5/06/2021

REINO PROTOCTISTA


PROTOCTISTAS


Representação esquemática da filogenia dos principais grupos de eucariotos (Domínio Eukarya).

Protoctistas palavra grega para: Προτοσ: proto = primeiro + ctistos: κτιςτόσ = ser gerado; protoctistos significa então: primeiro ser gerado. Em alusão à característica como: mobilidade via cílios ou flagelos, e pela presença de núcleo verdadeiro, i.e., o material genético ou cromossomos, esta envolto por uma membrana chamada carioteca.

A classificação de um reino separado de animais e plantas foi proposta pela primeira vez por John Hogg em 1860 como o reino Protoctista. 

Em 1866 Ernst Haeckel propôs um terceiro reino Protista como "o reino das formas primitivas". Originalmente, estes também incluíam procariontes, mas com o tempo estes foram removidos para um quarto reino (Monera, que não existe mais). 

No popular esquema de cinco reinos proposto por Robert Whittaker em 1969, Protista foi definido como "organismos eucarióticos que são unicelulares ou unicelulares-coloniais e que não formam tecidos“.  O quinto reino, Fungi foi estabelecido.  

No sistema de cinco reinos de Lynn Margulis, o termo protista é reservado para organismos microscópicos, enquanto o reino mais inclusivo Protoctista (ou protoctistas) inclui certos grandes eucariotos multicelulares, como algas, algas vermelhas e fungos limosos. Alguns usam o termo protista de forma intercambiável com o protoctista de Margulis, para abranger tanto eucariotos unicelulares quanto multicelulares, incluindo aqueles que formam tecidos especializados, mas não se encaixam em nenhum dos outros reinos tradicionais.

Os primeiros seres vivos eucariotos que habitaram a Terra praticamente não deixaram restos ou vestígios que permitissem a identificação de sua forma. Entretanto, existem hoje certos seres que, segundo se acredita, seriam semelhantes àqueles primeiros organismos terrestres. 

Esses organismos eucariotos, autotróficos, heterotróficos, saprofíticos, são os protozoários, do grego protos = primeiro; zoon = animal, em referência a sua motilidade, movimento ou deslocamento, pois nadam ativamente. 

Constituem um grupo heterogêneo de cerca de 50.000 espécies de organismos unicelulares eucarióticos. São móveis e heterótrofos. 

Os sistemas de classificação geralmente não consideram esses organismos como membros de um único reino; sendo o nome Protista ou Protoctista um nome artificial que engloba organismos de origem polifilética. 

Vivem preferencialmente em lugares úmidos, seja no mar, na água doce ou no solo. Muitos são de vida livre, como o Paramecium, outros são sésseis, como o Vorticella. Existem os comensais, como a Entamoeba coli, que vive no intestino humano; existem também os protozoários mutualistas, como o Trichonympha e há protozoários parasitas como a Entamoeba histolytica, que vive no intestino humano e provoca distúrbios intestinais, que pode levar a morte se não tratado. 

Além dos protozoários, faz parte deste grupo também as algas protistas. São unicelulares autótrofas, de grande importância ecológica. Embora a maioria dos protozoários viva de forma isolada, existem muitas formas coloniais, algumas das quais atingiram alto grau de interdependência celular de tal forma que se aproximam estruturalmente de um verdadeiro nível celular. Os protozoários são formas microscópicas, unicelulares, que só podem ser estudadas em detalhes com o auxílio de um microscópio. (doc, s/d)

Portanto o termo PROTOCTISTA é um termo informal para todo e qualquer organismo eucarioto que não é uma bactéria, arquéia, animal, planta ou fungo.

Os protistas não formam um grupo natural ou clado, todavia, frequentemente são agrupados juntos por conveniência, com algas ou protozoários.

Em alguns sistemas de classificação biológica tal como o popular esquema de cinco reinos proposto por Robert Whittaker em 1969, os protistas estão listados num reino chamado Protista, composto por organismos que são unicelulares ou unicelulares-coloniais e que não formam tecidos.

Além do nível de organização relativamente simples os Protistas não apresentam quase nada em comum (não são relacionados filogeneticamente, apresentam diferentes ciclos de vida, estão em níveis tróficos distintos, modos de locomoção e estrutura celular diferenciada).

No sistema de classificação de Lynn Margulis, o termo "protista" é reservado para organismos microscópicos enquanto que o termo mais inclusivo PROTOCTISTA é aplicado ao reino biológico o qual inclui certos eucariotos multicelulares maiores (tais como algas kelp, algas vermelhas, sargaço, e "slime mold" (bolores aquáticos) e protozoários.
Sistema de seis reinos


Diagrama alegórico que representa a posição basal dos Protoctista. 


No âmbito da cladística não existe nenhum termo equivalente ao taxa Protista ou Protoctista, ambos os termos referem-se a grupos parafiléticos; grupos que se distribuem por toda a árvore da vida eucariota. 

O Reino Protoctista compreende os microrganismos eucariontes e seus descendentes imediatos: todas as algas, incluindo as multicelulares, fungos amebóides (slime molds) e os tradicionais protozoários e outros organismos aquáticos ainda mais obscuros. 

Seus integrantes não são eubactérias nem arquéias, pois estes não apresentam núcleo, não são animais (que se desenvolvem de uma blástula), nem plantas (que se desenvolvem de um embrião maciço) nem fungos (que não possuem undulipódios e se desenvolvem de esporos).

Todas as células protoctistas têm núcleos e outros características típicas de seres eucariotos. Muitos realizam a fotossíntese (têm plastídios, também chamados de plastos, e são organelas celulares encontradas em protoctistas e vegetais, que apresentam funções de fotossíntese, síntese de aminoácidos e ácidos graxos, além de armazenamento de nutrientes. Os plastídeos são classificados de acordo com o pigmento que possuem, sendo chamados de cloroplastos (apresentam clorofila e fazem fotossíntese), cromoplastos (sintetizam carotenoides) e leucoplastos (dependendo da substância que sintetizam, eles são denominados de: amiloplastos (produzem amido), proteinoplastos (produzem proteínas) e elaioplastos (produzem substâncias lipofílicas).

Plastídios. Etioplastídio é um plasto que ainda não foi exposto a luz. e pode se diferenciar em cloroplasto ao ser exposto a luz. Um protoplasto se diferencia em amiloplast, elaioplasto e proteinoplasto. 

Muitos protoctistas são aeróbios (têm mitocôndrias) e muitos têm undulipódios [9(2)+2], com as suas bases de cinetossomo em algum estágio do seu ciclo de vida. Todos os protoctistas se desenvolveram por simbiose dentre pelo menos dois tipos diferentes de bactérias, em alguns casos, dentre muito mais do que dois.

Seção transversal de um axonema 

Corte transversal em um axonema de um flagelo 

Undulipódio (do grego "pé natante") é um termo usado por alguns autores para distinguir o flagelo dos eucariotas daqueles dos procariotas que são mais simples, pois têm estrutura, composição protéica e mobilidade diferentes. Este nome foi cunhado para diferenciar estruturas homólogas presentes nas células procariotas. Estruturalmente, é um complexo de microtúbulos juntamente com proteínas motoras. Undulipódia é usado para criar movimento que impulsiona a célula toda nadando como um espermatozóide ou criar o movimento da agua como os coanócitos de esponjas. O undulipódio é basicamente sinônimo de flagelos e cílios, que são termos diferentes para estruturas moleculares semelhantes usadas em diferentes tipos de células.
Fagelo procarioto e eucarioto 

A cauda (ou flagelo) é dividida em 4 porções: colo, peça intermediária, peça principal e peça final. O colo é a porção da cauda que se conecta com a fossa de implantação, na cabeça do espermatozóide. A partir dele, o axonema estende-se por toda a extensão do flagelo. 
O axonema é uma estrutura do citoesqueleto composta por um estrutura de anel de 9 diplomicrotubulos que rodeiam um par central de microtúbulos (9+2). Somente no flagelo do espermatozóide de mamíferos, são observadas três estruturas adicionais: fibras densas externas, bainha mitocondrial, bainha fibrosa.

Os undulipódios usam uma ação semelhante a um chicote para criar movimento de toda a célula, como o movimento de espermatozóides no trato reprodutivo, e também criar movimento de água como nos coanócitos das esponjas. Os cílios móveis (ou secundários) são mais numerosos, com múltiplos cílios por célula, movem-se em uma ação ondulatória e são responsáveis ​​pelo movimento em organismos como ciliados, mas também movem substâncias extracelulares em animais, como a escada rolante ciliar encontrado no trato respiratório de mamíferos e na coroa de rotíferos.

Os cílios primários funcionam como antenas sensoriais, todavia, não são undulipódios, pois os cílios primários não possuem o mecanismo de movimento rotativo encontrado nos cílios móveis.

Os undulipódios são uma extensão da membrana plasmática que contém citoplasma e um arranjo regular de microtúbulos conhecido como axonema. Na base da extensão, encontra-se uma estrutura chamada cinetossoma ou corpo basal, que é anexado através de proteínas motoras aos microtúbulos. O cinetossoma medeia o movimento através de uma reação química, fazendo com que os microtúbulos deslizem um contra o outro e toda a estrutura se dobre

Neste blog adotamos o conceito de protoctista proposto em 1956 pelo botânico americano Herbert F. Copeland. A palavra foi introduzida pelo naturalista inglês John Hogg em 1861 para designar "todas as criaturas inferiores, ou seres orgânicos primários; ambos Protophyta, apresentando mais a natureza de plantas, e Protozoa apresentando mais a natureza de animais".

Na classificação cladística o conteúdo dos Protistas está distribuído entre vários supergrupos e os grupos Protoctista, Protista e Protozoa são considerados obsoletos.

O supergrupo SAR é um clado que inclui os grupos Stramenopiles (Heteroconta), Alveolata (Apicomplexa, Ciliados e Dinoflagelados), e Rhizaria (Cercozoa, Foraminífera e Radiolária), a primeira letra de cada grupo dá origem a denominação SAR. O grupo inclui a maioria dos organismos classificados no agrupamento Protoctista mais algas em geral.

Entretanto, o termo Protoctista ou Protista, continua sendo usado informalmente como um termo abrangente para "microrganismo eucarioto", por ex., na frase: "protista patogênico" o termo é usado para denotar qualquer doença causada por um microrganismo o qual não é nem vírus, viroide, bactéria, fungo ou metazoa. 

Algas e Protozoários
(aula prática na Redenção)
(Fonte Blog de meus ex-alunos: http://sobio.tumblr.com/)
(Foto da aula prática de 06/abr/2017)

PROTOZOA
PROTOZOÁRIOS
Características Gerais  

Um protozoário pode ser comparado estruturalmente com uma célula de um organismo pluricelular. Fisiologicamente, no entanto, a célula do protozoário é um organismo completo que realiza todas as funções essenciais à vida, pois são, na maioria das vezes, autossuficientes. Por isso, contém todas as organelas celulares típicas e realiza todos os processos celulares fundamentais, além de executar todas as funções encontradas em um organismo multicelular, o que a torna uma estrutura extremamente complexa. 

Como qualquer célula, os protozoários, são constituídos por envoltório, citoplasma e núcleo. O envoltório é a estrutura que reveste a célula, estando representado por uma membrana celular lipoprotéica, embora algumas células apresentem carapaças minerais protetoras. O citoplasma pode se apresentar diferenciado em duas regiões: uma mais externa, de constituição gelatinosa, chamada ectoplasma; outra mais interna, de constituição mais fluida, denominada endoplasma

Núcleo. Dentro do endoplasma fica o núcleo, que não é muito visível no organismo vivo. Em alguns protozoários existem dois núcleos: um macronúcleo maior que controla funções vegetativas e um micronúcleo menor que comanda os processos reprodutivos

Nutrição. Os protozoários exibem diferentes modos de nutrição. São organismos heterótrofos que podem ser de vida livre, como a ameba, obtendo alimento por meio da fagocitose ou pionocitose, ou podem ser parasitas, como o tripanossoma e o plasmódio que retiram nutrientes do corpo do hospedeiro, podendo ainda ser saprofíticos, nutrindo-se de matéria orgânica morta em decomposição. 

Digestão. A digestão é intracelular e ocorre no interior de vacúolos digestivos que contêm enzimas sintetizadas pela célula. Após a absorção de partículas digeridas, os resíduos são eliminados para o meio externo. Quanto à respiração, as trocas gasosas se processam por simples difusão através da membrana celular. Existem protozoários aeróbios e anaeróbios.

Excreção. A excreção também é feita por difusão por meio da membrana celular, sendo a amônia o principal resíduo metabólico. Já o controle osmótico, que determina a quantidade de água presente na célula, é feito através de uma organela denominada vacúolo pulsátil ou contrátil, que age como uma bomba de remoção do excesso de água do citoplasma. Os vacúolos pulsáteis são esféricos, contraem-se periodicamente para eliminar seu conteúdo e geralmente são encontrados em protozoários de água doce, pois os marinhos, vivendo em um meio altamente concentrado, tendem ao equilíbrio osmótico com seu ambiente.

Reprodução. A reprodução assexuada é a mais comum e também a única encontrada em certas formas. Destaca-se a cissiparidade ou fissão binária, quando uma célula se divide em outras duas. Quanto à reprodução sexuada, é mais rara e pode envolver a diferenciação do próprio organismo em gameta. Esta, aliás, é a única forma de reprodução sexuada encontrada nas amebas. Entretanto, o processo mais conhecido não envolve gametas e chama-se conjugação, sendo restrito a alguns grupos de protozoários. Em algumas formas, a reprodução é feita no interior de cistos produzidos pelo organismo. Estes podem ter também um papel de proteger a célula de adversidades ambientais.



1. Eucariotos

2. Organismos unicelulares, multicelulares e coloniais

3. Origem polifilética

4. Quanto a nutrição podem ser:

Holozóicos ou Heterotróficos
Necessitam obter alimento já sintetizado por outro organismo, capturando partículas alimentares (orgânicas) por endocitose: fagocitose (ingestão de partículas solidas ou pinocitose (ingestão de alimento líquido) do ambiente, depois de digeridas o resíduo é laçado para fora da céula, clasmocitose (exocitose). 
Heterotrofia (1)

 


Saprozóicos
Alimentam-se de substâncias orgânicas em decomposição. 

Autotróficos fotossintetizantes

Mixotróficos

5. Digestão intracelular
A digestão ocorre dentro da célula, com auxilio de lisossomas que secretam enzimas digestivas e lançam sobre o vacúolo digestivo (onde se encontra o alimento a ser digerido), durante a digestão os nutrientes são transferidos para o citoplasma da célula e os resíduos são eliminados por clasmocitose, ou por um citoprócto (que é o local da célula de alguns protozoa, por onde os resíduos da digestão intracelular são eliminados). A membrana plasmática possui várias maneiras de absorver e eliminar substâncias. Absorver substâncias de que a célula necessita e eliminar resíduos.
Substâncias muito pequenas da ordem da própria membrana plasmática, podem passar através da bicamada lipídica da membrana por difusão ou osmose.
Enquanto moléculas um pouco maiores, precisarão da ajuda de proteínas presentes na membrana para realizar o transporte destas de um lado para outro da membrana plasmática e esse processo é chamado de difusão facilitada.
Difusão facilitada


Difusão facilitada

A difusão facilitada é um tipo de transporte passivo de substâncias através da membrana celular, que conta com o auxílio de proteínas e ocorre sem gasto de ATP (i.e., sem gasto de energia pela célula). Porém pode depender da concentração das substâncias existentes no meio. As membranas celulares são estruturas dinâmicas, fluidas e constituídas de uma bicamada fosfolipídica e proteínas nela imersas. Por possuírem permeabilidade seletiva, ela controla a entrada e saída de substâncias na célula.

Entretanto, moléculas muito grandes, e pequenos pedaços de matéria orgânica,  não conseguem passar nem pela bicamada lipídica, nem pelas proteínas que permeiam a membrana e atuam na difusão facilitada. 

Nesse caso a membrana se dobra sobre si mesma, produzindo reentrâncias (invaginações) que ajudarão na absorção (captura) dessas moléculas ou se ligue a vesículas produzidas no interior das células (vacúolos citoplasmáticos) para eliminar os resíduos sejam eles sólidos ou líquidos.


Fagocitose e Pinocitose 


Pinocitose e fagocitose ocorrendo ao mesmo tempo 
que uma destruição de uma organela celular. 

Esquema mostrando a fagocitose 

Quando a célula absorve substâncias ou partículas grandes, dizemos que ela realiza um processo de endocitose. Já quando ela elimina uma substância grande que não pode passar através da membrana, o processo é chamado de exocitose.

Esquema dos diferentes tipos de transportes membranares: 1) meio intracelular; 2) meio extracelular. A) Difusão Simples; B) Difusão facilitada; C) Entrada de substância regulada; D) Saída de substância regulada; E) Bombas de íons; F e G) Transportes vesiculares (representada na figura pela exocitose e pela endocitose mediada).


Um protozoário (ameba) fagocitando outro organismo menor, note os pseudópodes ao redor da "presa" e o vacúolo que se forma. 

Durante a fagocitose a célula “ingere” ou captura, substâncias ou partículas grandes, que podem ser vistas ao microscópio óptico. O citoplasma com a ajuda do citoesqueleto irá empurrar a membrana formando proeminências semelhantes a braços, os pseudópodes.

Essa estrutura envolve ou captura a partícula. As membranas de cada pseudópode se fundirão e formando uma cavidade no interior da célula denominada fagossomo. Este fagossomo se dirige para o interior do citoplasma onde recebe os lisossomos que trazem proteínas enzimáticas que possibilitarão a digestão da partícula capturada e a absorção de seus nutrientes em um processo chamado de digestão intracelular.

Ao conjunto de fagossomo e lisossomos (organelas citoplasmáticas constituídas por uma bolsa delimitada por uma membrana cheia de enzimas digestivas) podemos chamar de vacúolo digestivo. 

Os vacúolos digestivos algumas vezes são chamados de lisossomo secundário, uma vez que o lisossomo primário é aquele que ainda não se fundiu ao fagossomo. 

Após a digestão, os nutrientes são absorvidos indo para o citoplasma da célula e direcionados às organelas. O que sobra forma um corpo residual (vacúolo ou bolsa membranosa cheia de restos ou resíduos que a célula não aproveitou) e que é eliminada para o meio

     Digestão intracelular em um protozoário (Paramecium sp.) hipotético.




Esquema da continuidade rota endocítica. O material endocitado é transportado para o endossomo inicial. O endossomo inicial pode sofrer maturação ou, alternativamente, formar vesículas de transporte que se fundem ao endossomo tardio. Esta organela, que recebe enzimas hidrolíticas vindas do complexo de Golgi, funde-se momentaneamente ao lisossomo, formando uma organela híbrida temporária, o endolisossomo. Após separação, o material endocitado é finalmente completamente digerido nos lisossomos. (fonte USP).


MORFOLOGIA  DE UM PARAMÉCIO  

https://youtu.be/mh7KOtQTXrw

https://www.youtube.com/watch?v=eXILGF9Atic

https://youtu.be/eT3UhEzhDlw

https://youtu.be/gN42ggEgO8g

Etapas do processo de Digestão intracelular


1) A partícula a ser digerida como um microrganismo, bactéria invasora, ou matéria orgânica por exemplo, se aproxima da célula;
2) A célula projeta sua membrana plasmática (pseudópodes) para englobar a partícula;
3) Absorção da partícula para o interior celular, processo conhecido como internalização. A partícula dentro da célula se encontra no interior da vesícula chamada de fagossomo;
4) O lisossomo (organela celular que promove a digestão) se funde ao fagossomo formando a vacúolo digestivo;
5) O lisossomo fundidos à membrana do fagossomo (agora vacúolo digestivo) lança suas enzimas digestivas para o interior do vacúolo e a partícula alimentar começa a ser digerida;
6) Os produtos da digestão (nutrientes) que são úteis para a célula podem sair da vesícula por difusão em direção ao citoplasma e os produtos que serão eliminados permanecem no interior do vacúolo digestivo;
7) Uma vez finalizada a digestão, o vacúolo é transportado para a periferia celular e se funde com a membrana plasmática liberando os resíduos para o meio extracelular.


6. Maioria de vida livre

7. Algumas espécies parasitas outros patogênicos

8. Alguns estabelecem mutualismo com outros organismos
Cupins estabelecem uma relação de mutualismo com protozoários do gênero Trichonynpha. Essa espécie de protozoário consegue produzir as enzimas necessárias para a digestão da celulose, componente da madeira, pois estabelecem relação com bacterias. 

Cupin/Triconympha/Bacteria

Trichonympha é um gênero de protozoa do grupo Excavata anaeróbicos unicelulares da ordem Hypermastigia, encontrado exclusivamente no intestino posterior de cupins e baratas da madeira. O formato de sino dos Trichonympha e milhares de flagelos o tornam uma célula facilmente reconhecível. A simbiose entre cupins e baratas de madeira e Trichonympha é altamente benéfica para ambas as partes: Trichonympha ajuda seu hospedeiro a digerir celulose e, em troca, recebe um suprimento constante de alimentos e abrigo. Trichonympha também possui uma variedade de simbiontes bacterianos envolvidos no metabolismo do açúcar e na fixação de nitrogênio.

Cupim e Trichonympha spp 


Trichonympha spp e cupin




Simbiose (mutualismo) entre Isópteros e protozoários 


Trichonympha sp
Última fileira holótipo de quatro novas espécies de Trichonympa observadas por  microscopia de contraste de interferencia diferencial   (a) Trichonympha hueyi sp. nov. de Rugitermes laticollis. (b) Trichonympha deweyi sp. nov. de Glyptotermes brevicornis. (c) Trichonympha louiei sp. nov. de Calcaritermes temnocephalus. (d) Trichonympha webbyae sp. nov. de Rugitermes bicolor. Barras, 50 µm.


Paramecium spp e Zoochlorella spp (nature)

Embora em amostras de Paramecium e algas fixadas quimicamente, as algas simbióticas não apresentem interações estruturais diretas com as organelas da célula hospedeira e a membrana do vacúolo perialgal (PVM), em amostras criofixadas de P. bursaria as conexões íntimas foram identificadas entre as mitocôndrias hospedeiras e as algas simbióticas via PVM. O PVM estava intimamente aposto à parede celular das algas simbióticas e em alguns lugares mostrou contatos diretos com a membrana mitocondrial hospedeira e a parede celular das algas simbióticas. Além disso, as mitocôndrias associadas ao PVM formaram uma rede mitocondrial e também estavam conectadas ao ER da célula hospedeira.

Pirófitas ou Dinofita ou dinoflagelados

Este filo é representado pelas chamadas algas de fogo, pois possuem, além da clorofila, pigmentos avermelhados como o caroteno e a piridina, que lhes conferem coloração avermelhada predominante. 

Esses organismos são também conhecidos como dinoflagelados. A maioria das espécies são marinhos, mas existem espécies de água doce. São organismos fotossintetizantes, geralmente possuem flagelos. 

São importantes produtores das cadeias alimentares, mas algumas espécies podem produzir, em condições especiais neurotoxinas. Quando ocorre alta concentração de dinoflagelados numa região e a concentração da toxina é grande, acontece uma mortalidade de peixes e outros animais em grande quantidade. É o fenômeno conhecido como maré vermelha.


Características gerais dos protoctistas 

O Reino Protoctista é constituído por organismos eucariotos, unicelulares ou pluricelulares, parasitas ou de vida livre, que podem habitar água doce e salgada ou locais úmidos; portanto vivem em mares, rios, riachos, tanques, aquários, poças, pântanos, terra úmida e lodo. Estes organismos apresentam várias origens evolutivas distintas apresentando uma origem polifilética para o grupo. Uma característica importante no reino é a pluricelularidade ou multicelularidade, embora uma grande maioria sejam unicelulares e unicelulares-coloniais.  

Importância ecológica 

As algas unicelulares e pluricelulares são autótrofas fotossintetizantes, e consequentemente são a base das cadeias alimentares de ambientes aquáticos, i.e., são organismos produtores. São também responsáveis por 85 a 90% da fotossíntese realizada no planeta, sendo creditadas a elas a manutenção da quantidade de oxigênio presente na atmosfera de nosso planeta (21%).


Importância econômica das algas

Algas pardas, verdes e vermelhas podem ser utilizadas na alimentação humana, integrando sushi e sopas. Além disso, algumas espécies de algas pluricelulares apresentam em suas parede celular, substâncias de interesse econômico como o Agar e carragenina. 

https://youtu.be/3OCcGS-zRc8


REPRODUÇÃO DOS PROTOCTISTAS


Reprodução Assexuada 

Divisão binária é a maneira mais comum dos protoctistas se reproduzirem. No caso de algas unicelulares e algas filamentosas as célula se dividem originando duas iguais. 

Fragmentação do talo, em que um fragmento da alga pode regenerar um novo talo. 

Reprodução por zoosporia, caracteriza-se pela produção de ZOÓSPOROS, células flageladas livre natantes que têm a capacidade de se desenvolver originando um novo indivíduo adulto chamado gametófito. 

Reprodução Sexuada 

Por conjugação, em que há a diferenciação de certas células de um filamento em gametas masculinos e femininos, que se unem, originando um zigoto diploide. Este, por sua vez, dá origem a novos talos.

Dois paramécios em conjugação


Metagênese ou alternância de gerações

Neste tipo de reprodução ocorre a alternância de indivíduos adultos haplóides (n), os gametófitos (“organismo que produz gametas” ) e indivíduos adultos diplóides (2n), os esporófitos (“organismo que produz esporos”). Neste caso, os gametófitos (n) produzem gametas livre natantes, haplóides (n), que após a fecundação originam um zigoto (2n). O zigoto se desenvolve e origina um esporófito (2n), que produz esporos através da meiose (n). Os esporos são liberados no meio e germinam originando gametófitos.


Ulva lactuca 

Kelp gigante (monterey)

Kelp gigante (monterey)










Metagênese em Ulva lactuca. (Esquemas de Paim).



MODO DE DESLOCAMENTO NOS PROTOCTISTAS 






Protistas usam vários métodos para deslocamento. (a) Paramecium ondas de apêndices ciliares (cílios plural cilia) para propelir-se. (b) Amoeba usa pseudópodes semelhantes a lobos para ancorar-se a si própria à superfícies sólidas e lançar-se para frente. (c) Euglena sp usa um chicote (semelhante a uma cauda) chamado flagelo para propelir-se.


Fotografia e esquema mostrando as partes de uma Euglena sp ao microscópio ótico.





EUGLEANAS


CLASSIFICAÇÃO 





Classificação dos Protoctistas (reino polifilético)

Outras classifiações 

I. Protoctistas semelhantes a Animais
II. Protoctistas semelhantes a Plantas.
III. Protoctistas semelhantes a Fungos 

I. Protoctistas semelhantes a Animais

Protozoa “ primeiro animal”
Células contém núcleo.
Células sem parede celular
Todos heterótrofos
A maioria pode se locomover por conta própria

Quatro grupos 

1. Sarcodinia 
Possuem pseudópodes (grego: “falsos pés”), extensões da membrana celular e citoplasma. Pseudópodes são usados ​​para o movimento e para capturar alimentos. Muitos têm conchas.
Essas conchas formam calcário, mármore e gesso.

Amoeba sp 

Ameba e seus pseudópodes


2. Ciliata
Possuem cílios do lado de fora de suas células. Pequenas projeções semelhantes a cabelos usadas para movimento, para coletar alimentos, fixação ou aderência e como antenas.

Possuem numerosos cílios, usados na locomoção. Entre eles estão os protozoários "gigantes" como os paramécios (Paramecium) muito usados em estudos; aqui estão os protozoários de organização mais complexa. A maioria é de vida livre.

Além de orgânulos especializados, possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e micronúcleo (funções genéticas: hereditariedade e reprodução); apresentam extremidades anterior e posterior; na membrana, a entrada do alimento se dá pelo citóstoma e a saída de resíduos pelo citopígio (= citoprocto).
A regulação osmótica é feita por dois vacúolos contráteis (pulsáteis), localizados um em cada extremidade da célula, em vez de aparecerem em qualquer lugar, como nas amebas. Cada vacúolo tem em torno de si finíssimos canais radiais que, além de recolher a água, também coletam substâncias a serem excretadas, conduzindo-as ao vacúolo.

Junto à película recoberta de cílios, na região periférica do citoplasma do paramécio, localizam-se numerosas bolsas contendo fios muito longos e enrolados, os tricocistos. Esses fios são descarregados explosivamente em determinadas situações, com finalidades defensivas.

O Balantidium coli é a única espécie ciliada parasita do homem (intestino).

A reprodução sexuada por conjugação consiste no pareamento de dois paramécios, com fusão das membranas e em seguida troca de material genético dos micronúcleos. Depois os paramécios se separam e se reproduzem assexuadamente por cissiparidade.

Ao contrário das plantas, fungos e da maioria dos tipos de algas, a maioria dos protozoários não possui uma parede celular externa rígida, mas geralmente é envolto por estruturas elásticas de membranas que permitem o movimento da célula. 

Película
Em alguns protozoários, como os ciliados e os euglenozoários, a membrana externa da célula é sustentada por uma infraestrutura do citoesqueleto, que pode ser chamada de "película". A película dá forma à célula, principalmente durante a locomoção. 

As películas dos protozoários variam de flexíveis e elásticas a bastante rígidas. Em ciliados e Apicomplexa, a película inclui uma camada de vesículas compactadas chamadas alvéolos. Em euglenídeos, a película é formada por tiras de proteína dispostas em espiral ao longo do comprimento do corpo. Exemplos familiares de protistas com uma película são os euglenoides e o ciliado Paramécio. Em alguns protozoários, a película hospeda bactérias epibióticas que aderem à superfície por suas fímbrias (pili de fixação e aderência).



Paramecium sp
Vacúolo contrátil: transporte de água e íons. Membrana plasmática (MP) e complexo vacuolar contrátil. Complexo vacuolar contrátil = vacúolo contrátil (grande vesícula esférica) + espongioma (vesículas ao redor do vacúolo).  Espongioma coleta fluido do citoplasma e transfere para o vacúolo que se contrai e expele o fluido para o exterior do indivíduo através de um poro.
Principalmente em espécies de água doce




 
3. Flagellata 
Apresentam uma Película: parede externa resistente.
Possuem uma forma de chinelo
Possuem Sulco oral ou citóstoma: como a boca
Esófago: retém o alimento.
Vacúolo alimentar: digere os alimentos.
Poro Anal: remove resíduos para o exterior
2 Vacúolos Contráteis
2 Núcleos
Reproduz-se por fissão binária e conjugação.
Possuem um flagelo: uma longa estrutura semelhante a um chicote usada para movimento.
Muitos vivem em animais (como simbiontes ou parasitas); simbiose uma relação próxima, que é benéfica ao menos para um dos parceiros, e sem maiores problemas para  outro. Mutualismo: quando ambos os parceiros se beneficiam.




Euglena sp

Euglena sp flexibilidade da película


4. Apicomplexa (antigos Sporozoa)
Todos os representantes deste filo são parasitos obrigatórios. Caracterizam-se por possuir, em determinadas fases da vida, uma estrutura chamada complexo apical. Este complexo localiza-se no pólo anterior de seu corpo alongado e destina-se a sua fixação e penetração nas células dos hospedeiros.

Todos os esporozoários são parasitas.
Eles se alimentam de células e fluidos corporais do hospedeiro.
Forma a partir de esporos (pequenas células reprodutivas).
Passam de um hospedeiro para outro.
Usam como vetores carrapatos, mosquitos ou outros animais até chegar em humanos ou vertebras.

Esses organismos são chamados assim porque os estágios móveis, infecciosos portam um complexo apical anterior que se prende ou que penetra no interior da célula hospedeira. Este complexo apical é bem desenvolvido porque consiste em um conóide anterior, em um ou dois anéis polares, em duas ou vinte estruturas glandulares na forma de garrafas (roptrias), além de numerosos túbulos derivados da membrana do Complexo de Golgi (micronemas). O conóide está aberto em ambas as extremidades e também é envolvido pelos anéis polares que se conectam com microtúbulos subpeliculares. Os micronemas possuem enzimas que são utilizadas para penetrar na célula hospedeira, porém as funções dos outros componentes celulares ainda não estão bem claras para a ciência. Os apicomplexos tem flagelos que ocorrem nos seus microgametas, mas são carentes de cílios e pseudópodes (info).

Classificação dos esporozoa ou Apicomplexa




II. Protoctistas semelhantes a Plantas 

Unicelulares e Multicelular ou coloniais (grupos de protistas unicelulares) 
Podem mover-se por conta própria.
Autotróficos: sintetizam seu próprio alimento a partir de materiais simples usando energia luminosa (fotossíntese). 
70% a 75% do oxigênio da Terra é produzido por protoctistas semelhantes a plantas. 
Apresentam Pigmentos: produtos químicos que produzem cor.

Euglenoides 
São Verdes
Unicelulares
Viva em água doce
Autótrofos, mas podem ser heterótrofos sob certas condições.
Possuem flagelos
Mancha ocelar: sensível à luz.
Apresentam cloroplastos
Película externa

Diatomáceas  
Unicelulares
10.000 espécies vivas.
Aquáticos
Apresentam parece celular de Vidro.
Terra de diatomáceas: pó abrasivo que vem das paredes celulares de diatomáceas mortas (pasta de dente, polimento de carro e tinta reflexiva).

Dinoflagelados  
Unicelulares
As paredes celulares são como placas de uma armadura.
Dois flagelos
A célula gira quando se locomove.
Corpo colorido (pigmentos)
Podem brilhar no escuro (apresentam bioluminescência).
Causam Maré Vermelha.

Dinoflagelado tecado



Classficação sumária dos dinoflagelados

Praia com Noctiluca sp, um dinoflagelado bioluminescente

Praia em Hong Kong com Noctiluca scintilans









Maré vermelha



Algas Pardas ou Marrons
Comumente chamado de algas marinhas (em geral)
Pode conter pigmentos marrons, verdes, amarelos, laranja e pretos.
Aderen-se às rochas
Tem bolsas de gás que possibilitam a flutuação das lâminas
A Kelp gigante pode ter 100 metros de comprimento!
Usado como espessante de alimentos


III. Protoctistas semelhantes a fungos

Todos Heterótrofos
Possuem  parede celulare.
Muitos têm flagelos e são capazes de se mover em algum momento de suas vidas.

Três tipos: 
Slime Moldes, 
Water & 
Downy Molds

Reproduzem-se através de esporos (pequena célula haploide que é capaz de se germinar e gera um novo organismo)


Qualquer um grupo (como Myxomycetes) de organismos anteriormente considerados fungos inferiores, mas agora frequentemente considerados protistas que existem vegetativamente em habitats geralmente úmidos como plasmódios móveis e se reproduzem por esporos. 

Reprodução por corpos de frutificação:
Os corpos de frutificação contêm esporos.
No começo parecem ameba, depois parecem mofo.
Vive em lugares úmidos e sombreados.
Alimentam-se de bactérias e outros microrganismos.




Resumo das Características gerais 



Eucariotos 

Unicelulares de pluricelulares e coloniais 

Origem Polifilética 

Autotróficos, heterotróficos ou holozoicos, saprozóicos 
Alguns vivem em simbiose com algas unicelulares (ex. Paramecium bursaria e Zoochlorrella spp.)

Digestão intracelular
Parasitas (patogênicos)
Vida livre (maioria0

EXEMPLOS DE PROTOCTISTAS








Algas filamentosas (local de coleta: Redenção) 

Alga Chlorophycea (Codium spp)

Zygnema spp

Emtamoeba spp


Emtamoeba spp

Foraminíferos  Alguns representantes de protoctistas

 Paramecium spp



 Espécies de Paramecium spp



ALGAS 





 Volvox spp



 Spirogyra spp


 Algas veders Micrasterias spp

 Euglena viridis 

 Paramécios

 Alga verde Codium spp


 Volvox spp

 Diagomáceas e duas algas verdes 


 Alga verde em conjugação 

Algas verdes Spirogyra spp


Zoochlorella spp como endobiontes em esponjas do lago Baikal 

Características

As algas são seres eucariontes, fotossintetizantes, clorofiladas, unicelulares ou pluricelulares.

Elas podem viver em ambientes terrestres úmidos e aquáticos de água doce ou salgada.

Apesar de algumas delas se parecerem com plantas, as algas não apresentam folhas, caules ou raízes. Assim, elas são organismos bem mais simples do que as plantas.
Reprodução

As algas podem se reproduzir de forma assexuada e sexuada.

A reprodução assexuada pode ocorrer das seguintes formas:
Divisão binária, em algas unicelulares;
Fragmentação, em algas filamentosas.

Existem ainda algumas algas multicelulares que produzem células flageladas, os zoósporos, as quais se reproduzem por zoosporia. Porém, a maioria das algas se reproduz de modo sexuado por fusão celular, conjugação e alternância de gerações.


TAXONOMIA

As macroalgas são organismos multicelulares, que podem ser observadas na forma cenocítica (estruturas multinucleadas) parenquimatosa e pseudoparenquimatosa. Ocupam essencialmente a zona litoral incluindo, nomeadamente, as algas castanhas, as algas verdes, e as algas vermelhas (Garson, 1989; Graham et al., 2008). As algas possuem clorofila e outros pigmentos fotossintéticos que retém a energia solar. Durante o processo da fotossíntese, a energia solar é convertida em energia química. No final do processo, as algas armazenam a energia sob a forma de hidratos de carbono. Diversos parâmetros afetam o crescimento das algas, contudo, este depende de forma significativa, da radiação solar dos tanques ou do corpo de água em que se encontram (Singh & Singh, 2015). (CARDOSO, 2018)
As microalgas são organismos unicelulares, filamentosos ou não que são comuns em ambientes aquáticos e solos úmidos. 


É possível deduzir que, uma das principais mais valias da produção de algas marinhas é o simples facto de não necessitarem de água doce para o seu cultivo. Isto porque, no futuro, com as alterações climáticas, a água doce será um recurso bastante valioso, devido à sua pouca disponibilidade. Como tal, as algas marinhas, apresentam-se como uma fonte de alimento mais sustentável, comparativamente com as culturas terrestres. Países como a China, Japão e Coreia, têm utilizado as algas marinhas na sua alimentação, desde a antiguidade. Para além da sua importância na alimentação, as algas marinhas são também utilizadas como fonte de hidrocolóides, tais como, agar, carragenina e alginato (Dawczynski et al., 2007). As algas marinhas são uma fonte muito abundante de compostos bioativos, como polissacarídeos e pigmentos, que são extremamente valiosos para as indústrias farmacêuticas e alimentar. Estudos realizados demonstram ainda que as algas marinhas podem ser utilizadas como fonte de nutrientes em rações para aquacultura (Valente et al., 2006; Peixoto et al., 2019)

Segundo Cardoso (2018) algas vermelhas, como, Gelidium, Gracilaria e Pterocladia, possuem um papel importante tanto no consumo humano, bem como, noutras aplicações, nomeadamente, como ligantes em produtos alimentares e em substratos bacterianos utilizados em laboratório. O agar, há mais de 300 anos que possui uma forte procura, na maioria dos países asiáticos, como produto alimentar. Este hidrocolóide é produzido, sobretudo, a partir das espécies do género Gracilaria. Segundo dados da FAO, em 2015, a China apresentou ser a líder mundial no cultivo deste género de algas marinhas, tendo efetuado a colheita de 2,7 milhões de toneladas. Atualmente, a China e o Chile, são os principais produtores e exportadores de agar (FAO, 2018a).


As algas dividem-se em grupos, de acordo com o pigmento que possuem. Os principais filos das algas são:

Filo Bacilariophyta ou Chrysophyta

As crisófitas ou algas douradas, também são chamadas de diatomáceas. São unicelulares e possuem uma carapaça de sílica que se assemelha a uma saboneteira. Os desenhos e aspectos da carapaça variam conforme a espécie considerada. Após sua morte, as crisófitas têm suas carapaças depositadas no fundo das águas, formando a “terra de diatomáceas”, industrializada no fabrico de filtros, isolantes térmicos e de abrasivos para polimento de metais. São todas fotossintetizantes e se reproduzem por divisão binária.


Valvas de diatomáceas marinhas em lâmina 



Algas douradas



Valva

O filo Chrysophyta compreende as algas douradas ou crisofíceas e as diatomáceas, as quais habitam ambientes de água doce ou salgada. O grupo abrange aproximadamente 500 espécies que podem ser unicelulares ou multicelulares, algumas podem formar colônias. 

Algas e diatomáceas douradas são os tipos mais abundantes de algas unicelulares, representando cerca de 100.000 espécies diferentes. Ambos são encontrados em ambientes de água doce e salgada. As diatomáceas são muito mais comuns do que as algas marrom-douradas e consistem em muitos tipos de plâncton encontrados no oceano. Em vez de uma parede celular, as diatomáceas são revestidas por uma casca de sílica, conhecida como frustula, que varia em forma e estrutura dependendo da espécie. As algas marrom-douradas, embora em número menor, rivalizam com a produtividade das diatomáceas no oceano. Eles são geralmente conhecidos como nanoplâncton, com células com tamanho de apenas 50 micrômetros de diâmetro (greelane s/d).


Diatomacea (Helena David, 2017)

Diatomacea (Helena David, 2017)

Diatomacea (Helena David, 2017)

Valvas em vista valvar ao Microscópio Óptico. 17. Gomphonema acuminatum; 18. G. augur; 19. G. capitatum; 20. G. cf. kaweckanum; 21. G. gracile; 22. G. laticollum; 23. G. parvulum; 24. G. pedrense; 25. Gomphonema sp.; 26. Gyrosigma sp.; 27. Hippodonta hungarica; 28. Lemnicola hungarica; 29. Mayamea sp.; 30. Navicula cryptotenella; 31. N. riediana; 32. N. rostellata; 33. Navicula sp.1; 34. Navicula sp.2; 35. N. subrhynchocephala. Barra preta = 5 μm; barra branca/preta = 10 μm.(GUIMARÃES E GARCIA, 2016)


As diatomáceas são organismos unicelulares e pertencentes a um grupo de grande importância uma vez que é constituído pelas formas dominantes do fotoplâncton. Estes protoctistas, possuem como principal característica uma parede de sílica (SiO2) chamada de frústula que envolve toda a célula. A frústula serve de mecanismo protetor das células, protegendo-as tanto do ambiente como de predadores. Dentro da cadeia alimentar, as diatomáceas são consideradas como produtores primários. Também é possível encontra-las nos solos e em algumas superfícies húmidas. Em águas correntes como rios e estuários, as diatomáceas também são bastante importantes devido a sua abundância e diversidade. 
As diatomáceas podem dividir-se em 2 ordens, as cêntricas (Centrales) que apresentam simetria radial (e.g. Coscinodiscus, Skeletonema) e as penadas (Pennales) que apresentam simetria bilateral (Nitzchia, Asterionella). As penadas apresentam células mais ou menos alongadas numa direção e apresentam uma simetria bilateral na estrutura das valvas. Devido à sua frústula de sílica resistente, que é a principal característica das diatomáceas, podem encontrar-se facilmente nos registos fosseis. Evidencia de registos fosseis sugere que as diatomáceas se originaram durante o inicio do Período Jurássico (~185 Milhões de anos), apesar do relógio molecular e a evidencia de sedimentação, sugerirem uma origem mais ancestral. A sua frústula cobre toda a parede celular, e é composta por duas valvas e que podem apresentar uma variedade de formas e tamanhos e certas ornamentações que variam de espécie para espécie e as tornam nas microalgas que mais despertam atenção. A sílica que forma a parede celular é sintetizada a nível intracelular e é depois expelida para o exterior da célula e adicionada à parede. Apesar da frústula apresentar grande diversidade na forma, a maior parte apresenta simetria bilateral. A simetria não é perfeita já que uma das valvas é ligeiramente maior do que a outra, permitindo assim o seu perfeito encaixe. Estas podem ser comparadas a uma placa de Petri em que uma metade se sobrepõe de um modo idêntico na outra. A sua variedade de formas e de ornamentações como espinhas ou poros, permitem a sua identificação a nível de género ou até mesmo espécie. A reprodução na maior parte das espécies de diatomáceas é primariamente assexual por fissão binária. Neste processo, uma célula divide-se em duas novas células idênticas e em que cada nova célula fica com uma das valvas originarias da célula-mãe. Estas valvas originais ficam a constituir a frústula maior, dentro da qual, uma frústula mais pequena, irá ser originada. Esporos de dormência, também podem ser formados como uma resposta às condições ambientais desfavoráveis, e a germinação só ocorre quando e se as condições melhorarem. (Helena David, 2017, docs).

Várias diatomáceas secretam polissacarídeos através de estruturas especializadas da valva (fultopórtulas, rimopórtulas, ocelos etc.), possibilitando às células a formação de cadeias, adesão a substratos e motilidade sobre superfícies. Tais secreções, quando hidratadas no meio, podem ocorrer em forma de tubos de mucilagem (Fig. 3), almofadas (Fig. 4, 5), ou pedúnculos de mucilagem. (docs, s/d)

Mucilagem pode ser observada em microscopia óptica e eletrônica com técnicas de preparação para amostras não oxidadas, enquanto que a morfologia e ultraestrutura dos componentes da frústula são melhor observáveis em material limpo, através da oxidação da matéria orgânica. 
As diatomáceas também possuem uma forma peculiar de reprodução assexuada, que conduz à redução gradativa da dimensão celular. Para restaurar o tamanho original da espécie, ocorre a formação de células zigóticas especiais, durante a reprodução sexuada. (docs, s/d)

O ciclo de vida é do tipo haplobionte diplonte, no qual os indivíduos adultos são diplóides (2n) se a meiose ocorre para formação dos gametas (meiose gamética).(docs, s/d)

Na reprodução assexuada, as células adultas (2n) dividem-se, formando duas células-filhas. Cada uma destas herda da célula-mãe uma teca e a outra teca é formada durante o processo de divisão celular. A teca herdada da célula-mãe sempre será a EPITECA, enquanto a teca formada no processo de divisão, a HIPOTECA, será menor. Consequentemente, a célula-filha que herdou a epiteca da célula-mãe possuirá o mesmo tamanho da original, mas a outra sofrerá redução de tamanho, em relação à primeira.(docs, s/d).


Após sucessivas gerações, o resultado deste processo será a redução do tamanho das células de uma parte da população (aquelas que herdaram as hipovalvas das células-mães). Quando atingido um limite, diferente para cada espécie, as diatomáceas entram em reprodução sexuada, restabelecendo o tamanho original das células, da seguinte forma: células adultas (2n) produzem gametas (n) por meio de meiose. Após a fusão de gametas (plasmogamia, mas sem a fusão de núcleos), uma célula desenvolve-se e se expande em volume, o auxósporo, e então, ocorre a fusão dos núcleos (cariogamia) e a formação do zigoto (2n), antes da formação da nova frústula. É via auxósporo que o tamanho original da espécie é restabelecido, após as sucessivas divisões assexuadas.


Filo Dinophyta (Pirófita ou Dinoflagelados)


Este filo é representado pelas chamadas algas de fogo, pois possuem, além da clorofila, pigmentos avermelhados como o caroteno e a piridina, que lhes conferem coloração avermelhada predominante. Esses organismos são também conhecidos como dinoflagelados. A maioria vive no mar, mas existem espécies de água doce. São organismos fotossintetizantes, geralmente apresentam flagelos. São importantes produtores das cadeias alimentares, mas algumas espécies podem produzir, em condições especiais, uma neurotoxina. Quando ocorre alta concentração de dinoflagelados numa região e a concentração da toxina é grande, acontece uma mortalidade de peixes e outros animais em grande quantidade. É o fenômeno conhecido como maré vermelha.


Muitos Dinoflagelados produzem compostos tóxicos ou bioluminescentes

Cerca de 20% de todas as espécies conhecidas de dinoflagelados produzem um ou mais compostos altamente tóxicos, que são econômica e e ecologicamente importantes (ver boxe "Marés Vermelhas/Florações Tóxicas"). Os compostos tóxicos produzidos pelos dinoflagelados podem fornecer proteção contra a predação, mas pelo menos um dinoflagelado, Pfiesteria piscicida, usa sua mortal toxina, aparentemente um glicosídeo, como estratégia de captura de alimento (Figura 15.8). A presença de peixes, como por exemplo o Brevoortia tyrannus, estimula os cistos bentônicos a germinar e resulta em células natantes de Pfiesteria, que produzem uma substância tóxica que paralisa o sistema respiratório do peixe e causa sua morte por asfixia. Com a decomposição do peixe, os dinoflagelados estendem seus pedúnculos e se alimentam freneticamente de sua musculatura. Quando o alimento foi todo consumido, os dinoflagelados rapidamente retornam ao estágio de cistos bentônicos, às vezes num período de apenas duas horas. Os dinoflagelados marinhos também são famosos por apresentarem bioluminescência.

Esse grupo de algas pode ser dividido em dois tipos distintos: dinoflagelados e criptomônadas. Os dinoflagelados podem causar um fenômeno conhecido como maré vermelha, em que o oceano adquire uma cor vermelho devido à grande abundância desses organismos. Algumas espécies de Pyrrophyta são bioluminescentes. Durante a noite, eles fazem com que o oceano pareça possuir uma luz interna fluorescente. Os dinoflagelados também são venenosos, pois produzem uma neurotoxina que pode interromper a função muscular, paralizando os músculos em vertebrados. As criptomonas são semelhantes aos dinoflagelados e também podem produzir florações de algas prejudiciais, que fazem com que a água tenha uma aparência vermelha ou marrom escura.





O filo Dinophyta abrange os dinoflagelados, algas unicelulares dotadas de dois flagelos. A maior parte dessas algas são de ambiente marinho e apenas poucas espécies vivem em água doce. As algas dinoflageladas são responsáveis pela maré vermelha, um fenômeno natural que ocorre nos mares e ambientes de água doce.


A maré vermelha que apareceu no mar no Sul do Chile (em 2016) é um dos maiores desastres ambientais deste tipo já registrados no mundo. Ocasionado pelo aumento potencial de microalgas extremamente tóxicas, o fenômeno atingiu com impacto muito grande o arquipélago de Chiloé, estagnando a economia local e provocando vários protestos de pescadores e comerciantes. A ingestão dessas microalgas ocasionou a morte de milhões de peixes nos últimos meses. Os moluscos filtrantes, como mexilhões e ostras, tornaram-se transmissores da bactéria que fica armazenada em seus corpos e estão proibidos para consumo.

Protoctistas de maré vermelha 
Pescadores chilenos, apontam como uma possível causa da acentuada maré vermelha, o descarte pela indústria pesqueira de cerca de 4,5 toneladas de salmão estragado nas águas próximas a área afetada.

https://youtu.be/YFoE0t-ER6U

O governo rejeitou inicialmente a causa, mas especialistas garantem que a questão deve ser melhor estudada para saber se isto afetou ou não a ocorrência do fenômeno. O que se sabe de fato é que o descarte de esgotos domésticos e industriais (matéria orgânica) podem sim alterar a concentração de nitrogênio da água favorecendo o surgimento da maré vermelha. Esse aumento natural também pode ser devido ao aquecimento global que favorece a reprodução desses dinoflagelados, aliado à um excesso de compostos nitrogenados no meio.(jardim, 2016)
Maré vermelha.





Filo Euglenophyta

Euglenophyta de lagoas da região da Nhecolândia, Pantanal Sul-Matogrossense, Brasil. 1. Euglena caudata var. caudata. 2. Euglena splendens var. splendens
3. Lepocinclis acus. 4. Lepocinclis americana. 5. Lepocinclis fusiformis var. fusiformis. 6. Lepocinclis ovum var. dimidio-minor. 7. Lepocinclis oxyuris
8. Lepocinclis playfairiana var. striata. 9. Lepocinclis salina var. salina
10. Lepocinclis spirogyroides. 11. Lepocinclis tripteris. 12. Lepocinclis truncata var. truncata
13. Monomorphina pyrum. Escala = 10 µm.


Filo Euglenophyta Organização celular

• Eucariotos
• Célula com inúmeros cloroplastos com pirenóide
• Flagelos (2 flagelos, um emergente)
• Película por cima da membrana plasmática (sinapomorfia)
• Estigma (fotosenssivel)
• Vacúolo contrátil (osmoregulação)
• Reservatório: Grãos de paramilo


Característica do cloroplasto 
• Pigmentos: 
• clorofila a e b 
• Carotenóides (β-caroteno, neoxantina, diadinoxantina)
• Com pirenóide (alta concentração de rubisco) 
• Número de membranas: 3
• Nenhuma membrana conectada ao núcleo pelo retículo endoplasmático. 
• Provável origem da terceira membrana: membrana citoplasmática do eucarioto.
• Película: estrutura única em eucariotos. 
• Formada por proteínas (80%), lipídeos (10%) e carboidratos (10%). 
• pode ser flexível ou não.


Espécies fotossintetisantes
• não são foto-autotróficas – necessitam de vitaminas 
• sobrevivem no escuro absorvendo nutrientes. 
• acumulam paramilo ou crisolaminarina. 
• em condições desfavoráveis formam cistos

Reprodução assexuada
• divisão celular inicia-se após a mitose 
• citocinese longitudinal 
• partição igual de organelas 
• células resultantes de tamanho idêntico

Fototaxia 
• guiada pelo estigma 
• fototaxia positiva a intensidades baixas de luz 
• negativa a intensidades altas 
• ritmo circadiano

Movimento em superfície sólida 
• deslizamento com mudança de forma 
• ocorre somente em espécies com películas com sulcos diagonais







As euglenófitas são exclusivamente unicelulares

O filo Euglenophyta é composto por algas unicelulares, autotróficas ou heterotróficas e que apresentam dois flagelos. Nesse grupo existem cerca de 900 espécies.


Filo Chlorophyta
A divisão Chlorophyta é constitrída por inúmeras classes que apresentam grande diversidade no nível de organização do talo e no histórico de vida. Alguns autores, como Hoek et al. (1997), consideram as clorófitas distribuídas em onze classes, sendo quatro relativas à algas marinhas bentônicas (Bryopsidophyceae, Cladophorophyceae, Dasycladophyceae e Ulvophyceae). Esta repartição é fundamentada, além de características de ultraestrutura, a partir de um organismo unicelular primitivo que deu origem a várias linhagens paralelamente, resultando na ocorrência de um mesmo nível de organização do talo em diferentes classes. Contudo, seguindo Stewart & Mattox (1978), as clorófitas bentônicas marinhas têm sido mais amplamente aceitas como sendo de uma única classe, Ulvophyceae (Wynne 2005), ao lado de outras que abrigam as demais algas verdes.

Acetabularia sp


Codium  sp

Ulva lactuca


Diverse morphologies and cellular organization in the green algae. Orders within class Ulvophyceae contain examples of multicellular organisms (Ulva), siphonocladous species with multinucleate, multicellular organization (Cladophora), giant uninucleate cells (Acetabularia), and multinucleate siphonous algae (Caulerpa). The relationships among Ulvophycean classes (not drawn to scale) are based on the molecular phylogeny of Cocquyt et al. (2010).

O filo Chlorophyta abrange as algas verdes ou clorofíceas, encontradas em ambiente terrestre úmido ou aquático. Esse é o grupo de algas mais diversificado, com cerca de 17000 espécies, predominantemente de água doce.

Codium fragile (Suringar) Hariot
Phylum Chlorophyta, Class Bryopsidophyceae, Order Codiales, Family Codiaceae.
Erect thallus to 30 cm long, cylindrical 3-8 mm diameter, ~dichotomously branched; dark green to green-black.
Common, mid to low intertidal zones; moderately wave-exposed outer coast.

Ulva spp. Linnaeus, 1753
Phylum Chlorophyta, Class Ulvophyceae, Order Ulvales, Family Ulvaceae.
Thallus bright green, 2 cells thick. Several different species; must examine cells to distinguish. Ephemeral on rocks, mid to low intertidal zones.
(Fonte: seanet)
Podem ser comidas cruas em saladas ou cozidas em sopas, sendo ricas em proteínas, fibras e numa variedade de vitaminas e minerais, incluindo o ferro.


Alface-do-mar

Ulva sp
O gênero Ulva foi alargado pela inclusão do género Enteromorpha (Link, 1820) a designação taxonômica dada a um gênero de macro-algas eurihalinas de talos tubulares, comuns nas zonas costeiras temperadas.

(a) The appearance of the Ulva lactuca thallus found in Zelenetskaya Bay, July 2017; (b) the transverse section of the thallus, viewed through a microscope.

O gênero Ulva de algas verdes é amplamente distribuído em todos os continentes. Plantas com talos distromáticos, (i.e., apresentam duas camadas de células) ou monostromáticos (uma camada de células) agora formam um único táxon baseado no sequenciamento do gene ITS rDNA e rbcL. Ulva é conhecida por ocupar vários nichos ecológicos, incluindo habitats de água doce e marinhos (intertidais e subtidais), atribuídos à sua tolerância a determinantes-chave como luz, temperatura e salinidade. 

O gênero é visto como um sistema modelo para estudar o ciclo de vida, morfogênese e desenvolvimento da multicelularidade simples à complexa. O ciclo de vida é do tipo isomórfico e bifásico, cujo conhecimento é importante no desenvolvimento de técnicas de cultivo viáveis. 
A cultura de Ulva é por fotobiorreator, agricultura terrestre e em mar aberto, produzindo cerca de 1.500 t de biomassa seca por ano. 

Várias espécies regionais são ricas em nutrientes vitais e, portanto, qualificam-se no setor de alimentos funcionais, e pesquisas recentes estão prestes a desenvolver um modelo de biorrefinaria para utilização completa da matéria-prima. Ulva spp. também são usados ​​como fonte de alimentação na aquicultura e para biorremediação ambiental. (MANTRI et alii, 2020)

O conceito de Ulvophyceae, segundo Stewart & Mattox (1978), baseia-se na estrutura do aparato flagelar das células reprodutivas móveis, no envoltório das células flageladas e na divisão celular. As células móveis apresentam um a dois pares de flagelos, sem mastigonemas (flagelos lisos) Os corpos basais apresentam quatro raízes microtubulares arranjadas cruciadamente e raízes menores, de dois tamanhos diferentes, que se alternam entre dois ou mais microtúbulos. Os flagelos apresentam ainda escamas e rizoplastos. A parede celular pode ser ou não calcificada e a divisão celular ocorre por meio de um sulco, com presença do fuso mitótico cêntrico e persistente e ausência de ficoplasto.

A classe engloba talos ramificados ou não, filamentosos, mono e distromáticos, ou ainda tubulares, os quais são, por vezes, compactados formando estruturas de consistência esponjosa. Os talos podem apresentar estrutura celular uninucleada, multinucleada ou serem totalmente sifonáceos. O histórico de vida observado no grupo é o diplobiôntico, iso ou heteromórfico (Guiry & Guiry 2011). São incluídas na classe sete ordens, das quais, na flora do estado de São Paulo, temos representantes de Ulvales, Cladophorales, Bryopsidales e Dasycladales (Coto & Pupo 2009).

Segundo Pupo & Coto (2011), (LISTA DE ULVOPHYCEAE DO ESTADO DE SÃO PAULO) a flora das clorófitas marinhas no litoral paulista apresenta um evidente empobrecimento na riqueza das espécies, se comparada às da região do Nordeste do Brasil, uma vez que as características climáticas tropicais e a diversidade de habitats dos recifes conferem uma possibilidade maior para as algas verdes bentônicas se desenvolverem. Como descreve Oliveira Filho (1977), a região tropical da costa brasileira abriga uma flora muito rica, onde se destacam, dentre as verdes, as Siphonocladales, Codiales e Caulerpales. O estado de São Paulo está inserido na região temperada quente, correspondente às regiões Sul e Sudeste (Horta et al. 2001) e tem como característica uma perda significativa dos representantes de clorófitas, em detrimento de outros grupos de algas.

As Ulvophyceae crescem ao longo do litoral paulista tanto em costões rochosos, onde são mais abundantes, como em manguezais, onde colonizam habitats com grande variação de salinidade. A costa do Estado, influenciada pela sua conformação geomorfológica, apresenta diversas particularidades regionais. Ao norte, a Serra do Mar entra em contato quase contínuo com o mar, desde a Boracéia até o limite com o Rio de Janeiro. Neste trecho, as escarpas rochosas se estendem em direção ao mar formando baías e enseadas entrecortadas por ecossistemas típicos de costões rochosos. Em direção ao sul, na Baixada Santista, a Serra do Mar possibilita a formação de planícies descontínuas, recortadas por um sistema denso de rios e canais de maré na região de Santos, São Vicente e Guarujá. As áreas planas dos estuários formam manguezais de extrema fragilidade. Na região Sul, de Itanhaém até Cananéia, predominam as planícies com influência da oscilação das marés e abrigadas da ação direta das ondas. O transporte de grande quantidade de sedimentos à costa é feito pelos rios que cortam as planícies. Os manguezais formados nos estuários são os maiores e mais preservados do litoral paulista (São Paulo 1996).

Ulva rigida é uma alga marinha verde. As espécies do género Ulva são vulgarmente conhecidas como a “alface do mar” devido à sua morfologia idêntica à da típica alface (Figura 13). As lâminas possuem uma forma achatada e o seu tamanho varia entre os 30 e os 50 cm, contudo, podem alcançar 1 metro de comprimento (Graham et al., 2008). São organismos distromáticos, ou seja, são constituídos por apenas 2 camadas de células, e cada célula possui um cloroplasto em forma de copo (Baweja et al., 2016).




Estas algas marinhas encontram-se fixas ao substrato através de rizóides e, também ocorrem em livre flutuação (Graham et al., 2008). É possível diferenciar, a nível morfológico, os indivíduos mais jovens dos mais velhos. Os indivíduos mais jovens apresentam uma coloração verde escura e possuem um toque macio, em contrapartida, os indivíduos mais velhos apresentam uma coloração verde clara e a sua superfície torna-se mais viscosa (Baweja et al., 2016). As espécies de Ulva são encontradas em diversos habitats e fixas em diferentes substratos, tais como rochas na zona intertidal (Silva et al., 2015; Graham et al., 2008). A Ulva rigida ocorre, preferencialmente, em ambientes eutrofizados, tais como, zonas lagunares ricas em fosfatos, amónia e fitoplâncton (AlgaeBase). O ciclo de vida da Ulva rigida é bifásico, ou seja, consiste na alternância entre duas gerações, de esporófito (diplóide, 2n) e de gametófito (haplóide, n). O ciclo de vida deste género é isomórfico, ou seja, tanto a fase de esporófito como a fase de gametófito são morfologicamente semelhantes e não são possíveis de distinguir a olho nu (Graham et al., 2008).

Ciclo de vida da alga verde Ulva spp

Sob condições indutoras, células específicas dos gametófitos masculinos e femininos, através de mitoses, produzem gâmetas haplóides (n) e biflagelados, que se irão conjugar e originar um zigoto diplóide (2n). Esta reprodução sexuada é do tipo anisogamia, ou seja, o gâmeta masculino é mais pequeno e possui maior mobilidade do que o gâmeta feminino (Graham et al., 2008). O zigoto diplóide (2n) sofre divisões mitóticas sucessivas até formar o esporófito multicelular diplóide (2n), morfologicamente idêntico aos gametófitos (Graham et al., 2008). Sob condições indutoras, algumas células do esporófito sofrem divisões meióticas, dando origem a zoósporos (esporos haplóides, n) quadriflagelados. Cada esporo, ao germinar, origina um gametófito masculino ou feminino, completando assim, o ciclo de vida (Graham et al., 2008). Os zoósporos flagelados e os gâmetas são produzidos em elevadas quantidades, durante a reprodução assexuada e sexuada, respetivamente. Além disso, são produzidos no bordo do talo evitando que ocorra a desintegração dos reprodutores (Graham et al., 2008).




Filo Phaeophyta
Fucus vesiculosus é uma alga marinha castanha, com cor variável entre verdeoliva e verde castanho-avermelhado (Figura 6). Por norma, alcança 0,40m de comprimento, podendo crescer até 2m. Esta alga castanha é caracterizada por possuir bexigas de ar, que são umas vesículas pequenas e esféricas cheias de ar, presentes aos pares. Estas estruturas mantêm as algas a flutuar na direção da luz, potencializando a capacidade de fotossíntese da alga (Rodrigues, 2015).

Crescem e aderem a rochas, em zonas costeiras expostas. Estas algas castanhas encontram-se nas costas do Mar do Norte, do Mar Báltico Ocidental, bem como no Oceano Atlântico e no Oceano Pacífico (Kim, 2012). Em Portugal, encontra-se no litoral norte (Rodrigues, 2015). O ciclo de vida de Fucus vesiculosus é diplonte, isto é, as estruturas reprodutivas femininas e masculinas encontram-se em indíviduos separados. Os gametas são produzidas no interior de receptáculos que se encontram na extremidade do talo. Cada receptáculo possui diversos conceptáculos (Graham et al., 2008).
Os oogónios (gametângios femininos) são produzidos nos conceptáculos de exemplares femininos, sendo que, cada oogónio produz oito óvulos haplóides (n), após a meiose. Quando a planta alcança a maturidade, as camadas da parede celular desta estrutura reprodutiva rompem e libertam os óvulos para o ambiente. Os espermatozóides são biflagelados haplóides (n) e são produzidos no anterídio (gametângio masculino) após a meiose e sucessivas mitoses, originando num total de 64 espermatozóides. Os anterídios encontram-se nos concéptaculos dos exemplares masculinos. Quando os espermatozóides são libertados para o meio ambiente, são atraídos por uma substância química libertada pelos óvulos (feromona fucoserrateno) que os conduz até aos mesmo. Contudo, esta atração apenas é eficaz quando a distância entre os gametas masculinos e os gametas femininos são entre micrômetros e milímetros. Assim que o espermatozóide fertiliza o óvulo, o óvulo fertilizado (diplóide 2n) envolve-se numa parede para evitar a poliespermia (fertilização de um mesmo óvulo por mais do que um espermatozoide) que é letal para o embrião (Graham et al., 2008; Feis, 2010). Os zigotos (diplóides, 2n) formados afundam rapidamente na coluna de água. Como a sua parede celular inicial é pegajosa, permite que os zigotos adiram em quase todos os substratos com os quais entrem em contacto. Após a sua fixação, o zigoto sofre diversas mitoses até originar, eventualmente, um novo gametófito diplóide (2n) (Figura 7) (Feis, 2010). 
 


Filo Phaeophyta
Algas pardas encontradas na praia

Ecossistema de algas



O filo Phaeophyta compreende as algas pardas ou feofíceas, abundantes no Brasil.

Elas ocorrem em maior parte no ambiente marinho e todas são multicelulares. As algas pardas podem atingir até 60 cm de comprimento e são chamadas de kelp.




Filo Rhodophyta
O filo Rhodophyta abrange as algas vermelhas ou rodofíceas. Elas são predominantemente marinhas e multicelulares.

A principal diferença desse grupo com as demais algas multicelulares é que as algas vermelhas não apresentam células flageladas.
Características das algas 




LINKS DO YOUTUBE

CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOCTISTAS
PROTOZOA
ALGAS

https://www.youtube.com/watch?v=L8zUhuvxCII

PARASITOLOGIA HUMANA 
http://tga.blv.ifmt.edu.br/media/filer_public/7e/78/7e783c68-e298-4d4a-8294-2da4e23b706b/neves_-_parasitologia_humana_-_11ed.pdf



PROTOZOOSES
ASSUNTO DE HOJE

MALÁRIA
AMEBÍASE
GIARDÍASE
DOENÇA DE CHAGAS


Protozooses são doenças causadas por organismos unicelulares pertencentes ao grupo dos protoctistas. Os protistas são heterótrofos e podem ser encontrados praticamente em todos os ambientes. Existem tanto espécies de vida livre, quanto parasitas. As espécies parasitas são aquelas que causam doenças ao homem e a outros animais, quando entrarem em contato com essas espécies. 




De modo geral, podemos nos prevenir para evitar protozooses, tomando algumas precauções como por exemplo:

1) Lavar sempre as mãos após ir ao banheiro e antes dass refeições;

2) Lavar sempre os alimentos, principalmente aqueles que são consumidos crus (frutas e verduras). Uma boa alternativa é deixar as frutas e hortaliças em uma solução de água sanitária (clorofina) e água, na proporção de uma colher de sopa de clorofina para cada litro de água.

3) Beber água tratada em caso da falta desta, devemos filtrar ou ferver água.

4) Utilizar preservativo (camisinha) em toda relação sexual, independentemente se ela for oral, vaginal ou anal.

5) Colocar mosquiteiros nas camas e telas nas portas e janelas para evitar a  entrada de insetos.


MALÁRIA

A malária é uma das parasitoses de conhecimento mais antigo e popular, sendo citada primeiramente por Hipócratres na era Pré-cristã. 

Ocorre em grandes áreas da África, Europa, Ásia e América e é conhecida popularmente como paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita ou sezão, sendo considerada uma das mais graves parasitoses humanas. 

Os parasitos responsáveis por essa enfermidade pertencem ao gênero Plasmodium e, atualmente, são encontradas 150 espécies de plasmódios infectando aves, roedores, macacos e o homem, no qual a doença é causada por quatro espécies, Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale, sendo agentes da terçã benigna, terçã maligna, quartã benigna e terçã benigna, respectivamente. 

A malária ocorre em áreas tropicais e subtropicais do mundo, sendo registrados cerca de 500 milhões de casos por ano, com 90% dos casos na África. 

Na América Latina, a maior parte dos casos se encontra na região amazônica brasileira, onde se registram até 50 mil casos por ano. 

A transmissão natural da malária ao homem ocorre quando fêmeas de mosquitos anofelinos (gênero Anopheles), parasitadas com esporozoítos em suas glândulas salivares, inoculam estas formas infectantes durante o repasto sangüíneo. As fontes de infecção humana para os mosquitos são pessoas doentes ou mesmo indivíduos assintomáticos que albergam formas sexuadas do parasito.

O ciclo do Plasmodium é heteroxeno e se inicia, como visto anteriormente, quando esporozoítos são inoculados no homem pelo inseto vetor na hora do repasto sanguíneo. 

Estes se dirigem para as células do fígado (hepatócitos) onde irão penetrar com auxílio do complexo apical, dando início ao ciclo pré-eritrocítico. 

Após a penetração, os esporozoítos se multiplicam por reprodução assexuada (esquizogonia) dando origem aos esquizontes teciduais que vão formar milhares de merozoítos, que rompem a membrana dos hepatócitos e penetram nas hemácias, dando início ao ciclo eritrocítico. As espécies P. vivax e P. ovale apresentam algumas populações de esporozoítos com constituição genética diferente, com um período de desenvolvimento lento, permanecendo dormentes nas células do fígado durante algumas semanas ou meses e denominadas de “hipnozoítos”, sendo responsáveis pelas recaídas tardias da doença. 

Os merozoítos originados do ciclo hepático, ao serem liberados das células, caem na corrente sanguínea, penetrando nas hemácias com auxílio das organelas do complexo apical. 

Após a penetração estes se diferenciam em trofozoíto jovem, trofozoíto maduro e depois em esquizonte e rosácea, seguido pelo rompimento das hemácias e liberação dos merozoítos novamente na circulação sanguínea que penetrarão em novas hemácias. 

Este ciclo se processa em intervalos regulares para cada espécie, a cada 48 horas no P. vivax, no P. falciparum e no P. ovale e a cada 72 horas no P. malariae.

Após sucessivos ciclos, alguns merozoítos penetram em hemácias jovens e se diferenciam em macro ou microgametócitos, estes quando no sangue circulante e já maduros, serão ingeridos pelos mosquitos vetores durante o processo de hematofagismo, dando origem ao ciclo sexuado, com a produção de formas infectantes para o homem, os esporozoítos. A principal forma de transmissão do plasmódio ocorre através da picada da fêmea dos mosquitos Anopheles sp. 

Outros mecanismos de transmissão com menor importância epidemiológica são a transmissão congênita, transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas e acidentes de laboratório.

A malária é uma doença sistêmica, atingindo vários órgãos, isoladamente ou em conjunto, podendo ocorrer desde casos benignos até casos fatais. 

Somente a fase eritrocítica é capaz de produzir as manifestações clínicas e a patologia da malária. A destruição dos eritrócitos e a liberação dos parasitos e de seus metabólitos na circulação provocam resposta imune do hospedeiro, determinando as alterações patológicas observadas no indivíduo parasitado. 

A manifestação clínica mais freqüente observada na fase aguda é o acesso malárico, representado por calafrio, calor e suor, com uma intermitência característica para cada espécie, sendo de 48 horas para P. vivax, de 36 a 48 horas para o P. falciparum e de 72 horas para o P. malariae. 

Sintomas como náuseas, cefaléia, vômitos e intensa debilidade física sempre acompanham o acesso malárico

Na malária grave, os fenômenos patogênicos encontrados são provocados, principalmente por: 

1) Destruição dos eritrócitos, que juntamente com outros fatores causa anemia no indivíduo, 

2) Liberação de grandes quantidades de citocinas que irão produzir febre, mal-estar e lesões endoteliais, entre outros, 

3) Seqüestro de eritrócitos parasitados, que por sofrerem modifi cações em sua superfície (knobs) se aderem à parede endotelial dos vasos sanguíneos, podendo levar a obstrução desses vasos e redução do fluxo de oxigênio, à acidose láctea e ao metabolismo anaeróbico. 

Estes últimos são responsáveis pelas manifestações mais graves da malária, que são a insuficiência renal aguda, o edema pulmonar agudo, a malária cerebral, a hipoglicemia, a hemoglobinúria e icterícia, provocadas pelo P. falciparum

O diagnóstico clínico da malária torna-se sugestivo quando o indivíduo apresenta o sintoma típico de acesso malárico, o qual nem sempre está presente em indivíduos oriundos de áreas endêmicas. 

Assim, o diagnóstico de certeza da infecção só é possível pela demonstração do parasito ou de antígenos relacionados ao Plasmodium. Apesar do grande avanço nas técnicas imunológicas, os exames parasitológicos continuam sendo os mais seguros para malária, sendo utilizados dois métodos de preparo das lâminas: o esfregaço em camada delgada e a gota espessa, que permitem a identificação específica do parasito no sangue circulante.(cesad)



Essa doença é causada por protozoários do gênero Plasmodium que pertencem ao grupo dos Apicomplexos. Os apicomplexos tem como características: 
(cite aqui as características dos protozoa apicomplexos)

A malária é transmitida ao homem através da picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles, que são hematófagas. 

As espécies de Anopheles brasileiras são:(cite aqui as espécies de Anopheles

E produzem quais formas da doença?

Enquanto suga o sangue a fêmea Anopheles, injeta nos nossos vasos sanguíneos sua saliva anticoagulante. Nessa secreção anticoagulante está a forma infestante chamada de esporozoítos. 

Os esporosítos são levados pela corrente sanguínea até o fígado e penetram nas células hepáticas onde se multiplicam assexuadamente gerando entre 6 e 16 dias depois, de 2 mil a 40 mil novos protozoários agora chamados de merozoítos.
 
Os merozoítos penetram nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) onde podem produzir entre 8 e 24 novos merozoítos. 

As hemácias infectadas se rompem liberando na corrente sanguínea novos merozoítos, que infectam hemácias sadias repetindo o ciclo, ao liberarem os merozítos liberam também substâncias tóxicas que causam febre de 39ºC a 40º C e calafrios.


A transmissão da Malária de pessoa para pessoa também pode se dar por meio de transfusão de sangue contaminado com merozoítos e compartilhamento de seringas e agulhas infectadas. No Brasil, o parasita mais comum é o Plasmodium vivax, que se espalha mais lentamente pelo corpo e dificilmente provoca a malária cerebral.

Profilaxia
Não há vacina contra malária, mas existem várias medidas de proteção individual que podem ser adotadas pela população para reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor da doença, como: 
 
usar repelente
usar cortinados e mosquiteiros
usar telas em portas e janelas
evitar frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas ao final da tarde até o amanhecer
usar calças e camisas de mangas compridas e cores claras. (conass, 2018).



Ciclo de vida do Plasmodium


O ciclo de vida do parasita da malária (Plasmodium) envolve 2 hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano.

Os esporozoítos infectam as células do fígado.

Lá, os esporozoítos amadurecem e tornam-se esquizontes.

Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo exoeritrocítico.

Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado ciclo eritrocítico)

Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de anel. Alguns, então, amadurecem para esquizontes.

Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos.

Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos.

Ao se alimentar de sangue, um mosquito Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo esporogônico.

No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos.

Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetes.

Os oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos.

Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de vida da malária.



AMEBÍASE 

A amebíase é uma doença que acomete o homem, causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, da família Entamoebida, do filo Sarcomastigophora e classe Lobozia. É transmitida de individuo para individuo, pela ingestão de alimentos ou água contaminada pelos cistos do parasito. Tem como foco primário o intestino causando desinteria, colite e enterocolite amebiana; podendo atingir outros órgãos e tecidos através da corrente sanguínea causando processos inflamatórios e necrose (REY, 2001, CHAVES E DANTAS, 2010).

A amebíase é uma infecção cosmopolita, com distribuição mundial, principalmente em países subdesenvolvidos de clima quentes, tropicais e subtropicais, onde o saneamento básico é inadequado e o abastecimento de água é precário (CHAVES E DANTAS, 2010).

Cunha (1975) mencionou que Hipocrates chegou a relacionar a incidência das epidemias disentéricas no verão, em cidades quentes e úmidas. A doença foi descoberta e descrita por Lösch em 1875, contudo, há relatos na história desde os tempos mais remotos de indivíduos que apresentaram diarréias com material esbranquiçado contendo sangue associados à icterícia e ulcerações intestinais (FÉLIX, 1947; CUNHA, 1975). Pessoa (1978) comentou que Schaudim, em1903, descreveu em seus estudos a diferenciação da ameba patogênica da não patogênica, utilizando a designação de Entamoeba histolystica para a patogênica e de Entamoeba coli para não patogênica e acrescentou que a patogenicidade da Entamoeba histolystica só foi estabelecida por Walker & Sllards, em1913.

Segundo Araujo et al (1997) a amebíase atinge também a população indígena. Observações por inquérito coproscópico mostraram que 84,0% dos habitantes de uma aldeia Paracanã, na região norte do país, estavam parasitados pela Entamoeba histolytica.


Espécies de amebas 


Espécies de Entamoebas

Espécies de amebas



Iodamoeba spp


Cisto de Entamoeba spp

A amebíase é uma infecção parasitária provocada por um protozoário da espécie Entamoeba histolytica que se aloja no intestino grosso. Ela é bastante comum em áreas do mundo onde o saneamento básico é deficiente, permitindo que alimentos e água sejam expostos à contaminação fecal.


Entamoeba histolytica, note os pseudópodes e o  núcleo central

Etiologia

(Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. Em medicina e biologia é o estudo das causas das doenças.)

A amebíase é causada pelo protozoário parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo principalmente por meio da ingestão de água ou comida contaminadas.

Essa espécie tem ciclo evolutivo monoxênico, ou seja, a Entamoeba histolytica completa seu ciclo de vida em apenas um hospedeiro. O ciclo de vida deste parasita inicia-se com sua ingestão pelo ser humano (via fecal-oral) na forma de cisto (presente em água ou alimentos contaminados), pois nesta forma o parasito apresenta parede cística, capaz de resistir ao pH ácido do suco gástrico. Uma vez que tenha passado pelo suco gástrico, o cisto diferencia-se na forma de trofozoíto na porção final do intestino delgado e passa a viver como comensal, alimentando-se de bactérias ou restos celulares. Este comportamento é denominado não patogênico. 


Ciclo patogênico
Através de mecanismos não totalmente conhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, mudança de alimentação do hospedeiro etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal. Aderidos na mucosa intestinal, eles secretam enzimas proteolíticas que provocam a lise do tecido epitelial, causando uma úlcera no local onde começam um intenso processo reprodutivo. Com esse hematoma formado, alguns trofozoítos podem cair na corrente sanguínea e iniciam a se alimentando de hemácias e posteriormente vão invadir os órgãos (o órgão mais comum a ser atacado é o fígado, mas podem atingir os pulmões e o cérebro).



Esse parasita também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a matéria fecal. Entamoeba histolytica libera cistos, que são uma forma relativamente inativa e muito resistente do parasita e que pode viver por vários meses no ambiente em que foram depositados, geralmente nas fezes, no solo e na água. 

A amebíase é uma doença que apresenta incidência mundial e pode contaminar qualquer pessoa, mas costuma prevalecer em locais que não possuem saneamento básico, afetando também pessoas que não possuem bons hábitos de higiene, principalmente bebês e crianças que brincam no chão e possuem o costume de colocar as mãos na boca.

A amebíase atinge mais de 50 milhões de pessoas por ano no mundo todo, mas a taxa de mortalidade é menor do que 1%. Na América Latina, Ásia tropical e África, duas a cada três pessoas terão a doença, mas, na maioria dos casos, não há complicações, pois os sintomas não são perceptíveis e tanto a profilaxia e o tratamento são fáceis.

Após a infecção do hospedeiro via ingestão de cistos, os trofozoítos colonizam o lúmen intestinal, onde se multiplicam e vivem como comensais, usando bactérias e restos celulares como fonte de energia. 

Entretanto, quando os trofozoítos penetram na mucosa intestinal, provocam uma reação inflamatória que pode levar à destruição do tecido envolvido. 

Muitos estudos procuram identificar e caracterizar as bases moleculares da reação citolítica, que é iniciada a partir do contato íntimo entre a célula-alvo e o parasito. 

Após contato estabelecido (entre a Entamoeba sppe a célula intestinal) pelo reconhecimento de moléculas de galactose (Gal) ou N-acetil-D-galactosamina (GalNAc) presentes na superfície das células-alvo por lectinas expressas pelo parasito, dispara-se uma cascata de sinalização intracelular, ocorrendo liberação de moléculas protéicas conhecidas como amebaporos. Essas moléculas inserem-se na membrana da célula-alvo formando canais iônicos. Além disso, o parasito libera cisteína-proteinases, que são responsáveis pela degradação da matriz extracelular, facilitando, assim, a invasão tecidual. 

Em poucos minutos a célula torna-se intumescida, com a formação de uma bolha citoplasmática indicando a perda da permeabilidade da membrana plasmática; e, como conseqüência, ocorre a morte celular.

A Entamoeba dispar é capaz de causar lesões intestinais focais em animais de laboratório, como gatos, gerbilos e cobaias. No homem vive como um comensal estável e avirulento, produzindo um estado de portador assintomático e sendo aproximadamente 10 vezes mais prevalente do que a Entamoeba histolytica. Outras espécies de ameba, como, por exemplo, a Entamoeba hartmanni e a Entamoeba coli, são capazes de infectar o homem e não produzir ações patogênicas, vivendo apenas como comensais em nosso intestino.


O diagnóstico laboratorial do complexo E. histolytica/E. dispar é realizado rotineiramente pela demonstração microscópica de cistos e/ou trofozoítos no sedimento fecal. No entanto, para a identificação espécie-específica, é necessária a realização de exames que se baseiem na detecção de coproantígenos e/ou da pesquisa de DNA por reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando sondas espécie-específicas.

PATOGENIA

A patogenia da amebíase está diretamente relacionada com a capacidade de síntese e secreção de moléculas responsáveis pela virulência dos trofozoítos. 
A família dos amebaporos é composta pelas isoformas A, B e C, que foram isoladas como peptídeos biologicamente ativos a partir do citoplasma granular de cepas patogênicas, na proporção de 35:10:1, respectivamente. 
Essas moléculas são capazes de penetrar na superfície hidrofóbica da membrana plasmática das células-alvo enquanto, simultaneamente, expõem o lado polar da cadeia para a água graças ao seu arranjo de α-hélices anfipáticas
Os monômeros tendem a oligomerizar-se como moléculas de alta massa molecular, num processo dirigido por interação peptídeo-peptídeo, formando um canal preenchido por água através do qual íons e outras moléculas pequenas passam livremente, resultando em lise osmótica da célula do intestino. 

Outro grupo de molécula é composto pelas lectinas localizadas na superfície dos trofozoítos, que reconhecem especificamente os oligossacarídeos N- e O-ligados, como a Gal e a GalNAc, presentes na superfície das células-alvo, incluindo neutrófilos e macrófagos, assim como as células colônicas que revestem o epitélio intestinal, principais alvos do efeito citolítico da E. histolytica. Após contato entre as moléculas de lectina e glicoconjugados, há uma mudança conformacional da subunidade maior da lectina, disparando uma cascata de transdução de sinal responsável pela citólise da célula-alvo. 
Além dessa função, as lectinas protegem os trofozoítos do ataque do sistema complemento, pois parecem possuir similaridade funcional com a proteína regulatória do complemento, a CD59, a qual se liga às subunidades C8 e C9 do complexo C5b-9.

A função da cisteína-proteinase na invasão tecidual é atribuída à sua habilidade em clivar estruturas que compõem a matriz extracelular (colágeno, laminina e fibronectina). Alguns estudos de microscopia eletrônica demonstraram que, após a adesão dos trofozoítos na superfície apical de células polarizadas, ocorre diminuição na resistência do epitélio devido a uma modificação da integridade morfológica da camada lipídica e das proteínas que compõem as junções celulares. Alguns estudos demonstraram o desprendimento das células epiteliais colônicas após contato com os trofozoítos, sugerindo que a degradação da membrana basal seja um importante passo na invasão tecidual. Além disso, quando o parasita alcança a corrente circulatória, as moléculas de cisteína-proteinase são capazes de degradar tanto imunoglobulinas da classe A (IgA) humanas presentes nas mucosas como moléculas de IgG por meio de clivagem de sua cadeia pesada. Assim, as proteinases não agem somente na degradação das barreiras naturais do hospedeiro como a fibronectina, o colágeno e a laminina, mas também exercem forte influência na imunidade específica pela clivagem de determinados isotipos de imunoglobulinas.
(o trabalho continua Aqui).

Complete com os nomes o ciclo abaixo:




Ciclo de vida da Entamoeba histolytica



Coloque os nomes de todas as fases e explique como se da a infecção.

Ciclo de vida da Entamoeba histolytica

Profilaxia 
Podemos nos prevenir para evitar protozooses, tomando algumas precauções como por exemplo:

1) Lavar sempre as mãos após ir ao banheiro e antes das refeições;

2) Lavar sempre os alimentos, principalmente aqueles que são consumidos crus (frutas e verduras). Uma boa alternativa é deixar as frutas e hortaliças em uma solução de água sanitária (clorofina) e água, na proporção de uma colher de sopa de clorofina para cada litro de água.

3) Beber água tratada em caso da falta desta, devemos filtrar ou ferver água.

4) Utilizar preservativo (camisinha) em toda relação sexual, independentemente se ela for oral, vaginal ou anal.

5) Colocar mosquiteiros nas camas e telas nas portas e janelas para evitar a  entrada de insetos.


GIARDÍASE

A Giardia possui duas formas morfológicas: cistos e trofozoítas.



Giardia spp (drauzio)

Giardia lamblia


Os cistos são as formas do parasita liberadas pelas fezes dos pacientes infectados, podendo sobreviver por muito tempo no ambiente se houver umidade.

A transmissão da Giárdia é fecal-oral, ou seja, ocorre pela ingestão dos cistos de Giardia que saem nas fezes de humanos ou outros mamíferos. Quanto piores forem as condições de saneamento de um local, maior o risco de epidemias de giardíase. Falarei especificamente dos meios de transmissão mais abaixo.

Após a ingestão do cisto, a Giardia, no intestino delgado, se transforma na forma trofozoíta, tornando-se organismos flagelados que medem apenas 15 micrômetros (0,015 milímetros). (mdasude)

Para um melhor entendimento, podemos dizer que os cistos funcionam como ovos e os trofozoítas são os filhotes que saem do mesmo. Os trofozoítas são a forma capaz de se reproduzir, multiplicando-se dentro do intestino delgado do paciente contaminado, aderindo a sua parede e alimentando-se da comida que passa.

Quando o parasita chega ao intestino grosso, ele volta a forma de cisto, pois este é o único meio de sobreviver no meio ambiente após a sua eliminação nas fezes.

Forma de transmissão

A giardíase é transmitida pela via fecal-oral. Qualquer situação em que os cistos de Giárdia liberados nas fezes alcancem a boca de outras pessoas, causará a contaminação. Alguns exemplos:

Beber ou banhar-se em águas contaminadas.
Contaminação de alimentos por mãos mal lavadas. O processo de cozimento mata os cistos da Giárdia, portanto, este modo de transmissão é mais comum com alimentos crus ou contaminados somente após estarem prontos.
Creches e instituições de idosos onde há pouca preocupação com higiene.
Sexo anal.
Contato com fezes de cães e gatos contaminados.
Manuseio de solo contaminado sem a devida limpeza posterior das mãos.

A maioria das pessoas contaminadas pela Giardia lamblia não apresentarão sintomas. Naqueles que terão sintomas, os mais comuns são:

Diarreia, normalmente bem líquida, mas por vezes gordurosa, chamada de esteatorreia
Cólicas abdominais.
Mal-estar.
Flatulência Náuseas e vômitos.
Emagrecimento.
Febre é um sintoma menos comum e ocorre em menos de 15% dos casos.
Os sintomas descritos acima costumam surgir em aproximadamente 1 a 2 semanas após a contaminação com os cistos de Giárdia, durando em média por 2 a 4 semanas.(mdasude)

Após uma fase aguda, cerca de 2/3 dos pacientes que tiveram sintomas apresentam melhora espontânea. 1/3, porém, desenvolvem a infecção crônica pela Giárdia, mantendo-se infectados e sintomáticos por longos períodos. Na giardíase crônica, os sintomas mais comuns são:

Fezes pastosas.
Esteatorreia (fezes gordurosas e com forte odor).
Perda de peso importante.
Cansaço.
Depressão.
Um dos principais problemas da infecção pela Giárdia é a síndrome de má absorção, caracterizada clinicamente pela perda de peso e esteatorreia. O paciente com giardíase apresenta dificuldade em digerir gorduras, carboidratos e vitaminas. Até 40% dos pacientes desenvolvem intolerância à lactose.(mdasude)

Diagnóstico
A infecção pela Giárdia é normalmente diagnosticada através do exame parasitológico de fezes. Como o parasita é eliminado de modo intermitente, a coleta de pelo menos três amostras de fezes aumenta a chance de encontrarmos cistos.

Tratamento
O tratamento da infecção pela Giardia tem dois objetivos: eliminar os sintomas nos pacientes sintomáticos e interromper a eliminação dos cistos pelas fezes, quebrando a cadeia de transmissão.(mdasude)

Os esquemas terapêuticos mais indicados são os seguintes (doses para adultos):

Tinidazol (Pletil) 2000 mg em dose única.
Secnidazol (Secnidal) 2000 mg em única.
Metronidazol (Flagyl) 500 mg – 2 vezes por dia por 5 dias.
Nitazoxanida (Annita) 500 mg – 2 vezes por dia por 3 dias.
Albendazol (Zolben, Zentel) 400 mg – 1 vez por dia por 5 dias.
Mebendazol (Pantelmin) 300 mg – 3 vezes por dia por 5 dias.

Como a Giardia lamblia em si não faz mal para o bebê, nas grávidas com giardíase leve, que são capazes de se manter hidratadas e bem nutridas, é razoável adiar o tratamento até pelo menos o segundo trimestre para minimizar o risco de efeitos adversos dos fármacos para o feto.
(mdasude)

Porém, se o obstetra entender que o tratamento é necessário durante o primeiro trimestre, o medicamento mais seguro é a paromomicina (10 mg/kg por via oral, 3 vezes por dia, por 5 a 10 dias), por apresentar absorção sistêmica limitada.

Durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez, agentes antimicrobianos aceitáveis incluem paromomicina, tinidazol, nitazoxanida ou metronidazol.


DOENÇA DE CHAGAS 

A doença de Chagas, também conhecida como tripanossomíase americana, foi descrita por Carlos Chagas em 1909 quando este identificou o Trypanosoma cruzi como agente etiológico e o Triatoma infestans como um dos insetos hematófagos responsáveis pela sua transmissão vetorial.



Espécies de Triatoma spp

Essa enfermidade atinge atualmente cerca de 7-8 milhões de pessoas e afeta os sistemas cardiovascular, gastrointestinal ou nervoso do hospedeiro. A doença de Chagas é endêmica em muitas regiões das Américas, ocorrendo da Argentina até sul do México e também alguns casos relatados nos Estados Unidos (WORLD HEALTH ORGANISATION, 2015). 

Contudo, desde a década passada a doença de chagas já havia ganhado proporções mundiais com casos relatados em países em outros continentes (Figura abaixo), propiciado principalmente pela migração populacional (PEREZ; LYMBERY; THOMPSON, 2015).

Distribuição global da doença de Chagas, baseado em dados oficiais. Adaptado (PEREZ; LYMBERY; THOMPSON, 2015, SANTOS JUNÍOR, 2018).

Assim, o principal modo de transmissão do Trypanosoma cruzi se dá por meio das fezes de insetos triatomíneos hematófagos chamados de “barbeiros”, após o repasto sanguíneo

Além da acima mencionada transmissão vetorial, a doença de Chagas pode ser propagada de outras formas como ingestão de alimentos contaminados, transmissão congênita, transfusão de sangue, transplante de órgãos e acidentes de laboratório (WORLD HEALTH ORGANISATION, 2015).

Com o desequilíbrio ecológico provocado pela ocupação dos ambientes onde vivem o Triatoma e pelas atividades antrópicas em áreas silvestres e rurais, a doença disseminou-se, tornando-se endêmica em muitas regiões

Normalmente, as pessoas mais expostas possuem uma baixa condição sociocultural e econômica o que agrava os efeitos da doença sobre a sociedade (CARLOS PINTO DIAS et al., 2016). (são pessoas negligenciadas pelas autoridades públicas, são invisibilizados pelo sitema).

Nos últimos anos (2002-1015) empreendeu-se um grande esforço para se eliminar a transmissão domiciliar por Triatoma infestans. Sendo assim, o Brasil foi considerado livre desta modalidade de infecção pela Comissão Intergovernamental do Cone Sul. 

Apesar disso deve-se salientar que espécies outras de barbeiros podem transmitir a doença em diversas regiões do Brasil. No Nordeste brasileiro, por exemplo, há espécies de triatomíneos silvestres que se adaptam muito bem às moradias, atraídos pelas luzes das casas. 

O fenômeno da migração rural em direção aos centros urbanos no Brasil, fez aumentar a transmissão por transfusão sanguínea. Com a maior parte dos indivíduos infectados vivendo nas cidades, o risco de transmissão por transfusão sanguínea é muito alto, caso não se observe rigoroso controle nos bancos de sangue. A despeito dos progressos no controle da doença de Chagas, essa enfermidade segue como problema de saúde pública, sobretudo nas grandes cidades para onde convergiram pessoas infectadas pelo parasito, sejam aquelas assintomáticas ou oligossintomáticas em busca de trabalho, ou doentes em busca de tratamento (ARAUJO; SABROZA; DA SILVA, 2017,  SANTOS JUNÍOR, 2018)

A doença de Chagas pode se apresentar nas fases aguda ou crônica, que se diferenciam tanto pelo tempo de infecção quanto pela resposta do hospedeiro. 

As características da fase aguda variam quanto à presença ou não de sintomas e a sua gravidade. 
Na fase crônica o paciente pode apresentarse sem sintomas aparentes (fase indeterminada) ou desenvolver a forma cardíaca, digestiva ou neurológica da doença (BRASIL, 2014; CARLOS PINTO DIAS et al., 2016; WORLD HEALTH ORGANISATION, 2015). 

Cerca de 40% dos pacientes enfermos desenvolvem a fase crônica sintomática da doença, sendo que 30% dos casos apresentam alterações cardíacas e 10% somam aqueles que apresentam alterações digestivas ou neurológicas (BRASIL, 2014; CARLOS PINTO DIAS et al., 2016; WORLD HEALTH ORGANISATION, 2015) os demais 60% são portadores da doença na sua fase indeterminada e consequentemente não possuem sintomas. 

Na fase aguda, o diagnóstico é feito pela detecção do parasito no sangue periférico do doente, usando métodos diretos (pesquisa do parasito), uma vez que neste momento anticorpos ainda não são detectáveis. Ademais, importantes sintomas clínicos podem ser evidenciados na fase aguda, e estes sinais dependem da porta de entrada do parasito (ocular ou cutâneo). O Sinal de Romaña, um edema bipalpebral e o Chagoma de inoculação cutâneo (Figura abaixo) são exemplos destes sinais (CARLOS PINTO DIAS et al., 2016,  SANTOS JUNÍOR, 2018).

Na fase crônica da doença predomina a baixa parasitemia tornando os testes parasitológicos pouco eficientes. Como o título de anticorpos é mais elevado nesta fase, o método de diagnóstico se baseia na pesquisa de anticorpos anti-T. cruzi no sangue do paciente (WORLD HEALTH ORGANISATION, 2015). Sem vacinas, atualmente no Brasil a única droga disponível para o tratamento dos doentes é o benzonidazol. Este medicamento possui maior efetividade no tratamento de quadros agudos tendo baixa taxa de curas na fase crônica e apresentam muitos efeitos colaterais que levam à interrupção do tratamento (Brasil 2014). Torna-se, portanto, urgentemente necessário o desenvolvimento de novos medicamentos mais eficientes e mais bem tolerados.


Eventos do ciclo de vida do Trypanosoma cruzi: 1) Tripomastigotas metacíclicos são liberados por meio das fezes do inseto vetor infectado (Triatoma infestans), e posteriormente o parasita poderá infectar o hospedeiro por uma lesão na pele ou por meio das mucosas; 2) Tripomastigotas metacíclicas são fagocitados e ao escaparem do fagossomo se diferenciarão em formas amastigotas no citoplasma; 3) Amastigotas se replicam; 4) Amastigotas se diferenciam em formas tripomastigotas sanguíneas e após o rompimento celular caem no sistema circulatório infectando novas células; 5) Inseto vetor ingere sangue contendo tripomastigotas; 6) Tripomastigotas se diferenciam em formas epimastigotas; 7) Epimastigotas multiplicam-se na luz do sistema digestivo do inseto vetor; 8) Epimastigotas se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos. 
Adaptado de: www.dpd-cdc-govdpdx.





Bibliografia 

https://www.ufrgs.br/colegiodeaplicacao/wp-content/uploads/2020/09/101_completo.pdf


AMEBIASE


Complete a classificação desse protozoário em seu blog

Domínio:

Reino:

Classe:

Ordem:

Família:

Gênero:

Espécie:


Sinais e sintomas da Amebíase

A maioria das pessoas com amebíase não manifesta sintomas. Quando eles surgem, no entanto, costumam aparecer de sete a dez dias após a exposição ao parasita.

Sintomas leves da amebíase

1. cólicas abdominais

2. Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional

3. Fadiga

4. Gases em excesso

5. Dor retal durante evacuação (tenesmo)

6. Perda de peso involuntária (emagrecimento)

Sintomas graves da amebíase

1. Sensibilidade abdominal

2. Evacuação de fezes pastosas líquidas, às vezes com sangue e muco

3. Evacuação de dez a 20 vezes por dia

4. Febre e calafrios

5. Vômitos


Se você apresentar esses sinais e sintomas você pode estar infectado por esse protozoário, mas somente um médico pode dizer com certeza qual parasita que infesta o seu sistema digestório. Assim, você pode chegar à consulta com algumas informações sobre o que você sente:

Elabore uma lista com todos os sinais e sintomas que você está sentindo e há quanto tempo você os sente, ou seja, há quanto tempo eles apareceram e qual a intensidade deles e suas frequência. Leve também seu histórico médico, incluindo outras condições patogênicas que por ventura você tenha, bem como medicamentos ou suplementos que você toma com regularidade.


Diagnóstico e tratamento da Amebíase

O diagnóstico específico para amebíase é feito pelo médico: proctologistas, infectologistas, gastroenterologistas e também clínico geral, e consta de exame de fezes e exames laboratoriais são necessários para verificar a função hepática e para determinar se houve danos ao fígado ou outros órgãos. Também o médico poderá pedir um exame de sangue em busca dos antígenos que o corpo produz para combater o protozoário causador da amebíase.

O tratamento para casos simples de amebíase geralmente consiste na prescrição de um medicamente que mata o protozoário parasita, geralmente é usado o metronidazol por dez dias, administrado por via oral. 

Se o parasita tiver invadido os tecidos intestinais ou órgãos internos, a intervenção deve focar, também, no tratamento sistêmico, i.e.., de todas as áreas afetadas pelo parasita Entamoeba spp. Se a infecção parasitária causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, uma cirurgia poderá ser necessária. Após o tratamento da amebíase, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de que os parasitas foram mortos e a infecção foi eliminada.


Medicamentos para Amebíase

Os medicamentos mais usados para o tratamento de amebíase são: Annita, Benzoilmetronidazol, Doxiciclina, Flagyl, Flagyl Pediátrico, Helmizol (comprimido), Helmizol (suspensão), Secnidazol, Metronidazol.


Profilaxia

Saneamento básico e condições adequadas de higiene são a chave para evitar a amebíase. Outras medidas também podem ser adotadas:

1) Lave bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos.

2) Lave bem frutas e verduras antes de comê-las.

3) Evite comer frutas ou vegetais sem lavar, ou antes de lavá-los e descascá-los você mesmo.

4) Beba somente água tratada, filtrada ou fervida ou engarrafada.

5) Evite leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados.

6) Evite alimentos vendidos por ambulantes dos quais voce não sabe as condições de higiene do preparo.

7) A amebíase também pode ser transmitida através do sexo sem proteção. Assim, a utilização do preservativo previne este meio de transmissão.



ATIVIDADES 



1) DESCREVA AS DOENÇAS A SEGUIR EM SEU BLOG (use a Malária como exemplo): AMEBÍASE, LEISHMANIOSE, DOENÇA DE CHAGAS, MALÁRIA.



2) FAÇA UM ESQUEMA NO SEU BLOG DO CICLO DE VIDA DETALHADO PARA PROTOZOA CAUSADOR DE CADA DOENÇA 



3) COLOQUE FOTOS E ESQUEMAS (QUANDO MAIS DETALHADAS AS DOENÇAS MELHORES SERÃO AS NOTAS DOS ALUNOS).



4) NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR PARA CADA DOENÇA SUA PROFILAXIA

5) POSTE NO SEU BLOG. (TEMOS UMA SEMANA PARA EU OLHAR)

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO:

AS DOENÇAS DEVEM TER UM HISTÓRICO
OS DADOS DEVEM SER VERDADEIROS E FIDEDIGNOS
ESBANJE EM ESQUEMAS E FIGURAS E FATOS DAS DOENÇAS NO BRASIL
SE ENCONTRAREM OUTRA DOENÇA CAUSADA POR PROTOZOA E QUISEREM COLOCAR (SERÁ MELHOR AVALIADA)
COLOQUE A BIBLIOGRAFIA

















NOSSOS ASSUNTOS DE HOJE 
(26 MARÇO 2020-21-22) 



ORIGEM DOS PROTOCTISTAS



CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOCTISTAS: PROTOZOA E ALGAS (LIVRO PAG. 85 A 102)



PROTOZOA: SÃO CLASSIFICADOS DE ACORDO COM SEUS MECANISMOS DE LOCOMOÇÃO. ENTÃO VAMOS VER O VÍDEO DO YT QUE MOSTRA UMA CLASSIFICAÇÃO PARA OS PROTOZOA. NO FINAL DO VÍDEO: LER AS PÁGINAS DE 85 A 102. QUE TRATA DAS ALGAS E DOS PROTOZOÁRIOS. 



NO CADERNO: PRODUZIA UMA CLASSIFICAÇÃO SEGUINDO AS INFORMAÇÕES DO LIVRO. USE CORES (LÁPIS DE COR, CANETINHAS, O QUE VC QUISER) PARA FAZER UM RESUMO BEM INTELIGENTE E INTERESSANTE, CONTANDO 



1) QUEM SÃO OS PROTOCTISTAS, COMO SÃO CLASSIFICADOS. PORQUE SÃO TÃO DIFERENTES DENTRO DESSES REINO.



2) COMO SÃO CLASSIFICADAS AS ALGAS E PROTOZOÁRIOS? QUE CRITÉRIOS SÃO USADOS PARA CLASSIFICAR?



PARA CADA FILO DAS ALGAS FAÇA: UM ESQUEMA DO CORPO DA ALGA OU PEGUE NA INTERNET UMA FOTO DA ALGA (IMPRIMA E RECORTE E COLE NO SEU CADERNO OU SE QUISER DESENHE).



3) COMO SÃO CLASSIFICADOS OS PROTOZOÁRIOS? COPIE NO SEU CADERNO A TABELA DA PAGINA 97 DO LIVRO. (LEIA O CAPITULO NESSA PÁG.: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PROTOZOA)



O LIVRO (PAG. 85 a 102) (VOU OLHAR NA VOLTA DAS AULAS E DAR UMA NOTA PELA CLASSIFICAÇÃO)


4) NO BLOG www.segundocientista.blogspot.com PROCURE: PROTOCTISTAS E 

EXPLIQUE COMO SE DA A DIGESTÃO CELULAR NOS PROTOZOA. FAÇA UM ESQUEMA NO SEU CADERNO. USE UMA FOLHA INTEIRA PARA O ESQUEMA (PODE COLORIR) 


5) EXPLIQUE A IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA DAS ALGAS E DOS PROTOZOÁRIOS.

6) NO BLOG QUE AVALIAREI DAQUI A NOVE (9 DIAS) NA SEXTA QUE VEM: O CONTEÚDO QUE DEVE JÁ DEVE ESTAR POSTADO: BACTÉRIAS (EUBACTÉRIAS E ARQUEOBACTÉRIAS), DOENÇAS BACTERIANAS, COMO AGEM OS ANTIBIÓTICOS E ONDE AGEM CADA TIPO DE ANTIBIÓTICO; PAPEL ECOLÓGICO E ECONÔMICO DAS BACTÉRIAS; PROTOCTISTAS: ORIGEM, PORQUE SÃO UM REINO POLIFILÉTICO, CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DESE REINO, E SUA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E ECOLÓGICA.







IMPORTANTÍSSIMO








OLHE OS SEGUINTES FILMES SOBRE PROTOCTISTAS NO YT







FILMES SOBRE PROTOZA SE ALIMENTANDO



SARCODÍNEA AMEBAS (PSEUDÓPODES)










FORAMINIFEROS


Classificação e fisiologia dos foraminíferos


quem são os foraminíferos e indicadores da temperatura da terra


classificação dos foraminíferos 



petróleo e dinâmica das placas tectônicas 



A vida dos foraminíferos (atuais e fósseis) 

CILIADOS



(diversas funções dos ciliados e diversos ciliados )

ALGAS













http://philschatz.com/biology-book/contents/m44616.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Protist
http://alumnobioe.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html
https://blogdoenem.com.br/fagocitose-pinocitose-e-digestao-intracelular-biologia-enem/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protista
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/exocitose
https://blogdoenem.com.br/fagocitose-pinocitose-e-digestao-intracelular-biologia-enem/
https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2433751&chapterid=19621
https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2433751&chapterid=19622
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endossomo
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/mutualismo.htm
https://www.semanticscholar.org/paper/Molecular-characterization-and-phylogeny-of-four-of-Boscaro-James/d438330412528a88bca996009d66379873fb3c72
http://www.microscopy-uk.org.uk/mag/wimsmall/termite.html
https://www.expertoentermitas.org/termitologia-m/termitologia/termitologia-capitulo-x-la-digestion-de-la-madera/
https://www.youtube.com/watch?v=u1ijYz37Ssw
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monofilia
http://cfb.unh.edu/phycokey/Choices/Chlorophyceae/unicells/non_flagellated/ZOOCHLORELLA/Zoochlorella_Image_page.html
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/algas-2-caracteristicas-gerais-classificacao-e-reproducao.htm
http://penta3.ufrgs.br/veterinaria/motilidade/
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/plastidios.htm
https://www.euquerobiologia.com.br/2017/12/amiloplastos-leucoplastos-caracteristicas-funcoeshtml
http://biovegetal.es/docencia-asignaturas-impartidas/biolog%C3%ADa-de-la-plantas/tema-1/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/cilios-e-flagelos
https://www.todamateria.com.br/algas/

liquens




CICLO DE VIDA DA ALGA VERMELHA GRACILARIA SP

A maioria das populações do género Gracilaria possuem um ciclo de vida do tipo polysiphonia. Ou seja, as fases tetrasporófitas (diplóides, 2n) e gametófitas (haplóides, n) são morfologicamente idênticas. Além disso, verifica-se que na fase gametófita existe o mesmo número de indivíduos femininos e de indivíduos masculinos (Figura 9). O gametófito masculino liberta os seus gâmetas masculinos (spermatia), que vão fertilizar, in situ, os gâmetas femininos. Para que a fusão dos gâmetas ocorra com sucesso, é necessário que os indivíduos se encontrem próximos (Kain & Destombe, 1995). O zigoto formado, desenvolve-se como uma terceira fase, o chamado carposporófito (diplóide, 2n). Esta estrutura consiste numa massa de filamentos capaz de produzir uma enorme quantidade de esporos (carpósporos, diplóides) (Graham et al., 2008), e é completamente dependente do gametófito feminino. Os carpósporos resultantes, são produto de uma única fusão de gâmetas, sendo por isso, todos geneticamente idênticos (Kain e Destombe, 1995).

Quando maduros, os carpósporos são libertados na água, fixam-se e germinam, dando origem a uma segunda geração, multicelular e diplóide (2n), o tetrasporófito. O tetrasporófito desenvolve-se através de sucessivas mitoses e citocineses que ocorrem no carpósporo que lhe deu origem. Por norma, são estruturas de vida livre, pelo que, são independentes dos gametófitos e dos carposporófitos (Graham et al., 2008). Quando os tetrasporófitos se encontram maduros, produzem tetrásporos nos tetrasporângios. Os tretrasporângios desenvolvem-se pela modificação da célula apical da ramificação (Graham et al., 2008). A reprodução envolve o processo de meiose, dando origem a 4 tetrásporos (haplóides, n), geneticamente variáveis (Kain & Destombe, 1995).

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