca e P. O termo “osteologia” deriva do grego “osteon”, que significa osso, e “Logus”, que significa estudo. Então, podemos dizer que Osteologia é a parte da Anatomia que estuda os ossos. Por outro lado, os ossos são estruturas rígidas, esbranquiçadas, constituídas de tecido conjuntivo mineralizado e que reunidas entre si participam na formação do esqueleto. Portanto, ao conjunto de ossos e cartilagens que reunidos entre si dão conformação ao corpo, proteção e sustentação de partes moles damos o nome de esqueleto.

O nosso corpo possui 206 ossos, mas esse número pode variar levando-se em consideração dois fatores. O primeiro critério é o fator etário, em que o indivíduo pode apresentar ossos que não se fundem, permanecendo separados na vida adulta. Por exemplo, o osso frontal pode permanecer separado por uma sutura na vida adulta. O segundo fator é o critério de contagem, neste caso, o anatomista pode ou não considerar alguns ossículos como parte da constituição do esqueleto. O exemplo mais comum são os ossículos da orelha média (ouvido), que para alguns anatomistas são considerados e para outros não são computados durante a contagem dos ossos do corpo.

OSSOS DO ESQUELETO

Como vimos o esqueleto humano de um adulto apresenta 206 ossos, uma quantidade menor do que aquela encontrada em crianças. Essa redução ocorre pelo fato de que, quando a criança nasce, muitos ossos estão separados, fundindo-se durante o desenvolvimento da pessoa. Em média, uma criança apresenta cerca de 70 ossos a mais de que um adulto. É importante ficar claro que esses ossos a mais não são absorvidos ou destruídos, eles apenas juntam-se a outros, formando um só.

Cabeça = 22
Crânio = 08
Face = 14
A cabeça é formada por 22 ossos sendo 8 do crânio (frontal, 2 parietal, 2 temporal, occipital, esfenoide, etmoide) e 14 da face (2 zigomático, 2 maxilar, 2 nasal, mandíbula, 2 palatino, 2 lacrimal, vômer, 2 concha nasal inferior).

Ossículos do Ouvido Médio = 3

Pescoço = 8
7 vértebras
hioide

Tórax = 37
24 costelas
12 vértebras
1 esterno

Abdome = 7
5 vértebras lombares
1 sacro
1 cóccix

Membro Superior = 32

Cintura Escapular = 2
Braço = 1
Antebraço = 2
Mão = 27

Membro Inferior = 31
Cintura Pélvica = 1
Coxa = 1
Joelho = 1
Perna = 2
Pé = 26


ESQUELETO HUMANO
ESQUELETO AXIAL 
ESQUELETO APENDICULAR

Os ossos do corpo humano podem ser divididos em dois grupos, formando a esqueleto axial e o esqueleto apendicular



ESQUELETO AXIAL



ESQUELETO APENDICULAR

Esqueleto apendicular: membros inferiores e membros superiores



No esqueleto axial, temos 28 ossos formando o crânio, 1 osso hioide, 26 ossos formando a coluna, 24 costelas e 1 esterno. 


Esqueleto axial (UFRGS)

Esqueleto axial (enfermagemflorence)

Coluna vertebral e suas regiões


ESQUELETO APENDICULAR

Já no esqueleto apendicular, temos 64 ossos nos membros superiores (incluindo a cintura escapular) e 62 ossos nos membros inferiores (incluindo a cintura pélvica).

Esqueleto apendicular (escolaeducação)


Esqueleto apendicular: membros inferiores e membros superiores



Anatomia dos membros superiores do corpo humano
Os membros superiores do corpo humano são formados por um conjunto de ossos, articulações e músculos. Essa região do esqueleto humano é dividida em cinco segmentos:

Ombro;
Braço;
Articulação do cotovelo;
Antebraço;
Articulação do punho;
Mão.

Ombro – Anatomia
O ombro localiza-se na região superior do esqueleto apendicular, conectando os membros superiores ao tronco. Trata-se da articulação mais móvel do corpo humano, e também uma das mais complexas. Em sua anatomia, é formado por três articulações:

Articulação esternoclavicular;
Articulação acromioclavicular;
Articulação glenoumeral.

Cada uma delas envolve a interação entre dois ossos, os quais detalharemos a seguir.

Articulações do ombro – características e funções
A articulação esternoclavicular é a que conecta os membros superiores ao esqueleto axial, envolvendo a interação entre a região medial da clavícula e o manúbrio do osso esterno. Auxiliada por diversos ligamentos presentes na região, é capaz de realizar os movimentos de elevação, depressão, prostração, retração e rotação.

A articulação acromioclavicular envolve a interação entre a extremidade acromial da clavícula e o acrômio (apófise da extremidade externa da espinha escapular). Essa articulação permite movimentos rotacionais da escápula quando acompanha os movimentos de abdução do braço.

Já a articulação glenoumeral é formada pela conexão entre a cabeça do osso úmero e a cavidade glenóide da escápula. É a principal articulação do ombro, tornando-o capaz de realizar a maior quantidade de movimentos do corpo humano.

Articulações do ombro (anatomiaemfoco)

Braço (úmero)
Maior osso dos membros superiores do corpo humano
O braço é formado por um único osso: o úmero. É o maior dos ossos dos membros superiores, e possui um papel muito importante no conjunto. Sua extremidade superior articula-se com a escápula, formando a articulação glenoumeral.

Já sua extremidade inferior articula-se com os dois ossos que formam o antebraço: ulna e rádio. Juntos, formam uma articulação complexa, que permite os movimentos do tipo dobradiça e também rotacionais: o cotovelo.

Antebraço – anatomia
O antebraço, como descrito acima, é formado a partir da união entre dois ossos: ulna e rádio. Também conhecido como cúbito, o osso ulna é o maior deles, sendo o mais próximo do cotovelo. Articula-se com o rádio por meio de uma articulação do tipo trocoide.

Em sua extremidade inferior, ambos se articulam com os ossos do carpo, formando assim a articulação do punho.

O antebraço abriga 20 músculos, conectados anterior e posteriormente ao mesmo. São os principais responsáveis por auxiliar os ossos a realizarem os movimentos articulares de pronação e supinação do antebraço.

Mão: a ferramenta polivalente dos membros inferiores
De todos os componentes dos membros superiores, a mão é sem dúvida a ferramenta mais polivalente. Graças a ela, somos capazes de executar desde tarefas simples (como amassar uma folha de papel) até trabalhos minuciosos e 
precisos (como pintar um quadro ou digitar um artigo).

O esqueleto da mão localiza-se na extremidade inferior dos membros superiores. Em sua anatomia, podemos dividi-la em:

Carpo;
Metacarpo;
Falanges.

Ossos da mão (anatomiaemfoco)

Anatomia e função da mão
Como descrito anteriormente, a mão se articula com o antebraço graças a conexão entre os ossos ulna, rádio e carpo. O carpo é formado por 8 ossículos e formato irregular, que mantem conexões com os 5 ossos metacarpianos.

Em sua extremidade final, podemos observar os dedos, formados pela união das falanges. Formados a partir da união de três ossos enfileirados (com exceção do polegar, que apresenta apenas 2), as falanges articulam-se com os ossos do metacarpo, possibilitando assim os movimentos de abrir ou fechar a mão, por exemplo.



Desenvolvimento do esqueleto axial (UFRGS)





Funções do esqueleto humano

O esqueleto humano apresenta uma série de funções no organismo, que vão muito além da sustentação do corpo. Entre as principais funções desempenhadas pelo esqueleto, podemos citar:

1) Suporte do organismo;

2) Proteção dos órgãos internos e dos tecidos moles;

3) Em conjunto com os músculos, garante a nossa movimentação;

4) Apoio aos músculos esqueléticos, base mecânica para o movimento;

5) Depósito de sais minerais, principalmente fósforo e cálcio;

6) Função hematopoiética: relação com a produção das células do sangue, uma vez que a medula óssea é encontrada nos ossos.

Funções do esqueleto humano

A hidroxiapatita biológica pode ser considerada o principal mineral do tecido ósseo do corpo humano, constituindo 95% da fase mineral dos ossos e dentes. Essa matriz mineral ou inorgânica é formada predominantemente por Ca e P, na forma de cristais de hidroxiapatita, Ca3(PO4)2, constituindo aproximadamente 60 a 70% do peso do osso e sendo responsável pelas propriedades de rigidez e resistência à compressão; é o fosfato de cálcio com a maior estabilidade e menor solubilidade de todos (Field, 2000, Medeiros, 2017).

Funções do esqueleto: o esqueleto dá forma ao corpo animal * Servem de suporte para músculos e outros tecidos (conjuntivo, adiposo e outros) * Servem de proteção a determinados órgãos vitais * Servem de depósito de minerais (principalmente cálcio e fósforo), que podem assim ser mobilizados ou armazenados pelo organismo * Formação de células sanguíneas (função da medula óssea) * Intervêm como auxiliares da locomoção em conjunto com os músculos.

OS OSSOS

Na sua estrutura microscópica, o tecido ósseo é formado basicamente por dois elementos: células e substância intercelular ou matriz. As células se subdividem em tipos específicos: osteoclastos e osteoblastos, responsáveis pela reabsorção e pela aposição óssea respectivamente. Além daquelas consideradas progenitoras e conhecidas como células tronco ou células mensenquimais indiferenciadas. Por último, temos os osteócitos, que são osteoblastos maduros responsáveis pela manutenção da matriz extracelular. Essa por sua vez divide-se em uma parte inorgânica e uma orgânica, onde a parte inorgânica representa 67% de todo o peso do osso e é formada por minerais, principalmente o cálcio e o fosfato que irão formar os cristais de hidroxiapatita, os quais possuem uma camada hidratada que promove a troca de íons com o líquido corpóreo. E a parte orgânica, que representa 33% do peso do osso, é representada por fibras colágenas, exclusivamente do tipo I assim como também encontramos uma parte amorfa formada por glicoproteínas e glicosaminoglicanos (Cate, 2008, Ramos, 2015).
O tecido ósseo é dinâmico e está sempre passando por processos de remodelação, em resposta ao estresse mecânico e mudanças hormonais sofridas pelo organismo. Essa remodelação óssea exige um equilíbrio entre a reabsorção feita pelos osteoclastos, e a síntese de matriz desempenhada pelos osteoblastos. Os osteócitos possuem um papel fundamental na remodelação óssea, gerando sinais enviados a osteoblastos e osteoclastos presentes na superfície do osso por meio de um sistema de canalículos. Os osteoclastos reabsorvem matriz, criando poros no tecido conhecidos como Lacunas de Howship. Após os osteoclastos sofrem apoptose, são então enviados sinais de acoplamento aos osteoblastos para que sejam recrutados até a cavidade de 6 reabsorção. Os osteoblastos começam a sintetizar matriz extracelular, que, por fim, se mineraliza (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2008, Ramos, 2015).

Células do tecido ósseo

Células osteoprogênitoras
São células mesenquimatosas (origem mesenquimal) com poder de diferenciar se e proliferar-se em células formadoras de tecido ósseo, os osteoblastos. Essas células persistem até a vida pós natal e são encontradas em quase todas as superfícies livres dos ossos (endósteo, periósteo, trabéculas de cartilagem calcificada). Durante a fase de crescimento dos ossos e reparações de lesões ósseas, as células osteoprogenitoras são mais ativas e também aumentam a sua atividade originado novos osteoblastos para o tecido ósseo.

Osteoblastos
Os osteoblastos são células jovens com intensa atividade metabólica e responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Também concentram fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do osso periósteo (membrana fina que reveste o osso). Fazem a regeneração óssea após fraturas. Os osteoblastos existem também no endósteo (membrana de tecido conjuntivo que reveste o canal medular da diáfise e as cavidades menores do osso esponjoso e compacto). Durante a alta atividade sintética, os osteoblastos destacam-se por apresentar muita basofilia (afinidade por corantes básicos). Possuem sistema de comunicação intercelular semelhante ao existente entre os osteócitos. Os osteócitos inclusive originam-se de osteoblastos, quando estes são envolvidos completamente por matriz óssea. Então, sua síntese protéica diminui e o seu citoplasma torna-se menos basófilo.

Osteócitos
Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea. Destas lacunas formam-se canalículos, onde no seu interior os prolongamentos dos osteócitos fazem contatos por meio de junções comunicantes, podendo passar poucas moléculas e íons de um osteócito para o outro. Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea.

Osteoclastos
Os osteoclastos são células muito grandes que resultam da fusão de várias células do sistema fagocitário mononuclear, têm origem em células que se originam na medula óssea, e estas por sua vez originam os monócitos e os macrófagos (varias células fundem-se e dão origem aos osteoclastos). Participam dos processos de reabsorção e remodelação do tecido ósseo. Nos osteoclastos jovens, o citoplasma apresenta uma leve basofilia que vai progressivamente diminuindo com o amadurecimento da célula, até que o citoplasma finalmente se torna acidófilo (com afinidade por corantes ácidos). Dilatações dos osteoclastos, através da sua ação enzimática, escavam a matriz óssea, formando depressões conhecidas como lacunas de Howship.

Células ósseas

CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DOS OSSOS

Quanto observamos o osso macroscopicamente podemos ver detalhes em sua seção transversal que chamam atenção, como pontos regularmente distribuidas em toda sua extensão tanto verticalmente quanto horizontalmente. Analisando-se macroscopicamente, o tecido ósseo pode ser classificado em osso compacto e osso esponjoso.

Osso compacto 
Constituído de partes sem cavidades
O tecido ósseo compacto é aquele localizado na região mais periférica dos ossos. Ele não apresenta cavidades visíveis e destaca-se por ser denso e forte.

Osso compacto







Osso esponjoso 
Constituídos por partes com muitas cavidades intercomunicastes.
O tecido ósseo esponjoso destaca-se pela aparência esponjosa devido à presença de uma série de cavidades intercomunicantes.



Tecido hematopoiético do osso esponjoso (brainly)

Medula óssea é o tecido (tecido mielóide) gelatinoso e macio que existe nas cavidades ósseas dos animais superiores. Pode ser vermelha ou amarela, dependendo da preponderância de tecido vascular ou gorduroso. No homem, a medula vermelha é um tecido fibroso, delicado e altamente vascularizado, que forma todas as células sangüíneas, com exceção dos linfócitos, que amadurecem nos órgãos linfóides, depois de produzidos na medula. (megatimes)

Medula vermelha

Medula vermelha

Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta. 

A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular. Principalmente nos ossos longos, o osso compacto é chamado também de osso cortical
Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda a sua periferia por uma camada compacta. 
Nos ossos chatos, que constituem a abóbada craniana, existem duas camadas de osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso.

As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea vermelha. No recém nascido, toda a medula óssea tem a cor vermelha, devido ao alto teor de hemácias, e é ativa a produção de células do sangue (medula óssea hematógena). Pouco a pouco com a idade, vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com a diminuição da atividade hematógena (medula óssea amarela).

Como vimos existem dois tipos de ossos: osso compacto e osso esponjoso (trabecular ou reticular). 

■ As diferenças entre esses tipos de osso dependem da quantidade relativa de substância sólida e da quantidade e do tamanho dos espaços que eles contêm. 

■ Todos os ossos apresentam uma fina camada superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular. 

■ Na cavidade medular dos ossos de adultos e entre as espículas do osso esponjoso são formadas células sanguíneas e plaquetas. 

■ A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de acordo com a função. 

■ O osso compacto fornece resistência para sustentação de peso. Nos ossos longos, planejados para rigidez e inserção de músculos e ligamentos, a quantidade de osso compacto é máxima próximo à parte média da diáfise (corpo) do osso, onde este está sujeito a curvar-se. 

■ Ossos vivos apresentam alguma elasticidade (flexibilidade) e maior rigidez (dureza). 





Classificação dos ossos

Os ossos são classificados de acordo com a sua forma geométrica em: 

1) Ossos longos
2) Ossos alongados
3) Ossos planos ou chatos
4) Ossos curtos
5) Ossos pneumáticos
6) Ossos irregulares
7) Ossos sesamóides (semente de gergelim ou sésamo)

Tipos de ossos (todamateria)













OSSOS LONGOS OU COMPRIDOS  
Ossos onde prevalece uma das dimensões sobre as outras duas. Atuam como alavancas e têm papel importante no movimento do corpo; Úmero, rádio, ulna, metacarpo, fémur. Ossos longos têm o comprimento maior do que a largura e a espessura. Os ossos longos apresentam duas extremidades: as epífises; além de um corpo, a diáfise, que apresenta o canal medular no seu interior (por isso também os ossos longos são chamados de ossos tubulares).


A anatomia dos ossos longos, por exemplo, é formada por:

Diáfise: corpo do osso;
Epífises: extremidades do osso;
Metáfises: região intermediária localizada entre diáfise e epífise;
Cartilagem: localiza-se sobre a epífise e é responsável por reduzir o atrito;
Periósteo: membrana fina que reveste o osso;
Cavidade medular: espaço interior do osso;
Endósteo: fino revestimento que envolve a cavidade medular.





Classificação dos ossos quanto ao tamanho


OSSOS ALONGADOS  
Ossos em que prevalece uma das dimensões sobre as outras duas, mas que se distingue dos anteriores por não apresentarem cavidade medular; Costelas, fíbula, clavícula dos primatas. 

Osso alongado ex. costela

Alongado: externamente são ossos longos, mas diferencia-se por não possuir canal central e medula óssea amarela. Ex: costelas e clavículas.

OSSOS LAMINARES OU PLANOS OU CHATOS
Ossos em que prevalecem duas das dimensões sobre a outra. Ossos planos e finos, com funções de proteção de órgãos vitais; Ossos do coxal, alguns ossos do crânio, escápula.
Os ossos laminares são também chamado impropriamente plano ou chato, é o que apresenta comprimen­to e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Ossos do crânio, como o parie­tal, frontal, occipital e outros como a escápu­la e o osso do quadril, são exemplos bem demonstrativos.



Osso chato ou plano (ufes)

OSSOS CURTOS  
Ossos onde não se identifica o predomínio de qualquer dimensão: comprimento, largura e espessura são idênticos. Têm como principal função a absorção de choques violentos; ossos do carpo e do tarso.


Ossos curtos


OSSOS PNEUMÁTICOS
São osso ocos, que apresentam cavidades (de volume variável) cheias de ar em seu interior revestidas por mucosa (sinus ou seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Frontal, Maxilar, Etmóide e Esfenoide.

Ossos pneumáticos


OSSOS IRREGULARES 
Ossos de forma irregular, exibindo diversas funções. Situados geralmente no plano médio; Vértebras e alguns ossos craniais. Os ossos irregulares não apresentam uma forma geométrica definida. Como exemplo, podemos citar as vértebras.
Os ossos irregulares são: vértebras, sacro, cóccix, temporais, esfenóide, etmóide, zigomático, maxila, mandíbula, concha nasal inferior.

Osso irregular


OSSOS SESAMÓIDES  
Desenvolvem-se em certos tendões, i.e., são ossos envolvidos por tendões. Esses ossos protegem os tendões do desgaste excessivo e frequentemente mudam o ângulo a partir do qual os tendões passam para suas inserções. Forma semelhante à semente de gergelim ou sésamo. Patela (antiga rótula), ossos sesamóides da face palmar. Geralmente são pequenos e possuem formato oval. Eles são encontrados na extremidade distal de longos ossos dos membros superiores e inferiores, ao longo do trajeto dos tendões. Alguns exemplos de ossos sesamoides são a patela, no joelho, e o osso pisiforme do carpo.



Ossos sesamoides

Função da Patela (osso sesamóide)

Flexão e extensão do joelho (WP)


Ligamento patelar (WP)





A Patela e a articulação do joelho 

Divisão do esqueleto 



FÊMUR






Femur (slideplayer)


ARTICULAÇÕES 

Agora que conhecemos o sistema esquelético, vamos verificar como os ossos unem-se (articulam-se) para constituir o esqueleto. As articulações podem ser mantidas por fixações imóveis, com movimentos limitados ou com movimentos amplos. Essas uniões são classificadas de acordo com a maior ou menor amplitude de movimento e o tipo de tecido existente entre elas. O termo “artrologia” deriva do grego “arthron”, que significa articulação ou juntura, e “logus”, que significa ramo do conhecimento (estudo). Portanto, Artrologia é a parte da Anatomia que estuda as articulações ou as junturas. Podemos definir articulações como o meio de união entre os ossos e as cartilagens que constituem o esqueleto.

As articulações podem ser classificadas de acordo com a constituição tecidual que faz a conexão entre os ossos ou as cartilagens. As articulações por continuidade, em que os ossos se unem por um tecido conjuntivo fibroso, são denominadas de Articulações fibrosas. Aquelas em que os ossos se unem por um tecido cartilaginoso são ditas Articulações cartilagíneas, e aquelas, em que os ossos estão justapostos, separados por uma fenda articular e envolvidos por uma cápsula articular, são chamadas de Articulações sinoviais. A Figura a seguir mostra os três tipos de articulações (UFSC).

Tipos de articulações: (A) articulação fibrosa; (B) articulação cartilagínea; 
(C) articulação sinovial (UFSC)

A figura mostra os movimentos realizados pelas junturas sinoviais

CARTILAGEM
A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo rígido encontrado em várias partes do corpo, que incluem a superfície das articulações, a orelha, o nariz e os discos intervertebrais. Embora mais rígida e menos flexível do que o músculo, a cartilagem não é tão rígida quanto o osso.

É uma forma elástica de tecido conectivo semirrígido, forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento sanguíneo próprio; consequentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance.







Alguns ossos do corpo humano (significados).


Articulações Fibrosas 

Podemos classificar as articulações fibrosas em três tipos fundamentais de acordo com a união que ocorre entre os ossos ou as cartilagens. Os três tipos fundamentais são: suturas, sindesmoses e gonfoses


Suturas 
Encontramos as suturas principalmente entre os ossos do crânio, em que a união é feita por tecido conjuntivo fibroso. As suturas são classificadas em planas se as margens de contato entre os ossos são planas, um exemplo é a união que ocorre entre os ossos nasais. As suturas são classificadas em denteadas ou serreadas. se as margens de contato dos ossos são em forma de dentes de serra, como é o caso da maioria das articulações dos ossos da cabeça. E finalmente se têm as suturas escamosas se a margens dos ossos são em forma de escama, como ocorre entre com os ossos parietal e temporal.

Sindesmoses 
Outro tipo de articulação fibrosa é a sindesmose. Nela o tecido interposto é o conjuntivo fibroso, que faz a união dos ossos a distância. Encontramos esse tipo de articulação entre os corpos do rádio e da ulna e entre a tíbia e a fíbula, em que a união é feita pela membrana interóssea de constituição fibrosa.


Sindesmose rádioulnar e tíbiofibular



Gonfoses 
Temos, ainda, um terceiro tipo de juntura fibrosa chamada de gonfose. Encontra-se esse tipo de articulação somente entre os dentes e os alvéolos dentários da maxila e da mandíbula. Os dentes estão fixados nos ossos por intermédio de tecido conjuntivo fibroso.
 


Articulações Cartilagíneas 

Neste tipo de articulação a união (conexão) entre os ossos e feita por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. As articulações cartilagíneas apresentam pouca mobilidade e são de dois tipos: sincondroses e sínfises. (UFSC)

Sincondroses 
Nas sincondroses a união entre os ossos ocorre por meio de cartilagem hialina. Esse tipo de articulação pode ser intra-ósseas − dentro de um mesmo osso (metáfise dos ossos longos) − ou interósseas − entre ossos diferentes (osso occipital e osso esfenóide.



Sínfises 
Um outro tipo de articulação cartilagínea é a sínfise. Na sínfise a união entre os ossos se faz por meio de tecido fibrocartilaginoso. É o que acontece na união entre os corpos das vértebras e também na sínfise púbica. Nesses locais o disco intervertebral e o disco interpúbico de constituição fibrocartilaginoso se interpõem às vértebras e aos ossos dos púbicos, respectivamente.

Articulações Sinoviais

Quando realizamos o movimento do braço, caminhamos ou chutamos uma bola, estamos usando uma articulação do tipo sinovial. As articulações sinoviais são aquelas que apresentam grande amplitude de movimento e se caracterizam pela presença de uma cápsula articular responsável pela união entre os ossos. Nesse tipo de articulação, encontram-se elementos constantes e elementos inconstantes.

Elementos constantes e inconstantes das junturas sinoviais 

Os elementos constantes das articulações sinoviais são aqueles elementos que estão presentes em todas as articulações sinoviais. Eles são representados pelas seguintes formações: 
1. superfícies ósseas articulares – que correspondem às superfícies de contato entre os ossos; 

2. cartilagens articulares – de constituição hialina situada nas extremidades dos ossos; 

3. cápsula articular – constituída de membrana fibrosa externa e de membrana sinovial interna; 

4. líquido sinovial – produzido pela membrana sinovial; e 

5. cavidade articular – espaço entre os ossos preenchido de líquido sinovial. O líquido sinovial composto de ácido hialurônico lubrifica as articulações a fim de evitar o atrito entre as superfícies ósseas.


Os elementos inconstantes estão presentes apenas em algumas articulações sinoviais. Eles são representados pelas seguintes estruturas: 

1. discos articulares − estruturas fibrocartilaginosas em forma de disco que permitem que duas superfícies ósseas discordantes possam articular entre si. Encontramos disco na articulação entre o osso temporal e a mandíbula (articulação temporomandibular).

2. meniscos − estruturas fibrocartilaginosas em forma de meia- -lua (disco incompleto) que agem como amortecedores de peso e permitem a estabilização da articulação do joelho.

3. lábio articular − estrutura em forma de anel que amplia uma das superfícies articulares (encontramos um lábio na escápula da articulação escápulo-umeral e na articulação do quadril).

4. ligamentos − estruturas em forma de fita modelada rica em fibras colágenas e elásticas que ajudam na fixação dos ossos articulados. Os ligamentos são de origens musculares ou capsulares, podem se localizar na substância da cápsula articular (capsular), dentro da cápsula articular (intracapsular) ou por fora da cápsula articular (extracapsular). Eles desempenham as funções de coesão ou adesão, e frenam ou limitam os movimentos articulares (veja a Figura 3.8).

Movimentos das articulações sinoviais 

Observe então que as articulações do ombro, do cotovelo, do punho, do quadril, do joelho, do tornozelo, do pé e da mão são exemplos de articulações sinoviais. Essas articulações realizam grandes movimentos e, ao mesmo tempo, estão em maior número no corpo humano.
A figura abaixo ilustra os principais movimentos realizados pelas articulações sinoviais. 
Esses movimentos são de: 

• flexão – quando os ossos articulados se aproximam, diminuindo o ângulo da articulação; 
• extensão – quando os ossos articulados se afastam, aumentando o ângulo da articulação; 
• adução – quando os membros superiores ou inferiores se aproximam do plano mediano; • abdução – quando os membros superiores ou inferiores se afastam do plano mediano; e 
• rotação – quando os ossos articulados giram em torno dos seus próprios eixos. 

A supinação e pronação correspondem aos movimentos de rotação lateral e rotação medial do antebraço, e a circundução é a somatória de flexão, abdução, extensão e adução no espaço.

A figura mostra os movimentos realizados pelas junturas sinoviais.










OSSOS DO CRÂNIO 
RECONSTRUINDO O PASSADO

“Por baixo da pele, somos todos iguais”. Essa é uma frase conhecida que prega a igualdade entre todos os seres humanos – afinal, somos todos feitos de carne e osso. Mas o fato é que os ossos podem trazer informações fundamentais sobre quem somos, a ponto de identificar os indivíduos após a morte quando não há outras referências. Para garantir maior precisão a esse processo e diminuir a quantidade de ossadas sem dono, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um método de reconstrução de rostos a partir de crânios com o uso de um software.

Nessa técnica, o crânio, que não pode estar danificado, é escaneado tridimensionalmente por lasers e, em seguida, as informações são processadas pelo programa. Baseado em pontos geométricos do rosto determinados a partir de cálculos matemáticos, o software gera uma imagem aproximada de como seria o rosto da pessoa em vida.

O projeto teve início em 2012, quando a dentista Andreia Breda, funcionária do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IML), entrou em contato com o Laboratório de Computação Gráfica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ. Breda estudava a reconstrução facial a partir de ossadas no curso de doutorado em Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e decidiu propor a digitalização do processo. “Essa nem era uma linha de pesquisa do nosso laboratório, não tínhamos conhecimento da área. Foi um trabalho multidisciplinar que deu muito certo”, conta Ricardo Marroquim, especialista em engenharia de sistemas e computação da Coppe, que participou da iniciativa.

Após um levantamento inicial de estudos já realizados sobre o tema, concluiu-se que a união entre conceitos de anatomia e ferramentas da computação poderia trazer bons resultados. No total, foram dois anos de pesquisa e desenvolvimento para a criação do programa, cuja fidelidade das reconstruções faciais foi testada com a participação de voluntários.

A reconstrução possui aplicações que vão da arqueologia à pesquisa forense. Esta última busca, por exemplo, desvendar a identidade de indivíduos desconhecidos após sua morte, usando ossadas encontradas. “Há métodos eficazes para identificar um cadáver, como coletar amostras de seu DNA”, explica Marroquim. “Mas, na maioria dos casos, esses métodos se aplicam apenas quando sabemos quem é a pessoa. Para comparar o material genético é preciso conhecer os parentes da vítima”.

A falta de conhecimentos específicos sobre os donos das ossadas torna a reconstrução facial valiosa para a ciência forense. Mas há limitações. A principal delas é que detalhes como cabelos e cores dos olhos ficam fora do ‘retrato’ final. “Se não sabemos nada sobre a pessoa, não podemos atribuir uma cor ao cabelo ou algo parecido, somos fiéis ao que o programa vai identificar, que são só os traços do rosto”, explica Marroquim (cienciahoje).


RAIO X 

O que o raio X de tórax mostra?

Raio X do tórax. (Posses, s/d)




Funcionamento dos raios X (cola)
Voce pode perceber que existem diferentes tonalidades na imaagem produzia pelos raios X registrados no filme radiográfico dessa mão. Os ossos aparecem em cinza claro, enquanto as partes mais moles, os músculos e tendões, aparecem em cinza mais escuro. Isso ocorre porque os ossos, por possuírem átomos mais pesados como os de cálcio (Z=20) e o fósforo (Z=15), absorvem mais intensamente os raios X e, por esse motivo, uma quantidade menor de radiação acaba por atingir o filme impressionando-o. Por outro lado, as partes moles absorvem pouca radiação e o filme é atingido por raios X mais intensos mostrando-se, após a revelação, em tons mais escuros. Por isso as radiografias são pouco eficientes para a visualização de tecidos moles, como fígado, baço, intestinos, cérebro, pois os contrastes são pouco definidos.

Componentes de um equipamento de raios X e radiação secundária, identificada pelas setas que se espalham a partir do paciente. 1) Cabeçote do equipamento: Local em que se encontra a ampola (tubo) de raios x, onde se produz a radiação propriamente dita. 2) Sistema de colimação interna do feixe: Responsável pela adequação do tamanho do campo, redução do efeito penumbra e da radiação espalhada. 3) Feixe primário: Assim chamado por ser o feixe que sai da ampola e que irá interagir com o paciente. 4) Faixa de compressão do paciente: Usada para adequar a espessura do paciente e melhorar a qualidade da imagem, pela redução da radiação espalhada. 5) Mesa de exames: Local onde são colocados, além do paciente, alguns acessórios, tais como o porta-chassi, a grade antidifusora e o filme radiográfico. 6) Grade antidifusora: Responsável pela redução dos efeitos de borramento da radiação espalhada na imagem radiográfica. 7) Filme Radiográfico: Elemento sensível à radiação, colocado em um invólucro metálico protegido da luz, chamado chassi. 8) Porta-chassi: Estrutura metálica onde é colocado o chassi que contém o filme. 9) Radiação Secundária: É toda a radiação que não é proveniente do feixe principal, resultante da interação do feixe principal com a matéria (paciente, mesa, chassis, grade, cabeçote, etc.). 10) Estativa (não está no desenho): É a coluna ou o eixo onde está preso o cabeçote. Pode ser do tipo pedestal, preso ao chão, ou do tipo aéreo, fixado ao teto. Normalmente possui um trilho para que possa se movimentar. (unicless)

Para criar uma radiografia, o paciente é posicionado de modo que a parte do corpo a ser imageada esteja localizada entre uma fonte de raios X e um detector de raios-x. Quando a máquina é ligada, os raios X viajam pelo corpo e são absorvidos em diferentes quantidades por diferentes tecidos, dependendo da densidade radiológica dos tecidos pelos quais passam. A densidade radiológica é determinada tanto pela densidade quanto pelo número atômico (o número de prótons no núcleo de um átomo) dos materiais sendo fotografados.

Por exemplo, estruturas como o osso contém cálcio, que tem um número atômico maior do que a maioria dos tecidos. Por causa dessa propriedade, os ossos absorvem prontamente os raios X e, assim, produzem alto contraste no detector.

Como resultado, as estruturas ósseas aparecem mais brancas do que outros tecidos contra o fundo negro de uma radiografia.

Por outro lado, os raios X viajam mais facilmente através de tecidos menos densos radiologicamente, como gordura e músculo, bem como através de cavidades cheias de ar, como os pulmões. Essas estruturas são exibidas em tons de cinza em uma radiografia (eigierdiagnositicos).
Um exame usando raio X, gera um laudo por exemplo de tórax que pode revelar informações importantes sobre o estado de certas estruturas do paciente, tais como:

• Estado dos pulmões;
• Problemas pulmonares relacionados ao coração;
• Tamanho e a forma do coração;
• Imagem dos vasos sanguíneos;
• Fraturas na região torácica;
• Alterações pós-operatórias;
• Posições de marcapasso, sondas ou cateteres.

Normalmente, quando um paciente vai a uma consulta médica com dores, lesões visíveis no tórax ou falta de ar, pode ser solicitado um exame de raio X de tórax, ou radiografia de tórax. Esse é um exame com foco na avaliação da caixa torácica, pulmões e coração (Posses s/d).

Exemplo de radiografia do tórax

Portanto, dentre as principais utilidades envolvendo o uso da radiografia de tórax estão:

Diagnóstico de pneumonia (uma infecção que ocorre nos pulmões);
Diagnostico de insuficiência cardíaca (incapacidade do coração de bombear o sangue de forma eficaz para os órgãos);
Diagnostico de enfisema pulmonar (uma doença que destrói gradualmente o parênquima pulmonar);
Diagnostico de câncer de pulmão  (tumor maligno pulmonar);
Diagnostico de tuberculose (doença infecciosa causada por uma micobactéria, relativamente comum em algumas regiões do Brasil);
Investigar fraturas ósseas;
Investigar sintomas inespecíficos que podem estar relacionados à alterações cardiopulmonares (como falta de ar, tosse, dor no peito ou febre);
Realizar testes de triagem para admissão de emprego, para imigração ou para admissão em organizações militares.







AULA PRÁTICA


Nome: 
Turma: 
Data:


1) Esqueleto apendicular

a) Faça um esquema dos ossos desse esqueleto

b) identifique cada um dos ossos pelo nome


2) Faça um esquema das seguintes estruturas

a) Um osso irregular (do esqueleto axial)

b) Um osso longo e um alongado

c) Esterno

d) Osso irregular do esqueleto apendicular (dorsal e ventral)


3) Faça um esquema do único osso móvel do crânio

(Use o crânio de um cachorro)

Pesquise os nomes e identifique as partes desse osso.


4) Faça um esquema de um exoesqueleto e identifique o animal.


5) Compare o endoesqueleto do ouriço do mar com o endoesqueleto humano qual a principal diferença quanto aos ossos?





2) Trabalho

Uma folho no caderno 
Escolher um osso do corpo e colocar o nome em todas as suas estruturas e dar sua função. Elaborar uma explicação de sua origem evolutiva. (será avaliado quando da avaliação do caderno, em aula no final do trismestre)

Exemplo



2) Observe a figura e classifique os ossos 


















Fonte





http://www.icb.usp.br/~ireneyan/graduacao/pdfVet/musculoesqueletico.pdf





CAMPBELL, Neil A; REECE, Jane B.; URRY, Lisa A.; CAIN, Michael L. ; WASSERMANN, Steven A.; MINOR, Peter V. Biologia de Campbell. 10 edição. Artmed. Pág. 1127.

JUNQUEIRA & CARNEIRO. Histologia Básica. 12º Edição. Pág. 132."

L., MOORE, K., AGUR, Anne R., DALLEY, F.. Fundamentos de Anatomia Clinica, 4ª edição, 4th Edition. Guanabara Koogan, 01/2013. VitalBook file.








https://star.med.br/guia-radiografia-raio-x-de-torax/






Exercícios






https://professor.pucgoias.edu.br/sitedocente/admin/arquivosUpload/17272/material/AULA%20SISTEMA%20ARTICULAR%20%281%29.pdf



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