10/22/2020

RÉPTEIS E SUA GRANDE INOVAÇÃO

CLASSE REPTILIA 
RÉPTEIS 

A grande inovação dos répteis: o ovo

OVO AMNIÓTICO-ALANTOIDIANO 
OU 
OVO REPTILIANO 





Ovo amniótico-alantoidiano


Casca do ovo: proteção contra impacto e contra desidratação, fonte de cálcio para o embrião.

Membrana da casca: proteção contra desidratação (evita a perda de água).

Cório ou Córion: (membrana coriônica) proteção para o saco vitelínico e para o embrião. As vilosidades coriônicas invadem o endométrio e permitem a transferência de nutrientes do sangue materno para o feto. Além disso, o córion une-se com o alantoide (nas aves e nos répteis) para formar o alantocórion com função respiratória (promove trocas gasosas do feto com o meio). Nos répteis e nas aves o córion se localiza logo abaixo da casca (trocas gasosas) e nos mamíferos faz parte da placenta e também esta envolvido com a remoção e acúmulo de resíduos do metabolismo. O córion então aparece em répteis, aves e mamíferos.

Câmara de ar: reserva de ar para o embrião.

Saco vitelínico ou Vitelo: reserva alimentar, constituído principalmente por lipoproteínas, vitaminas e colesterol.

Âmnio: proteção contra traumas (choques mecânicos) e evita o ressecamento (desidratação) do embrião.

Alantóide: depósito de resíduos do metabolismo das proteínas (excretas); responsável pelas trocas gasosas do embrião com o meio e mobiliza o cálcio da casca para o desenvolvimento dos ossos do embrião.

O Alantoide é uma estrutura ligada à parte posterior do intestino do embrião que armazena excretas e permite trocas gasosas com o meio externo.
 
É uma pequena bolsa ricamente vascularizada, encontrada apenas em répteis, aves e mamíferos monotremados.
 
Origem 
O alantóide origina-se de uma saliência do intestino primitivo. Uma de suas funções, em répteis e aves, é armazenar os resíduos nitrogenados formados pelo embrião durante o desenvolvimento. 

Nos mamíferos, isso não ocorre, pois o alantoide junta-se com o vesícula vitelínica, formando o cordão umbilical, que elimina as excretas nitrogenadas do sangue do embrião para o sangue da mãe através da placenta.

Nos embriões dos répteis e aves, o alantoide apresenta também função respiratória, retirando oxigênio do ar, eliminando o gás carbônico, além de possuir ainda, a função de extrair o cálcio da casca do ovo, que será utilizado na formação do esqueleto. A descalcificação da casca facilita seu rompimento no momento da eclosão do filhote.

Nos mamíferos, os vasos sanguíneos do alantoide auxiliam na formação da placenta. Nos mamíferos placentários (Eutheria) que se desenvolvem-se dentro do útero materno, as funções do alantoide e do saco vitelínico passam a ser executadas pela placenta. Razão pela qual, esses anexos são atrofiados  ou vestigiais nos mamíferos placentários. Nestes ( mamíferos placentários) o alantoide é importante na formação do cordão umbilical e na formação do úraco. local utilizado para armazenar a urina do embrião. 

Os répteis, as aves e os mamíferos são amniotas e alantoidianos, por formarem âmnio e alantoide, respectivamente. 

Enquanto os peixes e os anfíbios são anamniotas e analantoidianos, por não formarem nem âmnio nem alantoide.


COMPARAÇÃO ENTRE 
PEIXES, ANFÍBIOS E RÉPTEIS


CARACTERÍSTICAS DOS RÉPTEIS 

 

Principais Características dos Répteis Viventes 

1) Corpo com grande variedade de formas, compacto em alguns e alongado em outros, coberto por pele seca e cornificada, as vezes com escamas epidérmicas.
2) Tegumento com poucas glândulas;
3) Tetrápodes: dois pares de extremidades pentadáctilas (cinco dedos).
Ausentes em serpentes e numa espécie de lagarto;
4) Esqueleto completamente ossificado, presença de costelas e esterno (caixa torácica), crânio com um côndilo occipital;
5) Respiração com pulmões alveolares (ausência de brânquias),
arcos branquiais (presentes apenas durante o desenvolvimento embrionário);
6) Coração incompletamente dividido em quatro câmaras, exceto nos Crocodylia; 7) Doze pares de nervos cranianos;
8) Lobos ópticos nos lados dorsais do cérebro
9) Rins do tipo metanéfrico (mais derivado), e principal produto de excreção nitrogenada é o ácido úrico;
10) Regulação da temperatura segundo o padrão ectotérmico; regulação comportamental em algumas espécies;
11) Sexos separados (dióicos); fecundação interna.
12) Produção de ovos revestidos de casca calcárea ou córnea (pergaminácea), com saco vitelino e mais três membranas extra-embrionárias: âmnio, alantóide e córion. 
13) Desenvolvimento direto (sem estágio larval).


Três linhagens evolutivas levaram ao desenvolvimento das formas viventes de tetrápodas: Anapsida, Diápsida e Synapsida.

ANAPSIDA 
Crânio caracterizado por não apresentar fossas temporais atrás das órbitas (tartarugas); 

DIAPSIDA 
Crânio caracterizado por apresentar dois pares de fossas temporais, um localizado nas têmporas e outro pouco acima (todos os répteis atuais, exceto tartarugas, e as aves); 

SYNAPSIDA
Crânio caracterizado por apresentar um único par de fossa temporais localizados nas têmporas (linhagem de répteis que originaram os mamíferos e os mamíferos atuais).
 
Três linhagens evolutivas levaram ao desenvolvimento das formas viventes de tetrápodas: Anapsida, Diápsida e Synapsida.
 


Para facilidade didática, esse grupo é estudado como uma classe dividida nas seguintes ordens:

Ordem Squamata 
Abriga os lagartos, camaleões, iguanas, lagartixas, cobras-de-duas-cabeças (patas ausentes e corpo com anéis, semelhante ao das minhocas) e serpentes;

Ordem Chelonia
Abriga animais com corpo coberto por casco ósseo (carapaça e plastrão) e sem dentes: as tartarugas marinhas e de água doce, os cágados e os jabutis;

Ordem Crocodilia 
Abriga os crocodilos, gaviais, aligátores, jacarés e caimões;

Ordem Rhyncocephalia
Abriga os tuataras (Sphenodon sp), que são animais parecidos com os lagartos, mas mais relacionados aos dinossauros, representados por duas espécies atuais que são restritos à Nova Zelândia.

O nome do grupo (réptil) vem do fato de rastejarem no solo. Assim, seu nome reflete o  fato de rastejarem; do latim, reptare,  significa “rastejar”. A maioria é carnívora, embora alguns da Ordem Quelônia e Esquamata (iguanas das Galápagos) apresentem dieta herbívora. O coração apresenta dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido, exceto no caso dos Crocodilianos, nos quais o coração se apresenta com as quatro cavidades completas. Eles possuem esqueleto completamente ossificado, e a maioria dos representantes com patas possui cinco dedos em cada uma delas. Além disso, são encontrados nesses animais doze pares de nervos cranianos.

Menor réptil do planeta
(Fonte BBC, 2012)

Uma micra de Brookesia juvenil fica em uma cabeça de fósforo. 
(Crédito da imagem: PLoS One.)




SERPENTES PEÇONHENTAS 
E NÃO PEÇONHENTAS

Pelo formato da cabeça: a das venenosas é triangular. Isso, pelo menos, é o que se costuma dizer por aí – mas trata-se de uma generalização perigosa. A diferenciação entre elas está longe de ser tão simples assim. Outros detalhes anatômicos – como a cauda, as escamas e a pupila – também ajudam na distinção, mas existem tantas exceções à regra que que eles, por si só, são insuficientes. O método mais seguro é observar a presença de um pequeno orifício entre os olhos e as narinas: a chamada fosseta loreal. O tal buraquinho é, na verdade, um órgão termorreceptor, ou seja, um detector de calor de altíssima sensibilidade, capaz de perceber variações de temperatura da ordem de 0,003 grau centígrado. Segundo pesquisadores do Instituto Butantan, atualmente o Brasil tem 370 espécies diferentes de serpentes, Dessas, apenas 60 são peçonhentas, sendo menos de 15% do total. Dentre as cobras peçonhentas, existem quatro gêneros diferentes no Brasil: Surucucu, Cascavel, Coral, e Jararaca. Essa última representa sozinha 85% dos acidentes com esse animal. Apesar de muitos usarem os adjetivos peçonhenta e venenosa como sinônimos, existe uma diferença entre os dois tipos. Acontece que todas as cobras possuem glândulas produtoras de veneno. Em 2013, uma pesquisa na Universidade de Queensland, mostrou que mesmo as cobras que matam pela constrição têm veneno, porém, algumas os tem em menor quantidade, e não possuem um mecanismo inoculador. Já a cobra peçonhenta é a que tem algum mecanismo para injetar o veneno no organismo de outros animais, como os dentes ocos por onde passa o veneno dentro. As cobras peçonhentas também não fogem do perigo quando se sentem ameaçadas, elas atacam. Já as cobras venenosas são as que produzem substâncias tóxicas, mas que não possuem um aparelho inoculador, como dentes ou ferrões.

Dentição das serpentes peçonhentas


Serpentes peçonhentas e não-peçonhentas









Cobras ou serpentes?

Na verdade o termo serpente é usado para os répteis que ao longo da evolução perderam as cinturas escapular e pélvica e não possuem membros locomotores (patas), e deslocam-se pelo movimento dos músculos do corpo, rastejando no solo. Esses animais apresentam, como todos os répteis, o corpo coberto de escamas, além disso, sua pele é bastante elástica, as costelas são móveis e os ossos, altamente maleáveis, podem   da capacidade de abrir a boca em ângulo de 180° como é o caso da jararaca e da cascavel, com isso os dentes ficam direcionados para frente. Além de todas essas características elas podem dilatar o estômago, para engolir presas maiores que elas. As serpentes também possuem representantes capazes de produzir veneno, sendo que algumas são dotadas de dentes especializados na inoculação dessas substâncias (a peçonha). Enquanto o termo cobra é usado para designar algumas espécies extremamente venenosas de serpentes da África e Ásia, da família Elapidae, as chamadas najas. 

Essas serpentes da familia Elapidae comumente conhecido como elapids Do grego antigo: ἔλλοψ éllops "peixe-marinho" (devido a semelhança do padrão corporal) é uma família de cobras venenosas caracterizadas por presas com um duto interno, portanto ocas, permanentemente eretas e relativamente curtas na frente da boca que canalizam o veneno para dentro dos tecidos de suas presas. Incluem cerca de 30 espécies diferentes que possuem veneno muito potente que pode levar a morte. Uma característica notável é o fato de que, ao se sentirem ameaçadas, elas dilatam o pescoço e levantam seu corpo para parecerem maiores e, quem sabe, afugentarem seu predador. Existe uma espécie, a cobra-cuspideira, que apresenta capacidade de lançar seu veneno até 2 metros de distância. A finalidade desse jato é impossibilitar o predador de enxergá-la. O veneno, ao cair na mucosa da boca ou dos olhos imediatamente inicia sua ação, podendo deixar cegar a presa ou a pessoa. 

Cabeça da Cobra rei (king cobra) 
(Fonte: Mokele)

Cobra rei (king cobra) 
 
No Brasil, esses termos são utilizados para designar um grupo de répteis da ordem Squamata. Apesar de os nomes “cobras” e “serpentes” possuírem significados diferentes em algumas partes do mundo, no nosso país eles são usados como sinônimos. Não está errado utilizar o termo cobra, mas o mais adequado é utilizar serpente.
O envenenamento ocorre quando a serpente consegue injetar o conteúdo de suas glândulas venenosas, o que significa que nem toda picada leva a envenenamento. Há muitas espécies de serpentes que não possuem presas ou, quando presentes, estão localizadas na porção posterior da boca, o que dificulta a injeção de veneno ou toxina. No Brasil, as serpentes peçonhentas são representadas por quatro gêneros: 
Bothrops – jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca; 
Crotalus – cascavel; 
Lachesis – surucucu-pico-de-jaca; e 
Micrurus – coral verdadeira.

Prevenção 
Durante o verão no campo ou na mata, não andar descalço. Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem, nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Quando entrar em matas de ramagens baixas, ou em pomar com muitas árvores próximas, parar no limite de transição de luminosidade e esperar a vista se adaptar aos lugares menos iluminados. Não depositar ou acumular material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de construção. Controlar o número de roedores existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam. No amanhecer e no entardecer, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins pois é nesse momento que as serpentes estão em maior atividade. Proteger os predadores naturais de serpentes como as emas, as siriemas, os gaviões, os gambás e cangambás, e manter animais domésticos como galinhas e gansos próximos às habitações que, em geral, afastam as serpentes. (SES/Goias).




O que fazer em caso de picada de cobra


1. Lavar o local da picada com água e sabão ou soro fisiológico.

2. A pessoa picada deve ficar deitada e o mais calma possível. A intenção aqui é impedir que o sangue se espalha rápido, atrasando também que o efeito do veneno em outras partes do corpo.

3. Manter o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele.

4. Procure atendimento médico o mais rápido possível. Somente médicos podem prescrever o soro adequado.

5. Se possível, leve a cobra (viva ou morta) para ajudar o médico na identificação do soro correto a ser aplicado, já que cada cobra precisa de um soro diferente. Se não for possível filme ou fotografe o animal.


O que não fazer se levar uma picada de cobra

1. Não faça sucção do veneno. Isso é mito.

2. Não faça torniquete ou garrote.

3. Não corte o local da picada.


4. Não coloque folhas, pó de café ou qualquer outra coisa na ferida.

5. Não ofereça bebidas alcoólicas à vítima.

6. Não dê qualquer medicamento à vítima.


O que fazer em caso de picada de cobra não peçonhenta

Geralmente, a picada de cobra não peçonhenta deixa duas fileiras de pontinhos na pele, que são as marcas dos dentes da cobra. Caso a picada seja assim, você precisa:

1. Lave bem o local da picada de cobra, do centro para fora;

2. Aplique pomada antisséptica na ferida;

3. Faça um curativo com uma gaze levemente apertada;

4. Leve a vítima o mais rápido possível ao médico.

5. Estes passos só devem ser feitos quando existe a certeza que a picada foi de uma cobra não peçonhenta. Em caso de dúvida, siga as instruções para picadas de cobras venenosas. (Segredos, visitada em 2020).




Vídeos para nossa aula 

https://youtu.be/6WvTr0sjJgM




Sistema circulatório comparado 
Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíeros
https://youtu.be/BMCypJdcu_8
Sistema circulatório 

Sistema respiratório dos répteis 
https://youtu.be/MSDMx1LdgOU



Exercícios 
(Valor 10)

No seu blog


1.  O alantoide é muito importante nos répteis e nas aves. Faça um esquema de um ovo reptiliano. localize os anexos embrionários, de a função de cada um e explique porque o alantóide é muito importante para os repteis e aves e pouco desenvolvido e pouco importante nos mamíferos...


2. Atividade de laboratório: pegue um ovo de galinha (ave). Quebre-o com cuidado. Coloque a parte líquida (clara e gema) em um frasco (bequer). Observe, faça um esquema e descreva o que voce vê. Casca: observe e descreva. com uma lupa observe a superfície da casca, descreva o que vc observou, gema desenhe, e dê sua composição química. Cozinhe um ovo de galinha e corte ao meio. Explique detalhadamente as mudanças que ocorreram e apresente uma explicação para esse fenômeno. Pesquise na internet e copie a estrutura dos aminoácidos constituintes da clara. 

3. Observe a tabela e construa uma com outras imagens e com as mesmas características.





Bibliografia










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