3/07/2022

CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS

 VÍRUS:CARACTERÍSTICAS GERAIS 




1) COMPOSIÇÃO QUÍMICA
CAPSÍDIO
Envoltório constituído de proteínas
Proteínas estruturais e não-estruturais  
MATERIAL GENÉTICO
O material genético é constituído por DNA ou RNA ou DNA+RNA (citomegalovírus, em momentos difererntes de seu "ciclo de vida")

2) PATOGENICIDADE E VIRULÊNCIA
patogenicidade é a propriedade de um microrganismo provocar alterações fisiológicas no hospedeiro, ou seja, capacidade de produzir doença. 

virulência, do latim virulentia,  é o grau de patogenicidade de um agente infeccioso, que se expressa pela gravidade da doença, especialmente pela letalidade e pela proporção de casos com sequelas.

3) ENTIDADE BIOLÓGICA ACELULAR 
Os vírus não apresentam célula, são entidades biológicas constituídas apenas de proteínas estruturais e algumas enzimáticas e material genético, i.e., sem organização celular. Oraganização morfológica simples (vírions) quando comparados com organismos celulares mesmo procariotos. São incapazes de crescer em tamanho e de se reproduzir por conta própria fora de uma célula hospedeira.

4) SEM METABOLISMO
Os vírus não apresentam metabolismo, i.e., não apresentam o conjunto de todas as transformações bioquímicas, que ocorrem nos seres vivos para produção de energia. Transformações pelas quais passam as substâncias que o constituem: reações de síntese (anabolismo) e reações de desassimilação (catabolismo) que produzem energia. Sem metabolismo não há possibilidade de vida autônoma.

5) SEM NÚCLEO
Os vírus não apresentam núcleo, seu material genético esta solto no interior de um capsídeo protéico, algumas vezes seu genoma esta ligado a proteinas do envelope ou do próprio capsídeo ou ambos.
 
6) SEM CITOPLASMA
Os vírus não apresentam citoplasma, nem organelas membranosas.

7) SEM RIBOSSOMOS E SEM ORGANELAS MEMBRANOSAS
Os vírus não apresentam ribossomos nem organelas razão pela qual necessitam da maquinaría das céluas para replicar seu material genético.

8) NÃO CRESCEM
Diferente de todos os organismos celulares, que apresntam um período de crscimento celular, os vírus não crescem.

9) NÃO SE DIVIDEM (SEM AJUDA DE UMA CÉLULA  HOSPEDEIRA)
Sem metabolismo, sem organelas e sem crescimento, não há possibilidade de divião ou de multiplicação independente. De fato, os vírus fora da células hospedeirsa apresentam um estado cristalizado, inerte.

10) SÃO PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS
Como os vírus não possuem nemhuma das organelas, nem insumos, como nucleotidios, aminooácidos etc, necessárias para conduzir qualquer processo bioquímico em seu interior, eles obrigatoriamente ncessitam de um hospedeiro onde possam encontrar esses elementos que possibilitam sua replicação. O conceito de parasita obrigatório foi criado por Thomas Milton Rivers em 1926. T.M. Rivers (1888 - 1962) considerado o pai da moderna vilologia .

11) APRESENTAM ESPECIFICIDADE CELULAR
Os vírus apresntam uma especificidade celular, i.e., estão adaptados para reconhecer e infectar um tipo celular específico. 
 
12) EVOLUEM ATRAVÉS DE MUTAÇÃO E SELEÇÃO NATURAL
Os vírus como todas as entidades biológicas que possuem material gaenético, e que se replicam, estão propensos a erros de cópia em seu material gnético, possibilitando o surgimento de variação relevante (variância relevante), que pode ser discriminado pela seleção natural, ou que pode sofrer escritínio pela seleção natural, resultado em evolução do mais apto (aquele que deixa mais copias de si mesmo.



ESTRUTURA E MORFOLOGIA VIRAL 

Os vírus são um dos inimigos mais perigosos da nossa saúde, atacando células e causando doenças mortais como Covid-19, AIDS e gripe (influenza A). No entanto, os pesquisadores estão descobrindo maneiras de enganar os vírus para melhorar nossa saúde em vez de causar doenças

O adenovírus é um dos vírus usados ​​com esse propósito. É encontrado em todo o mundo, mas geralmente causa apenas doenças leves quando infecta as células. Pode ser fatal, no entanto, em crianças ou pessoas com sistema imunológico enfraquecido e idosos. Formas modificadas do vírus estão sendo desenvolvidas para curar doenças genéticas, combater o câncer e produzir vacinas.

Tamanho dos vírus



Como vimos existem vários tipos de vírus, que podem ter estrutura, forma e tamanhos diferentes. 

Para ficar mais fácil da gente entender, vamos falar sobre um vírus sobre o qual  se fala muito atualmente: o SARS-CoV-2, o novo coronavírus, o vírus causador da Covid-19.

Segundo pesquisadores, esse vírus tem entre 50nm a 200nm

Mas o que é nm? Vamos entender o que representa essa sigla: O nanômetro (nm) é uma unidade de medida. Dizemos que ele é uma fração do metro (unidade mks) (a unidade de medida que usamos para comprimento), assim como o centímetro (cm), que usamos para medir distâncias como um desenho no papel. Outro conhecido é o quilômetro (km), que é um múltiplo do metro, e nós usamos bastante para medir distâncias entre lugares, como a distância de Porto Alegre até o Litoral (90 Km) ou a distância de nossa casa até o colegio.

Para imaginarmos quanto vale 1 nanômetro, precisaríamos dividir 1 centímetro em dez milhões de vezes! Pegue uma régua, olhe para a marcação de 1cm e imagine esse tamanho dividido em dez milhões, ou  bilionésima parte de um metro, ou 10-9 m (10 elevado na menos 9 metros); ou (0,000.000.001 metro, um bilionésimo de metro, ou um milionésimo de milímetro, 1000 mm = 1,0m)




Tupanvírus (brasileiro) um vírus parasita de amebas, 
é o maior vírus do planeta.




O capsídeo do adenovírus

O adenovírus é um vírus grande, composto por um complexo capsídeo protéico que envolve seu genoma de DNA e proteínas centrais. 

A estrutura do capsídeo foi recentemente resolvida por microscopia crioeletrônica  e cristalografia de raios-X. 


O capsídeo é icosaédrico: as faces são compostas por 240 hexons, cada um composto por três proteínas idênticas, e 12 pentons ficam nos vértices, cada um composto por cinco cadeias de proteínas. Uma fibra longa se estende de cada vértice, composta por três cadeias idênticas que formam um botão na extremidade. Além disso, vários tipos de proteínas "menores" se ligam nas ranhuras entre os hexons e pentons, guiando a montagem do capsídeo e colando toda a estrutura.

Capsídeo e reconhecimento celular

O capsídeo do adenovírus tem a função de encontrar uma célula e entregar o genoma viral dentro dela. A maior parte da ação ocorre nos vértices. As fibras longas ligam-se seletivamente a receptores na superfície da célula. O receptor mais comum é o CAR, uma proteína de função desconhecida encontrada na maioria dos tipos de células. Outras cepas de adenovírus usam CD46, uma proteína reguladora presente na membrana plasmática. 

Assim que o vírus se fixa à superfície da célula, ele é atraído para para um vacúolo ou vesícula pelo processo normal de endocitose. Em seguida, o penton se liga às integrinas, por fim rompendo a membrana da vesícula e liberando o DNA viral no citoplasma da célula hospedeira. Em seguida, entra no núcleo e produz milhares de novos vírus (PDB101)

(Os adenovírus humanos (Ads) são vírus de DNA de fita dupla sem envelope, atualmente contendo 51 sorotipos, que são classificados em seis subgrupos distintos (A a F). Entre esses sorotipos, os vetores de adenovírus (Ad) baseados no sorotipo 5 (Ad5), pertencentes ao subgrupo C, são os mais comumente usados ​​para terapia gênica e foram os mais amplamente estudados, incluindo estudos de seus mecanismos de transdução. Como o primeiro passo para a entrada de vetores Ad5 nas células, o botão de fibra se liga ao receptor primário, o coxsackievirus-adenovirus receiver (CAR). Após a ligação ao CAR, os motivos Arg-Gly-Asp (RGD) localizados na base penton interagem com as integrinas celulares, incluindo αvβ 1, αvβ 3, αvβ 5, α5β1, e αMβ2, levando à internalização dos vetores Ad5 através de cavidades revestidas com clatrina. Nestes processos de transdução, a ligação ao CAR é o determinante mais crucial da eficiência da transdução dos vetores Ad5, e a transferência de genes mediada pelo vetor Ad5 para células sem expressão de CAR é ineficiente). 

Capsômeros do cápsideo de ADV
Capsídeo não envelopado com simetria pseudo T = 25 icosaédrica. O diâmetro do capsídeo é de cerca de 90 nm. O capsídeo consiste em 720 subunidades de protína hexon dispostas como 240 trímeros e 12 capsômeros de penton de vértice, cada um com uma fibra projetando-se da superfície.

DNA de fita dupla linear não segmentado de 35-36kb que codifica cerca de 40 proteínas. O genoma possui sequências terminalmente redundantes que têm repetições terminais invertidas (ITR). A proteína terminal (TP) é covalentemente ligada a cada extremidade do genoma.(viralzone)



ESTRUTURA DOS  VÍRUS 


Esquema mostrando a estrutura de dois tipos de vírus
(A) vírus nus (não envelolpados) e (B) vírus envelopados  
(Modif. de Wikipedia)


Estrutura do novo Corona vírus responsável pela COVID-19:  Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARSCoV-2)


CORONAVÍRUS

SARS-CoV-2 (também conhecido como 2019-nCoV) consiste em um genoma de RNA de fita simples de sentido positivo, abrangendo mais de 29.000 nucleotídeos de comprimento e 4 tipos diferentes de proteínas estruturais. 

O genoma de vírus de RNA de fita positiva, como coronavírus, pode atuar como mRNA e ser diretamente traduzido em proteína imediatamente ao entrar em suas células hospedeiras. Os intermediários de RNA de fita negativa também são produzidos por coronavírus que servem como modelos para: síntese de fita positiva de RNA genômico, que é então empacotado pelas proteínas estruturais para montar a prole do vírion; e transcritos de RNA subgenômicos.

Os transcritos subgenômicos por ex.: mRNA subgenômicos são, essencialmente, secções menores da cadeia não codificada original transcrita. mRNA subgenômicos permitem a tradução eficiente de finais 3' codificados em seus genomas.

Vários Open Reading Frame “quadros de leitura aberta” (ORFs) foram distinguidos dentro da sequência do "corpo" do genoma SARS-CoV-2, correspondendo a elementos estruturais virais (proteínas N, S, E e M) e genes acessórios. 

A proteína N, ou nucleocapsídeo, encapsula o genoma, enquanto as proteínas S (spike), E (envelope) e M (membrana) constituem o envelope de bicamada lipídica circundante. 

De particular importância é a proteína S, que permite a infecção viral através do reconhecimento do receptor ACE-2 do hospedeiro e fusão do envelope viral com a membrana celular

O ORF mais 5', ORF 1a/1b (também conhecido como o gene replicase/transcriptase) é relatado em coronavírus para codificar polimerases para a síntese de RNA viral e outras proteínas não estruturais (nsps) (por exemplo, para cauda poli (A)). 

Não esta totalmente determinado se esses produtos de tradução nsp (proreínas não estruturais) e suas funções biológicas são ou não conservados nas espécies de coronavírus SARS-CoV-2 conhecidas. 







FORMAS VIRAIS E SIMETRIA 

 FORMAS COMUNS EM VÍRUS 
(ADENOVÍRUS TEM A FORMA DE ICOSAEDRO)
 
Microfotografia eletrônica de varredura de um vírus aviário
Alguns tipos de vírus de DNA e sua morfologia

Vírus da Influenza A, H5N1

Vírus do mosaico do tabaco, TMV


Alguns vírus de RNA 

Microfotografia mostrando um vírus bacteriófago e seu DNA que se desenrolou e saiu do capsídeo (observe o tamanho da molécula de DNA que estava no interior do capsídeo)

Microfotografia eletrônica de varredura de um Adenovírus à esquerda e seu esquema estrutura a direita 

Tipos de vírus 

VÍRUS E SUAS INFECÇÕES  

Vírus e suas infecções virais 




ESTRUTURA DOS VÍRUS


Genoma e Núcleocapsídio 

Forma de ácidos nucleicos: RNA ou DNA. Algumas vezes, o genoma está envolto em uma camada de proteínas distinta do capsídeo.

Capsídio 
O capsíeo é formado por capsômeros que são proteinas estuturais especificas de cada vírus. 
O conjunto de genoma mais capsídeo é denominado nucleocapsídio.

As principais funções dos capsídeos virais são protegertransportar e entregar o genoma viral na célula hospedeira (célula a ser infectada).

As propriedades mecânicas dos capsídeos devem ser adaptadas a essas tarefas. 

Os capsídeos do bacteriófago também precisam resistir às altas pressões que o DNA está exercendo sobre eles como resultado do empacotamento do DNA e seu consequente confinamento dentro do capsídeo. 

É proposto que essa pressão ajuda a conduzir o genoma para o hospedeiro, mas outros mecanismos também parecem desempenhar um papel importante na ejeção do material genético. 

empacotamento do DNA e as estratégias de ejeção são obviamente dependen das propriedades mecânicas do capsídeo. (Ross et alli, 2007)

Envelope 
O envelope com glicoproteínas - peplômeros 
Geralmente o capsídeo pode levar parte da membrana plasmática da célula hospedeira que o vírus usa como uma camada a mais de proteção quando deixa a célula; entretanto há vírus que usam uma membrana nova de uma vesícula produzida pelo complexo de Golgi especialmente para esse fim. Assim, nessa membrana fosfolipídica, já estão arranjadas as "proteínas virais especificas" que reconhecem a célula hospedeira e a ela se ligam.   

Muitas vezes as glicoproteínas formam "espículas" (projeções a partir do envelope). Estas espículas proteicas tem função de reconhecimento da célula hospedeira, que o vírus vai parasitar.

Assim, os vírus podem ser classificados em vírus nus, aqueles que apresentam apenas capsídeo e vírus envelopados aqueles qeu apresentam além do capsídeo um envelope lipoproteico, com proteínas especificas.

Proteínas virais 

As proteínas presentes nos vírus estão no capsídeo ou no envelope, e em retrovírus no interior do capsídeo como as esterases a transcriptase reversa e uma protease.
Essas proteínas podem ser proteínas estruturais e não estruturais.
Elas desempenham importante papel na ação do vírus sobre as células hospedeiras.

Funções das proteínas virais

Protegem o ácido nucléico.
Ligam-se a receptores presentes na membrana das células hospedeiras (proteínas ligantes).
Auxiliam na penetração célula.
Ajudam a replicar o ácido nucleico (alguns).
Iniciam o programa de replicação (alguns)Modificam a célula hospedeira (alguns).
Integram a molécula de DNA ao cromossomo do hospedeiro: integrase (em  retrovirus).
Clivan as proteinas grandes em proteinas menores (em retrovirus).
Produzem um DNA a partir do RNA em retrovírus.


SARS-CoV-2 

Vírus com genoma de mRNA de fita simples de polaridade positiva, ssRNA(+). 

No citoplasma esse genoma é transcrito em proteínas e copiado em inúmeras outras moléculas de RNA para serem montadas novas partículas virais (vírions).



GENOMA DOS VÍRUS EM GERAL

• FITA SIMPLES de DNA (fsDNA);

• FITA DUPLA de DNA (fdDNA);

• FITA SIMPLES de RNA (fsRNA ou ssRNA);

• FITA DUPLA de RNA (fdDNA ou dsRNA).

Os vírus que tem seu genoma composto por uma fita simples de RNA pode ainda ser subdivididos em:

• Vírus cujo genoma tem a mesma orientação do mRNA, chamado genoma de polaridade positiva, ou simplesmente genoma de fita simples positiva. Nesses casos o RNA do vírus pode ser logo traduzido ao entrar na célula. 

• Vírus cujo genoma tem a orientação inversa do mRNA, chamados de polaridade negativa, ou genoma de fita simples negativa. Nesse caso esse genoma deverá ser copiado para uma fita positiva para depois ser traduzido, para produção de proteínas virais. 

O CAPSÍDEO VIRAL

A composição do capsídeo é essencialmente protéica. Composto por um número variável de proteínas.

Alguns vírus: possuem uma "matriz" protéica, que preenche o espaço entre o genoma e o capsídeo (ex. herpesvírus, paramixovírus). 
Esta matriz, protéica, exerce funções variáveis na fase da multiplicação ou encapsidação viral.

SIMETRIA DO NUCLEOCAPSÍDIO

• Icosaédrica ou cúbica
Picornavírus, parvovírus, adenovírus;

• Helicoidal  
Rhabdovírus, filovírus, bunyavírus;

• Complexa 
Poxvírus.

SIMETRIA DO CAPSÍDEO VIRAL 



CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS 

• Os vírus são os menores e mais simples entidades biológicas que existem (UFRGS)

• São muito menores que células eucariotas e procariotas.

• Ao contrário das células (procariotas e eucariotas), possuem uma estrutura simples e estática fora de uma célula viva (quando são chamados de vírion ou partícula viral).

• Não possuem metabolismo próprio, (não apresentam citoplasma, nem organelas, nem mesmo enzimas necessárias para sua manutenção).

• Dependem da maquinaria celular para a sua replicação (sendo portanto parasitas intracelulares obrigatórios).

• Possuem DNA ou RNA  ou ambos (DNA+RNA) como genoma, mas não possuem ribossomas e outros fatores necessário para a produção de proteínas. Por isso necessitam das funções e do metabolismo celular para produzir suas proteínas, se multiplicar, e montar seu capsídeo.

• O genoma viral, ácido ribonucleico (RNA) ou ácido desoxirribonucleico (DNA), codifica as informações mínimas para: 
1. Assegurar a sua replicação; 
2. Empacotar o seu genoma, 
3. Subverter funções celulares da célula hospedeira em seu benefício próprio e
4. Sair das células hospedeiras

• Alguns vírus infectam células procariotas (bacteriófagos); outros infectam células eucariotas de todos os outros reinos.

• Alguns vírus destroem as células infectadas, produzindo enfermidades, ou matando a célula hospedeira (lise celular) ; outros persistem em estado latente ou integrados ao genoma da célula hospedeira; e outros podem causar transformação tumoral nas células infectadas. 

• Os vírus são compostos, pelo menos, por um genoma de ácido nucleico que pode ser: RNA ou DNA (ou ambos) e uma cobertura de proteínas. Muitos vírus possuem uma membrana externa adicional denominada envelope.

• A cobertura protéica ou capsídeo de um vírion (vírion = vírus completo ou partícula vírica) é composta de cópias múltiplas de uma ou mais tipos de proteínas. Essas proteínas se associam entre si, formando unidades estruturais denominadas capsômeros.

• O conjunto do genoma mais o capsídeo de um vírion é denominado de nucleocapsídio.

• Os vírus mais simples não possuem envelope e possuem RNA ou DNA de cadeia simples. Ex.: Vírus do Mosaico do tabaco.

• Os vírus envelopados contêm uma membrana externa que recobre o nucleocapsídio. Essa membrana externa (ou envelope) é derivada de membranas da célula hospedeira (carioteca ou nuclear, do membrana do aparelho de Golgi, membrana do retículo endoplasmático ou membrana plasmática). Assim como essas membranas, o envelope é constituído de uma membrana lipídica dupla com proteínas nela inseridas. As proteínas do envelope viral são codificadas pelo genoma viral, e sintetizadas pelo mecanismo bioquímico da célula hospedeira. 

• Alguns vírus, como os bacteriófagos, possuem caudas proteicas complexas que são necessárias para o reconhecimento, ancoragem e introdução do genoma viral na célula hospedeira. Ex.: Bacteriófago T4 ou Phago T4. 


REPLICAÇÃO VIRAL 

1. Adsorção 
2. Penetração 
3. Desnudamento 
4. Expressão gênica (transcrição e tradução) 
5. Replicação do genoma 
6. Morfogênese / maturação 
7. Liberação (Egressão viral)


1. Adsorção 
• Contato com a superfície celular  
“Ligação específica das partículas víricas na superfície das células hospedeiras” 

• Proteínas de superfície dos vírions (Proteínas específicas)
Proteínas do capsídeo (vírus nú)  
Glicoproteínas (envelopados) 

• Receptores celulares  
Proteínas (glicoproteínas) 
Carboidratos


2. Penetração 
Principais mecanismos de penetração dos vírus nas células hospedeiras: 
A) Fusão com a membrana plasmática 
B) Fusão após endocitose mediada por clatrina (proteína) 
C) Fusão após endocitose mediada por caveolina (proteína)
D-E) Penetração após endocitose mediada por lipídios



3. Desnudamento 
• Série de eventos que ocorre após a penetração 
• Exposição do genoma para transcrição / tradução (DNA viral deve estar acessível as enzimas para transcrição
• Produto do desnudamento depende da estrutura do nucleocapsídeo 
• Penetração do genoma nos poros nucleares (DNA)


4. Expressão gênica
Estratégias de produção de mRNA e expressão gênica das diferentes classes de vírus:


5. Replicação viral 
Depende do tipo de vírus
Classificação dos vírus de acordo com o tipo de genoma, local de replicação e estratégia utilizada para produzir mRNAs.


6. Morfogênese/maturação 
• Morfogênese  
Processo de montagem das partículas víricas  
Ocorre no final do ciclo replicativo 
• Maturação 
Aquisição da capacidade infectiva (vírion)


7. Liberação
• Maturação intracelular e egresso dos vírus sem envelope - 
Vírus nus (sem envelolpes) já sai pronto do citoplasma (RNA) ou núcleo (DNA); Os vírions são liberados quando ocorre a destruição das células infectadas.

Maturação por brotamento 
• Maturação intracitoplasmática de vírus envelopados por brotamento - Membranas celulares (RER, Golgi e MP) contendo as glicoproteínas virais inseridas darão origem ao envelope

Brotamento 
• Processo de aquisição do envelope - Nucleocapsídeo brota para o interior das membranas celulares - Liberação por exocitose (sem lise celular) - Herpesvírus: envelope da membrana nuclear ٠ Replicação leva a lise celular (ECP) (UFRGS)


REPRODUÇÃO VIRAL: O CASO DOS FAGOS

Um profago é um bacteriófago (muitas vezes abreviado para "fago") cujo genoma foi inserido integrado em um cromossomo circular bacteriano ou existe como um plasmídeo extracromossomal. Esta é uma forma latente de fago, em que os genes virais estão presentes em bactérias sem causar seu rompimento. "Pro" significa "antes", portanto, profago significa o estágio de um bacteriófago antes de ser ativado dentro do hospedeiro.

Bacteriófagos, assim como os outros vírus, devem infectar uma célula hospedeira para se reproduzir. As etapas que compõem o processo de infecção são chamadas coletivamente de ciclo de vida do fago. Alguns fagos podem apenas se reproduzir pelo ciclo de vida lítico, no qual eles explodem e matam as células hospedeiras.

Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos procariotos.

São formados apenas pelo nucleocapsídeo, não existindo formas envelopadas. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecida como fagos T. Estes são constituídos por uma cápsula protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e uma região denominada cauda, com formato cilíndrico, contendo, em sua extremidade livre, fibras protéicas.

A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.

Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Esses dois ciclos iniciam com o fago T aderindo à superfície da célula bacteriana através das fibras proteicas da cauda. As proteínas específicas virais (proteínas da cauda) se ligam às proteínas da parede celular bacteriana. A cauda então contrai-se, impelindo a parte central, tubular, para dentro da célula, à semelhança, de uma microsseringa. O DNA do vírus é, ejetado do capsídeo, para dentro do citoplasma bacteriano. O capsídeo fica vazio. A partir desse momento o DNA viral (do fago) poderá seguir dois caminhos: podendo entrar no ciclo lítico, levando a morte da bactéria ou entrar no ciclo lisogênico. Nesse caso o DNA viral se integra ao cromossomo circular da bactéria e se divide quando esta se dividir.


CICLO LÍTICO

No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).(sobio)
Ciclo lítico 


CICLO LISOGÊNICO 

No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, e tudo acontece igual ao ciclo lítico inicial (ocorre a ligação das fibras proteicas da cauda do vírus com as proteínas da parede celular bacteriana, a injeção do DNA viral para dentro do citoplasma da célula). Nesse ponto o DNA viral em vez de ser transcrito em um mRNA e traduzido em proteínas virais, O DNA viral se  incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula bacteriana, tornando-se um profago. Uma vez infectada, a célula continua suas atividades normais, como síntese proteica, reprodução e ciclo celular. 

Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos igualmente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células descendentes estarão infectadas também. 

Ciclo lisogênico

Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.

Sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais como radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicas), uma bactéria lisogênica pode transformar-se em não-lisogênica e iniciar o ciclo lítico.


VACINAS
(Leia também Vírus e virologia

As vacinas são o meio mais seguro e eficaz de nos protegermos contra certas doenças infecciosas. As vacinas são obtidas a partir de partículas do próprio agente agressor, os vírus, sempre na forma atenuada (enfraquecida) ou inativada (morta).

Quando nosso organismo é atacado por um vírus ou bactéria, nosso sistema imunológico, o nosso sistema de defesa, dispara uma reação em cadeia com o objetivo de frear a ação desses agentes estranhos. Infelizmente, nem sempre essa "operação" é bem-sucedida e, quando isso ocorre, ficamos doentes.

O que as vacinas fazem é se passarem por agentes infecciosos de forma a estimular a produção de nossas defesas. E isso acontece da seguinte forma 

Quando nosso corpo entra em contato pela primeira vez com um agente estranho, as proteínas desse agente ou o agente todo funcionam como um antígeno (substância estranha) ao nosso corpo, nesse caso o nosso sistema imune inicia a produção de anticorpos para combatê-lo. Todavia, esse processo é demorado e o indivíduo acaba por desenvolver a doença causada por aquele antígeno (vírus ou bactéria). Normalmente a gente pode se recuperar da doença, e nesse caso ficamos imune a esse tipo de antígeno. Outras vezes o corpo não consegue se recuperar e desenvolve doenças muito graves ou pode-se morrer dependendo do agente que invadiu nosso corpo. 
Vacina, o método mais eficaz de proteção contra doenças virais e bacterianas;

Para evitar que que nosso corpo sofra com a doença, Jenner em 1798, desenvolveu um método, na qual se usa um antígeno enfraquecido, atenuado ou morto, para estimular nosso organismo a produzir anticorpos. Esses anticorpos específicos agirão contra o “inimigo” numa infecção futura. 

Assim, as vacinas "ensinam" o nosso organismo a se defender de forma eficaz. Aí, quando o ataque de verdade acontece, a defesa é reativada por meio da memória do sistema imunológico (células de memória). É isso que vai fazer com que a ação inimiga seja muito limitada ou, como acontece na maioria das vezes, totalmente eliminada, antes que a doença se instale em nosso corpo.

As vacinas são seguras e causam poucas reações adversas, sendo essas, geralmente, leves e de curta duração. Trata-se da principal forma de prevenção de inúmeras doenças.


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