3/26/2022

USE MÁSCARA

 USE MÁSCARA 

Mamis e eu de máscara 

As infecções respiratórias acontecem através da transmissão de gotículas contendo vírus e aerossóis exalados por indivíduos infectados. 

Por aerossóis entende-se a dissipação de fluidos, que no caso de algumas doenças, como a COVID-19, se dá pela transmissão de partículas menores do que gotículas, emitidas pela tosse, espirro e até mesmo a fala, e que podem permanecer no ar por horas e, assim, serem facilmente inaladas.

Segundo afirma o artigo “Reducing transmission of SARS-CoV-2” (Reduzindo a transmissão de SARS-CoV-2) publicado, em 27 de maio de 2020, na Revista Sciense, os seres humanos produzem gotículas respiratórias que variam de 0,1 a 1000 μm (micrômetros – 1000 micrômetros equivalem e 1 milímetro). 

O tamanho, a inércia, a gravidade e a evaporação das gotículas determina a distância que as gotículas e aerossóis emitidos percorrerão no ar. 

As gotículas respiratórias sofrem sedimentação gravitacional mais rapidamente do que evaporam, contaminando, assim, as superfícies e levando à transmissão por contato. Ou seja caem sob todas as superfícies contaminando-as, assim, qualquer pessoa que toque nessas superfícies levará os vírus em suas mãos. 

As máscaras reduzem a transmissão aérea Partículas de aerossol infecciosas podem ser liberadas durante a respiração e a fala por indivíduos infectados assintomáticos. Nenhum mascaramento maximiza a exposição, enquanto o mascaramento universal resulta na menor exposição. Gráfico: V. Altounian/Science.

O artigo revela que uma grande proporção de propagação da COVID-19 está acontecendo através da transmissão aérea por aerossóis. 

Para isso, os autores mostram dados de algumas localidades como Taiwan, Hong Kong, Japão, Cingapura, Coreia do Sul e Nova Iorque, para comparar que em locais como Taiwan, apesar de possuir uma população de 24 milhões de habitantes e sem ter adotado o lockdown (confinamento), a incidência da doença foi extremamente baixa, com 441 casos e 7 mortes, em comparação à Nova Iorque, por exemplo, que tem uma população menor, 20 milhões de habitantes e um registro de 353 mil casos e 24 mil mortes. Entre os planos adotados pelo governo de Taiwan, desde o início, que contemplava disponibilização, fácil acesso, preços razoáveis, aumento da produção, proibição da exportação e campanhas para uso contínuo das máscaras pela população, provavelmente influenciou o baixo número de casos da doença.

Em ambientes externos, vários fatores determinarão as concentrações e a distância percorrida e se os vírus respiratórios permanecem infecciosos em aerossóis. Brisas e ventos ocorrem com frequência e podem transportar gotículas e aerossóis infecciosos por longas distâncias. 

Indivíduos assintomáticos que falam durante o exercício podem liberar aerossóis infecciosos que podem ser captados pelas correntes de ar. As concentrações virais serão diluídas mais rapidamente ao ar livre, mas poucos estudos foram realizados sobre a transmissão externa do SARS-CoV-2. Além disso, o SARS-CoV-2 pode ser inativado pela radiação ultravioleta da luz solar e provavelmente é sensível à temperatura ambiente e à umidade relativa, bem como à presença de aerossóis atmosféricos que ocorrem em áreas altamente poluídas. 

Os vírus podem aderir a outras partículas, como poeira e poluição, o que pode modificar as características aerodinâmicas e aumentar a dispersão.

Dado o quão pouco se sabe sobre a produção e o comportamento aéreo de gotículas respiratórias infecciosas, é difícil definir uma distância segura para o distanciamento social. 

Supondo que os vírions SARS-CoV-2 estejam contidos em aerossóis submicrônicos, como é o caso do vírus influenza A, uma boa comparação é a fumaça de cigarro exalada, que também contém partículas submicrônicas e provavelmente seguirá fluxos e padrões de diluição comparáveis. A distância de um fumante em que se sente o cheiro de fumaça de cigarro indica a distância naqueles ambientes em que se pode inalar aerossóis infecciosos. 

Em uma sala fechada com indivíduos assintomáticos, as concentrações de aerossóis infecciosos podem aumentar com o tempo. 

No geral, a probabilidade de se infectar em ambientes fechados dependerá da quantidade total de SARS-CoV-2 inalada. 

Em última análise, a quantidade de ventilação, o número de pessoas, quanto tempo se permanece dentro da sala com indivíduos assintomáticos; i.e., quanto tempo  se visita uma instalação interna, e as atividades que afetam o fluxo de ar modulam as vias de transmissão viral e a exposição aos virus. 

Por essas razões, é importante usar máscaras adequadamente ajustadas em ambientes fechados, mesmo a 6 pés (1,82 m) de distância. A transmissão aérea pode explicar, em parte, as altas taxas de transmissão secundária para a equipe médica, bem como grandes surtos em instalações de enfermagem. 

A dose mínima de SARS-CoV-2 que leva à infecção é desconhecida, mas a transmissão aérea através de aerossóis foi bem documentada para outros vírus respiratórios, incluindo sarampo, SARS e varicela (measles, SARS, and chickenpox).


Use máscara 
Por Miguel Nicolelis

Em uma série de tweets compilados em forma de texto, o cientista Miguel Nicolelis recomenda que a população siga usando máscaras. Ele diz que desobrigar o uso de máscaras agora é tentar confundir a sociedade sobre o estado real da pandemia no Brasil. Nicolelis diz ainda que “esta narrativa perversa e irresponsável continua levando a mais mortes e a mais casos crônicos de Covid.”

Por Miguel Nicolelis

Acabo de dar um retweete numa sequência de tweets que confirma a seguinte máxima sobre a COVID-19:

Este é um vírus para não se ter! Nunca. Nem de forma assintomática, branda ou leve.

Este vírus pode causar múltiplas complicações crônica graves que reduzem a qualidade de vida e podem ser fatais.

Portanto, remover máscaras e tentar mascarar a verdade, seja sobre o estado real da pandemia no Brasil e no mundo, ou tentar confundir a sociedade com a falsa dicotomia epidemia x endemia é literalmente atentar contra a saúde e bem-estar de dezenas de milhões de brasileiros.

Todo o mundo vai ter que lidar nos próximos anos e décadas com milhões de pessoas sofrendo de consequências graves desta pandemia. Como ela não acabou de forma alguma, quanto mais pessoas se infectarem pelo descaso das autoridades, mais casos de COVID crônica ocorrerão no futuro.

Com isso, mais vidas serão arruinadas por problemas médicos de todas as variedades, inclusive a possibilidade de uma “pandemia” de demência precoce em todo mundo, como também mais vidas serão encurtadas pelo aumento da mortalidade a longo prazo. Se isso não fosse suficiente

A COVID-19 crônica também pode afetar o sistema reprodutor de homens e mulheres com consequências ainda desconhecidas a longo prazo. Ou seja, podemos ter uma redução significativa de nascimentos em decorrência destes efeitos crônicos

Resumo da Ópera: não acredite de forma alguma nos arautos do otimismo que pregam aos 4 ventos que a pandemia acabou ou está por acabar. Ninguém pode afirmar isso com certeza. Esta narrativa perversa e irresponsável continua levando a mais mortes e a mais casos crônicos de COVID.

Ignore gestores que apenas jogam para a torcida num ano eleitoral. Pelo seu bem e pelo bem dos seus familiares e da sociedade como um todo, mantenha o uso das máscaras, evite ao máximo aglomerações, vacine-se e não ceda à tentação de achar que o normal voltou só porque alguns “experts” apoiadosqq por gestores incompetentes/irresponsáveis e uma mídia que se rendeu ao poder dos “cliques e likes” assim decretaram.

O preço desta rendição incondicional é caro demais: a qualidade da sua vida futura, ou a falta dela, está em jogo.

Use máscaras e diga não ao absurdo.




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