4/23/2020

BRIÓFITAS, HEPÁTICAS, MUSGOS

HEPATOPHYTA, 
ANTHOCEROPHYTA E 
BRIOPHYTA 


O termo Bryophyta vem do grego e βρύον = bryon, musgo das árvores e φυτόν = phyton, planta, vegetal, não designa mais um clado, é mais um termo informal que reúne as plantas que primeiro colonizaram o ambiente terrestre e cujos ancestrais são as algas verdes. 

HEPATOFITA, ANTOCEROFITA, BRIOFITAS

As briófitas compartilham com todas as plantas verdes as seguintes características:


1) Presença de gametângios masculinos (anterídios) e gametângios femininos (arquegônios) com uma camada protetora de células estéreis conhecida como envoltório

2) RETENÇÃO DO ZIGOTO E DO EMBRIÃO MULTICELULAR EM DESENVOLVIMENTO OU DO ESPORÓFITO JOVEM DENTRO DO ARQUEGÔNIO OU GAMETÓFITO FEMININO, O QUE É CHAMADO DE MATROTROFIA.

3) Presença de um esporófito diploide multicelular que resulta em um aumento do número de meioses e do número de esporos que podem ser produzidos após cada evento de fecundação. Isto é, quanto maior o esporófito maior será o número de esporos que ele produzirá.

4) Os esporângios multicelulares que são constituídos por um envoltório de células estéreis e um tecido interno produtor de esporos (chamado tecido ESPORÓGENO) 

5) MEIÓSPOROS (esporos e grãos de pólen) com a parede contendo esporopoleninaresistente à decomposição e a dessecação. 
(A esporopolenina é também encontrada em paredes celulares das algas verdes, o que aproxima as plantas das “talófitas”). 

ESPOROPOLENINA é uma mistura de biopolímeros contendo longas cadeias de ácidos graxos, ácido cumárico, ácido mono e dicarbônicos, fenilpropanoides, fenóis e traços de carotenoides. Esses compostos tornam a parede do esporo resistente a degradação química ou enzimática. 

6) "Tecidos" produzidos por um meristema apical

A MAIORIA DESSAS CARACTERÍSTICAS ESTÃO AUSENTES NAS ALGAS VERDES (CHLOROPHYTAS E CHARÓFITAS; EXCETO O BIOPOLÍMERO ESPOROPOLENINA). O QUE TORNA AS “BRIÓFITAS” OS PROVÁVEIS ANCESTRAIS MAIS ANTIGOS DE TODAS AS PLANTAS VERDES TERRESTRES, SENDO ELAS MESMAS (AS BRIÓFITAS) DESCENDENTES DAS ALGAS. 

ALÉM DISSO, SÃO PLANTAS PIONEIRAS PODENDO VIVER SOBRE ROCHAS E ESCARPAS ROCHOSAS ACIMA DO LIMITE DA LINHA DAS ÁRVORES EM MONTANHAS MUITO ALTAS, PODEM SUPORTAR LONGOS PERÍODOS DE FRIO INTENSO COMO NO CONTINENTE ANTÁRTICO, ONDE É A UNICA ESPÉCIE DE PLANTA A SOBREVIVER. 

ELAS TAMBÉM SÃO IMPORTANTES POR SEREM ARMAZENADORAS DE CARBONO, DESEMPENHANDO ASSIM, UM PAPEL IMPORTANTE NO CICLO GLOBAL DO CARBONO. 

TODAVIA AS BRIÓFITAS SÃO MUITO SENSÍVEIS À POLUIÇÃO DO AR, SERVINDO COM BIOINDICADORES DO ESTADO DO AMBIENTE; POIS DESAPARECEM EM ÁREAS MUITO POLUÍDAS (OU APENAS ALGUMAS POUCAS ESPÉCIES DE BRIÓFITAS SOBREVIVEM).


Aula prática no Parque Farroupilha 
em Porto Alegre

Marchantia spp (uma hepática = liverworth)
(Al. Schubert)

Reino: Archaeoplastida (Plantae)
Divisão (Filo): Marchantiophyta
Classe: Marchantiopsida
Ordem: Marchantiales
Família: Marchantiaceae
Gênero: Marchantia L.
Espécie: Marchantia polymorpha L., 1753




HEPÁTICAS (HEPATOPHYTA) 
GAMETÓFITOS MASCULINOS DE 
Marchantia spp
fotografadas em aulas de campo práticas no Parque Farroupilha/Porto Alegre.







 MUSGO EM MURO EM PORTO ALEGRE (Pilotrichum spp)


 Musgo como parte da decoração e paisagismo



Briófita (Musgo) encontrada em tronco próximo ao Shopping Brasilia/Brasilia/DF  BRASÍLIA SHOPPING MALL (BRASÍLIA)






REPRODUÇÃO DAS BRIÓFITAS 


CONFORME VISTO EM AULA O ESQUEMA ACIMA MOSTRA O CICLO DE VIDA DE UMA BRIÓFITA (MUSGO) E SUAS ESPECIALIZAÇÕES PARA ENFRENTAR O AMBIENTE TERRESTRE.















BRIÓFITAS DA REDENÇÃO 
(PARQUE FARROUPILHA)














MUSGOS DA AMERICA LATINA






Base elitral de Gymnopholus (Niphetoscapha) nitidus com exsudatos. Gymnopholus (Niphetoscapha) inexspectatus sp. s., espécime vivo com incrustações de algas e liquens; fotografias M. Wild, Mokndoma.
(insetos que se camuflam usando musgos e algas verdes).
Elytral base of Gymnopholus (Niphetoscapha) nitidus with exudates.  Gymnopholus (Niphetoscapha) inexspectatus sp. n., live specimen with incrustrations of algae and lichens; photographs M. Wild, Mokndoma. 








Asteroxylon mackiei


Rhynia gwynne-vaughanii Kidst. & W.H.Lang (1917).
Corte transversal de um caule de Rhynia gwynne-vaughanii
do Devoniano Inferior, Rhynie chert.
Corte transversal de um caule de Rhynia. (Foto: Paul Kenrick)
Transverse section of a stem of Rhynia. (Photograph: Paul Kenrick)


Rhynia é um gênero de plantas vasculares do Devoniano, de locais semi-pantanosos. Rhynia gwynne-vaughanii é a geração esporófita de uma planta terrestre embriofítica diplohaplontica vascular, axial e de esporos livres do Devoniano Inferior que tinha características anatômicas mais avançadas do que as das briófitas. Rhynia gwynne-vaughanii era membro de um grupo irmão de todos os outros eutraqueófitos, incluindo plantas vasculares modernas.
(Foto: Plantsurfer, 1, WP




Rhynia é um gênero com uma única espécie de plantas vasculares do Devoniano. Rhynia gwynne-vaughanii é a geração esporófita de uma planta terrestre embriofítica diplohaplontica vascular, axial e de esporos livres do Devoniano Inferior que tinha características anatômicas mais avançadas do que as das briófitas. Rhynia gwynne-vaughanii era membro de um grupo irmão de todos os outros eutraqueófitos, incluindo plantas vasculares modernas.



Reconstrução artística de plantas terrestres do Devoniano inferior, encontradas no Rhyne Chert. A. Rhynia gwynne-vaughanii B. Aglaophyton major C. Ventarura lyonii D. Asteroxylon mackiei E. Horneophyton lignieri F. Nothia aphylla (Illustration: Falconaumanni).

[Artistic reconstruction of the Lower Devonian terrestrial plants from the Rhynie Chert. A. Rhynia gwynne-vaughanii B. Aglaophyton major C. Ventarura lyonii D. Asteroxylon mackiei E. Horneophyton lignieri F. Nothia aphylla Illustration: Falconaumanni.]






Conservadorismo de raízes em licopsídeos extintos. Raízes conservadas isotomicamente ramificadas (destacadas em azul) se desenvolvem a partir de órgãos com raízes anatomicamente díspares em licopsídeos paleozóicos. (a, b) Raízes ramificadas isotomicamente se desenvolvem em Asteroxylon mackiei: reconstrução baseada em Kidston & Lang (1921) (a) e Bhutta (1969) (b). (c) Licófita do Canyon Cottonwood, reconstrução baseada em Matsunaga & Tomescu (2016); (d) Depanophycus devonicus, reconstrução baseada em Schweitzer & Giesen (1980); (e) Chamaedendron multisporangiatum, reconstrução baseada em Schweitzer & Li (1996); (f) Longostachys latisporophyllus, reconstrução baseada em Cai & Chen (1996); (g) Paurodendron fraiponti, reconstrução baseada em Phillips & Leisman (1966); (h) licopsídeos arbóreos, reconstrução baseada em Hetherington et al. (2016a). Em todos os casos, raízes ramificadas isotomicamente se desenvolvem a partir de estruturas díspares dos licopsídeos extintos.

Conservatism of roots in extinct lycopsids. Conserved isotomously branched roots (highlighted in blue) develop from anatomically disparate root‐bearing organs in Palaeozoic lycopsids. (a, b) Isotomously branching roots develop in Asteroxylon mackiei: reconstruction based on Kidston & Lang (1921) (a) and Bhutta (1969) (b). (c) Cottonwood Canyon lycophyte, reconstruction based on Matsunaga & Tomescu (2016); (d) Depanophycus devonicus, reconstruction based on Schweitzer & Giesen (1980); (e) Chamaedendron multisporangiatum, reconstruction based on Schweitzer & Li (1996); (f) Longostachys latisporophyllus, reconstruction based on Cai & Chen (1996); (g) Paurodendron fraiponti, reconstruction based on Phillips & Leisman (1966); (h) tree lycopsids, reconstruction based on Hetherington et al. (2016a). In all cases isotomously branched roots develop from disparate structures of the extinct lycopsids.

Conservatism of roots in extant lycopsids. (a) All extant lycopsid roots develop a protective root cap that is highlighted in yellow on a scanning electron micrograph (SEM) of a root apex of Phlegmariurus squarrosum (member of the Lycopodiales; Field et al., 2016). (b) The epidermis of extant lycopsid roots develops root hairs – highlighted in purple on the SEM of root epidermis of P. squarrosum. (c–e) All lycopsid roots branch exogenously and dichotomously (producing two daughter roots of similar dimensions) through the splitting of the parent meristem; developmental series of exogenous root branching from the micro (c, d) to the macro scale (e) in roots of Isoetes echinospora. In (c), the false colors yellow and blue highlight the root cap and procambium, respectively. In (d) and (e), white arrowheads indicate the positions of branching apices. (f–h) Repeated dichotomous divisions lead to the formation of similar root branching architectures in all three clades of extant lycopsids: (f) Lycopodiales (Phlegmariurus phlegmaria); (g) Selaginellales (Selaginella kraussiana); and (h) Isoetales (Isoetes histrix). Bars: (a, c) 100 μm; (b) 20 μm; (d) 500 μm; (e) 2 mm; (f–h) 5 mm.


Ambiente das primeiras plantas terrestres


Plantas que crescem perto de piscinas geotérmicas no Parque Nacional de Yellowstone, EUA. Fotografia: Alamy.
Plants growing close to geothermal pools at Yellowstone National Park USA. (Photograph: Alamy).


ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO
EVOLUÇÃO DA FITOSFERA


ERA PRÉ-CAMBRIANA (cerca de 4.500 e 570 milhões de anos B.P.)
Período Arcaico - aparecem as algas azuis
Período Proterozoico - surgem as algas castanhas e as vermelhas
Período Paleozoico (cerca de 570 e 208 milhões de anos)
Períodos Cambriano - aparecem as algas verdes e as hepáticas
Período Ordoviciano - passagem das plantas para as zonas emersas
Período Siluriano - surgem as plantas vasculares terrestres
Período Devoniano - as plantas terrestres aumentam a sua diversidade
Período Carbonífero - aparecem as florestas e tornam-se dominantes
Período Permiano - surgem as Cicadáceas, Ginkgoáceas e Coníferas

ERA MESOZOICA (entre cerca de 280 e 57 milhões de anos)
Período Triásico - instalam-se florestas de Gimnospermas
Período Jurássico - abundam as Coníferas e as Cicadáceas
Período Cretáceo - aparecem as Angiospérmicas

ERA CENOZOICA (Terciário)(cerca de 57 e 1,6 milhões de anos)
Período Paleocênico - expansão das Magnoliídeas
Período Eocênico - surgem as Monocotiledôneas
Período Oligocênico - aparecem as Eudicotiledôneas
Período Miocênico - difusão das Poáceas
Período Pliocênico - expansão das Monocotiledôneas

ERA CENOZOICA (Quaternário) (cerca de 1,6 milhões de anos até hoje)
Período Pleistocênico - Migrações e extinções das floras durante as glaciações
(πλεῖστος transl. pleistos, "bastante mais" e καινός transl. kainos, "novo"), significando "bastante mais novo").
Período Holocênico - Estabelecimento da flora e da vegetação atuais.

Através desta tabela podemos ver que as plantas são bem antigas tendo surgido a partir das algas verdes por volta de 500 milhões de anos atras, no período cambriano. 

Muitos acontecimentos importantes marcaram a história do nosso planeta e da vida na Terra durante os seus 4,5 bilhões de anos
O primeiro e mais importante evento ocorrido nesse lapso de tempo o surgimento da vida, que possivelmente ocorreu há 3,8 bilhões de anos, o surgimento da capacidade da vida realizar fotossíntese há 2,1 bilhões de anos, e o aparecimento dos primeiros seres multicelulares há 900 milhões de anos. Há aproximadamente 255 milhões de anos, no final do Permiano, a Terra sofreu a maior extinção em massa da vida de sua história, que dizimou uma quantidade considerável de espécies do planeta. Ha estimativas que por volta de 90% da vida teria se extinguido nesse evento. 
logo depois podemos registrar um evento importantíssim o surgimento das primeiras plantas com flores que surgiram por volta de 130 milhões de anos atrás, no Cretáceo, e há apenas 6 milhões de anos os a nossa linhagem os  hominíneos divergiram do grupo dos chipamzés e bonobos, e logo em seguida se tornaram bípedes. Uma história detalhada da vida na Terra pode ser encontrada aqui neste link








Bibliografia 

RAVEM, P. H. EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. BIOLOGIA VEGETAL, RIO DE JANEIRO, ED. GUANABARA KOOGAN S.A. 2007.
















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