2/06/2024

ALFABETO GREGO

ALFABETO GREGO


O alfabeto utilizado para se escrever na língua grega teve o seu desenvolvimento por volta do século IX a.C.
Este alfabeto continua sendo utilizado até nossos dias tanto na Grécia continental como no Chipre, e tanto no grego moderno como também na filosofia, matemática, na geometria, na física, na astronomia, na biologia, na estatística, etc.

Abaixo está o alfabeto grego conhecido como Ελληνικό αλφάβητο (|Helinico alphavito|).




 
ALFABETO FENÍCIO

Alfabeto fenício, lê-se da direita para esquerda

Alfabeto fenício 

O alfabeto fenício, é na verdade um consonantário (abjad), por ter apenas as consoantes e não as vogais, foi o sistema de escrita usado na Fenícia (atuais Síria, Líbano e norte de Israel) que viria a dar origem a grande parte dos sistemas atuais. Foi adaptado do anterior alfabeto semítico e seu registro mais antigo data de 1200 a.C. O sistema deriva da escrita protosinaítica, por sua vez derivada dos hieróglifos egípcios.

ABJAD

O primeiro tipo de alfabeto desenvolvido foi o abjad. Este sistema de escrita alfabético difere de outros, pois possui apenas caracteres de sons consonantais. Vogais geralmente não são assinaladas em abjads. As línguas semíticas e as relacionadas línguas berberes têm um formato que torna a denotação de vogais redundante na maioria dos casos, e foram elas que deram origem aos abjads.

Alguns abjads como o arábico e o hebraico, possuem marcações para vogais, mas elas são usadas apenas em contextos especiais, como para o ensino. Muitas escritas derivadas dos abjads incluíram símbolos de vogais para se tornarem alfabetos completos. Isso tem acontecido principalmente quando a escrita foi adaptada para uma língua não-semita. O caso mais famoso é o do alfabeto grego, derivado do abjad fenício (geo5).

O termo abjad leva o seu nome da antiga ordem das consoantes do alfabeto arábico: ‘alif, bā’, jīm, dāl, que pode ter suas raízes no fenício ou ugarítico (geo5).

A inovação do alfabeto fenício está em sua natureza puramente fonética, na qual cada símbolo representa um som, que exige a memorização de apenas alguns caracteres, diferentemente dos sistemas logográficos hieroglíficos e cuneiformes (apesar de não totalmente logográficos), com o primeiro se valendo de caracteres fonéticos e do segundo se valendo de um sistema silábico, em que cada caractere representava uma palavra, fazendo necessária a existência de milhares de caracteres (de forma similar aos caracteres chineses), que por sua vez exigiam alta especialização para serem aprendidos.

Dentre os sistemas derivados do fenício, estão o alfabeto grego, a escrita itálica antiga e o aramaico (que por sua vez originaria os abjads hebraico e árabe). 

O alfabeto fenício é melhor descrito como um consonantário (abjad) porque só contém caracteres para representar consoantes, as vogais devendo ser inferidas, enquanto que um verdadeiro alfabeto representa tanto consoantes quanto vogais.

Fenícios

Os fenícios foram os inventores do alfabeto e formaram uma das principais civilizações da Antiguidade. Eles originalmente viviam no leste do mar Mediterrâneo, com suas principais cidades na região do atual Líbano. Com o tempo, criaram diversas colônias e passaram a controlar o comércio marítimo no Mediterrâneo.


Eles foram conhecidos por fabricar a púrpura tíria, corante que produzia a cor púrpura, considerada um artigo de luxo do período. Eles também desenvolveram o primeiro alfabeto, que evoluiu e resultou no nosso atual alfabeto. O alfabeto fenício também foi a base para o alfabeto árabe e o cirílico.

A região originária da Fenícia foi invadida e conquistada por diversos povos, levando gradativamente ao fim da civilização fenícia. No entanto, uma colônia fenícia, Cartago, começou a prosperar e se tornou uma das principais cidades do período, levando a um conflito com Roma.

Pensando em facilitar a comunicação desenvolveram um sistema de escrita não-pictório (diferente dos hieróglifos egípcios) e capaz de registrar outros idiomas tipologicamente diferentes (que a escrita cuneiforme não possibilitava). Esse alfabeto trazia duas novidades que garantiriam seu sucesso: (1) os símbolos eram mais ou menos aleatórios, ao contrário dos hieróglifos egípcios que eram desenhos das palavras a que correspondiam – a palavra “pássaro”, por exemplo, era escrita através do desenho de um pássaro; (2) os caracteres representavam sons, e não palavras, conceitos e ideias, o que possibilitava que povos que tinham concepções diferentes pudessem se expressar de maneira diversa através dos mesmos caracteres.

Esse alfabeto (aleph beth) possuía 22 caracteres, todos com sons consonantais, ou seja, para escrever “bebe” seria grafado “BB”, e o leitor saberia através do contexto se a palavra escrita era “bebe”, “baba” ou “bobo”, por exemplo.



Resumo

Os fenícios foram um povo da Antiguidade e sua principal atividade econômica foi o comércio marítimo.

A produção de tinta, de objetos ornamentais, a mineração e a construção naval também foram atividades praticadas pelos fenícios.

Estabeleceram relações com diversos povos, como gregos, hebreus e egípcios.

A religião fenícia era politeísta. Baal, Astarte e Yam eram alguns dos deuses que eles cultuavam.

Diversas colônias foram fundadas pelos fenícios no Mediterrâneo, entre elas uma que se tornou Cartago.

Foram conquistados por diversos povos, o que levou gradativamente ao fim da cultura fenícia.


Alfabeto fenício (lentesdotempo)
Tabela comparativa de caracteres fenícios antigos e clássicos, com caracteres gregos antigos e clássicos.

Tabela dos caracteres fenícios e seus nomes. Difundido em sua região desde 105 a.C., possuía matriz semita.

Genética 
(1)

Quando o tempo apaga as provas físicas da existência de um passado brilhante, a genética abre caminho para uma grande descoberta. Foi assim com o estudo do centro americano de pesquisa Genographic Projetic, através do qual uma equipe de cientistas finalmente encontrou os vestígios daqueles que são considerados um dos mais criativos e inventivos povos que a história da humanidade já registrou. Trata-se da civilização fenícia, estabelecida entre os séculos X e V antes de Cristo e que dominou por cerca de mil anos toda a rota comercial marítima do Mediterrâneo. Apesar de terem ocupado uma estreita área com aproximadamente 40 quilômetros de largura, entre o Mediterrâneo e as montanhas do Líbano, os fenícios ultrapassaram seus limites geográficos para conquistar e influenciar o mundo – e, através da hereditariedade e da genética, influenciam até os dias atuais. Estratégicos, organizavam-se em castas e criaram um alfabeto fonético simplificado para facilitar a escrita comercial. Com cerca de 22 letras, inovou em relação a outros sistemas de escrita da Antigüidade pelo fato de ele se basear em sinais representando sons. Dele desenvolveu-se grande parte dos alfabetos utilizados atualmente no mundo. 





Tudo ao redor dos fenícios era explorado para possíveis negociações (pode-se dizer que eles tinham o DNA de comerciantes) e, assim, as suas praias repletas de molusco múrice tornaram-se rentáveis – desse molusco extraíam corantes que serviam para tingir tecidos. Diante de descobertas tão importantes, era difícil aceitar que esse povo tivesse sido solapado pelo tempo e que apenas curtas inscrições em pedra comprovassem a sua existência. "Isso é o que imaginávamos antes desse estudo. Os fenícios nos deixaram muito mais que o alfabeto. Deixaram seus genes geniais", diz o americano Chris Tyler-Smith, um dos autores da pesquisa.
Através de métodos de análise genética, publicados pela revista American Journal of Human Genetics, constatou-se que, atualmente, um em cada 17 habitantes da região do Mediterrâneo provavelmente tem raízes fenícias. Segundo Tyler-Smith, o estudo em questão foi um grande desafio: "A única coisa que possuíamos para nos guiar era a história. Sabíamos onde eles tinham se estabelecido e onde não tinham chegado." Foi, portanto, com o auxílio do alto patamar de desenvolvimento da genética moderna que se pôde mapear minuciosamente os seus descendentes. Essa civilização durou até sucumbir diante do Império Romano e, nos séculos seguintes, muito do que restou desse povo se perdeu ou foi destruído. Como quem procura algo sem saber se de fato existiu, o novo método analítico buscou características genéticas em homens modernos por meio do cromossomo Y (masculino). 
Entre outras regiões, as características fenícias mais marcantes estão, por exemplo, na Espanha, Gibraltar, Mônaco, Itália, Albânia, Grécia, Chipre, Turquia, Síria, Líbano, Israel, Palestina, Egito, Tunísia, Argélia e Marrocos.

Vale observar que nos países “influenciados diretam e geneticamente” pelos fenícios o Produto Interno Bruto gira em torno dos US$ 200 bilhões anuais. Segundo o Fundo Monetário Internacional, “a região do Mediterrâneo possui uma das melhores economias do planeta e o peso genético nesse fenômeno é de cerca de 6%”. Ou seja: “uma criança em cada escola, desde o Chipre até a Tunísia, pode ser um descendente direto dos competentes comerciantes fenícios”, diz Daniel Platt, membro do Centro de Pesquisa IBM T. J. Watson.





Fontes

https://istoe.com.br/1877_A+HERANCA+GENETICA+DOS+FENICIOS/
https://geo5.net/abjads-sistemas-de-escrita-com-consoantes/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_fen%C3%ADcio
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/fenicios.htm
https://lentesdotempo.wordpress.com/2015/06/16/fenicios-e-seu-alfabeto/














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