O que é, e dicas para minimizar seu efeito
“A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.”
(Eduardo Galeano)
A única forma de chegar ao impossível é acreditando que é possível. Alice (Lewis Carrol; Alice no país das maravilhas)
A arte de ensinar é a arte de auxiliar a descoberta. (Mark Van Doren)
A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo.
(Nelson Mandela)
Para Platão, a memória é pensada a partir de dois tempos, o da inscrição do traço (vivência, texto, conteúdo, fato...) e o de sua reminiscência (recuperação desse traço), a relação que o traço mantém com a percepção é, desde então, problematizada.
A qualidade dos seus professores é o aspecto mais importante de uma escola. Sabe-se, pela investigação, que é a qualidade do professor que determina a qualidade das aprendizagens dos alunos. (Hanushek, 2012)
Introdução
A avaliação formativa desempenha um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem (Marzano, 2007). Segundo Black e William (1998), a prática regular da avaliação formativa melhora as aprendizagens e, quando é uma prática sistemática, tende a promover nos alunos melhores resultados. A avaliação formativa consiste na recolha, análise e interpretação sistemática de evidências para determinar o estado do aluno relativamente aos seus progressos, com o objetivo de identificar as suas dificuldades e lacunas e, através do feedback, orientá-lo para as ultrapassar rapidamente. Um feedback relevante e imediato promove a autonomia dos alunos e a autorregulação dos seus próprios processos de aprendizagem, permitindo ainda ao professor refletir e decidir sobre o processo de ensino (Earl, 2003) e promover a adaptação das estratégias e metodologias de acordo com as necessidades dos alunos. Para além de outros processos mentais, a memória desempenha um papel fundamental no processo de aprendizagem. Após a aquisição de novas informações estas são retidas na memória de longo prazo para posterior recuperação e utilização. Mas a maior parte da informação aprendida é rapidamente perdida e a restante é esquecida a um ritmo lento mas relativamente estável, tornando-se impossível a sua recuperação (Ebbinghaus, 1913). Por outro lado, a informação retida pode ser incorreta ou incompleta sendo mais tarde recuperada com erros ou enviesamentos.
Quem foi Hermann Ebbinghaus?
Hermann Ebbinghaus (24/I/1850 - 26/II/1909), filósofo e psicólogo alemão pioneiro no estudo experimental da memória e é conhecido por sua descoberta da curva de esquecimento e do efeito de espaçamento. Ele também foi a primeira pessoa a descrever a curva de aprendizado.
Hermann Ebbinghaus (24/I/1850 - 26/II/1909)
Ebbinghaus nasceu em Barmen, na província do Reno do Reino da Prússia, como filho de um rico comerciante, Carl Ebbinghaus. Pouco se sabe sobre sua infância, exceto que ele foi criado na fé luterana e foi aluno do Ginásio da cidade. Aos 17 anos (1867), começou a frequentar a Universidade de Bonn, onde planejava estudar história e filologia. No entanto, durante seu tempo lá, desenvolveu um grande interesse pela filosofia.
Em 1870, seus estudos foram interrompidos quando serviu no Exército Prussiano durante a Guerra Franco-Prussiana. Após este curto período no exército, Ebbinghaus terminou sua dissertação sobre a Philosophie des Unbewussten de Eduard von Hartmann (filosofia do inconsciente) (Eduard von Hartmann's Philosophie des Unbewussten (philosophy of the unconscious)) e recebeu seu doutorado em 16 de agosto de 1873, aos 23 anos de idade. Durante os próximos três anos, ele passou um tempo em Halle e Berlim.
Depois de adquirir seu PhD, Ebbinghaus viveu na Inglaterra e na França, ensinando alunos para se sustentar. Na Inglaterra, ele ensinou em duas pequenas escolas no sul do país (Gorfein, 1885).
Em Londres, em uma livraria de usados, ele encontrou o livro de Gustav Fechner, Elemente der Psychophysik (Elementos de Psicofísica), que o estimulou a realizar seus famosos experimentos de memória.
Depois de iniciar seus estudos na Universidade de Berlim, fundou o terceiro laboratório de testes psicológicos na Alemanha (terceiro depois de Wilhelm Wundt e Georg Elias Müller).
Iniciou seus estudos sobre a memória em Berlin em 1879. Em 1885, mesmo ano em que publicou sua obra monumental, Über das Gedächtnis. Untersuchungen zur experimentellen Psychologie, mais tarde publicado em inglês sob o título: Memory: A Contribution to Experimental Psychology, tornou-se professor na Universidade de Berlim, provavelmente em reconhecimento a esta publicação.
Em 1890, junto com Arthur König, fundou a revista psicológica Zeitschrift für Physiologie und Psychologie der Sinnesorgane ("A Psicologia e a Fisiologia dos Órgãos dos Sentidos").
Em 1894, ele foi preterido para promoção a chefe do departamento de filosofia em Berlim, provavelmente devido à falta de publicações na área de filosofia. Em vez disso, Carl Stumpf recebeu a promoção. Como resultado desse evento, Ebbinghaus saiu de Berlim para ingressar na Universidade de Breslau (agora Wrocław, Polônia), em uma cadeira deixada aberta por Theodor Lipps (que assumiu a posição de Stumpf quando este se mudou para Berlim).
Em Breslau, ele trabalhou em uma comissão que estudou como a capacidade mental das crianças diminuiu durante o dia escolar. Embora os detalhes sobre como essas habilidades mentais foram medidas tenham sido perdidas, os sucessos alcançados pela comissão lançaram as bases para futuros testes de inteligência.
Em Breslau, ele fundou novamente um laboratório de testes psicológicos.
Em 1902, Ebbinghaus publicou uma obra intitulada Die Grundzüge der Psychologie (Fundamentos da Psicologia). Foi um sucesso instantâneo e continuou a ser muito depois de sua morte. Em 1904, mudou-se para Halle, onde passou os últimos anos de sua vida. Seu último trabalho publicado, Abriss der Psychologie (Esboço da Psicologia) foi publicado seis anos depois, em 1908. Esta obra também continuou a ser um sucesso, sendo relançado em oito edições diferentes. Pouco depois desta publicação, em 26 de fevereiro de 1909, Ebbinghaus morreu de pneumonia aos 59 anos.
CONTRIBUIÇÕES DE EBBINGHAUS
Em 1885, publicou seu inovador Über das Gedächtnis ("Sobre a Memória", mais tarde traduzido para o inglês como "On Memory. A Contribution to Experimental Psychology"; "Sobre a Memória. Uma Contribuição para a Psicologia Experimental", no qual descreveu experimentos que realizou em si mesmo para descrever os processos de aprendizado e esquecimento.
Ebbinghaus fez várias descobertas que ainda são relevantes, ensinadas e discutidas até hoje.
1) Primeiro, Ebbinghaus produziu um conjunto de 2.300 sílabas (sem significado) de três letras para medir associações mentais que o ajudaram a descobrir que a memória é ordenada.
2) Em segundo lugar, e sem dúvida sua descoberta mais famosa, foi a Curva do Esquecimento.
3) Em terceiro; a curva de esquecimento descreve a perda exponencial de informação que se aprendeu. O declínio mais acentuado ocorre nos primeiros vinte minutos e o declínio é significativo durante a primeira hora.
4) A curva se estabiliza após cerca de um dia.
Uma representação típica da curva de esquecimento (
WP)
5) A Curva do Aprendizado
A curva de aprendizado descrita por Ebbinghaus refere-se à rapidez com que se aprende uma informação. O aumento mais acentuado ocorre após a primeira tentativa e, em seguida, gradualmente se equilibra, o que significa que cada vez menos novas informações são retidas após cada repetição.
A curva de aprendizado como a curva de esquecimento, é exponencial. Ebbinghaus também documentou o efeito de posição em série, que descreve como a posição de um item afeta sua recordação.
Os dois principais conceitos no efeito de posição serial são (recency and primacy) recência e primazia.
O efeito de recência descreve o aumento da recordação das informações mais recentes porque ainda estão na memória de curto prazo. O efeito de primazia causa melhor memória dos primeiros itens de uma lista devido ao aumento do ensaio e comprometimento com a memória de longo prazo. Outra descoberta importante é a da poupança "savings". Isso se refere à quantidade de informações retidas no subconsciente, mesmo depois que essas informações não podem ser mais acessadas conscientemente. Ebbinghaus memorizava uma lista de itens até a lembrança perfeita e depois não acessava a lista até que não conseguisse mais lembrar de nenhum de seus itens. Ele então reapreciaria a lista e compararia a nova curva de aprendizado com a curva de aprendizado de sua memorização anterior da lista. A segunda lista geralmente era memorizada mais rapidamente, e essa diferença entre as duas curvas de aprendizado é o que Ebbinghaus chamou de "poupança".
Desde o estudo de Ebbinghaus várias investigações confirmaram as suas conclusões de que a retenção de novas informações se degrada rapidamente a não ser que sejam reforçadas ou recuperadas de algum modo (Fig. 1) (
universeofmemory).
Figura 1
Precisamos entender que após 10 horas de ter entendido um conteúdo nossa memória já perdeu mais de 50% das informações que recebemos naquele dia. Por isso coloquei uma sequência de datas para você revisar seus conteúdos:
A REVISÃO
Quando devo fazer as minhas revisões do assunto aprendido hoje?
1ª revisão hoje
2ª revisão dentro de 1 dia
3ª revisão dentro de 3 dias
4ª revisão dentro de 1 semana
5ª revisão dentro de 1 mês
Uma das maiores descobertas dos experimentos originais de Ebbinghaus foi que materiais de “aprendizado” (over learning), isto é, se reengajar com o material repetidamente (na forma de resumos), em intervalos espaçados, leva a uma redução dramática da curva de esquecimento.
Curva de esquecimento e retenção do conteúdo (curva do aprendizado)
Curva do esquecimento
Teoria da Aprendizagem cognitiva
e Lei da memória
Teoria da aprendizagem do construtivismo cognitivo. A teoria da aprendizagem do construtivismo pensa que os alunos são os construtores ativos e não os recipientes passivos da aprendizagem. Os alunos são obrigados a se tornar o corpo principal do processamento de informações, em vez de doutrinação passiva do conhecimento e os professores precisam mudar de transmitir conhecimento para orientar e aconselhar os alunos, tornando-se o ajudante e o instrutor da aprendizagem construtiva.
Lei da memória de Ebbinghaus
Ebbinghaus é a primeira pessoa a descobrir a lei do esquecimento. O esquecimento é o que acontece normalmente com a nossa memória. Ele tomou-se ele próprio como objeto de teste e estudo e, selecionando sílabas irregulares e combinações aleatórias de letras, obteve um conjunto de dados através de sua própria memória dessas sílabas e letras. Através de repetidos testes e da conclusão da lei dos dados, Ebbinghaus retratou uma curva, que é a famosa curva que revelava a lei do esquecimento, como mostra a Figura 2:
Curva do esquecimento de Ebbinghaus (Ebbinghaus foguetting curve)
O processo de esquecimento da memória é desequilibrado. A quantidade de esquecimento é diferente a cada dia. A taxa de esquecimento é a mais rápida no primeiro dia, e depois diminui gradualmente e se torna memória de longo prazo. A curva de esquecimento mostra que o design do material didático de ensino de vocabulário de inglês deve ser equipado com o módulo de função de prática circulante. Através da revisão repetida oportuna, as palavras e frases podem alcançar o efeito de memória de longo prazo e não serão mais esquecidas.(
Nan Yue, 2017)
Aprender é diferente de ensinar. Não é por o professor ensinar que o aluno aprende. (Sérgio Niza, 2015)
AGORA QUE VOCE JÁ LEU SOBRE
A CURVA DO ESQEUCIMENTO
Temos uma má notícia: ela afeta todo mundo, pois é assim que o nosso cérebro funciona. Ele guarda o que estudamos num local que não temos acesso. Por que ele faz isso? Porque ele só mantém ao alcance da memória, i.e., pronto para ser lembrado, algo que ele vai precisar constantemente. Ou seja, enquanto você está lendo este texto, está esquecendo de algum conteúdo que já estudou.
É isso mesmo. Mais cedo ou mais tarde, você vai esquecer a matéria que leu ou ouviu hoje, por exemplo.
Mas tenha calma. É absolutamente normal não lembrar de tudo. É como falamos, o fenômeno do esquecimento acontece com todo mundo.
O ESQUECIMENTO
Na mitologia grega, Mnemosine é a deusa grega da memória. É uma das titânides, da segunda geração dos deuses, filha de Gaia (a Terra) e Urano (o Céu). Os mortos que bebessem da água de sua fonte relembravam suas vidas. É a deusa que opera as engrenagens do esquecimento e da lembrança em nossa alma.
No contexto mítico, recordar significa resgatar um momento e torná-lo eterno em contraposição à nossa experiência com o tempo como algo que passa, que escoa e que se perde. A recordação, pois, ao resgatar o tempo, confere imortalidade à alma humana e assim escapamos da morte.
Da união, por nove noites consecutivas, de Mnemosine com Zeus, nasceram nove meninas, as nove musas, as cantoras divinas que inspiravam as artes e os conhecimentos ordenados.
O museu, o templo das musas, era originalmente a sua morada e o lugar de ordenamento das artes, no qual o conhecimento anterior, ao ser lembrado, permitia o estabelecimento de um nexo com o conhecimento novo (modif.
portal).
Na Grécia Antiga, Lete ou Léthê, em grego antigo λήθη, literalmente significa "esquecimento". Seu oposto é a palavra grega para "verdade", Aleteia. Na mitologia grega, Lete é um dos rios do Hades. Aqueles que bebessem de sua água ou, até mesmo, tocassem na sua água experimentariam o completo esquecimento. Lete é também uma das náiades, filha da deusa Eris, senhora da discórdia, irmã de Algea, Limos, Horcos e Ponos. Algumas religiões esotéricas ensinavam que havia um outro rio, o Mnemósine, e beber das suas águas faria recordar tudo e alcançar a omnisciência. Aos iniciados, ensinava-se que, se lhes fosse dado escolher de que rio beber após a morte, deveriam beber do Mnemósine em lugar do Lete.
O rio Lete (do grego Λήθη Lếthê, "esquecimento" ou "ocultação") é um rio do Hades, do submundo inferior, onde quem bebesse de suas águas esquecia-se das vidas passadas. Logo, o Lete passou a simbolizar o esquecimento, aquilo que se oculta.
A sua localização no Mundo Inferior (Domínios de Hades) é contraditória. Em algumas versões, o Lete está nos Campos Elísios, localização mais aceita, e seus habitantes ficariam no Paraíso por mil anos até apagar-se tudo que havia de terreno neles; depois, bebendo das águas do Lete, esqueciam toda a sua vida pregressa e reencarnavam ou realizavam metempsicose (reencarnação, em seres da mesma espécie ou de outras). Em outras tradições gregas, o Lete ficava no campo dos Asfódelos no Mundo Inferior, um local de melancolia, mas onde os mortos não sofriam tormentos, uma espécie de local de passagem.
No grego clássico, a palavra lethe (λήθη) significa literalmente "oblivio", "esquecimento" ou "ocultação". Está relacionado com a palavra grega para "verdade", aletheia (ἀλήθεια), que através do alfa privativo significa literalmente "não-esquecimento" ou "des-ocultação".
Lethe, o rio do esquecimento, é um dos cinco rios do submundo grego; os outros quatro são Acheron (o rio da tristeza), Cocytus (o rio da lamentação), Phlegethon (o rio do fogo) e Styx (o rio que separa a Terra e o submundo).
De acordo com Estácio, Lethe fazia fronteira com os Campos Elísios, o local de descanso final dos virtuosos. Ovídio escreveu que o rio corria pela caverna de Hipnos, deus do sono, onde seu murmúrio induzia à sonolência.
As sombras dos mortos eram obrigadas a beber as águas do Lete para esquecer sua vida terrena. Na Eneida (VI.703-751), Virgílio escreve que somente quando os mortos tiveram suas memórias apagadas pelo Lete é que podem reencarnar.
Dizia-se que o rio Letes estava localizado próximo ao palácio de Hades no submundo sob um cipreste. Orfeu daria a algumas sombras (o termo grego para fantasmas ou espíritos) uma senha para dizer aos servos de Hades que lhes permitiria beber do Mnemosyne (o reservatório da memória, da verdade e do não-esquecimento), localizado sob um álamo.
Uma inscrição órfica, supostamente datada entre os séculos II e III a.C. adverte os leitores a evitar o Lete e, em vez disso, procurar o rio Mnemosyne. Os bebedores da água do Letes não saciavam sua sede, muitas vezes levando-os a beber mais do que o necessário.
Embora algumas fontes tenham identificado erroneamente Letes como a filha de Oceanus, o pai de outras deusas do rio, a Teogonia de Hesíodo a identifica como filha partenogenética da deusa da discórida Eris, Ἔρις (Discórdia, Conflito), e Higino diz que teve como mão Eris e pai Erebos (as trevas), e irmã de Ponos, Πόνος (Esforço, trabalho pesado, dificuldades), Limos (Fome), Algea (Dores), Hysminai (Batalhas), Makhai (Guerras), Phonoi (Assassinatos), Androktasiai (homicio e homocidio culposo), Neikea (Discussões), Pseudea (Mentiras), Logoi (Histórias), Amphillogiai (Disputas), Dysnomia (Ilegalidade), Ate (Ruína) e Horkos (Juramento) (
WP).
Although some sources have mistakenly identified Lethe as the daughter of Oceanus, the father of other river goddesses, Hesiod's Theogony identifies her as the daughter of Eris ("strife"), and the sister of Ponos ("Hardship"), Limos ("Starvation"), Algea ("Pains"), Hysminai ("Battles"), Makhai ("Wars"), Phonoi ("Murders"), Androktasiai ("Manslaughters"), Neikea ("Quarrels"), Pseudea ("Lies"), Logoi ("Stories"), Amphillogiai ("Disputes"), Dysnomia ("Lawlessness"), Ate ("Ruin"), and Horkos ("Oath").
Difícil começar o texto dizendo isso, mas nós temos a incrível capacidade natural de levar ao esquecimento +- 50% do que aprendemos durante um dia de estudo, se não for feita uma boa revisão do conteúdo logo no dia seguinte.
É isso mesmo! E digo mais, se não feita a revisão nos dias seguintes, a tendência é uma perda ainda maior.
Como vimos o filósofo alemão Hermann Ebbinghaus foi o primeiro pesquisador da área de psicologia a desenvolver testes de inteligência. Foi também pioneiro no uso de técnicas experimentais em pesquisas sobre a aprendizagem e o primeiro a estudar a relação entre capacidade e tempo de memorização e a facilidade de recuperação das informações retidas.
Em 1885, Ebbinghaus apresentou ao mundo a sua teoria sobre a Curva do Esquecimento (Forgetting Curve), que demonstrava graficamente a quantidade de informações que nosso cérebro é capaz de reter ao longo de um dado período de tempo. Até hoje a sua teoria é amplamente empregada no campo do estudo da memória e da aprendizagem por profissionais de todo o mundo.
O que fica claro, sobretudo, em se tratando de re-acessar uma memória é a quantidade de vezes que revisamos (i;.e., tornando a matéria disponível novamente para a memória armazená-la é a necessidade de revisão
Para nós estudantes o que é essencial e necessário para o sucesso acadêmico em qualquer área? A reminiscência, a lembrança fiel e inteligível do assunto ou fato estudado.
Todavia devemos lembrar que o cérebro é finito embora possa guardar e rearranjar todas as nossas vivências ao longo da vida, ele hierarquiza os conteúdos, que passam a ser armazenados em algum lugar onde nem sempre podemos lançar mão desses fatos ou informações, vivências ou conteúdos.
Assim, dizemos que o cérebro esqueceu determinada porção do conteúdo ou fato ou que nossa memória esta fraca ou falhando. Desta forma, o esquecimento inicia desde o momento que eu inicio a estudar um assunto. O esquecimento atinge a todos sem exceção, é uma lei.
fato que você precisa assimilar é que todos nós somos dotados de boa memória; ela só precisa ser trabalhada de forma adequada. Do contrário, em condições normais, se, por exemplo, tivermos assistido a uma aula hoje pela manhã, no fim do dia lembraremos, em média, 75% do conteúdo nela ministrado. Cerca de 24 horas mais tarde, seremos capazes de recordar 50% do conteúdo; muitas vezes até menos, em torno de 35%, a depender da densidade das informações. Passados 30 dias, nós nos lembraremos de apenas 3% a 5% do que vimos. A grande maioria das pessoas relata essa limitação, que é absolutamente normal. É a tal curva do esquecimento, que foi objeto do estudo de Hermann ainda no século XIX.
O que devemos fazer, então, para quebrar a regra dessa fatídica curva do esquecimento e conseguir fixar pra valer as informações que estudamos? Devemos produzir resumos comprimidos ou eficientes (explicaremos do que se trata daqui a pouco)? Devemos revisar periodicamente e/ou explicar para alguém o conteúdo imediatamente após o termos estudado? Devemos resolver milhares de questões de provas anteriores?
Sabe-se que nosso cérebro perde muito rapidamente as informações nele retidas. Isso já é consenso na ciência. Para refrescar a memória, devemos revisar, revisar, revisar e praticar – no nosso caso, resolvendo milhares de questões de concursos anteriores ao longo do desenvolvimento do plano de estudo. Sim, estudar para concurso exige a elaboração de um bom plano de estudos, com objetivos e metas diários.
Saiba como a Curva do Esquecimento de Ebbinghaus pode afetar seus estudos e veja 3 dicas para lidar com isso e estudar de forma mais eficaz.
“…todos nós somos dotados de boa memória; ela só precisa ser trabalhada de forma adequada.”
O conceito de curva do esquecimento é antigo. Foi criado pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus (1850 – 1909).
Pioneiro em estudos da memória, Ebbinghaus foi um psicólogo alemão conhecido por sua descoberta da curva do esquecimento e do efeito de espaçamento, além de ter sido o primeiro a descrever a curva de aprendizado .
Criado em 1885, o conceito de curva do esquecimento aponta que quanto mais o tempo passa, mais esquecemos o que foi visto ou lido por nós. Para ilustrar a teoria, o filósofo montou um gráfico em curva.
Logo, ela demonstra que no momento em que acabamos de estudar, lembramos de praticamente tudo, e, à medida em que o tempo vai passando, a curva vai aumentando, até esquecermos quase tudo.
Mas por que a curva do esquecimento acontece?
A curva do esquecimento ocorre porque o cérebro entende que não é preciso registrar informações que não são usadas.
Ou seja, quanto menos aquele conteúdo for visto, menos relevante ele se torna para o nosso cérebro. Logo, é essencial estimular a memória ao longo do tempo para não descartar a informação estudada.
No entanto, como reter essa informação para chegar ao dia da prova bem preparado? O que fazer para não esquecer a matéria estudada? Existe uma cura para esse esquecimento?
A gente sabe que para quem tem um grande volume de matérias para estudar, esse parece ser um problema insolúvel. Mas com bastante preparo e cuidado, temos como lidar com isso.
EXISTE REMÉDIO PARA LEMBRAR DA MATÉRIA
Porém, quem está estudando para provas de concursos, por exemplo, quer uma “cura” para o esquecimento. Afinal, quem não gostaria de uma solução fácil não só para o esquecimento como para as dúvidas que temos sobre o conteúdo?
Com mais de 15 anos de experiência na área de concursos, a professora Taís Flores apontou uma resposta, durante o evento Oficina de Métodos de Revisão, em agosto de 2019.
“Esquecer é normal, revisar é necessário”, destacou, sobre a importância da revisão nos estudos. Por isso, é fundamental incluir revisões programadas na rotina de estudos.
Dicas práticas e rápidas para
o dia a dia de estudos
Para enfrentar o problema do esquecimento nos estudos para concursos, especialistas são unânimes: revisar é essencial. Mas como revisar?
Pensando nisso, vamos passar três dicas simples e rápidas para você já começar a aplicar no seu dia a dia de estudos.
01. Inclua revisões no seu plano de estudos
Nós já falamos aqui no Blog sobre a importância de um bom planejamento na preparação para concursos.
(Alguns sites apresentam maneiras de preparar um plano de estudos, procure um que mais se adapte ao seu modo de estudar)
Então o primeiro passo é incluir no seu planejamento as revisões tendo bastante cuidado. Ou seja, ao longo do tempo.
Experimente incluir uma revisão de 10 minutos para cada uma hora de estudos. Releia suas anotações, seu resumo ou fichas-resumo, por exemplo. O tempo pode variar dependendo da pessoa. Mas já é um começo.
Após uma semana, reative em seu cérebro os conteúdos estudados. Ou seja, reveja tópicos da matéria. Por que isso é importante?
Porque assim o cérebro não descartará essa informação que pode ser bastante importante e decisiva na hora da prova.
Não é à toa que alguns cursos possuem aulas de revisão a cada quatro aulas teóricas sobre o conteúdo estudado.
Dessa forma, os alunos saem muito mais preparados para não ter problemas com esquecimento.
A gente sabe que não somente parece clichê; é clichê. Entretanto esta é uma verdade. Revisar é tão importante quanto refazer problemas e questões nos estudos para concursos.
Após 30 dias, uma revisão extra sobre os tópicos estudos vai ajudar na manutenção do conhecimento. Logo, as revisões vão impedindo que o cérebro descarte essas informações.
Um bom aliado pode ser o resumo ou outra técnica de revisão que combine com o seu jeito de estudar.
Fazendo um resumo simples
1) Leia o texto com atenção. O primeiro passo é ler todo o texto atentamente.
Primeiramente, é preciso entender que não dá para fazer um bom resumo a partir de uma leitura superficial do texto. Desse modo, o melhor é reler o texto antes de iniciar a síntese. A segunda leitura facilita a identificação do que é mais importante no texto. Para assegurar a qualidade e a eficácia do seu resumo, garanta que você realmente compreendeu o assunto por completo.
2) Anote as palavras-chave e as ideias principais. Após ter lido o texto é hora de identificar as palavras-chave do texto. Destaque e esquematize as ideias principais.
Agora que voce já leu atentamente, o próximo passo após a releitura é destacar e esquematizar as ideias principais do texto. Ao compreender o texto em sua totalidade, você saberá determinar qual é o seu objetivo. Então, a partir do objetivo, busque as palavras e frases chave do texto e as sublinhe ou realce como você preferir. Além de destacar as palavras chave, você pode realçar definições, citações e o que mais for de essencial valor para a compreensão do assunto.
3) Organize o resumo com as suas palavras.
Por fim, já tendo compreendido e destacado os pontos principais do texto, você deve sintetizá-los. A ideia não é copiar os trechos em destaque tal qual como no texto, pois a sua síntese seria apenas um fichamento, ou seja, se trata de outro método de estudo. Então, após organizar as principais ideias do texto, você deve escrever com suas próprias palavras o que compreendeu sobre cada uma das ideias de maneira organizada. Para isso, é possível começar pelo tópico mais amplo do texto e ir progressivamente tratando dos assuntos mais específicos. (
Araújo, 2020)
Existem diversas técnicas de revisão, desde fichas-resumo, flashcards, resumos, mapas mentais, esquemas, enfim, você pode abusar de todas elas para revisar.
Recado extra para lidar com a curva do esquecimento de Ebbinghaus
Algo importante que não podemos esquecer: todos nós temos uma boa memória, só precisamos estimular ela de forma correta.
Ou seja, não foque no problema, foque na solução para esse problema. Lembrando que esquecer é algo comum para todo mundo.
Mas, caso haja necessidade, um bom curso pode fazer a diferença nos seus estudos. Além disso, não esqueça de aproveitar os últimos dias antes da prova para fazer uma revisão focada.
Gostou das dicas? Deixe seu recado nos comentários. Vamos adorar saber o que está achando. Se puder, compartilhe com um amigo que esteja precisando delas.
A curva de esquecimento descreve a perda exponencial de informação que se aprendeu. O declínio mais acentuado ocorre nos primeiros vinte minutos e o declínio é significativo durante a primeira hora. A curva se estabiliza após cerca de um dia.
Uma representação típica da curva de esquecimento ao longo do tempo
A curva de aprendizado descrita por Ebbinghaus refere-se à rapidez com que se aprende a informação. O aumento mais acentuado ocorre após a primeira tentativa e, em seguida, gradualmente se equilibra, o que significa que cada vez menos novas informações são retidas após cada repetição. Como a curva de esquecimento, a curva de aprendizado é exponencial. Ebbinghaus também documentou o efeito de posição em série, que descreve como a posição de um item afeta a recordação. Os dois principais conceitos no efeito de posição serial são recência e primazia. O efeito de recência descreve o aumento da recordação das informações mais recentes porque ainda estão na memória de curto prazo. O efeito de primazia causa melhor memória dos primeiros itens de uma lista devido ao aumento do ensaio e comprometimento com a memória de longo prazo.
Resumo: A avaliação formativa desempenha um papel fundamental no processo de ensino e de aprendizagem; informa sobre o estado dos alunos, os problemas que apresentam, como estão a progredir. Um feedback relevante e imediato promove a autonomia dos alunos e a autorregulação dos seus próprios processos de aprendizagem, e permite ao professor decidir sobre o processo de ensino, promovendo a adaptação de estratégias de acordo com as necessidades dos alunos. Para ser realmente eficaz o feedback formativo deve ser cuidadosamente desenvolvido e individualizado, tarefa que lamentavelmente exige aos professores um dispêndio de tempo que lhes escasseia. Através da utilização de sistemas de provas digitais online, o feedback pode tornar-se mais rápido e eficaz, sendo entregue instantaneamente e ao ritmo de cada aluno. O presente estudo pretende assim analisar os efeitos de tais sistemas pela perspetiva de professores e alunos. No mesmo assume-se abordagem multimetodológica de recolha e análise de dados. O estudo envolverá os alunos de duas turmas e o respetivo professor. Numa fase preliminar do estudo foi aplicado um questionário para conhecer as práticas e conceções dos professores em relação à avaliação formativa e às potencialidades das provas digitais online. Apresentam-se os respetivos resultados e conclusões.
A primeira técnica de memorização é a técnica que ainda se aprende no tempo da escola e depois na faculdade e que sempre rende excelentes resultados nas provas. (
Granjeiro, 2017).
Esta técnica consiste em assistir à aula ou ler o capítulo do livro, da apostila, do e-book, do pdf etc. e, ao mesmo tempo, ir preparando o tal resumo ou assinalando – com rigor, concentração e critério – as passagens mais relevantes do texto. Tudo isso, claro, sem deixar de registrar anotações no rodapé e nas bordas do material de estudo. Isto é muito importante! Eu sempre soube que material de estudo deve ser riscado e rabiscado. Acredite: não se deve ler com os olhos, mas com a ponta da caneta, de preferência de várias cores.
O que retemos na lembrança em relação ao tempo
Mas o pulo do gato vem agora: revise o conteúdo várias vezes. Em resumo, nossa sugestão é a seguinte: faça uma revisão logo após ter estudado o assunto, outra 24 horas mais tarde, mais uma depois de 7 dias, uma após 30 dias e por fim revisões de manutenção a cada 45 dias. E não se esqueça de que, em seu plano de estudo, precisam ser reservadas duas semanas antes da prova apenas para a revisão geral de todos os tópicos do edital. Essa técnica é útil para quem precisa memorizar grande volume de informações, o que é o seu caso, concurseiro e futuro servidor público.
Quando se faz a revisão do conteúdo no mesmo dia em que ele foi estudado, a retenção sobe de 75% para 100%. Rever o assunto um dia mais tarde é necessário porque o nível de lembrança, a essa altura, já caiu para 50% ou menos. Tanto essa revisão das 24 horas como as subsequentes devem ser feitas por meio da leitura do resumo que você elaborou cuidadosamente durante as anotações iniciais.
De início, reserve até 10 minutos para lê-lo, mas vá aumentando a velocidade da leitura para reduzir o tempo para 9, 8, 7… até chegar a apenas 1 minuto por resumo. Essa técnica faz a mente manter a assimilação das informações no nível ideal, de 100%.
Revisão programada não é, como alguns pensam e espalham por aí, perda de tempo. Perda de tempo é estudar sem fazer resumos e sem revisar o conteúdo de modo eficaz como o que sugerimos. Quem age assim fica obrigado a, depois, ler tudo de novo, e de novo, e de novo… Isso, sim, é perda de tempo e estudo inútil e pronto para ser esquecido. É inevitável: quem estuda sem revisar vai esquecer o que estudou; quem não revisa o conteúdo estudado terá de estudar tudo de novo, e do zero! Obviamente, para esse candidato, faltará tempo para vencer todo o programa do edital.
A revisão serve para, primeiro, reativar a memória; segundo, assimilar as informações importantes; terceiro, aumentar a retenção de 75% (inicial) para 90% e até 100%. Esse método já foi exaustivamente testado e aprovado. Minha sugestão é: teste-o apenas uma vez. Garanto que você vai obter excelentes resultados e não vai mais querer saber de outro.
Estudo sério pressupõe o máximo de concentração e nada de distração. Naturalmente, também demanda um mínimo de compreensão de cada assunto do edital, aliada à memorização dos temas que não têm muita lógica ou sentido prático. Para isso, quanto mais revisões, melhor, pois o esquecimento será menor. O esquema ideal é leitura seguida de resumo, de revisões e, por fim, de exercícios.
Não há regras rígidas para aplicação desse método. Você deve levar em conta as suas características individuais, a quantidade de matérias previstas no edital do seu concurso, a sua disponibilidade de tempo para o estudo, a planilha de metas que você elaborou e a densidade do material de estudo que você adotou. São esses e outros fatores que, com base na experiência e no bom senso, definirão quantas revisões serão necessárias até o dia da prova.
O maior desafio do concurseiro, portanto, não é tanto a quantidade de conteúdo e de disciplinas a serem vencidas, mas a capacidade de chegar ao fim do plano de estudos com tudo estudado, lido, relido, treinado e na ponta da língua. Em termos técnicos, com tudo devidamente armazenado na memória de longo prazo para ser recuperado durante a prova.
Esse tema é tão amplo, que pode render outro artigo. Voltaremos a conversar mais sobre estudo, memorização e esquecimento. Memorizem os ensinamentos que vimos hoje e não se esqueçam do nosso próximo encontro.
Aos meus alunos deixo essas compilações que recolhi na internet e as chequei com a literatura. Espero que ajude a todos que tentam memorizar um conteúdo para a prova e para a vida.
Assim que terminamos de estudar e assimilamos algum assunto, retemos 100% das informações em nossa memória. Contudo, ele não é capaz de manter todas as informações retidas na memória, pois ficaria sobrecarregado. Para evitar isto, o cérebro se desfaz de informações de forma gradual ao longo do tempo.
O nosso cérebro funciona como um grande computador e aqueles arquivos que não estão sendo mais “visitados” acabam na lixeira, sendo descartados permanentemente um tempo depois.
Isso significa que quanto menos um conteúdo for visto, menos relevante ele será para o cérebro. Para driblar estes efeitos é necessário estimular a memória ao longo do tempo para que as informações não sejam descartadas.
Atitudes práticas para minimizar
os efeitos da curva do esquecimento
Para que um treinamento corporativo tenha sucesso, é necessário que ele entregue resultados. Não adianta de nada investir em treinamentos se os colaboradores não conseguirem reter as informações para aplicá-las quando necessário.
Para entender melhor, o processo de aprendizagem deve ocorrer de duas maneiras:
Recorrência: os conteúdos devem ser vistos mais de uma vez.
Intensidade: as experiências com os conteúdos devem ser marcantes.
É justamente por isso que a aprendizagem não deve ser um evento único, é necessário que o conteúdo seja relembrado e reforçado na mente dos colaboradores.
Contudo, é necessário destacar que este processo deve ser inovador, sendo importante criar maneiras diferentes de abordagem para o mesmo assunto.
As metodologias de aprendizagem podem ser divididas em metodologias ativas e passivas.
Para que o aprendizado ocorra de forma eficaz, é importante abordar ambas as metodologias, fazer intervalos de tempo e utilizar de recursos que prendam a atenção do colaborador.
Por exemplo, iniciar o processo com o e-learning, realizar uma palestra sobre o assunto, simular uma experiência real e finalizar com um quiz, seguindo os intervalos de tempo abordados anteriormente nas revisões.
Agora você já sabe o que é curva de esquecimento e como minimizar os efeitos desse fenômeno. Mãos a obra.
A imagem indica que a medida que o tempo passa o conteúdo memorizado se "perde"... No inicio se perde muito, depois a perda fica cada vez mais devagar até estabilizar.
Esquecemos muito rapidamente durante a primeira hora após o aprendizado de um conteúdo novo, e a curva de esquecimento se suaviza com o passar do tempo. Assim, após nove horas de aprendizado teremos esquecido aproximadamente 60% da informação até que, finalmente, após 24 horas, chegaremos a dois terços de “esquecimento”. No entanto, também temos que levar em conta que poderemos reaprender esses dados (que estudamos e agora esquecemos) muito mais rápido e mais facilmente se precisarmos novamente deles no futuro.
O cérebro humano registra tudo, mas a medida que esse conhecimento registrado não é usado imediatamente vai se "perdendo". Isso vale para qualquer área. Claro, as ciências mais aplicadas tendem a durar mais em nossa memória. Funciona como exercício físico e o músculo, por exemplo. Se voce para de requisitar o músculo ele volta ao tamanho normal. Funciona também com nossas habilidades, se paramos de praticar o exercício de piano por exemplo dizemos que ficamos "enferrujado" pois "esquecemos" aquela rota neuromuscular.
Analisando a fórmula que esta no quadro: r= e elevado na -s/t. A função exponencial tem o efeito de curva. Para ser decrescente é necessário ter o expoente negativo, pois isso gera uma base fracionária. Quanto maior a fração, menor é o número resultante. Sobre o r/s não está claro o que significam. Presumo que r = memoria (resultante), s = constante e t tempo. O sinal de "menos" (no s/t) transforma o e em fração, o que diminui o r.
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